Prorrogação de IPI para carros ainda não está definida, diz Mantega.
Ministro da Fazenda falou durante evento do BB em
São Paulo.
Ele falou que precisa se reunir com os setores para avaliar resultados.
Ele falou que precisa se reunir com os setores para avaliar resultados.
TABELA DE REDUÇÃO DO IPI
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta
sexta-feira (17) que ainda não tem definição sobre uma eventual prorrogação do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que expira em 31 de agosto.
“O IPI de agora está muito bem, nós não estamos
pensando numa prorrogação do IPI, ainda tem mais de 15 dias”, falou, em tom de
brincadeira.
Segundo ele, antes de tomar uma decisão sobre a
prorrogação, é preciso avaliar ao final do período em que foi dada a exoneração
qual é o resultado. “Precisamos ver o resultado do setor, a geração de
empregos, porque uma coisa está acoplada à outra. (...) Tudo isso tem que ser
avaliado e ainda não fiz as reuniões com os setores”, disse.
Em maio, o tributo foi reduzido para proporcionar
melhores condições para a indústria em meio à crise financeira internacional –
que tem derrubado as previsões de crescimento de todas as economias. A redução
do IPI proporcionou recordes nas vendas em junho
e julho.
Mantega negou que a questão esteja sendo discutida na reunião que ocorre nesta sexta-feira, em Brasília, com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), da qual o ministro, inicialmente, deveria participar. “Está sendo discutido o novo regime automotivo que deve ser concluído nas próximas semanas. São detalhes sobre o novo regime automotivo que vão estabelecer estímulos para, por exemplo, veículos que utilizem mais componente nacional, para veículos que são menos poluidores, que têm mais eficiência energética. Então, em função disso, é que nós vamos reduzir o IPI, mas não tem nada a ver com a coisa de agora. Para o futuro, quando a indústria automobilística estiver produzindo veículos mais eficientes em energia, estaremos reduzindo o IPI das suas taxas normais, mas é bom deixar claro: não é para agora. É para daqui a um ano, um ano e meio, dois.”
O ministro da Fazenda participou, nesta sexta-feira, de um encontro anual de superintendentes regionais e estaduais do Banco do Brasil, em São Paulo.
Recuperação da economia
Mantega negou que a questão esteja sendo discutida na reunião que ocorre nesta sexta-feira, em Brasília, com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), da qual o ministro, inicialmente, deveria participar. “Está sendo discutido o novo regime automotivo que deve ser concluído nas próximas semanas. São detalhes sobre o novo regime automotivo que vão estabelecer estímulos para, por exemplo, veículos que utilizem mais componente nacional, para veículos que são menos poluidores, que têm mais eficiência energética. Então, em função disso, é que nós vamos reduzir o IPI, mas não tem nada a ver com a coisa de agora. Para o futuro, quando a indústria automobilística estiver produzindo veículos mais eficientes em energia, estaremos reduzindo o IPI das suas taxas normais, mas é bom deixar claro: não é para agora. É para daqui a um ano, um ano e meio, dois.”
O ministro da Fazenda participou, nesta sexta-feira, de um encontro anual de superintendentes regionais e estaduais do Banco do Brasil, em São Paulo.
Recuperação da economia
Mantega abriu a coletiva com a imprensa falando que
há sinais claros de recuperação da economia, mas que ele ainda vê deficiência
no crédito. “A recuperação da economia se torna cada vez mais nítida, nós já
passamos o Cabo da Boa Esperança e no segundo semestre estaremos com uma
economia crescendo mais do que foi no primeiro semestre”, disse.
Ele citou indicadores divulgados recentemente, como o resultado “extraordinário” do comércio varejista, os resultados da indústria automobilística, a geração de empregos e a previsão de crescimento divulgada pelo Banco Central.
“Ainda acho que temos que continuar tomando medidas e fazendo esforços para que haja consolidação deste crescimento. (...) Ainda estamos deficientes na área de crédito. Os bancos públicos estão tendo uma atuação muito boa e estão substituindo os bancos privados, que ainda não reagiram. Se os bancos privados já tivessem reagido, estivessem baixando juros, spread e aumentado o volume de crédito, estaríamos aquecendo mais rapidamente. O que nós precisamos neste segundo semestre é de uma expansão maior do crédito.”
Programa de Investimentos em Infraestrutura
Ele citou indicadores divulgados recentemente, como o resultado “extraordinário” do comércio varejista, os resultados da indústria automobilística, a geração de empregos e a previsão de crescimento divulgada pelo Banco Central.
“Ainda acho que temos que continuar tomando medidas e fazendo esforços para que haja consolidação deste crescimento. (...) Ainda estamos deficientes na área de crédito. Os bancos públicos estão tendo uma atuação muito boa e estão substituindo os bancos privados, que ainda não reagiram. Se os bancos privados já tivessem reagido, estivessem baixando juros, spread e aumentado o volume de crédito, estaríamos aquecendo mais rapidamente. O que nós precisamos neste segundo semestre é de uma expansão maior do crédito.”
Programa de Investimentos em Infraestrutura
Ao comentar o Programa de Investimentos em
Infraestrutura, anunciado esta semana pelo governo federal, Mantega disse que,
embora haja o entendimento de que o efeito das medidas ocorre em médio e longo
prazo, há também um efeito imediato.
“O Brasil terá um grande programa de investimentos em curso, vamos ter uma oferta maior de logística a um custo menor e isso já pauta os investimentos que estão sendo feitos. (...) Isso anima as empresas”, comentou. “O mundo está com carência de bons investimentos. Então, influencia no curto prazo o aumento de investimento.”
Segundo Mantega, a taxa de rentabilidade destes investimentos gira em torno de 10% a 11%, “em termos do projeto como um todo”. O ministro acredita que haverá interesse do capital estrangeiro nos projetos.
Câmbio
“O Brasil terá um grande programa de investimentos em curso, vamos ter uma oferta maior de logística a um custo menor e isso já pauta os investimentos que estão sendo feitos. (...) Isso anima as empresas”, comentou. “O mundo está com carência de bons investimentos. Então, influencia no curto prazo o aumento de investimento.”
Segundo Mantega, a taxa de rentabilidade destes investimentos gira em torno de 10% a 11%, “em termos do projeto como um todo”. O ministro acredita que haverá interesse do capital estrangeiro nos projetos.
Câmbio
Mantega disse ainda que as medidas cambiais que
foram tomadas, das quais, a principal ele considera a redução da Selic, reduzem
a arbitragem.
“Quando a taxa de juros é elevada, atrai muito capital especulativo, voltado para a arbitragem, não aquele voltado para o investimento. Daí tem um excesso e temos que criar barreiras. Quando a taxa é mais baixa, este fluxo diminui. Cai o capital especulativo e aumenta o investimento externo direto.”
“Quando a taxa de juros é elevada, atrai muito capital especulativo, voltado para a arbitragem, não aquele voltado para o investimento. Daí tem um excesso e temos que criar barreiras. Quando a taxa é mais baixa, este fluxo diminui. Cai o capital especulativo e aumenta o investimento externo direto.”
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