Fabricantes precisam suar para escolher nome de veículos
Com cada vez menos opções para serem registradas, criatividade tem de estar em dia
por David Sharp
MotorDream
A escolha do nome de um carro é uma das partes mais importantes do processo de lançamento. Um bem escolhido pode levar ao êxito de vendas, assim como uma má escolha pode até derrubar o prestígio da marca diante do público consumidor. Logo, trata-se de uma das maiores dores de cabeça para o departamento de marketing de uma fabricante.
Segundo o diretor de marketing da Chevrolet, Russ Clark, em 1985 havia 75 mil nomes registrados relacionados a automóveis, enquanto que, atualmente, há mais de 800 mil. O presidente da Infiniti, Johan de Nysschen, concorda com Clark. Para ele, não há letras no alfabeto que ainda não tenham sido registradas por algum fabricante.
Há alguns exemplos de "nomes roubados", mas o de maior destaque é o que envolve a Porsche. Em 1963 a fabricante de luxo apresentou o 901. Não demorou para a Peugeot protestar alegando que as combinações numéricas de três dígitos com o "zero no centro" eram direito adquirido apenas pela marca francesa. Deste modo, a Porsche teve de mudar e o 901 se tornou o conhecido 911.
O que resta para as marcas é aprimorar cada vez mais a criatividade. Nomes de veículos de uma companhia mudam de um país para o outro. Isso torna a tarefa ainda mais complicada e confusa, tanto para as marcas, quanto para os consumidores. Há de se evitar palavras ofensivas no idioma do país que o carro será vendido, assim como nomes que sugiram conceitos não desejados pela marca. A Ford, por exemplo, possuía na década de 70 um carro chamado Pinto, que foi o precursor do Corcel. Tal carro não poderia ser vendido no Brasil com esse nome, devido á conotação do órgão genital masculino, que tem a palavra no país.
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