Fitmetal realiza assembleia geral
Ratificação da fundação da Fitmetal, da filiação dos sindicatos à Federação, da eleição e posse da diretoria e conselho da Fitmetal, consolidação de todos os atos praticados pela Fitmetal e propostas de alterações estatutária foram os tópicos votados pela plenária
Compuseram a mesa Igor Tiago, presidente do Sindicato dos metalúrgicos de Itatiba e região, João Alves, presidente do Sindicato dos metalúrgicos de Betim e região, Raimunda Leone, secretária da mulher da Fitmetal, Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, Marcelino da Rocha, presidente da Fitmetal e Eneida Ferreira, advogada da Fitmetal.
“A assembleia, que deveria ser apenas um fórum burocrático de constituição legal da Fitmetal, se transformou no início do que será o debate do Congresso nesses próximos dois dias. Essa é a tarefa que cabe aos dirigentes dos principais sindicatos de metalúrgicos filiados pelo país: encarar os novos desafios, como as eleições gerais, em uoutro patamar de compreensão e de intervenção”, ressaltou Marcelino.
“Essa assembleia é muito importante, é um momento especial. Ela dá condições para a Federação funcionar efetivamente e dar continuidade ao que vem fazendo, desenvolvendo sua função política e organizativa, nesses quatro anos”, destacou Wallace Paz, secretário-geral da Fitmetal.
Estiveram presentes representantes sindicais de oito estados brasileiros: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, São Paulo, Maranhão, Pernambuco e Amazonas.
Após a leitura do edital de convocação da assembleia geral, a plenária votou os seguintes pontos: ratificação da fundação da Fitmetal, ratificação da filiação dos sindicatos à Fitmetal, ratificação da eleição e posse da diretoria e conselho da Fitmetal e consolidação de todos os atos praticados pela Fitmetal. Todos aprovados por unanimidade.
Além disso, a plenária concordou, em totalidade, com as propostas de alteração estatutária a seguir, que serão referendadas no I Congresso Fitmetal:
• Inclusão dos sindicatos das cidades de São Luis do Maranhão, Jaguariúna e região na base territorial da Fitmetal;
• Criação de núcleos de base de Sindicatos não filiados;
• Extensão da base de representação da Federação, aceitando sindicatos não integrantes de sua área territorial, desde que aceitem o estatuto, e posterior extensão da área territorial da atuação da Fitmetal, para poder compreender os novos integrantes;
• Instituição do conselho da Fitmetal;
• Alteração da maneira de divulgação do Congresso;
• Alteração da composição da direção, extinguindo secretarias regionais, tornando-as vice-presidências;
• Inclusão da secretaria das relações internacionais na diretoria executiva;
• Diretoria executiva passa a ser composta por 13 membros;
• Instituição da secretaria de mineração na diretoria;
• Mudança na maneira de como se darão as reformas no Estatuto, sendo por forma de assembleia geral, e não mais por congresso;
• Exclusão das disposições transitórias contidas no estatuto.
Movimento internacionalO secretário de relações internacionais da Fitmetal e secretário geral da UISMetal, Francisco Souza, comentou a importância desse momento por conta da crise mundial do capitalismo. A Federação Sindical Mundial foi fundada após a II Guerra Mundial e representou o socialismo no mundo, até a que do sistema no leste europeu. De lá para cá, tem sido buscada a maior representação da nossa Federação.
“Com a nova crise do sistema capitalista e a resposta que a América Latina, principalmente com o bolivarismo, tem sido tomada como referência para a FSM de enfrentamento do capitalismo”, ressaltou Francisco.
Dessa forma, existe a possibilidade de retomada e do crescimento da base sindical no mundo. “É uma tarefa dada. Um Congresso como esse da Fitmetal reforça a certeza de que estamos no caminho certo e de que em breve a Fitmeal estará em posição de destaque em muitas outras situações nos cinco continentes, participando sobre a questão dos metalúrgicos e mineiros”, afiançou.
Crise de representatividade
O presidente da Federação dos metalúrgicos da Bahia, Aurino Pedreira, falou sobre a questão da representatividade.
Ele disse que nesse momento político e econômico do país é possível perceber que há um processo no qual trabalhadores e trabalhadoras não necessariamente estão se sentindo representados e isso não é por causa de oposições que estão fortes ou por ações fortes de outro sindicato.
“Precisamos fazer uma leitura mais clara desse momento, desse novo perfil de trabalhador e trabalhadora, dessa crise de representatividade que estamos vivendo. A forma 10 anos atrás de fazer sindicalismo não funciona no momento atual”, observou. “Não podemos ficar alheios às mudanças organizativas. Isso também é efeito da crise do capitalismo, que se aprofunda nas relações de trabalho e nas relações institucionais da sociedade como um todo. É importante identificarmos esse momento, para podermos responder os desafios que estão sendo impostos a nós”, afirmou.
Fonte: Fitmetal
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