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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Chapa da CTB vence eleição e passa a dirigir a Fetag-RJ 
Chegou ao fim nesta quinta-feira (27) o Congresso da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio de Janeiro (Fetag-RJ), que elegeu a chapa da CTB-RJ para a direção da entidade.
fetag-rj vitoria
O congresso foi realizado nos dias 25, 26 e 27 de junho, na cidade fluminense de Araruama. Duas chapas foram inscritas, uma liderada pela CTB e outra pela CUT. A CTB foi vitoriosa (69 votos contra 67, além de três nulos) e reconduziu Oto dos Santos à presidência da Federação. No Congresso anterior, as duas centrais haviam apresentado uma chapa única.

Oto dos Santos, que é dirigente da CTB-RJ, salientou: “A vitória da nossa chapa foi a vitória dos trabalhadores. Não há perdedores, pois essa gestão trabalhará com a unidade de todos os sindicatos em prol do fortalecimento da nossa Federação”.

O Congresso da Fetag-RJ foi acompanhado pelo presidente da CTB-RJ, Ronaldo Leite. Segundo o líder sindical, “essa vitória representa o fortalecimento da Central entre os trabalhadores rurais, e certamente estaremos ao lado da Fetag na luta em defesa dos trabalhadores do campo”.

Também estiveram presentes no congresso o secretário nacional de Finanças do CTB, Vilson Luiz da Silva, Igor Menezes e Kátia Gaivoto, secretários estadual de Finanças e Formação, respectivamente.

Avanço no campo

A Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio de Janeiro (Fetag-RJ) representa 46 sindicatos no estado.

Para Joílson Cardoso, secretário de Política Sindical e Relações Institucionais da CTB, com essa vitória a Central se consolida definitivamente como a principal força política do sindicalismo no campo. “Essa é uma vitória daqueles que defendem o sistema confederativo do país e que lutam pelo fortalecimento da Contag. É, sobretudo, uma vitória daqueles que combatem o divisionismo da CUT”, afirmou.

Com informações de Bruno Ferrari, do Rio de Janeiro

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Brasil passa a ser 4º destino mais procurado por investidores estrangeiros
 
O Brasil subiu da quinta para a quarta posição entre os destinos mais procurados por investidores estrangeiros para produção no ano passado, mostrou um levantamento da Unctad, braço das Nações Unidas para o desenvolvimento.

O país recebeu US$ 65 bilhões em 2012, volume inferior apenas aos registrados por Estados Unidos, China e Hong Kong.

A melhora da posição do Brasil no ranking é explicada pela queda apenas suave no fluxo de investimentos para o país, de 2%, enquanto o fluxo mundial recuou 18% no período. Como a Bélgica --que ocupava a 3ª posição da lista em 2011-- deixou os primeiros lugares do ranking em 2012, o Brasil conseguiu avançar uma posição.

"O Brasil teve investimentos praticamente estáveis no ano passado. Em relação ao mundo, recebeu 4,8% dos aportes. Isso não é pouca coisa. Não dá pra dizer que o Brasil deixou de ser o queridinho dos investidores", disse Luís Afonso Lima, presidente da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica), que analisa os dados da Unctad para o Brasil.

Editoria de Arte/Folhapress

O investimento direto estrangeiro produtivo mundial foi de US$ 1,3 trilhão, cifra superior apenas à verificada em 2009, quando somou US$ 1,2 trilhão, e abaixo da média pré-crise de 2005 a 2007.

O levantamento mostrou ainda que, pela primeira vez, os países emergentes passaram a receber mais da metade dos recursos produtivos mundiais. Eles foram responsáveis por 52% do total de investimentos, ante 44,5% em 2011.

EXPECTATIVA

A expectativa da Sobeet é de que o Brasil receba US$ 60 bilhões em investimentos produtivos neste ano, diz Lima, considerando o fluxo que já recebeu até maio. Foram US$ 64 bilhões nos 12 meses encerrados em maio.

Para o diretor do departamento de competitividade industrial do Ministério do Desenvolvimento, Alexandre Comin, uma recuperação do investimento está em curso no Brasil, porém, as manifestações dos últimos dias pioraram o humor dos empresários, o que levanta dúvidas sobre o comportamento do fluxo de recursos para a produção neste ano.

"Aumentou muito a instabilidade nos últimos dias e é possível que haja a postergação de certos investimentos. Sabemos que o investimento é sujeito às incertezas", afirma.

Fonte: Folha.com

Rede Globo aposta alto no retrocesso

Messias Pontes *

As massivas manifestações de protestos que tomaram as ruas do País nas duas últimas semana apontam para o despertar na consciência coletiva a necessidade de mudanças estruturais inadiáveis. No primeiro momento, a velha mídia conservadora, venal e golpista, com a Rede Globo à frente, tratou de criminalizar a justa e oportuna manifestação em favor da redução da tarifa dos transportes públicos na capital paulista.

O ultrarreacionário e amestrado Arnaldo Jabor foi o primeiro a demonizar o movimento reivindicatório do MPL – Movimento Passe Livre e colocando no mesmo patamar a justa reivindicação e os atos de vandalismo praticados por elementos pagos para isto. Logo em seguida a direção da emissora percebeu que o movimento poderia servir a seus propósitos golpistas e mandou Jabor fazer autocrítica e elogiar o movimento. Como ele é pau-mandado, atendeu de pronto.

Da condenação inicial, a Globo passou a conclamar a população a ir às ruas protestar contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. A emissora da famiglia Marinho é useira e vezeira em omitir informações que não interessa aos seus inconfessos interesses. O mais simbólico de todas foi a negação da campanha das Diretas-Já, na década de 1980, que exigia eleição direta para presidente da República, o maior movimento de massas de toda a história brasileira.

No dia 25 de janeiro de 1984 foi realizada uma manifestação na Praça da Sé, em São Paulo, com centenas de milhares de pessoas, transmitida pelas demais emissoras, mas simplesmente ignorada pela Globo. O Jornal Nacional daquele dia noticiava que milhares de pessoas estavam nas ruas de São Paulo comemorando aniversário da cidade. Nenhuma palavra sobre a campanha das Diretas e muito menos sobre as lideranças que se reversavam no palanque: Lula, FHC, Franco Montoro, Ulisses Guimarães, Mário Covas, José Richa, Leonel Brizola, João Amazonas e muitos outros.

