Chefona da GM usa lado materno para reduzir pressão após recall gigante
A General Motors decidiu contra-atacar os problemas que a colocam sob pressão pública nos Estados Unidos desde o começo do ano -- pressão que se ampliou na última semana. Nesta segunda-feira (17), a montadora anunciou operações simultâneas de recall em três diferentes linhas de produtos com custo estimado de US$ 300 milhões (cerca de R$ 670 milhões). A presidente global Mary Barra chegou a fazer um anúncio público parar tentar reduzir as críticas de que a companhia tem sido omissa e/ou pouco solidária com seus clientes em relação ao caso das ignições defeituosas.
"Algo deu errado em nosso processo [de produção] neste caso e coisas ruins aconteceram", admitiu Mary Barra em seu anúncio. A executiva afirmou, porém, que as ações desta segunda-feira "ressaltam que direcionamos nossa antenção para a segurança e tranquilidade de nosso consumidores".
Segundo a chefona da maior montadora americana, os pedidos formais de desculpas "são apenas um dos passos na jornada para resolver o problema". Barra usou sua figura materna para afirmar estar envolvida pessoalmente na resolução das falhas. "Como parte da família GM e como mãe de família, esta situação realmente me afeta", declarou.
PROBLEMA EM DOBRO
No total, quase 1,6 milhão de unidades de SUVs, sedãs e furgões lançados recentemente nos Estados Unidos são afetados pelas três convocações desta segunda-feira, número que se amplia a 1,7 milhão considerando unidades exportadas para toda a América do Norte.
No total, quase 1,6 milhão de unidades de SUVs, sedãs e furgões lançados recentemente nos Estados Unidos são afetados pelas três convocações desta segunda-feira, número que se amplia a 1,7 milhão considerando unidades exportadas para toda a América do Norte.
Os três chamados dobram o total de carros da GM que estão sendo vistoriados: além deles, mais 1,7 millhão de carros antigos estão envolvidas na falha do cilindro de ignição, que provocaram pelo menos 12 mortes nos Estados Unidos, ainda queseguradoras acusem a montadora de provocar 303 mortes por não ter iniciado o recall há mais tempo.
Estão envolvidas 303 mil unidades dos furgões Chevrolet Express e GMC Savana, modelos 2009 a 2014, que terão o painel de instrumentos revisto para alertar quando o cinto de segurança dos ocupantes não estiver afivelado -- a GM informa ainda que deixará de entregar os modelos até a solução esteja disponível na linha de montagem; 63.900 unidades do sedã de luxo Cadillac XTS 2013-2014 com suspeita de incêndio no compartimento do motor por falha no sistema de freios; e 1,18 milhão de unidades dos SUVs Buick Enclave/GMC Acadia 2008 a 2013, Saturn Outlook 2008 a 2010 e Chevrolet Traverse 2009 a 2013 por falha no sistema elétrico dos airbags laterais.
A falha de ignição afeta os modelos Pontiac G5 e Pontiac Pursuit fabricados entre 2005 e 2007 e vendidos no Canadá; Saturn Ion 2003 a 2007, Chevrolet HHR e Pontiac Solstice 2006 a 2007 e Saturn Sky 2007, estes últimos vendidos nos Estados Unidos.
Como resultado, a GM tem quase 3,5 milhões de carros para avaliar e, caso a falha seja encontrada, reparar em uma operação que a imprensa diz não saber determinar quando e se vai terminar
REVISÃO TOTAL
A presidente da GM afirma ainda que a sequência de recalls deve mudar toda a forma com a GM lida com seu processo produtivo. Todos os executivos do grupo foram orientados a "dar prioridade [aos problemas] e resolvê-los rapidamente". Além disso, um centro de atendimento dedicado, com mais de 50 trabalhadores, foi criado em Warren (cidade próxima a Detroit) para atender exclusivamente os casos de recall.
A presidente da GM afirma ainda que a sequência de recalls deve mudar toda a forma com a GM lida com seu processo produtivo. Todos os executivos do grupo foram orientados a "dar prioridade [aos problemas] e resolvê-los rapidamente". Além disso, um centro de atendimento dedicado, com mais de 50 trabalhadores, foi criado em Warren (cidade próxima a Detroit) para atender exclusivamente os casos de recall.
Barra afirma ainda que a GM "está fazendo um revisão intensiva dos processos internos [de produção] e que haverá novos avanços a serem anunciados". Com agências internacionais
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