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segunda-feira, 1 de outubro de 2012


“0S QUE TRILHAM O CAMINHO DA LUTA, DA VERDADE E DA RAZÃO SOB A ÓTICA DOS TRABALHADORES (AS), NÃO TEMEM DESAFIOS” (MARCELO TOLEDO)

COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS
Depois dessa campanha salarial, fica muito difícil para nós diretores do sindicato ligados a CTB, continuarmos em uma composição política com a direção do sindicato ligado a força sindical, que representa a maioria da diretoria. A conduta mascarada ultrapassou os limites toleráveis em nossa relação politica, desrespeitaram a nossa confiança e não respeitaram a vontade dos trabalhadores.

Em reunião, os companheiros que representam a CTB, dentro do sindicato, os cipeiros e mais alguns militantes do chão de fábrica, analisando o processo de negociação do dissidio coletivo entenderam que nos finalmente dessa negociação a maioria que compõem a direção do processo não respeitou a vontade dos trabalhadores e maquiaram o processo, pois, quando os trabalhadores rejeitaram a primeira proposta, foi decidido pela assembleia por unanimidade o estado de greve, e o envio do comunicado de greve para a direção da GM, isso foi no dia 06 de Setembro, quinta-feira, coisa que não aconteceu, ou seja, não enviaram o comunicado de greve, tomaram essa atitude, sozinhos, não falaram com o Marcelo Toledo e Magrão que integravam a comissão de negociação, é por isso que não se pôde deflagrar nenhum movimento logo depois da rejeição, o fato é que não queriam deflagrar nenhum movimento, depois disso, precisavam ganhar tempo, e só depois da assembleia da terça-feira é que fizeram a comunicação de greve, e só na assembleia da quinta feira, é que se poderia fazer algum movimento, mesmo assim, acertaram entre eles uma manifestação de 2 horas de paralização, o estranho é que todos já estavam sabendo dessa paralização de 2 horas, até a GM, também, não falaram com Marcelo Toledo e Magrão, mas faziam questão de falar os nossos nomes no caminhão de som, usando assim nossas lideranças para justificarem suas ações.

Outra surpresa foi quando falaram da tal  “mesa redonda” no TRT, na verdade isso foi pedido de julgamento pelo sindicato, também não nos avisaram dessa atitude. Como pode o sindicato acreditar na justiça em detrimento da luta e da vontade dos trabalhadores, a greve é nossa única arma que tem força para mudar os rumos das negociações, se não lutarmos ao nosso favor quando a economia está em alta, quando as montadoras estão batendo recorde atrás de recorde, quando então nos uniremos e lutaremos por nossos objetivos? Na crise a luta é somente para segurar empregos.

OUTROS FATORES NEGATIVOS EM NOSSO DISSíDIO.

Temos consciência e responsabilidade no que estamos falando para os trabalhadores, não queremos culpar a maioria do sindicato por todos os males desse processo, pois, a direção do Sindicato de São José dos Campos ligados ao Conlutas dessa vez abriram as pernas para a GM, atrapalhando mais uma vez nossa luta. Estavam como carneirinhos na mesa de negociação. Outro fator que atrapalhou foi o acordo feito em São Bernardo do Campo, que negociou por mais de um ano um valor baixo de aumento real de salário e do abono, isso jogou nossa negociação para baixo.
 
Entretanto, o principal entrave para nossa negociação foi a postura da GM, intransigente, arrogante, e se aproveitou da situação de vulnerabilidade de SJC, e da fraqueza política da maioria do nosso sindicato ligados a força sindical, para enfrentarem a vontade dos trabalhadores em São Caetano do Sul.

TRABALHADORES UNI-VOS
A nossa principal crítica nesse processo é que o nosso sindicato deveria ter respeitado a vontade dos trabalhadores que maciçamente queriam ir para a luta e o correto seria ter decretado um movimento mais forte.

 Fizeram várias reuniões no sindicato sem a presença do Marcelo Toledo e do Magrão, essas reuniões foram convocadas pelo Cidão, segundo pessoas ligadas a eles mesmos, então não é preciso dizer  o que rolou nos bastidores dessa negociação.

A força sindical e a GM estão unidas para destruir a CTB dentro da fábrica.

Infelizmente, essa é a realidade, o que nós defendemos é simplesmente os direitos dos trabalhadores que já estão garantidos em leis e no acordo coletivo de trabalho assinado pelo sindicato e na luta em defesa de melhores condições de trabalho, pois, são muitos os trabalhadores que estão perdendo a saúde em função do trabalho, Só por termos essa atitude, somos perseguidos por essa turma e pela direção da GM. Fazem todo tipo de calúnia contra nós no chão de fábrica, mas como diz o ditado popular,
              
 “SÓ O TEMPO É DONO DA VERDADE”

No dia 13, dia da greve, o Marcelo Toledo foi cumprir com sua obrigação, e foi ajudar os companheiros na Propriedade Norte (Engenharia), reuniu todos os trabalhadores (as) por setor colocando-os a par da decisão pela greve de 24 h., solicitando compreensão e apoio, no qual aceitaram prontamente e a grande maioria foi embora para casa aderindo o movimento. A direção da GM, inconformada com isso, retaliou os dois diretores de base, e o Marcelo Toledo, colocando-os em suspensão por cinco dias, do dia 19 ao dia 23 de Setembro, com um argumento sem sentido, de que aquela área era restrita, que o Marcelo Toledo não poderia ter tido acesso a aquela área. Restrita para pessoas estranhas à GM, não para mim que conheço todo processo de fabricação, e mais, não tinha absolutamente nada nas áreas no qual entrei. Outro detalhe, um supervisor nos acompanhou o tempo todo quando entramos nas áreas. Isso mostra uma atitude sem bom senso. Com essa, já são três vezes que a GM impede a entrada do Marcelo Toledo na empresa, as outras duas simplesmente bloquearam sua entrada na fábrica, no PLR passado e quando soltaram aquele boletim apócrifo contra o Magrão e o Toledo, no qual permitiram a distribuição abertamente dentro da fábrica pelos diretores da Força Sindical.

Decidimos então decretar total independência na relação politica dentro do sindicato, mantendo nossos mandatos a serviços dos trabalhadores (as), pois nossos mandatos pertencem à categoria metalúrgica e não aos patrões e aos indivíduos. Nos próximos boletins, falaremos como tem se dado a relação dentro do sindicato, para que todos façam seus próprios juízos da situação em que nós da CTB enfrentamos na direção da entidade desde que decidimos compor a direção do sindicato. 

VAMOS À LUTA!
Marcelo Toledo
Magrão

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