Os metalúrgicos da GM São Caetano do Sul entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira (18). A greve foi aprovada em assembléia realizada após a rodada de negociação com a empresa que ofereceu o índice de 6.53% de reajuste salarial e um abono de R$ 1.750,00.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Caetano do Sul, João Cipriano, conhecido como “Magrão”, disse que a categoria considerou a proposta insuficiente e deliberou pela greve para que o sindicato busque avançar nas negociações. “Os trabalhadores da Toyota e da Honda conquistaram 10% de reajuste salarial, e GM pode avançar em sua proposta.
Marcelo Toledo (1º secretário do sindicato dos Metalúrgicos São Caetano do Sul)
As empresas montadoras de veículos foram as que mais receberam e continuam recebendo incentivos do governo federal para fazer frente à crise econômica. Esses incentivos vieram por meio de redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e de empréstimos com juros abaixo do que o mercado dispõe.
Mesmo com a crise financeira internacional houve aumento da produção. Se comparada com 2008, a produção até o mês de agosto cresceu 5,5%, enquanto o nível de empregos no setor obteve um crescimento de apenas 1,1% em relação a julho/09.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Caetano do Sul a GM produz hoje em média de 50 carros por hora. O mesmo número de produção em maio de 2008, antes da crise, só que com menos funcionários.
O Sindicato também denuncia que a GM vem tentando eliminar uma série de benefícios que constam na Convenção Coletiva de Trabalho.
“Magrão”, diretor do Sindicato, afirmou que a GM tem condições de apresentar aos trabalhadores uma proposta melhor do que a que foi aprovada pelos trabalhadores da Toyota e da Honda, com 10% de reajuste salarial (INPC: 4,44% + 5,32% de aumento real), Teto salarial de R$ 7.833, e os salários acima desse valor foram incorporado valor fixo de R$ 347,70, e piso salarial de R$ 1.275,00.
Portal CTB
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