Na última quinta-feira a Globo fez uma coisa inédita desde a sua fundação: deixou de levar ao ar a sua novela e passou mais de três horas, ininterruptas e sem comerciais, mostrando as manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais. Essa edição especial ancorada pelo William Bonner intercalava as imagens das manifestações do dia com as da campanha do Fora Collor em 1992 que resultou no impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. A Globo aposta alto no impeachment da presidenta Dilma Rousseff e na volta dos tucanos neoliberais entreguistas. Para a famiglia Marinho o retorno dos militares golpistas seria bem-vindo.

A insistência em mostrar atos de vandalismo de um grupelho pago para depredar monumentos, prédios e instituições públicas revela o desejo da Globo de insinuar o caos, e que este está fora de controle e portanto é necessário que se exija o impeachment da presidenta Dilma. A emissora incentiva os protestos contra os gastos com a construção e reforma de estádios de futebol com vistas as Copas das Confederações e do Mundo, mas é quem mais se locupleta delas. Ela bate porque sabe que quanto mais bate mais dinheiro vão para os seus cofres. O exemplo mais cristalino é a fábula de recursos que a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), tendo à frente a jornalista Helena Chagas, injeta em toda a velha mídia, e em especial na Globo. Mas a Globo continua batendo forte no governo e abrindo espaço para o demotucanato.

O GAFE (Globo, Abril, Folha e Estadão) e toda a velha mídia conservadora, venal e golpista enfatizam e incentivam um grupelho fascista infiltrado no movimento a condenar e agredir militantes de partidos e organizações de esquerda. Incorporando o espírito de Benito Mussolini, condenam a política e os políticos, como se todos fossem nocivos e, por isso, dispensáveis.

É oportuno transcrever a nota do MPL publicada na sexta-feira 20
“O Movimento Passe Livre foi às ruas contra o aumento da tarifa. A manifestação de hoje faz parte dessa luta: além de comemoração da vitória popular pela revogação, reafirmamos que lutar não é crime e demonstramos apoio às mobilizações de outras cidades. Contudo, no ato de hoje presenciamos episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos”.

Diz ainda a nota: “O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo para os de baixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto”.

E conclui a nota: “O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos. Toda força para quem luta por u8ma vida sem catracas”.
MPL-SP.

Quando as crescentes manifestações obrigaram o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin a revogarem em São Paulo o aumento das tarifas dos transportes coletivos – ônibus, trens e metrô – os líderes do MPL anunciaram que o movimento sairia das ruas porque o objetivo já tinha sido alcançado. No entanto a Globo insistia para o povo permanecer nas ruas para protestar contra a PEC 37 e a corrupção. É a velha bandeira da tristemente célebre UDN que todos sabem no que deu.

A Rede Globo continua apostando alto no retrocesso!

* Diretor de comunicação da Associação de Amizade Brasil-Cuba do Ceará, e membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará e do Comitê Estadual do PCdoB.
As ruas e suas aproximações possíveis e necessárias 
  
Quando os movimentos do ano de 1968 aconteceram, eu era ainda muito criança, só a leitura e a militância política mais tarde deram conta de preencher lacunas e vazios de compreensão, do que considero ser um dos mais belos e fervilhantes anos da juventude brasileira e, também, do mundo. Vendo as manifestações destes últimos dias de junho de 2013, procurei aproximações possíveis entre uns e outros, na busca de compreender o que motiva e mobiliza milhares de jovens em nosso país, a ocupar as ruas, gritando palavras de ordens, repudiando todo tipo de organização e de lideranças, rejeitando toda e qualquer forma de apontar caminhos ou modos de resolver os problemas por eles denunciados, e paradoxalmente defendendo a democracia.

Alguns dirão: aproximações entre esses dois momentos são impossíveis. São tempos tão distintos e longínquos.  Já se passou quase meio século. Mas vejamos.  Aqueles meninos de 1968 estavam lutando por uma série de transformações políticas, éticas, sexuais e comportamentais, que afetaria as sociedades da época de uma maneira irreversível. Tornar-se-iam o marco para os movimentos ecologistas, feministas, das organizações não-governamentais (ONGs), dos defensores das minorias e dos direitos humanos.  Apesar de muitas das reivindicações terem se consolidado ao longo do tempo, muita gente se frustrou, também, pela não realização dos seus sonhos, a maior delas: da imaginação chegando ao poder, e fez com que parte da juventude militante daquela época se desencantasse e abandonasse a militância política. A frase que melhor explicava esse estado de coisas, mesmo que proveniente de diferente contexto seria a máxima marxiana: “tudo que é sólido desmancha no ar”.

Essa segunda metade do século XX, de um lado, demonstrava vontade de passar a limpo, a memória trágica de duas grandes guerras mundiais, a tragédia da guerra do Vietnam que atingiu profundamente a juventude americana, a perversa guerra-fria glamourizada por Hollywood, com ‘Bond! Meu nome é Bond’, e de outro lado, vorazmente, se consolidava a sociedade de consumo, o sistema capitalista e o “way american of life”! A ferro e fogo!

Nesse período no Brasil foi implantada a ditadura militar, que destruiu lideranças, matou, torturou, exilou, fechou os sindicatos, o congresso nacional, extinguiu os partidos políticos. Sucateou a nascente escola pública, interveio na universidade, censurou e proibiu: livros, músicas, filmes, peças teatrais. Construíram-se obras faraônicas, nunca acabadas, cujo maior exemplo, as estradas que levavam do nada para lugar nenhum, em especial, a Transamazônica, desembestou a inflação, a burocracia, a ausência de transparência e de probidade administrativa mãe de primeira hora da corrupção galopante e do desrespeito à coisa pública, enfim, o regime do prendo e arrebento.

