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segunda-feira, 2 de março de 2009

América Latina está mais forte para enfrentar a crise, diz FMI

Segundo organização, região teve políticas sólidas nos último anos.No entanto, para FMI, crise é mais grave que as anteriores.

A América Latina está em uma posição mais forte do que no passado para enfrentar a atual crise global de crédito, mas o cenário da economia ainda pode piorar, afirmaram nesta segunda-feira (2) representantes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em reunião com ministros das Finanças da América Latina, Espanha e Portugal, os representantes dos dois organismos financeiros internacionais afirmaram que a região está em forte posição financeira graças a sólidas políticas macroeconômicas nos últimos anos.
"A boa notícia: a América Latina está muito mais preparada para superar os choques externos do que estava no passado", afirmou Nicolas Eyzaguirre, diretor do departamento do Hemisfério Ocidental do FMI.

Alerta

Mas ele alertou que o impacto externo da crise global de crédito é "mais profundo, mais global, e duradouro" do que em ocasiões anteriores.
Pamela Cox, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, disse que a crise global está desacelerando o crescimento na região, mas que não há impacto nos sistemas financeiros, como aconteceu no Leste Europeu.
"Eles essencialmente desfrutaram dos bons tempos durante os últimos cinco anos para arrumar a casa", completou ela à Reuters. "Certamente, a crise não era e não está sendo agora sentida no sistema financeiro na região, ao contrário do Leste Europeu."

Vantagem

O presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, disse que o "Brasil está confrontando essa crise em uma posição melhor do que no passado e está mais em vantagem do que muitas outras regiões do mundo".
"Até agora, em geral, os sistemas bancários na América Latina não sofreram o maior estresse", disse Eyzaguirre. "As situações diferem de um país para outro, mas não há um problema geral de capital de bancos insuficiente comparável ao dos Estados Unidos, por exemplo."
A autoridade do FMI alertou, no entanto, que a crise "ficará pior antes de melhorar, em nossa região, e também globalmente".
Os ministros das Finanças e Bancos Centrais da América Latina, Espanha e Portugal reúnem-se em Portugal para coordenar posições antes do próximo encontro de líderes do G20.

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