Indústria forte é sinônimo de emprego
É necessário fortalecer a indústria brasileira para gerar, cada vez mais, empregos de qualidade no Brasil
Porém, todos os esforços do Sr. Simonsen para fortalecer a indústria nacional, hoje se perdem no processo de desindustrialização vivido pelo Brasil.
Basta analisar os dados, que saltam aos olhos. A indústria já representou 27% do PIB brasileiro e, hoje, este percentual está em torno de 15%. Em 1980, o parque industrial brasileiro era equivalente à soma dos parques de Tailândia, Malásia, Coréia do Sul e China.
Em 2010, a indústria brasileira representou menos de 8% em comparação com as indústrias desses mesmos países. Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que, entre 2008 e 2011, o setor financeiro cresceu 23,1%, a extração mineral cresceu 12,8%. Enquanto isso, o desempenho da indústria de transformação caiu 5,7%.
E o resultado é esse que vemos: a produção nacional é substituída pelos importados, o que enfraquece a indústria nacional, afeta as contas externas e pode atrofiar nosso desenvolvimento tecnológico, transformando o Brasil em uma mera plataforma de produção e exportação das megaempresas multinacionais, cujas cotações dependem dos humores da economia internacional. Enquanto isso, as exportações caem, atingindo, em 2011, um déficit na balança comercial de manufaturados de US$ 93 bilhões.
Mas não é só isso. A desindustrialização em nosso país se reflete, diretamente, na vida dos trabalhadores brasileiros, afinal, se a indústria não cresce não há geração de empregos.
As atividades do setor financeiro, da moderna agricultura e da extração mineral se expandiram e se tornaram economicamente importantes, porém, sem uma sólida indústria não teremos capacidade de gerar postos de trabalho decentes na quantidade que o Brasil precisará, pois, em 2030 o Brasil contará com uma população economicamente ativa de 150 milhões de pessoas.
Portanto, é necessário fortalecer, desde já, os setores que serão capazes de gerar emprego de qualidade no país.
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