Futuro de GM e Chrysler permanece incerto apesar da ajuda
Empresas pediram mais US$ 21,4 bilhões ao governo dos EUA. Analistas dizem que montadoras correm risco de falência.
As montadoras americanas General Motors e Chrysler não duvidaram em solicitar vários bilhões de dólares a Washington para sua reestruturação, mas ainda assim correm o risco de falência, consideraram analistas nesta quarta-feira (18).
No dia seguinte à apresentação pelas duas montadoras dos progressos realizados em seus respectivos planos de reestruturação, várias questões permanecem sem respostas.
A equipe do secretário americano do Tesouro, Tim Geithner, deve trabalhar nessas apresentações antes de se pronunciar sobre a ajuda que será liberada por Washington.
Mesmo se GM e Chrysler conseguirem a quantia suplementar que solicitaram - US$ 5 bilhões para a Chrysler, que já obteve US$ 4 bilhões, e até US$ 16,6 bilhões para a GM, que já conseguiu US$ 13,4 bilhões - "ainda não terão resolvido seus problemas", alertou Michelle Krebs, analista do escritório Edmunds, especializado no setor automotivo.
"Em que medida as montadoras vão conseguir negociar com todos os parceiros fora de um tribunal de falências?", perguntou, lembrando que o Capítulo 11 da lei de quebra permite à empresa impor concessões a seus parceiros.
"As concessões pedidas aos sindicatos, aos credores e aos fornecedores de equipamentos estão longe de serem ganhas", avisou Greg Lemos Stein, analista da Standard & Poor's.
De acordo com Douglas McIntyre, do site de análise financeira 247WattSt, um cheque de Washington pode até afastar o fantasma de uma crise de liquidez no curto prazo, mas não o risco de falência. Fundos suplementares "não garantirão às montadoras uma volta ao equilíbrio se as vendas de carros continuarem despencando", alertou.
"O problema é que o mercado automotivo e a economia continuam caindo. Enquanto a situação não mudar, não haverá recuperação", sentenciou Krebs.
Em sinal da gravidade da situação, tanto a GM como a Chrysler baixaram suas previsões para o mercado automotivo americano, estabelecidas em dezembro. A GM prevê agora vender apenas 9,5 milhões de veículos em 2009, o que representa uma queda de quase 30% em relação a 2008.
Rod Lache, da Deutsche Bank, ressaltou que estas novas previsões integram "a deterioração dos mercados automobilísticos mundiais", que levaram a GM a estender sua reestruturação à Europa.
"Em apenas dois meses, a demanda caiu significativamente, levando a perspectivas ainda mais sombrias", confirmou Lemos Stein, chamando a atenção para a fragilidade dos fornecedores de equipamentos, muitos dos quais já faliram. "Isso reforça o risco de um pedido de concordata para GM e Chrysler", frisou.
Segundo a maioria dos observadores, a bola está agora no campo de Washington.
O analista da 247WallSt lembrou que a administração americana enfrenta um dilema "complexo", pois tem que ajudar empresas que preveem o corte de dezenas de milhares de empregos.
A falência de uma grande montadora teria repercussões gigantescas, ameaçando direta ou indiretamente três milhões de empregos.
As montadoras americanas General Motors e Chrysler não duvidaram em solicitar vários bilhões de dólares a Washington para sua reestruturação, mas ainda assim correm o risco de falência, consideraram analistas nesta quarta-feira (18).
No dia seguinte à apresentação pelas duas montadoras dos progressos realizados em seus respectivos planos de reestruturação, várias questões permanecem sem respostas.
A equipe do secretário americano do Tesouro, Tim Geithner, deve trabalhar nessas apresentações antes de se pronunciar sobre a ajuda que será liberada por Washington.
Mesmo se GM e Chrysler conseguirem a quantia suplementar que solicitaram - US$ 5 bilhões para a Chrysler, que já obteve US$ 4 bilhões, e até US$ 16,6 bilhões para a GM, que já conseguiu US$ 13,4 bilhões - "ainda não terão resolvido seus problemas", alertou Michelle Krebs, analista do escritório Edmunds, especializado no setor automotivo.
"Em que medida as montadoras vão conseguir negociar com todos os parceiros fora de um tribunal de falências?", perguntou, lembrando que o Capítulo 11 da lei de quebra permite à empresa impor concessões a seus parceiros.
"As concessões pedidas aos sindicatos, aos credores e aos fornecedores de equipamentos estão longe de serem ganhas", avisou Greg Lemos Stein, analista da Standard & Poor's.
De acordo com Douglas McIntyre, do site de análise financeira 247WattSt, um cheque de Washington pode até afastar o fantasma de uma crise de liquidez no curto prazo, mas não o risco de falência. Fundos suplementares "não garantirão às montadoras uma volta ao equilíbrio se as vendas de carros continuarem despencando", alertou.
"O problema é que o mercado automotivo e a economia continuam caindo. Enquanto a situação não mudar, não haverá recuperação", sentenciou Krebs.
Em sinal da gravidade da situação, tanto a GM como a Chrysler baixaram suas previsões para o mercado automotivo americano, estabelecidas em dezembro. A GM prevê agora vender apenas 9,5 milhões de veículos em 2009, o que representa uma queda de quase 30% em relação a 2008.
Rod Lache, da Deutsche Bank, ressaltou que estas novas previsões integram "a deterioração dos mercados automobilísticos mundiais", que levaram a GM a estender sua reestruturação à Europa.
"Em apenas dois meses, a demanda caiu significativamente, levando a perspectivas ainda mais sombrias", confirmou Lemos Stein, chamando a atenção para a fragilidade dos fornecedores de equipamentos, muitos dos quais já faliram. "Isso reforça o risco de um pedido de concordata para GM e Chrysler", frisou.
Segundo a maioria dos observadores, a bola está agora no campo de Washington.
O analista da 247WallSt lembrou que a administração americana enfrenta um dilema "complexo", pois tem que ajudar empresas que preveem o corte de dezenas de milhares de empregos.
A falência de uma grande montadora teria repercussões gigantescas, ameaçando direta ou indiretamente três milhões de empregos.
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