Blog Tradução

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Serra para prefeito de São Paulo?

Para ver o grau de desânimo dos tucanos, reforçado a cada pesquisa como a do Datafolha divulgada hoje, basta saber que cresce uma conversa reservadíssima entre lideranças paulistas do PSDB. Discute-se a possibilidade de José Serra preparar-se para a próxima eleição para prefeito de São Paulo.

Seria sua chance de se manter na política --e, quem sabe, um nome forte para evitar que o PT volte ao poder na cidade.

De acordo com a mais recente pesquisa Datafolha, Serra já perde não só no Estado mas também na cidade de São Paulo, onde foi governador e prefeito. Nessa onda, lideranças tucanas passaram a temer uma ida de Aloizio Mercadante para o segundo turno. Marta Suplicy deve se eleger com certa facilidade para o Senado.

Isso tudo significa que o consórcio PSDB-DEM na cidade de São Paulo está correndo risco, até porque não tem, por enquanto, um candidato forte. E aí que, nessas conversas, aparece o nome de Serra.

Duvido que ele tope, seria um terrível fim de linha e a cidade merece mais do que isso. Mas, em política, nunca se sabe. Seria, ironicamente, a única forma de ele cumprir o que assinou no papel: ficar quatro anos na prefeitura de São Paulo.

domingo, 29 de agosto de 2010

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Gm mais uma vez utiliza práticas anti- sindicais.

A General Motors do Brasil de São Caetano do Sul suspendeu novamente um dirigente sindical.

Desta vez quem foi suspenso por dois dias foi o companheiro João Sipriano (Magrão) segundo Vice-Presidente do sindicato. Já há tempos, os companheiros do sindicato vinham advertindo a empresa sobre a necessidade de contratação de mão de obra, revisão do padronizado, compra de maquinas e equipamentos, revezamento de posto de trabalho e do auto nível de trabalhadores com doenças relacionadas ao trabalho.

A empresa por sua vez jamais tomou providencias quanto às reivindicações, não
restando alternativa, o companheiro João Sipriano (Magrão), realizou uma mini assembléia a pedido dos trabalhadores para tratar dos assuntos relacionados aos graves problemas que ocorrem no processo de trabalho, entre eles a falta de mão de obra, e a pressão da chefia por mais produtividade. Essa reunião com os trabalhadores do Cock Pit teve como reflexo a paralisação da linha por 20 minutos.

Recordando:

Em dezembro de 2009 a General Motors do Brasil de São Caetano do Sul, havia suspendido os diretores sindicais Paulo Cesar Chinelato (Pão doce) por 15 dias, Fabio Gandia (Fabinho) 7 dias, e advertido os dirigentes sindicais Marcelo Toledo (secretario Geral) e João Sipriano (2º vice presidente ) por terem paralisado a produção após pesquisa em chão de fabrica onde os trabalhadores rejeitaram o aumento da jornada de trabalho alem das 45 horas semanais . Lembrando que os diretores e dirigentes sindicais tomaram essa iniciativa de paralisarem a produção por que uma vez rejeitado o aumento de horário pelos trabalhadores a General Motors do Brasil se utiliza de intransigência, imposição e pressão para que os trabalhadores ficassem alem das 45 horas semanais.

Bomba! Serra já montou seu ministério

Com a vitória agora é questão de dias, é hora de começarmos a analisar o futuro ministério de salvação nacional do governo Serra. Alguns nomes já estão certos, outros ainda são dúvidas. É importante que cada um de nós dê sua opinião sobre eles ou indique substitutos. Vamos conhecê-los:

Relações Exteriores: Fernando Henrique Cardoso;

Defesa: Nelson Jobim;

Justiça: Gilmar Mendes;

Banco Central: Salvatore Cacciola

Comunicações: Ali Kamel;

Saúde: Cacá Rosset;

Economia: (Serra está em dúvidas entre Sardenberg e Leitão)

Segundo sugestões dos homens bons que frequentam este sítio noticioso, poderemos ter também as seguintes pessoas nos ministérios indicados:

Minas e Energia: David Zylbersteyn

Pró-Álcool: Lucia Hipolitro.

