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terça-feira, 30 de março de 2010

64% dos paulistanos julgam governo Kassab de regular a péssimo

A avaliação da gestão demo-tucana na capital paulista continua em queda. Pesquisa do Datafolha divulgada nesta terça-feira (30) mostra que o governo do prefeito Gilberto Kassab, continuador da administração Serra, é considerado ruim ou péssimo por 34% dos paulistanos. Outros 30% consideram a gestão regular e 34% ótima ou boa.

Kassab foi eleito com ajuda de Serra prometendo continuar o trabalho do tucano
O índice dos que consideram sua administração ruim ou péssima é o maior registrado desde agosto de 2007. Na última pesquisa, realizada em dezembro de 2009, esse percentual era de 27%. Somados os 34% de ruim-péssimo com os 30% de regular, temos uma situação em que 64% dos paulistanos, a ampla maioria, não aprova o modo demo-tucano de administrar.

De dezembro a março, a aprovação ao prefeito caiu cinco pontos, passando de 39% para 34%. O instituto lembra que Kassab enfrentou, entre dezembro e fevereiro, um período de desgaste devido às fortes chuvas que atingiram a capital paulista. Porém, sua trajetória de queda vem desde 2008.

"Pode ter alguma relação com as chuvas, mas a avaliação do governo vem em uma trajetória de queda desde a eleição de 2008", destaca Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

Kassab, que havia assumido a prefeitura em 2006 após a renúncia de José Serra foi reeleito em 2008 com a ajuda do governador tucano. Durante toda a campanha à reeleição, Kassab frisou que iria continuar o "trabalho de José Serra". Boa parte do secretariado de Kassab é formada por tucanos ligados a Serra.

O instituto ouviu 1.081 moradores de São Paulo, nos dias 25 e 26 de março. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Record desmascara conluio Serra/Globo

Levado ao ar hoje à noite, o programa Domingo Espetacular, da TV Record, traz uma denúncia bombástica sobre as promíscuas relações entre o governador José Serra, o presidenciável demo-tucano, e a poderosa Rede Globo de Televisão.

Meses atrás, a emissora mostrou que a famíglia Marinho invadiu um terreno pertencente ao governo de São Paulo. Devido à repercussão das denúncias, a Rede Globo anunciou recentemente a construção de uma escola técnica no terreno – avaliado em mais de R$ 11 milhões –, em parceria com o governo paulista, “na tentativa de mascarar o ato ilegal e a omissão do Estado”, segundo afirma o Portal R-7.

A reportagem sobre bastidores da negociata traz entrevistas com vários especialistas – entre eles, o professor Laurindo Lalo Leal Filho – e mostra a irritação do governador José Serra quando perguntado sobre a maracutaia. Vale à pena conferir o vídeo, que já está disponível no endereço http://www.r7.com -

segunda-feira, 29 de março de 2010

CTB é a terceira maior central do Brasil

Agora é oficial. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), com apenas dois anos de existência, é a terceira maior central sindical do país. O despacho do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi que traz esta informação, foi publicado nesta segunda-feira (29/03) no Diário Oficial da União (DOU).
Nesta segunda-feira (29/3), foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) o balanço de representatividade das centrais sindicais e a CTB já está em terceiro lugar. Fundada em dezembro de 2007, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) é a mais nova dentre as seis centrais sindicais que atuam no país. Contudo, sua ideologia classista, plural e democrática, rapidamente vem ganhando espaço no cenário sindical nacional.

O balanço divulgado afere a representatividade das centrais, a partir da análise dos índices de sindicalização dos sindicatos filiados às centrais sindicais, conforme determina a Lei 11.648, de 2008, que dispõe sobre o reconhecimento formal das centrais sindicais. Para garantir reconhecimento oficial e ter direito ao recebimento do repasse do imposto sindical, uma central tem que atingir ao menos 5% de representatividade.

O balanço divulgado no DOU revela o índice de representatividade de cada uma das seis centrais atualmente regulares no Brasil: a Central Única dos Trabalhadores (CUT) permanece como a maior central, tendo 38,23% de repsresentatividade segundo os critérios da lei. Em seguida, vem a Força Sindical, com 13,71%. A CTB consolida-se como a terceira maior central do país, embora seja a de fundação mais recente, com o índice de 7,55% de representatividade. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) atingiu o índice de 7,19%, a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), 6,69% e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) passa perto do índice de corte, com representatividade de 5,04%.