Aqui encontramos uma rica aproximação com os movimentos de 1968. Foi nesta metade do século XX que a resistência e a luta democrática “transbordou”, e, nesse transbordamento, derrotamos a ditadura, reconquistamos os direitos e garantias da cidadania. Resistimos cantando em festivais, ocupando as ruas e praças, tomando porrada, mas, resistimos. Elegemos nossos presidentes, governadores, prefeitos, deputados. Antes tivemos que conviver com governadores, deputados e senadores indicados, que o povo criativamente (sempre) apelidou de “biônicos”. Implantamos o estado de direito, reorganizamos a vida partidária, reorganizamos os sindicatos, construímos novas lideranças e consolidamos as instituições. Vinte anos depois fizemos a revisão de nossa Constituição Federal, que se constitui como o estatuto da maioridade democrática em nosso país. Antes, um pouquinho, a sociedade brasileira foi para as ruas e as pintou de amarelo na campanha das “Diretas Já”. Apesar de toda esta mobilização nas ruas, o pacto estabelecido para o resgate do estado de direito, ainda se deu por um colégio eleitoral, que surdo ao clamor das ruas, retardou a plena cidadania. A sociedade brasileira ainda passaria por novos traumas e sustos, produzidos pelos conservadores e reacionários, saudosos das benesses da ditadura, que se mobilizaram para eleger “um jovem caçador de marajás” que depois se revelou o mais corrupto dos presidentes do país, exigindo que toda a sociedade novamente ocupasse as ruas e o depusesse, num processo histórico, o primeiro impeachment no Brasil.

Nesse momento, dos caras-pintadas, podemos encontrar uma aproximação com o movimento atual, quando a juventude cara-pintada também demonstrou pela primeira vez na história brasileira, uma rejeição às organizações e às lideranças constituídas, aos partidos políticos e ao movimento sindical e suas lideranças, A mídia repercutia, lá, como agora, esta situação destacando que as forças políticas tiveram que “correr atrás” dos meninos que pautavam a luta política do país.

Outra aproximação possível, com os movimentos de 1968 pode ser vista, dado que da mesma forma, de que não havia previsão daquele movimento que se caracterizou como uma espécie de furacão humano, uma generalizada e estridente insatisfação juvenil, que varreu o mundo em todas as direções e mudou o mundo de forma irreversível, parece que lá, como agora, muito poucos dos que dele participaram entenderam afinal o que ocorreu. Esse é o risco que se corre neste momento. Que aquele como esse, de tão difuso, torne-se apenas a reivindicação de um novo individualismo.

Ao rejeitar os instrumentos da democracia, arduamente construídos, a partir de muita luta, consegue estabelecer conexões entre opostos tão extremos, que pode beirar o fascismo. Sem dúvida, uma grande conquista desse tempo foi exatamente o reconhecimento da individualidade, o respeito à diversidade e à diferença, mas, se ela não se expressa na coletividade, se esvai, num processo vazio das vontades e vaidades pessoais.

Outra aproximação possível, que se pode fazer é que ao ocupar as ruas do país, a juventude volta, contraditoriamente, apesar de repudiá-la, a fazer política, e a exerce no lugar mais expressivo de uma sociedade, nas ruas, de forma direta, denunciando que existe um descompasso brutal entre o Brasil ser a 5ª economia do mundo e proporcionar à maioria dos brasileiros, condições desumanas de desigualdade sociais, de saúde, educação, mobilidade urbana, enxergando nitidamente que a raiz está na corrupção e no abuso de poder e na ausência de representatividade de lideranças políticas, que teimam em apostar em modelos tradicionais, no curral eleitora e no clientelismo.  O movimento das ruas desestrutura todos os arranjos e exige uma profunda mudança do fazer político.

Essas bandeiras sobrepujaram amplamente a pauta restrita do “passe livre” e do aumento das passagens, superou-a em muito, ao se organizar “não apenas pelos vinte centavos”. Colocou de maneira inquestionável em pauta o país. O país que queremos.  Cabe a nós, fazer uma grande reflexão acerca desses acontecimentos, precisamos demonstrar que não arriamos nossas bandeiras, apesar da violência dos vinte anos compreendidos entre as décadas de 80 a 2000, que nos exigiu uma luta sem trégua contra o neoliberalismo, contra a flexibilização dos direitos trabalhistas e o desemprego em massa, contra o arrocho salarial – política esta que quase destruiu o Brasil e hoje destrói os países da Europa. Tivemos que nos organizar para enfrentar as práticas antissindicais empreendidas por um judiciário que diminui as condições de organização dos trabalhadores, tirando direitos consagrados na constituição federal, contra uma parte da imprensa que prefere divulgar incansavelmente os maus feitos de uma minoria de jovens e que não amplia os bons-feitos de uma maioria absoluta de jovens que rala e estuda para conseguir um lugar melhor ao sol, pois, para vender, suas páginas precisam jorrar sangue.

Tudo isso, consumiu nosso tempo e nossa energia. Mas, mesmo não sendo desculpas, pois, são fatos concretos do nosso dia-a-dia, devemos reconhecer que em algum momento, falhamos, e se o fizemos, precisamos retomar o nosso caminho, em especial, nós professores, que mais diretamente lida com essa garotada no dia-a-dia. Parece imperioso rever nossos currículos e conteúdos programáticos.

Apesar de tudo, conseguimos derrotar as lideranças neoliberais e eleger, numa ampla aliança, um governo democrático, progressista e popular que elevou as condições de vida, trabalho e salário dos brasileiros a patamares inéditos na história de nosso país. Mas tem gente que ainda não se conforma, e busca se aproveitar das legítimas manifestações das ruas, para desqualificar o movimento social e suas lideranças, criando factoides que não encontram respaldo no atual estado direito que vivemos. Mas, necessário se faz reconhecer, que o governo deve buscar formas de rever programas, projetos e políticas que pouco ou nada têm a ver com a maioria da população brasileira que anseia por mudanças efetivas e rápidas. Um país capaz de produzir obras de altíssima qualidade, como as que foram e estão sendo realizadas para a Copa do Mundo, pode e deve, também, realizar uma educação e uma saúde no mesmo padrão e com os mesmos níveis de exigência.

