Na última quarta-feira o governo brasileiro concedeu anistia a um histórico militante comunista da região. Marcelo Toledo, que é ex-presidente do PCdoB de São Caetano e atual membro do Comitê Central do partido. O processo dele foi julgado junto com vários outros na chamada “Caravana da Anistia” (movimento nacional que percorre o país analisando casos de pessoas que foram perseguidas pelo regime militar). O julgamento aconteceu por volta das 17h30 no Sindicato dos Metalúrgicos da Capital e contou com a presença do ministro da Justiça, Tarso Genro. Na frente de todos os presentes Toledo relatou sua história de perseguição na década de 80. “Foi emocionante”, recordou. Ele lembrou que de 82 a 88 não conseguiu arrumar emprego por causa de sua atuação no Partido Comunista e no Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André. “Minha família sofreu muito nesta época”, afirmou. Agora, o governo dará uma ajuda financeira para compensar esses anos de sofrimento.
Taxado
Por causa de sua militância clandestina no Partido Comunista, Marcelo Toledo foi classificado pelo serviço de inteligência do regime militar como “militância expressiva”. A denominação causava calafrios aos patrões da época. Cada vez que ele buscava um emprego e a empresa consultava sua ficha se deparava com a restrição. Entre as indústrias que Toledo foi dispensado o comunista citou a Cofap e a Pierre Sabin Metalúrgica.
Marcelo Toledo hoje é secretário geral dos Metalúrgicos de S. Caetano
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