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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Indústria forte é sinônimo de emprego
 
É necessário fortalecer a indústria brasileira para gerar, cada vez mais, empregos de qualidade no Brasil
 O Dia do Industrial e da Indústria é celebrado em memória de Roberto Cochrane Simonsen, considerado o patrono da indústria, falecido em 25 de maio de 1948, vítima de infarto, enquanto discursava na Academia Brasileira de Letras – ABL. Simonsen foi engenheiro, industrial, administrador, professor, historiador e político, além de membro da Academia Brasileira de Letras. Foi o criador da Companhia Construtora de Santos, a primeira grande empresa de construção civil brasileira, onde atuou. Entre as suas importantes contribuições para a indústria brasileira estão, além da fundação do CIESP, a idealização do SESI e do SENAI e o legado intelectual registrado em dezenas de livros.

Porém, todos os esforços do Sr. Simonsen para fortalecer a indústria nacional, hoje se perdem no processo de desindustrialização vivido pelo Brasil.
Basta analisar os dados, que saltam aos olhos. A indústria já representou 27% do PIB brasileiro e, hoje, este percentual está em torno de 15%. Em 1980, o parque industrial brasileiro era equivalente à soma dos parques de Tailândia, Malásia, Coréia do Sul e China.

Em 2010, a indústria brasileira representou menos de 8% em comparação com as indústrias desses mesmos países. Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que, entre 2008 e 2011, o setor financeiro cresceu 23,1%, a extração mineral cresceu 12,8%. Enquanto isso, o desempenho da indústria de transformação caiu 5,7%.

E o resultado é esse que vemos: a produção nacional é substituída pelos importados, o que enfraquece a indústria nacional, afeta as contas externas e pode atrofiar nosso desenvolvimento tecnológico, transformando o Brasil em uma mera plataforma de produção e exportação das megaempresas multinacionais, cujas cotações dependem dos humores da economia internacional. Enquanto isso, as exportações caem, atingindo, em 2011, um déficit na balança comercial de manufaturados de US$ 93 bilhões.

Mas não é só isso. A desindustrialização em nosso país se reflete, diretamente, na vida dos trabalhadores brasileiros, afinal, se a indústria não cresce não há geração de empregos.

As atividades do setor financeiro, da moderna agricultura e da extração mineral se expandiram e se tornaram economicamente importantes, porém, sem uma sólida indústria não teremos capacidade de gerar postos de trabalho decentes na quantidade que o Brasil precisará, pois, em 2030 o Brasil contará com uma população economicamente ativa de 150 milhões de pessoas.

Portanto, é necessário fortalecer, desde já, os setores que serão capazes de gerar emprego de qualidade no país.

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