E o melhor caminho, é o de fazer política, a boa política. Aquela que seja capaz de resgatar o brilho nos olhos pelo muito já conquistado, que não permita nem a sua banalização e naturalização, fenômenos tão comuns de nossa sociedade pós-moderna, que conseguiu elaborar formas sofisticadas de comunicação, como a internet e as redes sociais, que para nossa surpresa e alegria, levou as novas gerações, a saírem detrás de um monitor, para vivenciar a experiência de que é melhor estar nas ruas, e encontrar o olhar amoroso e solidário dos colegas de classe, em todos os sentidos.

Cabe a nós, contar para nossos meninos e meninas, que seus sonhos, são nossos sonhos e que com eles, estaremos mais fortes para resgatar os valores históricos-crítico-culturais da humanidade, em busca de uma sociedade onde um ser humano não seja explorado por outro ser humano. Parece velho, mas a meninada atualizou. Benditos Sejam!

oc marcia machado
Márcia Machado é mestre em Educação pela UFES, vice-presidente nacional da CTB e secretária-geral do SINPRO-ES.

sábado, 22 de junho de 2013

Para CTB, discurso de Dilma foi positivo, mas cobranças serão mantidas  
dilmadiscursoO presidente da CTB, Wagner Gomes, entende que o discurso feito pela presidenta Dilma Rousseff na noite desta sexta-feira (21), como resposta às manifestações que tomaram as ruas do país nas últimas semanas, foi positivo. No entanto, o dirigente ressalta que a Central e os demais movimentos sociais continuarão fazendo cobranças com o intuito de que o Brasil continue avançando nas mudanças.

“A presidente foi sensata em demonstrar toda a disposição de abrir um amplo diálogo com as entidades que foram às ruas protestar nas últimas semanas. Foi muito bom também ouvir que os cidadãos terão prioridade em relação aos interesses econômicos. Esperamos que esses recentes atos sirvam para que o governo estabeleça uma nova relação com os movimentos sociais a partir de agora”, ressaltou Wagner Gomes.
O discurso da noite desta sexta-feira foi o primeiro feito pela presidente desde que a recente onda de protestos se espalhou pelo país. Dilma afirmou que “o impulso dessa nova energia política” é positivo e demonstrou disposição para atender algumas das reivindicações.

Avanços

Wagner Gomes destacou que discurso de Dilma mencionou em três momentos a palavra “mudança”, no sentido de beneficiar o conjunto da sociedade brasileira. “A CTB tem batido nessa tecla. ‘Avançar nas mudanças com valorização do trabalho será o tema do nosso 3º Congresso, a ser realizado no próximo mês de agosto. Tivemos avanços nos últimos dez anos, mas precisamos investir pesado no desenvolvimento, para não termos riscos de qualquer retrocesso”, afirmou.

Pauta da classe trabalhadora

Para o presidente da CTB, parte desses avanços mencionados por Dilma virão a partir do momento em que o governo dialogar com mais proximidade junto às centrais sindicais. "Desde março, quando colocamos 50 mil pessoas em Brasília numa marcha histórica, o Palácio do Planalto tem em mãos nossa pauta de reivindicações. Esperamos que a partir de agora, com esse gesto novo, finalmente consigamos avançar juntos", afirmou.
Carta aberta dos movimentos sociais para a presidenta Dilma Rousseff 
Diante da série de manifestações que vêm acontencendo no Brasil nas últimas semanas, dezenas de movimentos sociais decidiram nesta semana enviar uma Carta à presidente Dilma Rousseff, pedindo um diálogo mais amplo por parte do governo federal junto à sociedade.
brasilia protesto1
Confira abaixo:
São Paulo, 19 de junho de 2013

O Brasil presenciou nesta semana mobilizações que ocorreram em 15 capitais e centenas cidades.

Concordamos com suas declarações que afirmam a importância para a democracia brasileira dessas mobilizações, cientes que as mudanças necessárias ao país passarão pela mobilização popular.

Mais que um fenômeno conjuntural as recentes mobilizações demonstram a gradativa retomada da capacidade de luta popular. É essa resistência popular que possibilitou os resultados eleitorais de 2002, 2006 e 2010. Nosso povo insatisfeito com as medidas neoliberais votou a favor de um outro projeto. Para sua implementação esse outro projeto enfrentou grande resistência principalmente do capital rentista e setores neoliberais que seguem com muita força na sociedade.

Mas enfrentou também os limites impostos pelos aliados de última hora, uma burguesia interna que na disputa das políticas de governo impede a realização das reformas estruturais como é o caso da reforma urbana e do transporte público.

A crise internacional tem bloqueado o crescimento e com ele a continuidade do projeto que permitiu essa grande frente que até o momento sustentou o governo.

As recentes mobilizações são protagonizadas por um amplo leque da juventude que participa pela primeira vez de mobilizações. Esse processo educa aos participantes permitindo-lhes perceber a necessidade de enfrentar aos que impedem que o Brasil avance no processo de democratização da riqueza, do acesso a saúde, a educação, a terra, a cultura, a participação política, aos meios de comunicação.

Setores conservadores da sociedade buscam disputar o sentido dessas manifestações. Os meios de comunicação buscam caracterizar o movimento como anti Dilma, contra a corrupção dos políticos, contra a gastança pública e outras pautas que imponham o retorno do neoliberalismo. Acreditamos que as pautas são muitas, como também são as opiniões e visões de mundo presentes na sociedade.

Trata-se no entanto,de um grito de indignação de um povo historicamente excluído da vida política nacional e acostumado a enxergar a política como algo danoso à sociedade.

Diante do exposto nos dirigimos a V. Ex.a para manifestar nosso pleito:

Em defesa de políticas que garantam a redução das passagens do transporte público com redução dos lucros das grandes empresas. Somos contra a política de desoneração de impostos dessas empresas.

O momento é propício para que o governo faça avançar as pautas democráticas e populares, e estimule a participação e a politização da sociedade. Nos comprometemos em promover todo tipo de debates  em torno desses temas e nos colocamos à disposição para debater também com o poder público.

Propomos a realização com urgência de uma reunião nacional, que  envolva os governos estaduais, os prefeitos das principais capitais,  e os representantes de todos os movimentos sociais.