Mais responsabilidade

Para o secretário geral da CTB, Pascoal Carneiro, a divulgação dessa representatividade em ano eleitoral, aumenta a responsabilidade da Central, pois as bandeiras de luta como: redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário, valorização do salário mínimo e das aposentadorias precisam ser intensificadas no sentido de contar com o maior apoio da opinião pública.

“Esse resultado faz com que a CTB se mobilize em todos os estados da federação, visando à elaboração de uma plataforma comum com outras centrais para, ativamente, pensar na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, que acontecerá 01 de junho, no estádio do Pacaembu, em São Paulo”, diz Pascoal.

Segundo o presidente da Central, Wagner Gomes, esse resultado é uma vitória da política classista da CTB, que é uma central plural e democrática. “Esse resultado serve de incentivo para continuarmos crescendo cada vez mais e lutando pela melhoria dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil”, e conclui “Vida longa a CTB”.

sábado, 27 de março de 2010


CTB lança revista em defesa dos trabalhadores

Foi durante o 2º Encontro de Comunicação da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, que a entidade sindical anunciou o lançamento de seu mais novo instrumento de comunicação: a revista Visão Classista. “Será uma revista para travar a luta de ideias”, apresentou Eduardo Navarro, diretor de comunicação da Central.

O objetivo da publicação, que integra ao lado do Portal da CTB e do Jornal da CTB o sistema de comunicação da entidade, é apresentar de forma mais aprofundada a visão classista da CTB sobre a luta dos trabalhadores por mais direitos, mais democracia e pelo desenvolvimento soberano do Brasil.

O surgimento de mais um veículo do campo da mídia alternativa, que não se alinha à orientação da mídia hegemonizada pelos conservadores, é um fato a ser comemorado num país onde a luta dos trabalhadores tem tão pouco espaço nos meios de comunicação.

Segundo Navarro, tanto o Portal da CTB quanto a revista Visão Classista se diferenciam dos instrumentos das outras entidades sindicais por dar espaço a vários temas e acontecimentos, não apenas aos relacionados diretamente à atividade da CTB. Tudo o que for de interesse dos trabalhadores tem espaço nestes veículos.

Parabéns à CTB por esta importante iniciativa.

sexta-feira, 26 de março de 2010

CTB reforça laços internacionais em viagens pela Ásia

A CTB ampliou sua participação no cenário sindical mundial durante o mês de março, ao realizar duas importantes viagens pelo continente asiático. Tanto o secretário de relações internacionais da CTB, Severino Almeida, quanto seu adjunto, João Batista Lemos, participaram de importantes atividades em diferentes cidades no Vietnã e na China.

João Batista Lemos

No Vietnã, os dois dirigentes da CTB participaram da 4ª Reunião do Conselho Presidencial da Federação Sindical Mundial (FSM), na cidade de Ho Chi Minh. A atividade teve como principal finalidade convocar o 16ª Congresso da Federação— marcado para abril de 2011, em Atenas — e fazer um balanço do congresso mais recente, realizado em 2008, em Havana.

De acordo com Batista, os resultados do encontro em Ho Chi Minh foram “extremamente positivos”. Ele destacou a intervenção feita por Severino Almeida e valorizou a convocação do Dia Internacional de Luta em Defesa do Emprego, dos Direitos Trabalhistas e Contra a Exploração, a ser realizado em 10 de setembro deste ano.

“Nosso secretário fez uma bela defesa da independência da FSM, a partir do ponto de vista de classe, distinguindo-o das relações com governos e principalmente do capital”, relatou Batista, que também enfatizou a importância do debate sobre a filiação de novas entidades à FSM — como a CTB, por exemplo — e o apoio a iniciativas internacionais como as Uniões Internacionais de Sindicatos (UIS).
China

A viagem à China também foi bastante proveitosa, segundo o relato feito por Batista. Os dois dirigentes cetebistas percorreram as cidades de Xangai e Xian, onde puderam se reunir com importantes representações de trabalhadores do país e conhecer um pouco mais sobre o sindicalismo chinês.

