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terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Lula recebe centrais e promete resposta às reivindicações
19/01/2009
O presidente Lula recebeu dirigentes das seis maiores centrais sindicais brasileiras no final da tarde desta segunda-feira (19), no Palácio do Planalto, e prometeu uma resposta às reivindicações apresentadas pelos representantes da classe trabalhadora no prazo de alguns dias. De acordo com informações do presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Wagner Gomes, as centrais cobraram iniciativas mais ousadas em defesa do desenvolvimento econômico e do emprego, ameaçados pela crise exportada pelos EUA.
"Reiteramos que é necessário reduzir substancialmente os juros básicos e os spreads cobrados pelos bancos (diferença entre a taxa básica de juros, Selic, e os juros cobrados nos empréstimos bancários para pessoas físicas e jurídicas; no Brasil os bancos impõe o maior spread do mundo)", salientou Gomes. "O presidente disse que também é a favor da redução dos juros, mas pediu um tempo para estudar as reivindicações das centrais e dar uma resposta"."Deixamos claro ao Lula que o movimento sindical não vai aceitar demissões. Vamos paralisar conjuntamente as empresas que demitirem em massa e sabemos que tem muitos patrões pegando carona na crise para impor redução de salários e flexibilização dos direitos sociais. Vamos reagir com energia a esta ofensiva reacionária e cobraremos solidariedade do nosso presidente, que já foi sindicalista e operário", arrematou o presidente da CTB.Os representantes das centrais sindicais cobraram medidas "concretas" do governo para conter as demissões. Em entrevistas, eles informaram que pedirão aumento de 15% no valor do salário mínimo (hoje de R$ 415,00), redução de dois pontos porcentuais na taxa básica de juros (que, no entanto, não é definida pelo presidente da República e sim pelo Banco Central), ampliação do número de parcelas do seguro-desemprego e exigência de garantia de emprego por parte dos empresários como contrapartida à redução de impostos. PactoReunidas em São Paulo-SP, após ampla discussão as centrais sindicais (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – CGTB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, Força Sindical – FS, Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST e União Geral dos Trabalhadores – UGT), decidiram reafirmar a importância da unidade dos trabalhadores e enfrentar o impacto da crise financeira mundial que está afetando drasticamente o emprego e o crescimento da economia brasileira, adotando:
PACTO DA AÇÃO SINDICAL1. Exigência de contrapartidas sociais , especialmente a garantia dos empregos, de todas as empresas/setores econômicos, beneficiados com recursos públicos (empréstimo, isenção fiscal, etc.)2. Fim das horas extras.3. Eliminação do banco de horas.4. Redução imediata, de pelo menos dois pontos percentuais da taxa básica de juros (selic).5. Redução substancial do "spread" bancário dos bancos públicos e privados.6. Ampliação das parcelas do seguro desemprego.7. Ampliação dos aportes financeiros do fundo de amparo ao trabalhador, destinados à qualificação da mão de obra.8. Autorização para que o trabalhadaor possa utilizar até 20% (vinte por cento) da sua conta do fgts no fundo de infraestrutura (fi-fgts).9. Manifestação no próximo dia 21/01, em frente ao Banco Central, em São Paulo, pela redução da taxa de juros.
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