PCdoB condena perseguição da PF a Protógenes Queiroz
A perseguição da Polícia Federal a Protógenes Queiroz se mantém constante e ferrenha. Na manhã desta quinta-feira (29/7), a PF tentou invadir o apartamento do delegado, no Guarujá (SP), a fim de intimá-lo acerca de cinco procedimentos por transgressão disciplinar.
"Queriam impor temor, porque a minha agenda hoje é política, declarada", afirmou Protógenes, que vai entrar com representação contra a ação policial na Corregedoria e no Ministério Público. "Como não sabem onde é que eu estou?"
Candidato do PCdoB ao cargo de deputado federal por São Paulo, Protógenes estava na cidade de Lavras participando de um seminário da Associação de Jornalistas de Minas Gerais. Os policiais tentaram entrar à força no apartamento do delegado, mas foram impedidos pelo porteiro do prédio.
A PF mobilizou ontem sete policiais para ir ao apartamento de Protógenes. Afinal, para que envolver tamanho contingente para a entrega de uma simples intimação? Importante notar ainda que cada procedimento movido contra o candidato do PCdoB requer a participação de três delegados, um escrivão e quatro agentes.
Chama a atenção de todos o interesse da Polícia Federal em tentar incriminar o delegado Protógenes, que investigava banqueiros corruptos e agora, em sua luta para chegar à Câmara Federal, cria e discute projetos para fazer do Brasil um país melhor para o seu povo.
Desde 2008, com a deflagração da Operação Satiagraha, chovem inquéritos da PF contra Protógenes. Até o momento são 23, sendo que os últimos cinco inquéritos foram abertos entre maio e junho deste ano.
Protógenes está sendo intimado por uma declaração feita durante uma atividade do MST em março: "ocupar fazenda de banqueiro bandido é dever do povo brasileiro". O outro inquérito diz respeito a uma entrevista sobre a Operação Satiagraha cedida à revista Caros Amigos em dezembro de 2008, em que o delegado menciona "fatos não confirmados e termos com significado dúbio possibilitando conclusões equivocadas quanto à participação de terceiros na investigação na operação".
Os outros inquéritos sugerem uma suposta omissão de compartilhamento de informações sigilosas com funcionários da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e à abertura prévia de documentos sigilosos para jornalistas.
"Ficamos realmente em dúvida quanto ao real comprometimento da Polícia Federal em investigar e prender criminosos, quando vemos o que aconteceu ontem com Protógenes Queiroz. É incrível ver como a PF empenha mais esforços para perseguir um delegado que combate a corrupção do que em investigar crimes de colarinho branco. As razões para a abertura dos inquéritos contra Protógenes também são incabíveis. Isso é uma barbaridade! O PCdoB condena veementemente estas ações persecutórias contra o Protógenes", declarou Nádia Campeão, presidente do PCdoB-SP.
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