Após o contato com dirigentes de sindicatos distintos como o dos metalúrgicos e marítimos, além de interagir com um sindicato de empresa (da indústria de matérias elétricos do país) com 90 anos de existência, Batista entende que a crise econômica mundial causou pequenos danos à economia chinesa.

“Mesmo com a abrangência da crise, foi possível constatar todo o vigor da economia da China, bem como a real participação dos trabalhadores nas decisões de seus sindicatos”, comentou o dirigente.

Batista destacou também a iniciativa dos sindicatos dos Metalúrgicos e dos Marítimos de Xian, que viram a necessidade de reforçar laços com os trabalhadores brasileiros, por meio de convênios internacionais. “Esse será um grande aprendizado para os trabalhadores dos sindicatos filiados à CTB. Já apresentamos essa proposta à nossa Presidência e certamente em breve colocaremos em prática esse intercâmbio”, concluiu.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Protógenes Queiroz participa de ato político e palestra em S. Caetano


Protógenes Queiroz esteve ontem em São Caetano para dois compromissos, primeiro esteve no diretório municipal do PCdoB, onde conversou com militantes do partido pelo qual deve concorrer às eleições deste ano para o cargo de deputado federal, e também fez palestra na USCS (Universidade de São Caetano do Sul) com o tema Corrupção no Brasil e Gestão Pública.
Protógenes Queiroz ficou conhecido nacionalmente por sua atuação à frente da "Operação Satiagraha", que prendeu empresários e políticos como Celso Pitta e o proprietário do Banco Opportunity, Daniel Dantas. Além disso, efetuou prisões como a de Paulo Maluf e do contrabandista Law Kin Chong. Aos militantes, o delegado falou sobre a organização da militância. "Vim até o diretório conversar com os companheiros e também com funcionários da GM para conclamar o povo do ABC a participar do processo político, para que possamos ocupar o espaço hoje ocupado por corruptos. Eu posso falar isso porque estou há 11 anos combatendo a corrupção na Polícia Federal, já recuperamos R$ 10 bilhões para os cofres públicos; não vamos deixar espaço para os políticos corruptos", discursou.Ele também falou sobre o seu trabalho na polícia e as prisões que realizou de políticos influentes. "Eu fiz uma prestação de contas de um servidor que cumpriu o seu dever". Protógenes está afastado do cargo após notícia de uso de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). "Eu fui afastado por aqueles que querem proteger os corruptos", disse ontem ao REPÓRTER.Perguntado se o discurso de combate aos corruptos, já não tem caído, como se diz no popular, no lugar comum, já que muitos políticos usam essa estratégia em discursos, Queiroz disse que o eleitor sabe diferenciar os discursos verdadeiros das falácias. "Hoje a população está muito amadurecida e não aceita mais esses discursos vazios", concluiu.

Protógenes em frente a sede do PCdoB de São Caetano, ontem

quarta-feira, 24 de março de 2010

PARABÉNS PCdoB 88 ANOS DE LUTA EM DEFESA DO POVO E DO BRASIL!!!


O Partido Comunista do Brasil foi fundado no Rio de Janeiro em 25 de março de 1922. É o partido mais antigo em funcionamento no Brasil. Atua em todas as grandes lutas do povo brasileiro. Participou da Constituinte de 1945, da Campanha O Petróleo é Nosso. Foi reestruturado em 1962, quando passou a adotar a sigla PCdoB. Em vários momentos da história, foi colocado na clandestinidade. O PCdoB lutou contra o regime militar e dirigiu a Guerrilha do Araguaia. Foi legalizado após o fim da ditadura, em 1985.Vive hoje uma das fases mais ricas

O PCdoB é um partido marxista-leninista e tem como objetivos a conquista da soberania nacional, a emancipação dos trabalhadores e a construção do socialismo e da sociedade comunista. Defende o Brasil, o regime representativo e democrático, a independência nacional, o pluralismo partidário e os direitos da pessoa humana.


Hoje o Partido Comunista do Brasil vive um momento privilegiado. Possui uma expressiva participação institucional, com uma expressiva bancada parlamentar no congresso, assembléias legislativas e câmara municipais. Possui prefeitos, secretários e até ministro de Estado. Principalmente, o PCdoB dirige e influencia importantes entidades de massa: estudantis, sindicais e comunitárias. É força destacada no movimento negro, de juventude e de mulheres.