Cultura: Arnaldo Jabor

O IBGE será gerido pelo Datafolha.

Trabalho: Chiquinho Scarpa

Turismo: Maitê Proença

Ministério do Acarajé: Cira de Itapuã

Ministério da Juventude: Soninha

Instituto Federal de Reeducação Social Henning Boilesen: Jair Bosolnaro

Previdência Social: Georgina de Freitas

Igualdade Racial: Demétrio Magnoli

Reforma Agrária e Agricultura Familiar: Kátia Abreu

Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres: Rogéria

Articulação Política: Índio da Costa

Esportes: Ricardo Teixeira

A chefia da Casa Civil ficará com a Condoleesa Rice, pois é assunto muito sério pra ser tratado por brasileiros.

O Instituto Rio Branco passará a se chamar Ronald Reagan Institute.

Diário Oficial será substituído pela Folha de São Paulo
Com a formação de um GT, CTB finaliza 1º Encontro de Juristas

A CTB finalizou na última sexta-feira (20), o 1º Encontro de Juristas da CTB, com duas palestras, seguidas de debate. A primeira, com a presença do coordenador da ABATE, Dr. Jorge, composta do representante do Ministério Público, Dr. Ricardo Britto e pelo Assessor Jurídico da CTB, Dr. Renan Arraes, falou sobre as fontes de custeio das entidades sindicais.



Já na segunda, o tema foi a formação do Conselho Jurídico da CTB, coordenada por João Paulo Ribeiro, secretário de Serviços Públicos e Trabalhadores Públicos, por Mário Teixeira, dirigente nacional da CTB e pelo secretário de Política Sindical e Relações Institucionais Joílson Cardoso. A mesa também contou com a participação do Dr. Hudson Marcelo da Silva e de Pascoal Carneiro, secretário-geral da central.

Após a apresentação da proposta e intervenções, foi formado um grupo de trabalho ligado para discutir a formação do conselho nacional. Ainda, ficou estabelecido que o conselho deverá fomentar a produção de informações e debates entre os juristas da CTB e também apoiar uma produção científica para dar suporte teórico aos advogados classistas.



O grupo de trabalho será composto por: Dr. Hudson Marcelo da Silva – SP, Dra. Mara Loguercio – RS, Pascoal Carneiro – CTB Nacional, Dr. Pitta Machado – RS, pelo Dirigente Nacional da CTB Dr. Mario Teixeira, pelo Assessor Jurídico da CTB, Dr. Renan Arrais e pelo Dr. Magnus Farkatt – SP.
Sindicalistas paulistas se reúnem com Dilma e Mercadante

No próximo dia 02 de setembro, o movimento sindical paulista se reunirá, num grande esforço, para demonstrar seu apoio à candidatura de Dilma Roussef e Aloízio Mercadante, e entregar o documento A Agenda da Classe Trabalhadora, aprovado na 2ª Conclat. Estarão presentes também para receber o documento os candidatos ao Senado, Marta Suplicy e Netinho de Paula.

O encontro, que acontece no Clube Atlético Juventus, em São Paulo, a partir das 10h, deve contar com cerca de 5.000 militantes em um momento histórico para São Paulo e para o Brasil.

A CTB já iniciou os preparativos e intensificou as mobilizações no Estado para participar ativamente deste evento e garantir a presença de seus militantes, para que juntos possamos ajudar a garantir a continuidade do crescimento das candidaturas das forças de esquerda.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Protógenes cassa candidatura de Maluf por 4 a 2

Na foto, o deputado federal mais votado em São Paulo


Por 4 votos a 2, no Tribunal Regional Eleitoral, o ínclito delegado Protógenes Queiroz conseguiu aprovar a petição que pedia a impugnação da candidatura de Paulo Maluf a deputado federal.

