Criação de empregos formais no ano já é a maior desde 1992
O país bateu recorde na geração de empregos formais nos primeiros nove meses do ano (janeiro a setembro), com criação de 2,2 milhões de vagas no período (2.201.406).
O resultado é o melhor de toda a série histórica do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), iniciada em 1992, segundo dados divulgados nesta terça-feira (19).
A recuperação brasileira da crise financeira mundial e o alto ritmo de crescimento econômico brasileiro no primeiro semestre são os principais motivos para a elevação das contratações.
Em 2009, apesar da crise, o país teve criação de quase 1 milhão de empregos. Para 2010, o Ministério do Trabalho espera criar 2,5 milhões de empregos.
No mês passado, foram criados 246.875 empregos com carteira assinada, o que já garante a meta do governo neste ano, segundo Carlos Lupi, ministro do Trabalho. O resultado, no entanto, foi abaixo da expectativa do governo.
O desempenho de setembro, abaixo do esperado, pode ser atribuído a um resultado negativo na agricultura, com retração de 1,4%, fechamento de 22.937 vagas. No cultivo de café houve perda de 26.157 postos de trabalho, sendo 21.409 no Estado de Minas Gerais e 3.757 em São Paulo. Este foi o pior resultado do emprego na agricultura em toda a história do Caged.
No mês, sete dos oito setores de atividade econômica registraram crescimento do emprego, sendo que dois tiveram recorde para o mês: comércio (criação de 55.051 novas vagas) e extração mineral (com 1.970 oportunidades).
Nos meses de maio, junho e julho, no entanto, houve desaceleração na criação de empregos, e julho foi o segundo seguido sem recorde. Apesar disso, o ministro Carlos Lupi não acreditava que o crescimento menor nos últimos três meses comprometesse a meta de fechar o ano com a criação recorde de vagas de trabalho. Em agosto, Lupi previu três recordes seguidos na criação de empregos, entre setembro e novembro.
Para 2011, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, prevê que o país criará mais de 3 milhões de empregos com carteira assinada e atingirá a marca de 10 milhões de novas vagas ao longo do próximo governo, superando o desempenho recorde dos últimos anos.
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