De nossa parte estamos abertos ao diálogo, e achamos que essa reunião é a única forma de encontrar saídas  para enfrentar a grave crise urbana que atinge nossas grandes cidades.O momento é favorável. São as maiores manifestações que a atual geração vivenciou e outras maiores virão. Esperamos que o atual governo escolha governar com o povo e não contra ele.

Assinam:

ADERE- Associação dos trabalhadores assalariados rurais  de MG

Assembleia Popular

Jornalistas do Barão de Itararé

CIMI- conselho indigenista missionario

CMP- Central de movimentos populares

MMC-Movimento de mulheres camponesas

CMS- coordenação de movimentos sociais

Coletivo Intervozes pela democratização dos meios de comunicação

CONEN- Coordenação Nacional das entidades negras

Consulta Popular

CTB-  central dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil

CUT- central Unica dos trabalhadores

Fetraf- Federação dos agricultores familiares

FNDC- Forum Nacional pela democratização da Midia

FUP- Federação unica dos petroleiros

Juventude Koinonia (das igrejas cristas tradcionais)

Levante Popular da Juventude

MAB- Movimento dosa tingidos pro barragens

MAM- Movimento Nacional pela soberania popular frente a Mineração

MCP  movimento campones popular, de Goias

MMM- Marcha Mundial de Mulheres

Movimentos da Via Campesina

MPA-  Movimento dos pequenos agricultores

MST- Movimento dos trabalhadores rurais sem terra

SENGE/PR- sindicato dos engenheiros do Parana

Sindipetro - sindicato petroleiros de sao paulo

SINPAF- sindicato dos trabalhadores e pesquisadores da EMBRAPA E  Codevasf

UBES- Uniao brasileira de estudantes secundaristas

UBM- Uniao Brasileira da Mulher

UJS-  Uniao da Juventude socialista

UNE-  Uniao Nacional dos Estudantes

UNEGRO  Uniao nacional do negro

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Paraguaios protestam contra privatização de empresa elétrica

Mais de mil trabalhadores do setor elétrico paraguaio manifestaram-se nesta segunda-feira (17) contra o projeto de lei que privatizaria esse serviço público, aprovado pela Câmera dos Deputados.

Desde a manhã desta segunda, empregados e servidores públicos da estatal Administração Nacional de Eletricidade (Ande) concentraram-se em frente a instalações da entidade recusando a tentativa legislativa e a estranha urgência com que se debate no Congresso.

Eles declararam que a privatização  implicaria, em primeiro lugar, no aumento das tarifas e a demissão dos trabalhadores. Os paraguaios rechaçaram a alegação sobre a situação econômica do monopólio estatal pois, além de facilitar tarifas especiais para 400 mil paraguaios de escassos recursos, produz uma renda ao Estado de 750 milhões de dólares anuais.

Os manifestantes têm, inclusive, o respaldo do presidente da Ande, Carlos Heisele, que qualificou de "inconstitucional" a ideia da privatização e as atribuições que se atribui o Congresso nesse projeto como instância para autorizar as concessões.

Técnicos da Mesa Energética Nacional criticaram, igualmente, a pressa em aprovar a polêmica resolução a duas semanas da renovação do Poder Legislativo como resultado das eleições do realizadas em 21 de abril.

Os trabalhadores da empresa receberam o apoio de diferentes organizações sociais e anunciaram a continuação de seus protestos que poderiam chegar à declaração de uma greve geral no setor.

A Câmera dos Deputados realizará nesta semana a discussão do projeto e o levará ao Senado.

Fonte: Prensa Latina
CONSTRANGIMENTOS AOS TRABALHADORES(AS) x DEFESA DOS TRABALHADORES(AS)
No dia 11 de junho por volta das 19:30hs no interior do restaurante da fabrica, ouve uma ação desordenada e mal orientada pela empresa, no que seria uma conscientização contra o uso demasiado de copos, guardanapos, e desperdício de comida se tornou algo levado para outro rumo, sendo as atitudes dos atores ''palhaços'' foi de desrespeito na hora do jantar com repressão e constrangimentos.

No dia seguinte decidimos tomar uma ação, pois não fomos comunicados sobre a volta dos atores ao restaurante.
...
Decidimos fazer uma ação sindical parecida com o ato do dia anterior, mas com postura, respeito, e com abordagem qualificada distribuímos ''palitos de dente'' e orientávamos do uso e o descarte futuro, para não sujar as dependência da fabrica e para lembrar o dia anterior lamentável usamos'' nariz de palhaço''.

Alguns minutos depois do inicio representantes do RH vieram pedir e impedir a sequencia da nossa ação sindical, argumentamos que estávamos ali por causa do dia anterior e mostrando a todos como se faz uma abordagem e uma conscientização sem constrangimentos e apelação como aconteceu no dia anterior, não contentes com isso um os representantes do RH foram mais fortes na coibição de nosso ato um deles colocou a mão no peito do diretor da CTB Severino (observado por vários trabalhadores no corredor do restaurante) causou um grande constrangimento a todos, com esse ato e a conversa em si paramos a entrega dos palitos.

No dia seguinte por volta das 18HS fomos comunicados a irmos ao RH e deram 3 dias de suspensão,dias 13,14 e 15 a 3 integrantes da CTB Amauri de Oliveira, Jose Roberto Severino e Fabio Mateus Gandia.

E ainda no texto da suspenção colocaram palavras indevidas notificando que os diretores da CTB tivemos postura agressiva e ofensiva contra o RH.

FICA AQUI UMA PERGUNTA!!!

QUAL A FUNÇAO DOS DIRETORES SINDICAIS???

Com essa suspensão fica caracterizado a represália aos diretores sindicais da CTB, podando nossas funções.

Sempre estamos prontos a defender os trabalhadores(as) e levar os problemas do dia a dia a empresa.

Queremos igualdade e esclarecimento das reinvindicações, pois os trabalhadores(as) inúmeras vezes se deparam a situações novas sem esclarecimentos pontuais, acreditamos que a conversa e o respeito é o caminho do equilíbrio entre empregados e empregadores.

A CTB sempre estará ao lado dos trabalhadores(as) nosso histórico é de respeito e dedicação e de proximidade, nunca fugimos dos obstáculos!!!... AO CONTRÁRIO DA OMISSÃO SINDICAL PRATICADA PELA TURMA DA FARÇA SINDICAL.
AVANTE, JUNTE-SE A NÓS!!!