O argumento do advogado de Protógenes, Adib Abdouni, foi simples:

Como é possível disputarem a mesma vaga o homem que prendeu um criminoso e o criminoso que por ele foi preso ?

Protógenes recolheu Paulo Maluf ao PF Hilton.

Maluf e o filho ficaram na mesma ala que recebeu a honrosa visita do passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas.

Ou seja, o carcereiro dessa vez ganhou.
Paulo Maluf é barrado em São Paulo pela Ficha Limpa

Por quatro votos a dois, TRE-SP decide que o deputado paulista não pode disputar as eleições deste ano. O que pesou foi a condenação por compra irregular de mais de uma tonelada de frango quando era prefeito. Cabe, porém, recurso.

Por maioria dos votos - quatro a dois -, os integrantes do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) barraram a candidatura do deputado Paulo Maluf (PP-SP) à reeleição com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10). Eles aceitaram as contestações feitas pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-SP) e pelo ex-delegado Protógenes Queiroz, candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PCdoB, a partir da recente condenação de Maluf por superfaturamento na compra de frangos quando era prefeito de São Paulo.

A maioria da corte acompanhou o voto do juiz Jeferson Moreira de Carvalho, relator do caso. Ele considerou que a condenação pelo Tribunal de Justiça local configurava uma das condições de inelegibilidade previstas na nova redação da Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90), que foi atualizada pela Ficha Limpa. A compra de 1,4 tonelada de frango custou R$ 1,39 milhão ao município. O parlamentar recorreu da decisão. No entanto, em 26 de julho, os desembargadores da Câmara negaram o recurso e confirmaram a decisão.

A procuradoria eleitoral ainda contestou a candidatura de Maluf por conta do mandado de prisão em aberto que existe contra ele. Na ação, é destacado que, além do caso da condenação do caso do frango, Maluf não entregou documentos relativos ao processo criminal que responde nos Estados Unidos por crime de conspiração, auxílio na remessa de dinheiro ilegal para Nova York e roubo de dinheiro público em São Paulo. Por conta das investigações, a Promotoria de Nova York pediu que ele fosse incluído na lista vermelha da Interpol. Com isso, o ex-prefeito de São Paulo pode ser preso ao entrar em um dos 181 países que são membros da entidade.

Votaram com o relator o presidente do TRE-SP, desembargador Walter de Almeida Guilherme, o vice, juiz Alceu Penteado Navarro e a juíza Clarissa Campos Bernardo. Já o juiz Gaudino Toledo Junior e o desembargador Paulo Octavio Baptista Pereira se posicionaram a favor de conceder o registro de candidatura para Maluf. Um dos juízes, Paulo Henrique Lucon, declarou-se impedido de votar.

Maluf ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão. Por enquanto, até a ação transitar em julgado, a legislação eleitoral permite que ele continue sua campanha normalmente. A defesa do candidato promete recorrer. No julgamento, ela argumentou que o deputado não poderia ser considerado inelegível porque o TJ ainda não julgou recurso impetrado contra a condenação.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

CTB realiza 1º Encontro Nacional com militantes jurídicos

Com um público aproximado de 80 participantes, teve início na última quinta-feira (19) o 1º Encontro Nacional de Juristas da CTB, em Brasília. O encontro busca aprofundar os debates e posicionar a CTB diante de temas cruciais do Direito Coletivo do Trabalho e do Direito Sindical.

A mesa de abertura contou com a presença do secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro e do secretário de Serviços Públicos e Trabalhadores em Serviços Públicos João Paulo Ribeiro. Ambos enfatizaram a necessidade da permanente discussão dos aspectos jurídicos da ação sindical e o papel combativo que os juristas classistas tem desempenhado junto à Central.



