Inglaterra afirma que nunca negociará as Ilhas Malvinas
Em uma mensagem de Natal dirigida aos habitantes das Malvinas, divulgada nesta sexta-feira (23) no Reino Unido, o primeiro-ministro David Cameron afirmou que “nunca” negociará a soberania deste território [que lá é chamado de Ilhas Falkland] com a Argentina, a menos que seus moradores queiram. “Nenhuma democracia pode proceder de outra maneira”, disse o premiê britânico.
"A Argentina continua com esforços injustificados e contraproducentes para impedir a navegação marítima ao redor das ilhas e para impedir que os empresários levem a cabo um comércio legítimo", afirmou Cameron, complementando que seu governo quer ter uma relação “construtiva” com o país sul-americano, mas que a atitude argentina referente às Malvinas é “inaceitável”.
Segundo ele, o Reino Unido “não pode aceitar” que a autodeterminação dos habitantes das Malvinas esteja sendo desafiada. “As ameaças de cortar a comunicação entre as ilhas e seus vizinhos da América do Sul só prejudicam quem as impulsiona”, criticou Cameron, em resposta à decisão dos países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Brasil e Paraguai, apesar de este último não ter litoral) de impedir a passagem de barcos “com a bandeira ilegal das Malvinas”, ocupadas pelo Reino Unido desde 1833.
Na última quinta-feira (22), o jornal britânico Daily Mail revelou que o Reino Unido está “tirando a poeira de seus planos de defesa” nas Malvinas, mais de 30 anos depois do fim da guerra com a Argentina. Uma fonte militar afirmou ao jornal que os britânicos contam com uma “força decente de ataque para proteger as ilhas, o que estava ausente em 1982 [ano da guerra], e as Forças Armadas argentinas não se recuperaram adequadamente da ‘paulada’ que receberam na última vez”.
Fonte: Efe
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