As estatísticas do Ministério do Trabalho sobre o comportamento do mercado de trabalho divulgadas nesta quinta-feira (16) confirmam a denúncia dos sindicalistas sobre o uso e abuso da rotatividade no mercado de trabalho (traduzidas em demissões sem justa causa) para depreciar o valor real dos salários.

De acordo com o ministro Carlos Lupi (Trabalho), os dados mostram que um dos motivos da alta rotatividade do mercado de trabalho no país 'pode ser' a redução dos custos com a folha de pagamento, apesar das multas pagas pelas empresas na hora da demissão.
"Quando você contrata alguém no lugar do demitido, você contrata por um salário menor. O admitido sempre recebe menos que o desligado", afirmou Lupi.
Novos empregos
O governo também divulgou hoje os dados sobre o mercado de trabalho formal em junho. A economia brasileira registrou a criação de 119.495 vagas com carteira assinada no mês passado, o quinto mês seguido de resultados positivos. Pela primeira vez no ano, no entanto, o resultado ficou abaixo do registrado no mês imediatamente anterior. Em maio, foram gerados 131.557 empregos formais.
O resultado do primeiro semestre ficou prejudicado na comparação com 2008 devido à crise econômica. Entre janeiro e junho, foram abertas 299.506 novas vagas. No mesmo período do ano passado, foram criadas 1,3 milhão de vagas.
Os resultados de junho, apesar de positivos, também são os piores para esses períodos desde 2003, início da série disponibilizada pelo ministério. Não foram divulgados os dados referentes ao período anterior ao governo Lula, que também fazem parte da série histórica do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Questionado sobre os números, o ministro disse que preferia fazer a comparação com outros países. "Se eu comparar com o mundo, é o melhor semestre do G20", disse Lupi, em referência ao grupo que reúne os países desenvolvidos e os principais emergentes.
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