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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Agência mantém classificação do Brasil como grau de investimento

'Nota' do país continua na categoria 'estável'.Segundo relatório, práticas econômicas brasileiras são 'prudentes'.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's manteve nesta segunda-feira (6) as "notas" (ratings) do Brasil na categoria grau de investimento, que significa que o país é considerado um local securo para investir.

Os ratings de crédito de longo prazo em moeda estrangeira foram mantidos como "BBB-/A-3". Também foram mantidos os ratings de crédito soberano de longo e curto prazos em moeda local "BBB+/A-2", que estão no patamar de grau de de investimento.

A perspectiva também foi mantida estável para todas as classificações de longo prazo. Também foram reafirmadas a avaliação de transferência e conversibilidade "BBB+", e a classificação "'brAAA' atribuído ao país.

Prudência

Segundo avaliação da S & P, as notas de grau de investimento do país continuam sendo "suportadas", por práticas "prudentes" de política macroeconômica neste momento de crise de crédito e de desaceleração econômica.

"A reafirmação desse compromisso mantém-se crítica para que o Brasil possa preservar a recente melhora em seus fundamentos e recuperar sua trajetória de crescimento sustentável quando a economia global se estabilizar", avalia o analista de crédito da agência, Sebastián Briozzo.

O relatório menciona ainda que "a forte popularidade do presidente Lula" deverá facilitar a implementação de medidas que enfrente os "grandes desafios" deste ano. O analista ressalta, entretanto, que os desafios econômicos devem se estender até 2010, ano de eleições em que a recuperação da economia será apenas "gradual"

Efeitos da crise

Os comentários não deixam de reforçar o efeito "significativo" da crise externa sobre a atividade econômica, o que levou a S & P a reduzir a estimativa de PIB do país para este ano para 1% . Ainda assim, a agência manteve "estável" as perspectivas dos rating brasileiros devido ao "maior grau de flexibilidade macroeconômica" adquirido nos últimos cinco anos, sobretudo nas contas externa, para lidar com os efeitos da crise.

Sobre o superávit primário, a agência avalia que ainda que seja difícil o comprimento da meta, devido à baixa nas receitas, são limitadas as "implicações de longo prazo sobre a sustentabilidade da dívida". A previsão da S & P para o superávit primário é de 2% neste ano, menor do que a meta de 3,8% do PIB proposto pelo governo (que na verdade é de 3,3%, se excluídos projetos de investimento de capital do cálculo da meta).

Como "pontos fracos", a agência menciona o alto endividamento do governo e o elevado nível de juros do país. "Esses dois fatores exigirão responsabilidade fiscal no médio prazo", disse Briozzo, reforçando que principalmente no âmbito fiscal o governo brasileiro precisa manter "forte compromisso com políticas macroeconômicas prudentes" para evitar deterioração da qualidade de crédito do Brasil.

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