Desmembramentos

Na primeira mesa do dia, Dr. Mario Teixeira, dirigente nacional da CTB, conduziu a mesa que teve a participação da juíza aposentada Dra. Mara Loguércio e do Dr. Hudson, que falaram sobre o Enquadramento e Unicidade Sindical. Em seguida, o Dr. Luiz Gonzaga discorreu sobre Aposentadoria Especial.

A Dra. Mara Loguercio insistiu na unicidade sindical, como fortalecimento das entidades sindical. Destacou ainda, que os sindicatos devem procurar meios para representar os trabalhadores autônomos e os PJ.



Em sua fala, Dr. Hudson destacou as possibilidades de "desmembramentos" a rigor aceitas pelo Poder Judiciário. A primeira delas sobre a possibilidade de desassociação de entidade que possua base territorial mais restrita, não inferior a um município. A segunda, de desmembramento de entidade criada para representar categoria profissional mais específica.

Encerrando as atividades da parte da manhã, o Dr. Luiz Gonzaga frisou as dificuldades dos trabalhadores urbanos e rurais para obter os benefícios de aposentadoria especial junto ao INSS. Alertou o advogado que cerca de 95% das aposentadorias são obtidas por meio de ação judicial.

Dissídios

No período da tarde, a mesa de trabalho teve os trabalhos dirigidos pelo Dr. Hugo Leonardo da Silva, contando com a presença do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Walmir Oliveira da Costa, da desembargadora Maria Adna Aguiar e do Dr. Pita Machado.

Em sua palestra, o Ministro traçou amplo panorama da seção de Dissídios Coletivos doTST e o alcance da expressão comum acordo como condição para instauração de dissídio coletivo de natureza econômica. Segundo Ministro "O Poder Normativo da Justiça do Trabalho ainda se faz necessário, devido ao desigual desenvolvimento da luta sindical no Brasil".



Já a Desembargadora Maria Adna Aguiar, destacou a importância de os advogados dos Sindicatos estarem bastante atentos quanto aos requisitos jurídico-formais para instauração do dissídio de greve, tais como: publicação de editais, comunicados aos empregadores, à população, realização de assembléias etc.

Encerrando as atividades do dia, o Dr. Pita Machado destacou a decisão do Supremo Tribunal Federal de estender a lei de greve do setor privado para o setor público. “Os tribunais têm sido rigorosos, quanto à necessidade de atender as necessidades inadiáveis da população”. Indica o advogado que os Sindicatos devem se antecipar e garantir ao menos 30% dos serviços em funcionamento.

Interação e debate

Cabe destacar as diversas intervenções que os juristas classistas da CTB e os demais presentes fizeram no debate, trazendo temas cotidianos do sindicalismo e do mundo trabalho. .

Os trabalhos prosseguirão nesta sexta-feira (20), quando haverá debate sobre o custeio sindical, a criação de um conselho jurídico da CTB e apresentação do escritório jurídico em Brasília.

Estarão presentes o Dr. Renan Arraes - Assessor Jurídico da CTB Nacional, o Dr. Jorge Otávio Oliveira Lima - Presidente da ABATE e o representante do Ministério Publico do Trabalho Dr. Ricardo Britto.

No período da tarde, a mesa será coordenada por Pascoal Carneiro, pelo secretáario de Políticas Sindicais e Relações Institucionais, Joílson Cardoso e pelo Dr. Hugo.
TAM anuncia fusão com empresa chilena

Maior companhia aérea do Brasil, a TAM anunciou ontem sua fusão com a chilena LAN. O acordo definitivo será assinado em 60 ou 90 dias, segundo o presidente- executivo da futura empresa, Enrique Cueto.

As marcas TAM e LAN serão mantidas, mas a nova companhia se chamará Latam Airlines Group. Terá 40.000 funcionários e oferecerá voos para mais de 115 destinos em 23 países, além de transporte aéreo de carga.

