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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Brasil já tem 50 marcas de carros


Antes da abertura das importações, no início dos anos 90, o brasileiro que quisesse adquirir um automóvel quase certamente optaria por modelos de quatro marcas, mas não porque elas fossem as melhores do mercado e sim porque quase não havia outras opções, salvo algumas exceções como extinta Gurgel.
Desde então, o número de logotipos nos carros que rodam no País só aumenta a ponto de hoje termos nada menos que 50 marcas diferentes atuando por aqui. Sinal inequívoco da importância do nosso mercado, hoje o 4º do mundo em vendas. O que impressiona é que nem mesmos os entraves que governo criou para impedir o acesso livre de veículos importados têm tirado o apetite de fabricantes pelo mundo.

É verdade que as quatro marcas tradicionais ainda dominam as garagens brasileiras, mas essa participação tem caído com o tempo graças às investidas de novas empresas como a Renault, Hyundai, Toyota e Nissan, entre outras.

Com o advento do programa Inovar-Auto, que quase que obriga as marcas a se instalarem no País, o Brasil deve ser um dos poucos lugares no mundo em que existam tantas marcas diferentes com fábricas locais.

Atuação em nichos

Uma das razões para que as quatro marcas tradicionais mantenham sua predominância no mercado é o fato delas terem linhas mais completas e atuarem, sobretudo, no segmento popular, onde está concentrada a maior parte do consumidor.

Marcas fortes no mundo como Honda e Toyota têm portfólios muito restritos no Brasil, apesar de bem-sucedidos nesses nichos. Apenas recentemente alguns fabricantes têm ousado com modelos populares, como acaba de fazer a Hyundai com o HB20. A Renault tem se dado bem nessa faixa mais acessível, mas perde no “andar de cima”. As também francesas Peugeot e Citroën andam preferindo um público mais exigente e, com isso, perdido, espaço no mercado.

Já as chinesas, que foram a grande novidade dos últimos anos, ainda possuem uma participação pequena, mesmo com produtos acessíveis. Depois do Inovar-Auto, a situação ficou mais complicada e suas vendas declinaram. A receita é produzir no Brasil, no que Chery e JAC saíram na frente.

Outras marcas da China acabam focando apenas em nichos pequenos, como os de comerciais leves, onde Changan, Hafei, Jinbei, Shineray, Rely e Effa concentram suas forças.

Premium modesto

No outro lado do mercado estão as marcas de luxo, comumente chamadas de premium hoje em dia. É onde o mercado mais cresceu proporcionalmente. Apesar disso, os números são modestos se comparados a outros mercados. Ainda assim, nomes de peso como Rolls-Royce, Bentley, Aston Martin e Lexus entraram para valer no Brasil e mais outros estão a caminho como a Infiniti e a Acura, os braços de luxo de Nissan e Honda.

Últimos da fila
Apesar do número superlativo, há ainda nomes fortes que não chegaram ao Brasil ou ainda estão na promessa de voltar. A chinesa Geely, uma das maiores fabricantes independentes do país, somente agora marcou sua estreia, e outra gigante local, a BYD, ensaia sua vinda há alguns anos. Caso parecido da Mazda, marca japonesa que por ter no passado participação da Ford, acabou alijada do Brasil e agora ensaia seu retorno.

Ter 50 opções de compra de veículos é ótimo para qualquer mercado desde que isso signifique maior competição. Os preços dos carros no Brasil têm caído, mas num ritmo menor do que seria ideal, graças ao apetite por impostos do governo. Desse jeito, nem mesmo com 100 marcas o carro no Brasil ficará barato.

Fonte: Ig Carros

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