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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

GM vai cortar nos EUA 2.000 funcionários e reduzir produção

A fabricante americana de veículos General Motors (GM) anunciou nesta segunda-feira que vai cortar 2.000 postos de trabalho nas fábricas nos Estados de Michigan e Ohio, além de reduzir a produção em outras nove montadoras nos próximos seis meses, devido à queda nas vendas.O porta-voz da GM, Chris Lee, disse que a empresa vai eliminar o segundo turno de produção na montadora em Michigan no dia 30 de março e o segundo turno de produção da unidade de Ohio no dia 6 de abril. Em Michigan serão demitidos 1.200 trabalhadores e os outros 800 no estado de Ohio.O porta-voz disse que os cortes fazem parte dos esforços da empresa de "alinhar sua produção com a demanda do mercado".Na semana passada, a GM tiveram queda de 10,8% em 2008, perdendo pela primeira vez na história a liderança em vendas no mercado automobilístico mundial para a rival japonesa, Toyota Motor. A GM vendeu, no ano passado, 8,35 milhões de unidades, contra 9,37 milhões em 2007. A Toyota, por sua vez, viu uma queda de 4% em suas vendas em 2008, em relação ao ano anterior, com 8,97 milhões de unidades."O declínio refletiu, em grande medida, a queda de 379 mil unidades nas vendas na América do Norte, enquanto o mercado encolhe devido à queda na confiança do consumidor e às exigências maiores para concessão de crédito nos EUA", informou a GM em um comunicado.O anúncio de hoje também chega cerca de um mês depois de a empresa ter anunciado o fechamento temporário, na América do Norte, de 20 unidades de produção.A montadora de Ohio produz peças para os modelos Chevrolet Cobalt e Pontiac G5, dois dos modelos com maior eficiência no consumo de combustível produzidos pela empresa no país. No ano passado, a GM passou a adotar três turnos de produção devido a alta no preço da gasolina --o galão (3,785 litros) chegou a US$ 4,114 em julho-- com o aumento na demanda por carros com consumo menor de combustível. No mês passado, no entanto, o terceiro turno foi interrompido, com a demissão de 890 funcionários.No mês passado, o governo americano anunciou ajuda para o setor automobilístico com até US$ 17,4 bilhões, tirados do pacote de US$ 700 bilhões aprovado em outubro e destinado inicialmente a resgatar empresas do setor bancário com problemas ligados a papéis "podres" (com alto risco de calote).De início a GM e a Chrysler terão acesso a US$ 13,4 bilhões, com outros US$ 4 bilhões que podem ser oferecidos em março. O acordo exige como contrapartida das empresas a apresentação de dados que mostrem que estão em condição financeiramente viável até o fim de março de 2009.A consultoria J.D. Power and Associates anunciou recentemente uma projeção para as vendas nos EUA neste ano, e as perspectivas são negativas: as vendas no país devem cair 13%, chegando ao nível mais baixo em 27 anos

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