Os metalúrgicos da GM têm enfrentado um cenário de medo e incertezas com a ameaça de fechamento de postos de trabalho, com a alegação da empresa de redução da produção no setor do MVA, onde são fabricados os modelos Corsa, Classic, Zafira e Meriva. Já fechou o 2º turno do setor e encerrou a produção da Zafira.
Na nota as centrais sindicais lembram que a atitude da empresa represneta descumprimento do acordo firmado pelas montadoras com o Governo Federal. Quando foi anunciado o pacote de incentivos fiscais para o setor, o Ministério da Fazenda determinou que as indústrias beneficiadas não poderiam demitir.
Para piorar a situação, na manhã da terça-feira (24), os trabalhadores foram surpreendidos com a decisão da empresa de impedir a entrada de todos na fábrica. As oito fábricas que compõem o complexo industrial da cidade amanheceram de portas fechadas.
Confira abaixo a nota das centrais:
As centrais sindicais Força Sindical, CTB, NCST e UGT repudiam a atitude da GM que pretende demitir 1,5 mil trabalhadores e decidiu manter 7,5 mil funcionários em licença remunerada na fábrica em São José dos Campos, interior de São Paulo.
A GM foi beneficiada com o corte do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) feito pelo governo para ajudar recuperar as vendas dos automóveis e manter os empregos.
Agora, a montadora rompe o acordo, promove locaute (lockout) e ameaça demitir em massa, recurso condenável e muito usado no passado, quando não havia tantas negociações entre capital e trabalho.
As centrais se solidarizam com os trabalhadores e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. A solução para o impasse virá unicamente pela via da negociação, que tem de ser aberta, o quanto antes, pela montadora.
Wagner Gomes
presidente da CTB
Miguel Torres
presidente em exercício da Força Sindical
José Calixto
Presidente da NCST
Ricardo Patah
Presidente da UGT
Fonte: Portal CTB
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