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sexta-feira, 26 de agosto de 2011
ONU quer capturar Kadafi e mandá-lo a "julgamento" no TPI
A ONU defende a prisão do líder líbio Muamar Kadafi, sua extradição e julgamento no Tribunal Penal Internacional (TPI), como "melhor solução" para o futuro da Líbia, informou nesta sexta-feira (26) em entrevista coletiva em Genebra o porta-voz da Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville.
Colville expressou seu desejo de que "as novas autoridades líbias colaborem plenamente com o TPI" e pediu a todas as "instituições da Líbia, incluindo os comandantes militares, a tomar medidas efetivas para garantir que crimes ou atos de vingança não sejam cometidos".
"O império da lei deve ser estabelecido e aplicado por igual a todos os líbios, o que incluiria Muamar Kadafi", disse o porta-voz da ONU, depois que as forças leias à Otan puseram a cabeça do líder líbio a prêmio, vivo ou morto.
O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafa Abdel-Jalil, ofereceu na terça-feira uma recompensa de mais de US$ 1,5 milhão para quem capturar Kadafi "vivo ou morto", e afirmou que será dada "imunidade a qualquer pessoa de seu círculo próximo que o prenda ou mate".
Colville acrescentou ainda que "atos como tortura e execuções sumárias não são admissíveis sob nenhuma circunstância".
"Qualquer ação tomada na Líbia deve ser feita dentro dos padrões internacionais de direitos humanos. O assassinato não está incluído no direito internacional. Se Kadafi puder ser preso vivo e se forem aplicadas ordens de prisão contra ele, essa é a melhor solução", disse.
A organização fez também um apelo aos envolvidos na conflagração para que adotem medidas que evitem atos de violência ou vingança.
O apelo foi feito no momento em que surgem relatos de abusos e execuções sumárias envolvendo forças fiéis à Otan e integrantes do Exército regular líbio.
Ao mesmo tempo, a ONU autorizou a liberação de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 2,4 bilhões) que haviam sido confiscados do país para ajuda humanitária.
O porta-voz da Cruz Vermelha, Robin Waudo, informou que tanto as forças leais à Otan como o exército regular mantêm centenas de prisioneiros.
Waudo pediu às partes envolvidas que respeitem os direitos de prisioneiros de guerra. "Exortamos todos em posições de autoridade na Líbia, incluindo comandantes militares, a tomar medidas para evitar que nenhum crime, ou ato de vingança, seja cometido."
Fonte: Portal Vermelho
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