O memorando de entendimentos entre as duas empresas foi assinado no momento em que empresas menores tomam ou ameaçam tomar fatias de mercado doméstico da TAM.

Voltar

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Ministro da Justiça quer polícia "eficiente e invisível" na Copa

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, destacou na segunda-feira (16) a melhora da vigilância na fronteira, o uso de tecnologia nos controles aeroportuários e o desdobramento de uma polícia "eficiente e invisível" como elementos-chave da estratégia de segurança para a Copa do Mundo de 2014.
Em entrevista coletiva, Barreto destacou que o combate à insegurança está melhorando no país e acrescentou que as autoridades trabalham para evitar que "o Brasil continue com altos níveis de violência e criminalidade".


O ministro afirmou que o país exerce hoje um papel diferente no âmbito internacional e ressaltou que o Executivo está investindo nas 12 cidades que serão sede da Copa 2014, inclusive em um "esforço enorme" para melhorar a preparação das forças de segurança.

Barreto disse também que quer que a Polícia não esteja "ostensivamente armada" e que seja capaz de fazer uma intervenção "rápida e cirúrgica".

De acordo com o titular de Justiça, o Governo vem trabalhando para ajudar os estados a construírem políticas estruturais para combater a violência, melhorar a inteligência e a investigação policial e capacitar os profissionais da segurança para não causarem mortes nas operações contra o crime.

O ministro assegurou que um dos objetivos é preparar um ambiente para que haja respeito e garantir a segurança dos torcedores de todas as seleções que assistam à Copa.

Durante os últimos quatro anos, ainda conforme Barreto, entraram em vigor planos de segurança pública preventiva nos quais foram investidos quase R$ 2 bilhões anuais que proporcionaram a recuperação de áreas tomadas pela violência.

Além disso, o titular de Justiça destacou a importância de se aplicar soluções tecnológicas avançadas nos controles nos aeroportos do país para encurtar o tempo de espera dos passageiros e falou sobre a aplicação de outras medidas, como a proibição de bebidas alcoólicas no interior dos estádios e o uso de modernas câmeras de vídeo.
A bazófia da chamada "origem humilde" de Serra

É patético o esforço feito pelo candidato da direita à presidência da República, o tucano José Serra, de chamar a atenção para sua "origem humilde", que é tão verdadeira quanto a "favela" de estúdio que mostrou em seu programa inaugural de propaganda política na televisão.

A questão da origem pessoal envolve uma série de aspectos que servem mais para confeccionar uma embalagem vistosa do candidato do que para esclarecer seus propósitos e ideias.

É preciso lembrar que origem social, a rigor, significa pouco. O general Ernesto Geisel, por exemplo, era filho de uma família humilde de imigrantes alemães e, durante seu período como aluno na Escola Militar, não tinha sequer trajes adequados para frequentar as festas a que seus colegas compareciam. Quando ocupou a Presidência, entre 1974 a 1979, foi um servidor do grande capital e comandou a repressão aos opositores políticos (foi em seu governo que ocorreu a Chacina da Lapa, onde dirigentes do PCdoB foram assassinados), ao movimento estudantil que ressurgia, às greves operárias que voltavam ao cenário brasileiro tendo a frente justamente o líder sindical que seria o primeiro operário a assumir a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O que conta, assim, é a história do candidato, o trajeto que seguiu entre sua origem e a posição que ocupa hoje na cena política. E a comparação, neste particular, é desfavorável para José Serra.

Lula percorreu desde os degraus mais baixos da hierarquia social em nosso país; tornar-se torneiro mecânico de profissão foi percebido, por ele e sua família, como um sinal de ascensão social. Ele surgiu para a vida pública como dirigente sindical e foi o mais notável dirigente de massas de nossa história antes de vir a ser o líder político brasileiro mais reconhecido no país e no mundo. Nessa trajetória, não rompeu com suas origens e este talvez seja o principal fundamento de sua enorme popularidade como presidente e de seu governo.

