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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Incentivo a montadoras soma R$ 10,7 bilhões no Rio

As montadoras de veículos Nissan e PSA (Peugeot/Citroën) terão, juntas, incentivo financeiro de R$ 10,7 bilhões do governo do Estado do Rio para construir e ampliar suas fábricas em Resende e Porto Real.
O valor corresponde ao financiamento de 80% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) gerado ao Estado com o investimento das empresas. A quantia pode ser paga em até 50 anos, com carência de 30.

A maior parte do incentivo corresponde à montadora japonesa, R$ 5,9 bilhões. Segundo a Folha apurou, a marca deve esgotar o crédito em até 12 anos. Um acordo com o governo reduziu o prazo para pagamento do imposto.
A Nissan vai investir R$ 2,6 bilhões na implantação de sua primeira fábrica no Brasil, em Resende (a 162 km do Rio). A previsão é que a produção comece no primeiro semestre de 2014, com capacidade de 200 mil veículos por ano.
Já a PSA deve usar o crédito em dez anos. O investimento para duplicar a fábrica de Porto Real (a 147 km do Rio) está previsto em R$ 3,7 bilhões. Com isso, a produção anual de automóveis passará para 300 mil unidades na unidade.

ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS

O incentivo foi dado dentro do programa Rioinvest, criado em 1997. Para receber o benefício do programa de atração de investimentos, cada concessão tem de ser aprovada pelos deputados estaduais na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
Segundo o secretário de desenvolvimento do Estado, Júlio Bueno, o programa é diferente de isenção tributária. "Não abrimos mão do imposto. Apenas facilitamos seu pagamento, sem criar problemas jurídicos futuros, facilitando investimentos".

PROPOSTA "CONVINCENTE"

No entanto, para a Nissan, o governo do Estado doou o terreno onde está sendo construída a fábrica. Atualmente, a marca japonesa importa parte de seus veículos do México e produz alguns modelos na fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR).
Em entrevista à Folha no ano passado, o presidente mundial da montadora, Carlos Ghosn, afirmou que a proposta do Rio foi a mais "convincente" entre os Estados que disputavam o investimento --São Paulo e Paraná eram os concorrentes.

Fonte: Folha.com

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