OPOSIÇÃO SINDICAL CTB
Ver mais
Todos sabemos a correria que é uma linha de montagem, dentro de uma grande empresa sempre tentam a busca do lucro e mais lucro a todo custo, e dentro deste fato, depois que chegam a um patamar de potencia, acham que ainda é pouco, começam a reduzir salários, pressionar os trabalhadores (as) para avançarem nos seus limites a fim de sugar ainda mais produtividade...impressionante que depois dessas todas etapas chega uma nova, que todos começamos a ficar perplexos, uma fase que são tirados certos benefícios, e coisas que são comuns dentro da necessidade e que são pagas, não são de graça.

Lamentavelmente, nos últimos meses foram tirados dos trabalhadores(as) chá gelado no verão, leite do restaurante, palito de dente, couve do prato principal da feijoada(quando servem),e o direito de pagar o preço unitário da passagem do fretado...
Nesta terça feira por volta das 19:30hs uma fato abalou e um grande constra...ngimento foi lançado aos trabalhadores(as) algo que poderia ser uma boa iniciativa no sentido de conscientização de não ao desperdício, pessoas mal preparadas contrataram um casal de palhaços que dentro de seu trabalho voluntario? ou pago? ,fizeram o seu papel levar uma mensagem de não ao desperdício de guardanapo e copos plásticos e comida.

  Mas indevidamente orientadas e com uma linha de repressão, Os trabalhadores(as) eram abordados na hora da sua refeição, e com som de megafone nos ouvidos, e quando alguém era visto com um segundo copo, era disparado um alarme, e essas pessoas eram submetidas a uma situação vexatória...pois as pessoas vestidas de palhaço(a) começavam a gritar alertando que essa pessoa estava com dois copos ou estava deixando sobras de comida , fora a correria de um lado para o outro entre as fileiras das mesas, podendo ocorrer acidentes.

 Fomos a chefia do restaurante e eles disseram que não era responsabilidade deles a contratação dos mesmos, fomos ao RH e eles disseram que não sabia de nada!!!conseguimos interromper depois de alguns minutos a ação dos artistas, por pedido ao RH.
Conversei com muita gente depois das 21:00hs muitos estavam indignados e constrangidos, e dizendo se isso acontecer ainda essa semana que não vão jantar no restaurante, pois a semana esta definida como semana do ''ZERO ATERRO'' LAMENTAVEL AINDA DIZER QUE PEDIMOS DEPOIS DA INTERRUPÇÃO, QUE OS ARTISTAS FICASSEM NA ROLETA DO RESTAURANTE,DO LADO DE FORA AFIM DE ACALMAR ESSA SITUAÇÃO,MAS UM CIPEIRO E O RH FALOU QUE PODERIAM FICAR SIM DENTRO DO RESTAURANTE DO JEITO QUE ESTAVAM ATUANDO, E APENAS NÃO USAR O MEGAFONE....
BARABARIDADE...VERGONHA...ISSO É REFLEXO DA CONIVENCIA E DESCASO SINDICAL!!!

 VAMOS A LUTA!!! OS TRABALHADORES(AS) MERECEM RESPEITO E TRANQUILIDADE NA SUA HORA DE ALMOÇO E JANTAR...OS CULPADOS TEM QUE SER PUNIDOS!!!!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

ADVOGADO DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE BETIM E REGIÃO
E DO SINPRO MINAS É NOMEADO DESEMBARGADOR DO TRT-MG


O advogado Sércio da Silva Peçanha (foto), assessor jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região e do Sindicato dos P...rofessores de Minas Gerais (Sinpro Minas), entidades filiadas à CTB Minas, foi nomeado desembargador junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (Minas Gerais), na vaga destinada ao quinto constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Advogado trabalhista há mais de 23 anos, Sércio Peçanha, 50 anos, manteve intensa atuação em processos de dissídios individuais e coletivos do trabalho. Ao longo de toda a carreira profissional, prestou também serviços advocatícios a vários outros sindicatos de trabalhadores.

Além de conselheiro eleito da Associação Mineira dos Advogados Trabalhistas (AMAT), Sércio é mestre em Direito Processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e trabalhou como professor em cursos de graduação de Direito. Publicou artigos jurídicos e ministrou, a convite da OAB/MG e TRT-3ª Região, várias palestras envolvendo temas de direito do trabalho e processo do Trabalho.

Para o presidente da CTB Minas, Marcelino da Rocha, a nomeação de Sércio Peçanha respalda aqueles que exercem a profissão com transparência, dignidade e respeito às diferenças. “Sua carreira, e em particular da representação coletiva dos metalúrgicos de Betim e Região e dos professores da rede particular, sempre foi marcada pelo profissionalismo em vários tribunais”.

“Sércio sempre foi um profissional extremamente qualificado, experiente e que detém conhecimento jurídico e formação humanística. Além disso, sempre pautou sua vida profissional na defesa do Direito do Trabalho como instrumento de realização de justiça social, afirmação da cidadania e de distribuição de renda em nosso País”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, João Alves de Almeida.

“É um profissional extremamente qualificado, experiente e que detém conhecimento jurídico e formação humanística. Sua nomeação que nos deixa bastante felizes”, acrescentou.

Fonte: CTB Minas
CTB recebe em Brasília seu certificado de representatividade
 
A CTB recebeu nesta terça-feira (11), em Brasília, o documento que certifica sua representatividade e a qualifica como central sindical reconhecida pelo governo federal.

certificado ctb
Pascoal Carneiro, secretário-geral da CTB, recebeu o certificado das mãos dos ministros do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. O secretário de Imprensa e Comunicação da CTB, Eduardo Navarro, também prestigiou a entrega.

“O certificado é fruto do empenho e do esforço de todos os sindicatos filiados e da nossa militância”, afirmou o secretário-geral da CTB, destacando a trajetória de lutas da Central em sua curta história. “Com pouco mais de cinco anos de existência, já conseguimos obter um grande reconhecimento no meio sindical e na sociedade como um todo”, acrescentou.

