A BMW anunciou a construção de uma fábrica na cidade de Araquari, em Santa Catarina e a CN Auto vai produzir a Towner.
A Kia também anunciou a intenção de construir uma fábrica no Brasil, provavelmente na região de Salto/Itu. Por enquanto não há nada de concreto, mas a direção da empresa na Coréia está no Brasil, visitando o Salão do Automóvel, e mantendo contato com o importador José Luiz Gandini. As importadoras chinesas Changan, Haima e Sangyoug vão se unir numa joint venture para construir uma fábrica em Linhares, no Espírito Santo para produzir modelos das três marcas.
A nova safra de fábricas no Brasil não para por aí. Além das já anunciadas JAC e Chery, marcas que já estiveram antes no Brasil, como Mercedes-Benz e Áudi, também cogitam retornar.
Não acabou não: a Nissan vai construir uma fábrica em Resende, no Rio, ponde vai produzir o March, que hoje é trazido do México, além de outros modelos.
Esses foram algumas das consequências da edição do novo regime automotivo, o Inovar Auto, que definiu as regras de produção e importação e estabeleceu metas de redução de consumo e emissão de poluentes, dando condições às empresas traçarem planos mais estruturados.
Até mesmo quem ainda não decidiu pela construção da fábrica viu no programa do governo um estímulo para a empresa traçar panos com mais vigor. Caso da Volvo, que tem o Brasil na ordem do dia, mas ainda não bateu o martelo em relação a produzir no País os carros da marca: “O foco da Volvo são os mercados emergentes. A primeira etapa de investimentos foi na China a próxima está sendo definida”, disse Paulo Solti, presidente da Volvo Car Latin America, revelando que a edição do Inovar Auto “ajuda” na argumentação em defesa do investimento no Brasil junto á matriz sueca.
Essa nova fase de investimentos na indústria brasileira não vem só por causa do regime automotivo, mas também porque o Brasil é hoje um dos mercados mais promissores, o que está fazendo também as montadoras instaladas aqui ampliarem investimentos, construírem novas unidades e produzirem carros mais modernos para enfrentar a concorrência, que será maior neste novo período.
Para o presidente da Abeiva, a associação dos importadoras, Flávio Padovan, o Inovar Auto é um importante avanço para o país. “Nunca tivemos um programa dessa magnitude”, disse o utivo, que é presidente da Land Rover.
Inovar Auto
O principal objetivo do programa Inovar Auto é fazer as empresas fabricarem carros mais econômicos e mais seguros, investirem na cadeia de fornecedores e em engenharia, tecnologia industrial básica, pesquisa e desenvolvimento e promover a capacitação de fornecedores.
As empresas que produzem veículos no Brasil e que apresentarem projetos de investimento terão um crédito de IPI de até 30 pontos percentuais, que o índice aplicado hoje aos importados de marcas que não têm fábrica no Brasil.
A redução do imposto será feita também com o aumento da eficiência energética e da segurança nos carros. Como o programa também objetiva a competitividade, o governo acredita que o Inovar-Auto vai permitir o barateamento dos veículos no Brasil e a criação empregos.
A programa prevê que os carros beneficiados pelo programa consumam, em média, 12,08% menos combustível do que atualmente.
Fonte: Uolcarros
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