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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Lançado Comitê pela Reestatização da Embraer

Na quarta-feira, 15/04, foi lançado oficialmente o Comitê Nacional pela Reestatização da Embraer, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Nivaldo Santana, vice presidente da CTB, e Vivaldo Moreira, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, coordenaram a solenidade que reuniu mais de 200 pessoas, representantes dos partidos de esquerda e das centrais sindicais (CTB, CUT, Conlutas e Intersindical).

O evento foi aberto com a apresentação do vídeo sobre as greves e mobilizações dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) contra a privatização promovida por Fernando Henrique Cardoso, em defesa do emprego e pela reestatização da empresa.

Adilson dos Santos, o Índio, disse que a Embraer recebe recursos públicos através do BNDES e o governo federal planeja destinar mais dinheiro dos trabalhadores, mesmo com as demissões ocorridas na empresa. “A única saída é a reestatização da empresa, sob cautela dos trabalhadores”, concluiu Índio.

Plínio de Arruda Sampaio se solidarizou com os trabalhadores demitidos da Embraer, lembrando que a tecnologia da empresa é toda brasileira e o país não pode abrir mão dessa experiência acumulada e afirmou: “Eu sou companheiro e camarada para esta briga. Se vamos ganhar, eu não sei, mas eu vou brigar, mas não podemos ceder um milímetro sem lutar ”, colncluiu.

Atnágoras Lopes saudou a unidade das centrais na mobilização do dia 30 de março, afirmando que todos devem estar unidos onde houver demissões. Ele disse que não haverá luta pela reestatização sem enfrentamento ao governo Lula. “O presidente da república não tem o direito de ver nesse país um milhão de pais e mães de família sem emprego e dizer que está torcendo”, criticou.

Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, assim como a entrega da Vale e da CSN, a privatização da Embraer foi um crime de lesa-pátria que precisa ser revisto. "Defendemos a volta da Embraer e das demais empresas estratégicas privatizadas para as mãos dos brasileiros. Vamos disputar a consciência do povo brasileiro, pois só teremos um país forte com um mercado interno forte, com geração de emprego e renda", declarou.

Wagner Gomes disse que a CTB apóia a reestatização da Embraer e criticou o governo por estar dando mais dinheiro para a empresa. “Isso mostra que a reivindicação dos trabalhadores para não dar dinheiro para empresas que demitem não está adiantando nada”, Toninho Ferreira, ex-presidente do Sindicato e trabalhador da Embraer, lembrou da luta dos trabalhadores travaram contra a privatização, quando o presidente Lula estava junto com os trabalhadores na porta da empresa, e disse que quando tivesse “a caneta nas mãos” reestatizaria a Embraer. “Chegou a hora do presidente Lula cumprir o que prometeu”, concluiu.

Júlio Turra representando a CUT, disse que a central se posicionou pela reestatização da Embraer por compreender que esta é uma necessidade. “Reestatizar a Embraer é afirmar a defesa da nação contra a crise, é priorizar o nosso mercado interno, a tecnologia nacional, o emprego e o salário dos brasileiros", disse.

Para Paulo Pasin, representante da Intersindical, “a luta em defesa da reetatização da Embraer é uma luta de todos os trabalhadores”.

Também compareceram no ato os deputados estaduais Pedro Bigardi (PCdoB) e Raul Marcelo (PSOL) que se prestaram solidariedade à luta em defesa da reestatização da Embraer.

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