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sexta-feira, 17 de abril de 2009

GM quer mais US$ 5 bilhões de ajuda do governo dos EUA

Presidente diz que montadora precisa de auxílio imediato. Reestruturação prevê redução de oito para quatro marcas.

O fabricante de automóveis americano General Motors (GM) precisa de uma ajuda pública de US$ 5 bilhões extras, indicou nesta sexta-feira (17) seu presidente Fritz Henderson em entrevista por telefone.

O executivo disse que o plano de reestruturação da GM determina a redução de oito para quatro marcas (Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC), que são rentáveis, e alertou que o acordo de Washington para esta medida ainda é prematuro. Henderson também indicou que as discussões com o sindicato do atuomóvel americano e os credores de construtor continuam.

Henderson, afirmou que a montadora ainda pode se reestruturar fora do tribunal, mas advertiu que é mais provável que a companhia precise entrar com pedido de proteção contra falência para completar o processo.

Ele disse que a montadora não enfrenta pressão da força-tarefa para o setor automotivo, montada pelo governo dos EUA, para tomar a decisão. A GM ainda prefere se reestruturar sem entrar com o pedido de recuperação judicial, mas estaria preparada para entrar com pedido de proteção contra a falência se necessário, disse o executivo. Ele classificou como "especulação" as reportagens dando conta de que a GM eliminaria uma das marcas principais (GMC). As outras quatro marcas da empresa (Saturn, Hummer, Saab e Pontiac) seriam reunidas em uma empresa à parte. Na quarta-feira (15), a GM anunciou ter interessados na aquisição da marca Saturn e que está buscando um comprador para a Hummer. A empresa considera ainda a marca sueca Saab independente do grupo.

O executivo destacou ainda que a montadora encontrou mais de seis investidores potenciais para sua unidade europeia Opel.

A GM deve fechar até 1º de junho segundo segundo prazo fixado por Washington, um acordo com seus credores para reestruturar US$ 28 bilhões de dívidas e um acordo com o sindicato do automóvel sobre o financiamento da cobertura de saúde de seus aposentados, para tentar escapar à concordata.

De acordo com o jornal “Detroit News”, o governo dos Estados Unidos estaria disposto a dar uma ajuda suplementaria de curto prazo de US$ 5 bilhões para a GM, além de mais US$ 500 milhões para a montadora Chrysler. Consultado pela jornal, um porta-voz da Casa Branca assegurou que nenhuma decisão sobre o total dos fundos que serão recebidos pela GM e Chrysler.

Ajudados até o momento pelo Estado com US$ 17,4 bilhões, os dois construtores - que já haviam solicitado US$ 21,6 bilhões em ajuda federal - foram advertidos por Washington, que considerou insuficientes seus planos de reestruturação.

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