Mas, nem sempre foi assim. Inúmeras vezes, as forças conservadoras anunciaram sua extinção. Isso aconteceu durante o Estado Novo e na Ditadura Militar. No auge do neoliberalismo, também, muitos foram aqueles que anunciaram sua morte. Mas, teimosamente, os comunistas insistem em ressurgir das cinzas.

VIVA OS 88 ANOS DO PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PCdoB)!!!
Encontro de FHC com Joaquim Roriz abre nova crise no PSDB


A eclosão de uma nova crise entre tucanos está prejudicando o imenso esforço do governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, José Serra, para animar o PSDB e atrair o interesse dos eleitores. Serra já inaugurou uma maquete de ponte, já descerrou duas placas longe das estradas que teria construído e, ontem, “inaugurou” a demolição de alguns prédios no centro paulistano que vai consumir cinco meses. Foi frustrado, porque os líderes nacionais do tucanato “inauguraram” outra briga interna, novamente provocada por uma iniciativa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O motivo da cizânia mais recente é um encontro de Fernando Henrique, ocorrido segunda-feira na sua residência, em São Paulo, com o ex-governador do Distrito Federal e candidato a mais um mandato, Joaquim Roriz. Alvo de seis notícias crimes e cinco inquéritos no Superior Tribunal de Justiça, senador que renunciou ao mandato para não ser cassado por corrupção, em 2007, além de alvo recorrente e atual de investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, Roriz foi contemplado por Fernando Henrique com duas horas de conversa em que o ex-governador prometeu apoiar a candidatura presidencial de José Serra garantindo-lhe um palanque no Distrito Federal

Os tucanos consideraram desastroso o encontro patrocinado por seu antigo líder. O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reagiu com moderada insatisfação. Mas o líder do partido no Senado, Artur Virgílio, desqualificou e desautorizou Fernando Henrique como articulador de acordos eleitorais.

“O caminho para selar ou não um acordo não é Fernando Henrique. Ele vai ser um militante de peso, mas não é seu papel selar acordos”, afirmou Virgílio, que também desqualificou Roriz.

“Não vejo porque temos que nos nivelar por baixo. O Distrito Federal n~zao precisa de um cacique para mandar o eleitor votar no Serra. Essa é uma estratégia vovó, antiga, de fazer palanque por região”.

Apesar da manifestação pública de contrariedade das lideranças tucanas, o encontro de Fernando Henrique com Roriz sucedeu a várias semanas de conversas do ex-governador com parlamentares e dirigentes locais e nacionais do PSDB. Recentemente traído pelo PMDB e filiado ao nanico PSC, Roriz está à caça de um grande partido que lhe dê amparo político e eleitoral. Do respaldo eleitoral ele precisa, especialmente, para ocupar espaço na televisão: já o respaldo político lhe é até mais necessário, porque é de conhecimento geral, inclusive da Polícia Federal e do Ministério Público, que está nos governos dele a gênese do mensalão do DEM que custou, até agora, a liberdade e o mandato de seu sucessor e ex-afilhado político José Roberto Arruda. É certo que Roriz será arrastado para o centro das investigações do mensalão que Arruda passou a comandar quando conquistou o governo.

No início deste mês, o Ministério Público decidiu chamar a depor a deputada Eurides Brito (PMDB), secretária da Educação nos governos de Roriz, e o ex-secretário de Planejamento José Luiz Vieira Neves, para que forneçam detalhes sobre os vínculos entre Roriz e o mensalão do DEM. Durval Barbosa, o delator da quadrilha de Arruda, também é instado a falar sobre o funcionamento do esquema nos governos de Roriz.

E há mais. Após dois anos de investigação, em meio às quais Roriz renunciou ao Senado, o Ministério Público está concluindo o texto de uma ação de improbidade contra ele. É acusado de receber propina de R$ 2,2 milhões para facilitar um negócio de aproximadamente R$ 44 milhões para o empresário Nenê Constantino, dono da Gol Linhas Aéreas. O dinheiro teria sido pago a Roriz em troca da mudança de destinação de um terreno de 80 mil metros quadrados em Brasília.
Em busca de um vice, Serra esbarra em muitas encrencas

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), demorou meses para revelar seu segredo de polichinelo e confirmar que seria candidato à Presidência da República. Agora, corre contra o tempo para tentar arranjar um candidato a vice que sustente suas pretensões. Nesta busca, Serra tem enroscado em muitas encrencas e pode acabar tendo que engolir um companheiro ou companheira de chapa com potencial para tirar mais votos do que agregar.

