Montadora norte-americana pediu concordata.Fabricante de veículos tem dívidas de US$ 6,9 bilhões.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou em pronunciamento nesta quinta-feira (30), a parceria entre a Chrylser e a montadora italiana Fiat que, segundo ele, vai permitir a "sobrevivência" da fabricante norte-americana de veículos. A Chrysler tem dívidas de US$ 6,9 bilhões.
Obama confirmou que a Chrysler recorreu ao capítulo 11 da Lei de Falências americana, por se sentir incapaz de cumprir com suas obrigações financeiras. O presidente da Chrysler, Robert Nardelli, vai deixar o cargo e voltará como conselheiro ao fundo de investimentos Cerberus (que até agora era proprietária da Chrysler). Um conselho de administradores com representantes nomeados pelo governo e pela Fiat vai controlar a empresa.
As conversas entre o Tesouro e o consórcio de 46 bancos e fundos de investimento aos quais a Chrysler deve US$ 6,9 bilhões se "desintegraram" no início da madrugada. Obama disse que empresas como a montadora Daimler e o grupo JP Morgan, acionistas da Chrysler fizeram grandes sacrifícios para a solução de um acordo, mas que "um pequeno grupo de especuladores" se manteve irredutível.
Agonia da Chrysler começou há 30 anos
"Eu estou com os trabalhadores da Chrysler e suas famílias", disse o presidente. "Não posso ficar ao lado de quem ficou de fora enquanto todo mundo fazia sacrifícios. É por isso que estou apoiando a Chrysler para fazer uso da lei de proteção de falências para cumprir com suas obrigações".
Obama se referiu a um reduzido grupo de fundos de investimentos que se negou a aceitar nesta madrugada um acordo para trocar a dívida da Chrysler, estimada em US$ 6,9 bilhões, por US$ 2,25 bilhões em dinheiro. Embora um consórcio de bancos, responsáveis por 70% dessa dívida, tenha aceitado o acordo, a rejeição dos fundos de investimento que ostentam os 30% restantes obrigará a Chrysler a ter que se declarar em quebra. Isso representa que embora a Chrysler vá continuar operando, todas as suas decisões serão supervisionadas por um juiz, que terá que equilibrar suas medidas para proteger tanto a empresa como os direitos de seus credores.
Volta por cima
Para Obama, o pedido de concordata não é um sinal de fraqueza. "Ao contrário, tenho certeza de que a empresa vai sair mais forte deste processo", disse Obama. Segundo o presidente dos EUA, o processo será "rápido e controlado." Obama mandou ainda um recado aos consumidores. "Se você vai comprar um carro, escolha um carro americano. Os carros da Chrylser são garantidos pelo governo dos Estados Unidos.
Com a parceria, a Chrysler vai ter acesso às tecnologias da Fiat para a produção de veículos mais compactos e menos poluentes. A montadora italiana, por sua vez, poderá terá acesso a uma plataforma para a produção de caminhões leves, além de uma rede robusta para a venda de seus veículos nos Estados Unidos.
De acordo com uma autoridade do governo norte-americano, a Chrysler buscará proteção judicial contra falência quase imediatamente para completar sua reestruturação em uma parceria com a montadora italiana Fiat.
O pedido de proteção contra falência ocorrerá em Nova York e o governo fornecerá até US$ 3,5 bilhões em financiamento para dívidas e até US$ 4,7 bilhões quando o acordo de aliança for fechado e a reestruturação for completada - no período de 30 a 60 dias. O pedido de concordata se tornou necessário após o fracasso de negociações entre o Tesouro norte-americano e credores da Chrysler para reduzir completamente a dívida da montadora. A Chrysler deve operar normalmente durante o processo de proteção contra falência, mas reduzirá a rede de concessionárias e buscará autorização para pagar fornecedores e outras empresas.
As operações mexicanas, canadenses e em outras partes do mundo não fazem parte do pedido de concordata. Segundo a montadora, a maior parte das operações produtivas será temporariamente paralisada a partir de 4 de maio dentro do plano de reestruturação. A produção deve ser retomada e normalizada em até dois meses.
Sobre a lei de falências
De acordo com uma autoridade do governo norte-americano, a Chrysler buscará proteção judicial contra falência quase imediatamente para completar sua reestruturação em uma parceria com a montadora italiana Fiat.
O pedido de proteção contra falência ocorrerá em Nova York e o governo fornecerá até US$ 3,5 bilhões em financiamento para dívidas e até US$ 4,7 bilhões quando o acordo de aliança for fechado e a reestruturação for completada - no período de 30 a 60 dias. O pedido de concordata se tornou necessário após o fracasso de negociações entre o Tesouro norte-americano e credores da Chrysler para reduzir completamente a dívida da montadora. A Chrysler deve operar normalmente durante o processo de proteção contra falência, mas reduzirá a rede de concessionárias e buscará autorização para pagar fornecedores e outras empresas.
As operações mexicanas, canadenses e em outras partes do mundo não fazem parte do pedido de concordata. Segundo a montadora, a maior parte das operações produtivas será temporariamente paralisada a partir de 4 de maio dentro do plano de reestruturação. A produção deve ser retomada e normalizada em até dois meses.
Sobre a lei de falências
Ao declarar-se em quebra, a empresa não fecha suas portas. A proteção do capítulo 11 permite a uma companhia em dificuldades financeiras continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com seus credores. Este procedimento significa uma vontade de reestruturação da companhia, sob o controle de um tribunal.
Ajuda federal
Ajuda federal
Em dezembro, o governo dos Estados Unidos, ainda sob o comando de George W. Bush, liberou o empréstimo de US$ 4 bilhões para a Chrysler, além de US$ 13,4 bilhões para General Motors. No último dia 21, o goveno anunciou ajuda de mais US$ 500 milhões para a Chrysler e mais US$ 5 bilhões para a GM.
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