Cerca de 3.100 pessoas participaram da solenidade de abertura do 10º Congresso da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) na última terça-feira (10). Com 3.145 inscritos e 2.604 credenciados, o evento acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e será encerrado no dia 14 com a eleição da nova diretoria. Na sexta-feira 13, será votada uma proposta polêmica: desfiliação (ou não) da entidade à CUT.

Por Cinthia Ribas, no Portal CTB
Com debate sobre “Conjuntura e Crise Econômica”, a mesa de abertura contou a participação do diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Clemente Ganz Lúcio, ministros de Estado, presidentes de partidos políticos, dirigentes de centrais sindicais, parlamentares, delegações estrangeiras e representantes de outras entidades.
Maturidade
Convidado para compor a mesa, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, defendeu a importância da unidade do movimento sindical para enfrentar os efeitos da crise mundial do capitalismo no Brasil. "Trata-se de uma crise gerada pelo centro do capitalismo mundial e não podemos aceitar que a classe trabalhadora pague a conta novamente. Neste sentido, a Contag dá uma grande demonstração de maturidade quando decide compor uma chapa única para dirigir a entidade".
Gomes defendeu a diminuição substancial da taxa de juros e anunciou que as centrais sindicais irão promover em 30 de março um Dia de Mobilização e Lutas em Defesa do Emprego e dos Direitos Sociais. Alertou também para dois problemas que ameaçam dividir o movimento sindical — a portaria 186 e os ataques à unicidade sindical. “A portaria 186 pode dividir e pulverizar o movimento sindical urbano e rural. Temos que lutar contra a pluralidade sindical. A nossa força está na unidade e não na pulverização”, garante.
A Portaria 186 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) procura consolidar o pluralismo nas federações e confederações, além de facilitar a proliferação das organizações de primeiro grau. Estimativas do próprio MTE revelam que são criados, em média, 22 sindicatos por mês no Brasil.
Esquema de segurança gera irritação
A ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do evento despertou decepções e transtornos entre os delegados. A presença dele e da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, estavam confirmadas até o início da noite, mas foi cancelada em função de uma reunião de emergência com a equipe econômica.
Para os delegados que ansiavam pela participação do presidente restou manter a calma e a paciência frente aos atrasos ocorridos, decorrentes do forte esquema de segurança instalado em razão da possível participação presidencial. Todos os presentes foram submetidos à revista e detectores de metais.
Unidade e renovação
Um dos momentos mais importantes do congresso — a votação para a diretoria, conselho fiscal e respectivos suplentes para a próxima gestão — ocorrerá no último dia do Congresso (14), das 9 às 14 horas. Em seguida será feita a apuração dos votos e proclamação dos eleitos.
O debate para a renovação da diretoria resultou na formação de uma chapa única encabeçada pelo agricultor familiar Alberto Broch, que exerce atualmente o cargo de vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da Contag e é dirigente de uma federação filiada à CTB (Fetag-RS). A chapa que deverá ser eleita pelos delegados do 10º Congresso respeita o critério de cotas para mulheres (30%) e jovens (20%). Os participantes também deverão aprovar a criação de duas novas secretarias: Meio Ambiente e Terceira Idade.
Desfiliação da CUT
Durante o congresso haverá a formação de comissões temáticas que promoverão debates sobre os temas: o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural, Sustentável e Solidário (PADRSS), políticas agrária, agrícola e sociais, meio ambiente, assalariados e assalariadas rurais, formação e organização sindical, sustentabilidade política e financeira, relações internacionais, juventude rural, organização e luta das mulheres trabalhadoras rurais e pessoas da terceira idade.
Os grupos de trabalho também irão discutir a desfiliação da entidade da Central Única dos Trabalhadores (CUT). "É de fundamental importância que todos aqueles que participaram das plenárias regionais saibam o passo a passo do funcionamento do evento porque a clareza nas informações facilita o entendimento do processo de discussão", afirma Manoel dos Santos, presidente da Contag.

Por Cinthia Ribas, no Portal CTB
Com debate sobre “Conjuntura e Crise Econômica”, a mesa de abertura contou a participação do diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Clemente Ganz Lúcio, ministros de Estado, presidentes de partidos políticos, dirigentes de centrais sindicais, parlamentares, delegações estrangeiras e representantes de outras entidades.
Maturidade
Convidado para compor a mesa, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, defendeu a importância da unidade do movimento sindical para enfrentar os efeitos da crise mundial do capitalismo no Brasil. "Trata-se de uma crise gerada pelo centro do capitalismo mundial e não podemos aceitar que a classe trabalhadora pague a conta novamente. Neste sentido, a Contag dá uma grande demonstração de maturidade quando decide compor uma chapa única para dirigir a entidade".
Gomes defendeu a diminuição substancial da taxa de juros e anunciou que as centrais sindicais irão promover em 30 de março um Dia de Mobilização e Lutas em Defesa do Emprego e dos Direitos Sociais. Alertou também para dois problemas que ameaçam dividir o movimento sindical — a portaria 186 e os ataques à unicidade sindical. “A portaria 186 pode dividir e pulverizar o movimento sindical urbano e rural. Temos que lutar contra a pluralidade sindical. A nossa força está na unidade e não na pulverização”, garante.
A Portaria 186 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) procura consolidar o pluralismo nas federações e confederações, além de facilitar a proliferação das organizações de primeiro grau. Estimativas do próprio MTE revelam que são criados, em média, 22 sindicatos por mês no Brasil.
Esquema de segurança gera irritação
A ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do evento despertou decepções e transtornos entre os delegados. A presença dele e da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, estavam confirmadas até o início da noite, mas foi cancelada em função de uma reunião de emergência com a equipe econômica.
Para os delegados que ansiavam pela participação do presidente restou manter a calma e a paciência frente aos atrasos ocorridos, decorrentes do forte esquema de segurança instalado em razão da possível participação presidencial. Todos os presentes foram submetidos à revista e detectores de metais.
Unidade e renovação
Um dos momentos mais importantes do congresso — a votação para a diretoria, conselho fiscal e respectivos suplentes para a próxima gestão — ocorrerá no último dia do Congresso (14), das 9 às 14 horas. Em seguida será feita a apuração dos votos e proclamação dos eleitos.
O debate para a renovação da diretoria resultou na formação de uma chapa única encabeçada pelo agricultor familiar Alberto Broch, que exerce atualmente o cargo de vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da Contag e é dirigente de uma federação filiada à CTB (Fetag-RS). A chapa que deverá ser eleita pelos delegados do 10º Congresso respeita o critério de cotas para mulheres (30%) e jovens (20%). Os participantes também deverão aprovar a criação de duas novas secretarias: Meio Ambiente e Terceira Idade.
Desfiliação da CUT
Durante o congresso haverá a formação de comissões temáticas que promoverão debates sobre os temas: o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural, Sustentável e Solidário (PADRSS), políticas agrária, agrícola e sociais, meio ambiente, assalariados e assalariadas rurais, formação e organização sindical, sustentabilidade política e financeira, relações internacionais, juventude rural, organização e luta das mulheres trabalhadoras rurais e pessoas da terceira idade.
Os grupos de trabalho também irão discutir a desfiliação da entidade da Central Única dos Trabalhadores (CUT). "É de fundamental importância que todos aqueles que participaram das plenárias regionais saibam o passo a passo do funcionamento do evento porque a clareza nas informações facilita o entendimento do processo de discussão", afirma Manoel dos Santos, presidente da Contag.
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