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segunda-feira, 16 de julho de 2012

  GM suspende investimento em fábrica em Santa Catarina


Cinco meses após anúncio de investimento de R$ 710 milhões na construção de uma fábrica de transmissões em Joinville, no norte de Santa Catarina, a GM do Brasil suspendeu as obras nesta semana.

A montadora decidiu segurar o investimento porque o mercado europeu está em compasso de espera com a crise que atinge os países da zona do euro.
Em comunicado, a GM informou que a suspensão do projeto é temporária e levou em conta a "atual conjuntura do mercado europeu".
A decisão será mantida, segundo a empresa, "até que se concluam as análises sobre os impactos na atual demanda do mercado global".

A fábrica em Joinville iria ampliar a capacidade de produção do componente, que hoje é produzido em São José dos Campos, interior paulista, e exportado para o mercado europeu.
A unidade teria 50 mil metros quadrados, e previsão para entrar em operação em 2014. A estimativa era produzir 150 mil transmissores por ano, com previsão de R$ 200 milhões de faturamento/ano.
A empresa informou ainda que não pretende reduzir a produção nas unidades de São José dos Campos. Como a planta em Santa Catarina seria uma ampliação da capacidade, a GM decidiu apenas suspender os investimentos temporariamente.

De acordo com o comunicado, a decisão não afeta a unidade de motores que está em fase final de construção em Joinville, com previsão de inauguração até o final do ano. A GM investiu R$ 350 milhões na fábrica.

NEM COM INCENTIVO

A Folha antecipou nesta sexta que o governo estuda, por causa do cenário externo conturbado, dar incentivo também ao setor de autopeças.
Serão anunciados, provavelmente na próxima semana, a concessão de benefícios tributários --como cortes no imposto de importação de máquinas e redução de custos de alfândega-- para estimular os investimentos da indústria de partes e peças de automóveis.

A avaliação do governo é que não adianta cobrar que as montadoras passem a priorizar peças nacionais em suas linhas de produção, em troca de corte no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), se não houver fornecedores de autopeças locais com produtos baratos e de qualidade.

Segundo a montadora, a concessão de beneficios tributários em estudo pelo governo não influencia na decisão "por não ter vínculo com o mercado nacional".

Fonte: Folha.com

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