Conquista das centrais

A aferição da representatividade é prevista pela Lei nº 11.648, de 31 de março de 2008, que reconheceu as centrais sindicais como entidades de representação dos trabalhadores.

O índice é apurado com base na quantidade de trabalhadores filiados aos sindicatos de cada central no último dia útil do ano anterior. Cabe às Centrais Sindicais coordenar a representação dos trabalhadores e participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e espaços de diálogo social tripartite que discutam os interessem dos trabalhadores.

Para assumir essas atribuições, as entidades devem atender a requisitos mínimos, como ter a filiação de pelo menos cem sindicatos distribuídos nas cinco regiões do país; filiação em pelo menos três regiões de 20 sindicatos em cada uma; ter sindicatos filiados em cinco setores de atividades econômicas; e representar pelo menos 7% do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional.

Portal CTB

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Fitmetal Brasil: Balanço Positivo e Novos Desafios 
Há três anos, em Junho de 2010, por uma necessidade dos metalúrgicos classistas, antes ligados à CSC – Corrente Sindical Classista, que não se sentiam representados pela CNM-CUT e nem pela CNTM-FS, fundou-se um importante instrumento de luta política e sindical dos metalúrgicos em nosso país: a FITMETAL Brasil - Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil.

Surge na batalha política

Com uma base de aproximadamente 400 mil trabalhadores e lideranças atuantes em oito estados (MG,RJ,RS,BA,SP,MA, PE e AM) a Fitmetal foi fundada com cerca de 400 metalúrgicos, no mesmo dia em que se realizou a exitosa 2ª Conclat, no estádio do Pacaembu com 30 mil sindicalistas de todo o Brasil.

No seu manifesto aprovado na solenidade da fundação, a Fitmetal delineou, como princípio fundamental, a defesa da “bandeira da unidade, da combatividade e da luta dos trabalhadores e trabalhadoras, sobretudo dos metalúrgicos e metalúrgicas do Brasil”.

A entidade já surgiu participando da luta política: no congresso de fundação aprovou a eleição da presidenta Dilma Rousseff e orientou todos os sindicatos filiados durante a campanha, em continuidade ao ciclo antineoliberal e desenvolvimentista iniciado por Lula em 2003. Sob a égide da luta internacionalista filiou-se de imediato à FSM – Federação Sindical Mundial.
Ressalte-se que neste mesmo ano logramos grande êxito ao eleger como deputado federal o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul (RS), Assis Melo, o que veio reforçar nossa luta mais geral incluindo o parlamento.

Unidade e Luta

Como uma entidade plural e democrática, a Fitmetal está aberta a qualquer sindicato de metalúrgicos do país que aprove sua carta de princípios. A maioria de seus sindicatos filiaram-se à CTB – Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, a partir de 2008, mas participam também sindicatos filiados à CSB – Central de Sindicatos do Brasil (antes participantes da CGTB) e independentes.

Nestes anos temos defendido a soberania nacional, mais democracia e um novo projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, geração de emprego, melhor distribuição de renda e incorporação dos setores sociais historicamente marginalizados da sociedade. As tarefas centrais dos sindicatos filiados são as de combater a sede de lucros dos patrões, a precarização das condições de trabalho, a rotatividade de mão de obra, a luta contra terceirização, pelo fim do fator previdenciário, pelo contrato coletivo nacional de trabalho para o ramo metalúrgico para eliminar disparidades de salários hoje existentes entre os diversos polos metalúrgicos do país. Defendemos também a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, pelo direito de greve e a favor da livre manifestação dos trabalhadores por local de trabalho, entre outras bandeiras.

A entidade tem em seu horizonte político sindical a busca da conquista da hegemonia neste ramo industrial importantíssimo para a economia nacional. A Fitmetal é bastante representativa nos setores automotivo, naval, eletroeletrônico, siderúrgico e bens de capital e dirige o maior sindicato de metalúrgicos de cinco estados: Minas Gerais (Betim), Rio de Janeiro (Capital), Rio Grande do Sul (Caxias), Bahia (Camaçari) e Maranhão (São Luís).  Há que mencionar o papel dos sindicatos de Jaguariuna e Itatiba, na região de Campinas, pela grande ajuda em nossas lutas. Mas ao todo, representa metalúrgicos de 23 sindicatos e quatro oposições sindicais: São Caetano do Sul, Campinas e São José dos Campos em SP e na base sindical de Pernambuco.

O balanço do período é muito positivo

Nestes últimos três anos foram muitas as atividades que a Federação organizou: oito seminários nacionais, todos de grande importância. Cito dois deles: um sobre os setores automotivo, naval, siderúrgico e eletroeletrônico em março de 2011, que reuniu em Salvador-BA 180 trabalhadores de 30 sindicatos de 17 estados. Outro foi sobre a política de industrialização do país com valorização do trabalho, em Brasília,no auditório Nereu Ramos, na Câmara Federal em setembro de 2011. Realizamos um PES – Planejamento Estratégico Situacional, em novembro de 2012. O último seminário ocorreu nos dias 28 e 29/05 em São Paulo, para capacitar os dirigentes sindicais ligados à Fitmetal na área de Comunicação. A entidade participou de diversos eventos internacionais no que diz respeito ao mundo do trabalho na Grécia, Nicarágua, México, Chipre, Cuba, e no Brasil (Fórum Social Mundial).  Entre os eventos realizados aqui no Brasil e no exterior chega a mais de 100 inserções da Fitmetal em seminários, congressos, manifestações de ruas, atos unitários, greves, eleições sindicais (14), conferências, audiências públicas, cursos de formação. Neste artigo não dá prá relacionar e detalhar todos. Mas no caso das eleições sindicais destacamos nossa participação como oposição em São José dos Campos, onde obtivemos 44% do total de votos e arrancamos uma bela vitória na maior empresa, a GM, com 64% de aprovação dos sócios. Quero me referir também sobre dois eventos unitários: passeata em São Paulo (agosto de 2011) com 80 mil trabalhadores contra os juros altos e pelo fortalecimento da indústria nacional e a Marcha das Centrais em Brasília em março de 2013

Direção firme e comprometida

Este profícuo trabalho realizado até aqui teve e tem o apoio decisivo de valorosos combatentes operários de oito estados, muitos com formação marxista, que expressam suas visões classistas no dia a dia e dão alento e perspectiva de avanços ainda maiores. Destaco aqui o papel da atual executiva da Fitmetal que vem conduzindo e orientando as ações da entidade, nas figuras de Marcelino Rocha (presidente), Wallace Paz, Aurino Pedreira, Eremi Melo, José Avelino (Chinelo), Igor Tiago, José Salvino (Buiú), Raimunda Leone, Leandro Clodoveu, Alberto Nascimento, Narcisio Penido e modestamente também o Joel Batista. 

