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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Oposição e centrais vão pressionar por projetos dos aposentados

Apesar da decisão do governo de priorizar a votação dos projetos do pré-sal em plenário, os partidos de oposição e as entidades ligadas aos aposentados vão insistir na apreciação, na próxima semana, de propostas que tratam do reajuste de aposentadorias e pensões.

Eles querem que seja colocado em pauta, no plenário, o projeto que estende às aposentadorias o mesmo reajuste do salário mínimo (PL 1/07).

O líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), já avisou que a oposição vai retomar a estratégia de obstrução caso essas matérias não entrem na pauta.

“Na próxima semana, se o governo não pautar o projeto dos aposentados e os partidos da base não tiverem indicado os nomes para compor a CPMI do MST, nós estamos liberados e entraremos em obstrução plena e total, com tudo aquilo que o regimento nos garante. Se os aposentados não forem incluídos na pauta, nós, a partir da semana que vem, não sairemos do processo de obstrução na votação dos quatro projetos do pré-sal”, disse Caiado.

Fator previdenciário

A Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) também vai manter a mobilização em torno dos projetos de seu interesse. Além do reajuste das aposentadorias, a Cobap aguarda a votação do projeto que acaba com o fator previdenciário (PL 3299/08), em análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

O presidente da Cobap, Warley Gonçalles, disse que a decisão do governo não vai interferir em nada na estratégia que a entidade programou para a próxima semana de pressão sobre os parlamentares. “Nós vamos mostrar para o governo que estamos com força e vamos, na terça-feira, trazer os aposentados para a Câmara e exigir que eles coloquem em pauta, na terça ou na quarta. Vamos pressionar os deputados para que o nosso projeto seja colocado em votação e, por isso, não estamos preocupados com o que o governo vai fazer.”

Centrais sindicais

Warley argumenta que o reajuste igual para salário mínimo e aposentadorias e o fim do fator previdenciário também têm forte apoio entre deputados de partidos governistas.

Outras cinco centrais sindicais, como a Conlutas, a Nova Central Sindical de Trabalhadores e a Central de Trabalhadores do Brasil, apoiam a mobilização da Cobap.

Já as duas maiores centrais do País, CUT e Força Sindical, têm negociado com o governo em torno do projeto que prevê o reajuste real para aposentadorias e pensões com base na metade da variação do PIB de dois anos antes.

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