Antes de explodir o escândalo político no Distrito Federal, Serra namorava a idéia de convidar o então único governador do Democratas, José Roberto Arruda, para ser seu vice. Mas agora Arruda está preso e, de quebra, arrastou para o buraco a credibilidade do seu antigo partido, o DEM, causando um tremendo mal estar para a aliança demo-tucana.

Com o DEM enfraquecido, fortaleceu-se entre os tucanos a proposta de formar uma chapa puro sangue, com um vice do próprio PSDB. O nome para ocupar tal posto era incontestavelmente o do governador mineiro Aécio Neves, tido e havido nas rodas oposicionistas como a verdadeira salvação da lavoura.

Acontece que o neto de Tancredo só foi cogitado para a vaga de vice pois suas pretensões eleitorais de ser o cabeça da chapa foram simplesmente tratoradas pelo tucanato paulista, que impôs Serra como candidato à sucessão de Lula. Analistas que desfrutam de alguma intimidade com Aécio dizem que a forma como o governador mineiro foi preterido na escolha provocou uma mágoa difícil de ser superada.

Os tucanos ainda tentam convencer Aécio a aceitar o papel secundário de vice de Serra. Mas o governador mineiro já deu todos os sinais de que não vai embarcar nesta canoa. Assim, Serra não apenas perde o seu “vice ideal” como também abre espaço para que parte do eleitorado mineiro dê o troco em outubro, preferindo votar em outra mineira, a pré-candidata petista Dilma Rousseff. Além disso, com Aécio fora da disputa presidencial, o DEM sentiu-se encorajado a reivindicar novamente a vaga de vice.

Demos à disposição

E aí novas encrencas surgem no já nebuloso horizonte eleitoral do tucano. Os nomes cogitados pelo DEM oscilam entre o indesejável e o insosso. Até o momento, a imprensa apresentou três pretensas indicações: a senadora Kátia Abreu (TO), o ex-governador da Bahia Paulo Souto e o senador Agripino Maia (RN).

Destes três nomes cogitados pelo DEM, a senadora Kátia Abreu pode parecer, à primeira vista, ser a melhor opção: é mulher (ajudaria numa disputa em que a principal adversária de Serra também é uma mulher), é de um estado da região Norte-Nordeste do país (onde Serra precisa de mais votos) e preside a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), representando um setor importante do país, o dos produtores rurais. Porém --e este é um grande porém—os interesses que Kátia Abreu defende estão identificados com o que há de mais atrasado na política brasileira. Líder da bancada ruralista, a senadora não se envergonha de defender pessoas, empresas e projetos que flertam com o trabalho escravo, o trabalho infantil, o desmatamento, a poluição, a violência no campo, a grilagem, a concentração de terras e várias outras mazelas praticadas pelo latifúndio. Não bastasse isso, ela também é acusada de desviar verbas da CNA para irrigar suas próprias campanhas eleitorais. Não é à toa que entre os três nomes cogitados pelo DEM, o da senadora é o que José Serra menos gostaria de ter como companheira de chapa, ainda mais numa disputa em que os temas ambientais estarão em evidência.

Indiferente à opinião do governador paulista, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), outro arauto dos interesses do latifúndio, defende a senadora. Questionado sobre a resistência de Serra ao nome de Kátia Abreu, ele despista: “Não sei fazer essa análise. Não posso dizer o que o PSDB pensa”.

Segundo Caiado, não é hora de colocar a questão do vice em primeiro plano. “É preciso fazer esse debate como menos paixão e mais racionalidade. O partido tem quadros, vai discutir, não pode ter uma posição 100% rígida. Tem que buscar uma somatória [à candidatura Serra], temos que construir uma chapa vencedora”, disse o deputado em entrevista ao site Terra Magazine.
Apesar do apelo de Caiado por um debate com menos afobamento, dois outros nomes já começam a ser ventilados entre os demos: o do ex-governador baiano Paulo Souto e o do líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN).