Novos desafios

A relevância da Fitmetal, ao atuar de forma ampla, politizada e firme nos princípios levou-a a ganhar destaque e protagonismo na UIS Metal – entidade internacional do ramo metalúrgico ligada à Federação Sindical Mundial. O 2º Congresso da UIS Metal será nos dias 24 a 26 de outubro de 2013, no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro e o Sindmetal RJ será o anfitrião e a Fitmetal, juntamente com a CTB, ajudará na coordenação do evento nos aspectos políticos e organizacionais, que terá a participação de delegados de 25 países. Hoje a UIS Metal conta com dois brasileiros ligados a Fitmetal, os companheiros Francisco Silva (BA) e Eremi Melo (RS). Muito provavelmente a Fitmetal jogará papel de maior importância nesta entidade internacional de metalúrgicos classistas após o congresso. Por falar em CTB, diversos dirigentes da Fitmetal assumirão postos importantes nas CTBs estaduais, nos congressos que estão sendo realizados como preparação do 3º Congresso Nacional, em São Paulo, nos dias 22 a 24 de agosto de 2013.    

Passados três anos da existência da entidade podemos aquilatar melhor a justeza da decisão tomada em 2010. Hoje existe integração maior dos metalúrgicos classistas em todo o país e o nosso time avança.

oc joel batista 2009
Joel Batista é metalúrgico ferramenteiro, membro da executiva nacional da Fitmetal.  Integra a Secretaria Sindical Nacional do PCdoB.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE BETIM DÁ INÍCIO À DEVOLUÇÃO DO IMPOSTO SINDICAL A SEUS SÓCIOS

O Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região deu início nesta quinta-feira (6) à devolução do Imposto Sindical aos metalúrgicos sócios – parcela... que cabe à entidade. Os associados poderão comparecer à sede do Sindicato para apanhar a restituição também nesta sexta-feira (7) e nos próximos dias 10 e 11 de junho, das 8h30 às 18h.

Podem receber todos os sócios sindicalizados até 31 de dezembro de 2012. Os documentos necessários são: carteira de sócio do Sindicato e o contracheque de março de 2013. Os associados que ainda não apanharam a nova carteirinha de associado também podem aproveitar a oportunidade para retirá-la no Departamento de Sindicalização.

Há vários anos, o Sindicato dos Metalúrgicos de Betim devolve aos associados a parte que lhe cabe do Imposto Sindical. Segundo o vice-presidente da entidade, Gleyson Borges, esta é uma forma de recompensar os sócios que já contribuem, com sua mensalidade, para a manutenção do Sindicato.

“Tanto o Imposto Sindical quanto a contribuição dos sócios são fundamentais para a manutenção do Sindicato, pois entendemos que quem deve financiar o Sindicato é os próprios trabalhadores, como forma de garantir sua sobrevivência e independência. Mas, quanto maior o número de sócios o Sindicato tiver, menor será sua dependência do Imposto Sindical”, disse Gleyson.

O metalúrgico Elias Cruz da Silva, 51 anos, auxiliar de forneiro da metalúrgica Metalsider, é um dos trabalhadores que compareceu ao Sindicato na tarde de hoje para receber a restituição do Imposto Sindical. Ele contou que ficou satisfeito em receber de volta parte do imposto. “Todo dinheiro é bem-vindo”, disse.

Sócio da entidade desde que entrou na empresa, há 16 anos, Elias também aproveitou a oportunidade para apanhar a nova carteirinha de associado. “Acho muito importante ser sócio, pois o Sindicato existe para defender nossos direitos”.

A sede do Sindicato fica na Rua Santa Cruz, 811, no centro de Betim. Mais informações: 3539-6500.

Fonte: Departamento de Imprensa Sindbet.
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segunda-feira, 3 de junho de 2013

GM passa a Volkswagen e fica em 2º no ranking
 

 
Maio teve crescimento de 9,5% das vendas de carros e comerciais leves em relação a maio do ano passado, mas queda de 5% em relação abril, que tinha registrado recorde no ano (316.613 unidades)
Foram vendidos no mês passado 300.379 unidades, o que mantém o setor no ótimo patamar das 300 mil unidades mensais e com um crescimento de 8,7% no acumulado do ano, acima da expectativa dos fabricantes traçada no início do ano.

Foram vendidas de janeiro a maio 1.404.860 unidades, conforme os números do Renavam.
As vendas diárias – que melhor indicam o ritmo do mercado – foram de 14.304 carros, apenas 0,5% inferior ao recorde registrado em abril, o que confirma o bom momento do mercado.
A novidade é que a GM passou a Volkswagen e ficou em segundo lugar no ranking em maio. É a primeira vez desde maio do ano passado que a marca estadunidense fica na segunda posição no ranking.

A conquista da GM, no entanto, ocorreu mais por queda da concorrente do que crescimento próprio. Ambas, GM e Volks, ficaram bem atrás da líder, a Fiat, que fechou maio com 67.845 unidades vendidas e 22,59% do mercado.
A GM vendeu 53.808 carros e ficou com 17,91% e a Volkswagen vendeu 53.301, o que lhe deu 17,74% de participação.

Nas demais posições, nenhuma novidade. A Hyundai mantém a quinta posição e a liderança entre as novas, logo atrás da Ford, quarta colocada. Em seguida aparecem a Renault (6ª colocada), a Toyota (7ª) e a Honda (8ª). Nissan, em nono lugar, e Citroën, em décimo, completam a listra das dez marcas mais vendida em maio.

Fonte: Uolcarros