Souto insiste na tese de que será candidato ao governo da Bahia, com a missão de ressuscitar o carlismo naquele estado. A escolha de seu nome seria conveniente para Serra por dois motivos: ele é de um estado nordestino e sua saída da disputa pelo governo baiano poderia ampliar o apoio a Serra no estado. “A indicação de Souto poderia ganhar força caso abrisse canal de negociação com o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) na Bahia. O PSDB poderia apoiar Geddel no Estado, se o acordo tirar o PMDB do palanque de Dilma”, especula a Folha de S. Paulo em matéria publicada nesta terça (23). Mas tal especulação parece muito mais a expressão do desejo do tucanato de ter um palanque ampliado na Bahia do que propriamente a intenção dos candidatos ao Palácio de Ondina.

Restaria então o nome de Agripino Maia. O senador potiguar, apesar de também ser do Nordeste, vem de um estado com um eleitorado relativamente pequeno (pouco mais de 2 milhões de eleitores) e seu perfil de coronel conservador não agregaria muita coisa à campanha de Serra. Seria a última opção do DEM.

Nova versão de chapa puro sangue

Diante de opções pouco entusiásticas, aliados de Serra, especialmente na mídia, começam a ventilar a hipótese de uma nova versão de chapa puro sangue tucana, mas com o prefeito de Curitiba, Beto Richa, na vice. Richa é pré-candidato ao governo do Paraná. Lidera todas as pesquisas até o momento e nada indica que está disposto a trocar uma quase certa eleição ao Palácio Iguaçu (sede do governo paranaense) por uma quase certa derrota ao Palácio do Jaburu (residência oficial do vice-presidente).

Além disso, várias lideranças do DEM continuam defendendo que só se justifica uma chapa puramente tucana se Aécio for o vice. Se não for, o vice teria que ser de outro partido, ou seja, teria que ser do DEM, já que o PPS, que deve compor a coligação que dará suporte à candidatura Serra, não tem sido nem sequer cogitado para indicar um vice na chapa presidencial. E também não tem lideranças à altura do posto para oferecer.

Todas estas incertezas que cercam a escolha de um vice para José Serra revelam que o consórcio oposicionista ainda está sem rumo e se não encontrá-lo em breve poderá tornar ainda mais tormentosa uma campanha que já se desenha bastante difícil para a direita.
Segundo projeção do Diap, PSDB e DEM perderão muitos senadores

Segundo levantamento do diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz, das 54 vagas do Senado em jogo este ano, 14 ou 15 serão de senadores que conseguirão a reeleição. Nas demais cadeiras, a vantagem é de integrantes da base aliada do governo. O PSDB pode cair de 14 senadores para um patamar entre 9 e 10 e o DEM, que conta com bancada idêntica à dos tucanos, para algo entre 8 ou 9.
"A oposição é naturalmente prejudicada em uma disputa como essa, pela perda de interlocução que teve com o poder central há oito anos e que só será sentida agora", comentou Queiroz.

Entre os partidos situacionistas, o PMDB não tende a ter um crescimento expressivo, já que renova 14 de suas atuais 17 cadeiras e tem boa parte de sua bancada formada por suplentes. Abrindo mão da disputa por diversos governos estaduais, por orientação do próprio presidente, o PT criou espaços para avançar no Senado.

É precisamente o que ocorre em Estados do Nordeste, como Pernambuco e Ceará, ou do Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Nos Estados nordestinos, caso PT e PSB se coliguem na eleição presidencial, os petistas não devem apresentar candidato próprio ao governo estadual. Cria-se a possibilidade de eleição respectivamente do ex-prefeito do Recife João Paulo Lima e Silva, e do atual ministro da Previdência Social, José Pimentel. O primeiro ainda disputa a vaga com o ex-ministro da Saúde Humberto Costa.

No Paraná, a aliança com o atual senador Osmar Dias (PDT) abre espaço para Gleisi Hoffmann (PT), mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tentar o Senado. No Rio de Janeiro, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), e a também petista Benedita da Silva, disputam com chances uma cadeira ao Senado na chapa que apoiará a reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB). No Espírito Santo, o PT deve apoiar a candidatura do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) e o prefeito de Vitória, o petista João Coser, é o mais provável candidato a substituir o governador Paulo Hartung (PMDB) na disputa por uma cadeira ao Senado.

Pelas contas do Diap, o PT sairia dos seus atuais 11 senadores (dois deles suplentes) para um patamar entre 13 e 15 parlamentares. Já o PMDB, atualmente com 17 integrantes do Senado, não tende a crescer. O levantamento mostra entre 14 e 16 cadeiras para o partido. Queiroz não arrisca prognósticos sobre a segunda vaga ao Senado em diversos Estados, mas a chance do partido reduzir a bancada é mínima. Em pelo menos três Estados sem previsão do levantamento há fortes candidatos pemedebistas: No Mato Grosso do Sul, o deputado federal Waldemir Moka; em Tocantins, o ex-governador Marcelo Miranda e no Sergipe, o deputado federal Jackson Barreto. Em Goiás, o diretor do Diap acredita na possível candidatura ao Senado do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Também é cotada para a vaga, caso Meirelles não entre na disputa, a deputada federal Íris Araújo (PMDB).

Para Queiroz, os atuais comandantes da bancada pemedebista tendem a reeleger-se. Renan Calheiros ampliou suas possibilidades em Alagoas ao conseguir deslocar para a disputa pelo governo estadual o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). Ainda em Alagoas, a ex-senadora Heloísa Helena tem boas chances de retornar ao Senado, mantendo a única vaga ocupada pelo PSOL, que hoje está com José Nery (PA). Romero Jucá não tem competidores fortes em Roraima. Já Valdir Raupp deverá ser o segundo mais votado em Rondônia. O presidente da Casa, senador José Sarney (AP), conta com mais quatro anos de mandato.

Panorama adverso para a oposição

O panorama é adverso para a oposição. Na avaliação de Queiroz, dos principais senadores oposicionistas que buscam um novo mandato, apenas três - Heráclito Fortes (DEM-PI), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) - estão em situação relativamente confortável. Já Arthur Virgilio (PSDB-AM), Sergio Guerra (PSDB-PE), José Agripino Maia (DEM-RN) e Marco Maciel (DEM-PE) enfrentam ao mesmo tempo os governos federal e estadual e contam com adversários fortes. O líder tucano Arthur Virgílio pode perder a vaga para a deputada comunista Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM), que disputará uma vaga ao Senado com boas chances de sucesso. Em Pernambuco, PSDB e DEM podem perder suas cadeiras no Senado para partidos de esquerda como PT e PSB. E no Rio Grande do Norte uma das vagas deve ficar com Vilma de Faria (PSB), deixando Garibaldi Alves (PMDB) e Agripino Maia brigando pela segunda vaga.

Pelo levantamento do Diap, o PSDB pode cair de 14 senadores para um patamar entre 9 e 10 e o DEM, que conta com bancada idêntica à dos tucanos, para algo entre 8 ou 9. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), tende a tornar-se o parlamentar mais votado no campo oposicionista, se concretizar a sua candidatura ao Senado. Mas terá que se esforçar para garantir a maior votação em Minas, caso o vice-presidente José Alencar (PRB) seja candidato.

No levantamento feito por Queiroz, não há apostas sobre a segunda vaga na Bahia, no Maranhão, em Sergipe, Paraíba, Acre e Roraima. De acordo com o diretor, os dois primeiros estados (BA e MA) reúnem duas características que tornam o quadro obscuro: há a presença de suplentes, ACM Júnior (DEM-BA) e Mauro Fecury (PMDB-MA) que, em tese, teriam dificuldade para renovar o mandato, e não há polarização na disputa estadual, o que retarda as composições para o Senado. Na Bahia, PMDB e PT tendem a apresentar candidaturas separadas para o governo. No Maranhão, a divisão é entre a governadora Roseana Sarney (PMDB) e o deputado federal Flavio Dino (PCdoB).

Já no Acre, apesar do levantamento apontar apenas o nome de Jorge Viana (PT) como um dos favoritos, os comunistas também têm boas chances de emplacar seu candidato, Edvaldo Magalhães, presidente da Assembléia Legislativa do Estado, que deve disputar uma das cadeiras ao Senado.

Uma das disputas mais acirradas deve ocorrer em São Paulo. O Diap apontou os nomes de Marta Suplicy (PT) e Orestes Quércia (PMDB) como favoritos para ocupar as vagas hoje ocupadas por Aloizio Mercadante (PT) --que deve concorrer ao governo estadual-- e Romeu Tuma (PTB). Mas além do próprio Tuma poder vir a se candidatar à reeleição --ele ainda não decidiu--, a disputa terá outros nomes muito fortes como Netinho de Paula (PCdoB) e Gabriel Chalita (PSB).

Até outubro, muita coisa pode acontecer e embaralhar bastante o quadro sucessório no Senado, mas o centro da aposta do Diap, de que a oposição de direita, sobretudo DEM e PSDB, devem ser os maiores derrotados parece ter subsídio factual suficiente para se confirmar.

segunda-feira, 22 de março de 2010

CTB condena campanha político-midiática contra Cuba

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) vem a público para manifestar seu total repúdio à campanha político-midiática que vem sendo desenvolvida contra Cuba, bem como à recente resolução do Parlamento Europeu em virtude da morte por greve de fome do "dissidente" cubano Orlando Zapata.Há mais de 50 anos, desde o advento da Revolução Cubana, a mídia atrelada ao imperialismo desenvolve esse tipo de campanha contra a Ilha — assim como os governos aliados à política estadunidense. Mais uma vez, a informação que chega ao grande público é submetida aos interesses escusos daqueles que tentam reverter a ordem constitucional vigente em Cuba.Nenhum governo, nenhuma entidade internacional e, principalmente, nenhum veículo de comunicação tem o direito de atentar contra a soberania de qualquer nação soberana. São cínicas as acusações que clamam por direitos humanos em Cuba, especialmente por partirem de nações e setores da sociedade que fecham os olhos para a tortura e outros crimes praticados em Guantánamo e no Iraque, por exemplo.Diante de mais essa campanha, a CTB ratifica sua solidariedade com o governo cubano e seus trabalhadores e trabalhadoras. Nossa central se soma às centenas de entidades de todo o mundo que defendem o direito de soberania ao povo de Cuba e exigem o fim do bloqueio comercial, econômico e financeiro imposto pelos Estados Unidos há mais de 40 anos.
DEM NO FIM

Esta informação vai cansar de ser desmentida, mas é verdadeira: o DEM, herdeiro do PFL, deve acabar no início do ano que vem. Sem seus líderes históricos, o partido está nas cordas. Imagine a situação do prefeito Gilberto Kassab: se fica no enfraquecido DEM, sua carreira sofre; se sai, pode perder o mandato por mudar de partido. Se Serra for eleito, o PSDB pode ser o destino de boa parte do DEM.
Militante histórico do PCdoB de São Caetano recebe anistia do Governo Federal

Na última quarta-feira o governo brasileiro concedeu anistia a um histórico militante comunista da região. Marcelo Toledo, que é ex-presidente do PCdoB de São Caetano e atual membro do Comitê Central do partido. O processo dele foi julgado junto com vários outros na chamada “Caravana da Anistia” (movimento nacional que percorre o país analisando casos de pessoas que foram perseguidas pelo regime militar). O julgamento aconteceu por volta das 17h30 no Sindicato dos Metalúrgicos da Capital e contou com a presença do ministro da Justiça, Tarso Genro. Na frente de todos os presentes Toledo relatou sua história de perseguição na década de 80. “Foi emocionante”, recordou. Ele lembrou que de 82 a 88 não conseguiu arrumar emprego por causa de sua atuação no Partido Comunista e no Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André. “Minha família sofreu muito nesta época”, afirmou. Agora, o governo dará uma ajuda financeira para compensar esses anos de sofrimento.


Taxado

Por causa de sua militância clandestina no Partido Comunista, Marcelo Toledo foi classificado pelo serviço de inteligência do regime militar como “militância expressiva”. A denominação causava calafrios aos patrões da época. Cada vez que ele buscava um emprego e a empresa consultava sua ficha se deparava com a restrição. Entre as indústrias que Toledo foi dispensado o comunista citou a Cofap e a Pierre Sabin Metalúrgica.


Marcelo Toledo hoje é secretário geral dos Metalúrgicos de S. Caetano