José Serra não pode exibir trajetória semelhante, por mais que se esforce. Ele é filho de uma família remediada de classe média. Fez carreira como líder estudantil e dirigente de uma organização de esquerda, sofrendo o exílio desde o começo da ditadura militar. Retornou ao país em 1977 já como um economista conhecido, e continuou a resistência democrática agora dentro do território nacional. Na década de 1990, fez uma inflexão importante, que representou o rompimento radical com suas alegadas "origens humildes". Já em 1990, quando foi reeleito deputado federal, o apoio preferencial que recebeu da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indicava o rumo conservador daquela inflexão. Em 1995, compôs – com o ministro da Fazenda Pedro Malan – o núcleo econômico do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso. Serra foi então um dos principais dirigentes da política de privatizações, como o próprio FHC declarou em uma entrevista à edição eletrônica da revista Veja. Foi uma figura central daquele processo cujo objetivo era entregar ao capital privado os bancos públicos (entre eles o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES), a Petrobrás, e os setores de telecomunicações e de energia elétrica, entre outras empresas públicas.

Nessa época já não era mais o "José" que pretende ser: havia rompido com os projetos socialistas dos tempos da Ação Popular (AP) e da luta estudantil e era agora um dos principais quadros políticos da direita neoliberal no Brasil, rodeado de caciques que haviam dado as cartas durante a ditadura militar de 1964, defendendo a política de subordinação do país aos interesses das nações mais poderosas, executor das diretrizes que, a mando do FMI e do Banco Mundial, impediam o desenvolvimento do país. Ele foi ministro do Planejamento e, depois, da Saúde, de um governo - o de FHC – que estagnou a economia, aumentou o desemprego (criou apenas 798 mil postos de trabalho em oito anos. Lula termina seu governo com 14 milhões!.) e empobreceu os brasileiros.

Apesar de suas "origens humildes" Serra foi um dos principais membros daquele governo, dirigente destacado das forças do retrocesso nacional e do conservadorismo. Ele quer ser presidente e tenta pavimentar seu caminho com a memória de menino pobre. Engana quem?
Geração de empregos até julho bate recorde para o período

A geração de empregos com carteira assinada nos primeiros sete meses deste ano atingiu o total de 1,6 milhão, um recorde para o período. O total é 5,8% maior que o recorde anterior, registrado em 2008, quando foram contratadas 1,5 milhão de pessoas com carteira assinada. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho.

Em julho, foram gerados 181,8 mil novos empregos formais, sendo o terceiro maior saldo da série histórica do Caged. O total medido em julho é 0,53% maior que o registrado em junho.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, acredita que os próximos meses terão recorde na geração de empregos. "Agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro serão recordes sucessivos, principalmente porque agora começam as contratações temporárias", disse.

O setor de serviços foi o que mais contratou: 61,6 mil novas vagas em julho, saldo recorde para o mês. O total de vagas é 0,45% maior do que o registrado em junho deste ano. O setor de construção civil também registrou recorde de de criação de postos de trabalho: 38,3 mil em julho, crescimento de 1,54% ante ao mês anterior. "Neste quesito, há um impacto direto do programa Minha Casa, Minha Vida", afirmou Lupi.

A região Sudeste do País foi a que registrou a maior geração de empregos no mês, com a criação de 91 mil novas vagas. O Nordeste vem em segundo lugar, com a criação de 40,6 mil novas vagas. Em seguida, Sul (27,6 mil), Norte (12 mil) e Centro-Oeste (10,6 mil).
São Paulo desigual

Quem assobia ao caminhar na escuridão não elimina a ausência de direção, podendo transmitir, falsamente, a segurança ao andar.

Essa é a conclusão do artigo de M. Magalhães Jr. publicado nesta Folha ("São Paulo não se acomoda", "Tendências/Debates", 26/7), que, ao buscar desqualificar o livre pensante, deixa de fazer frente à força das ideias que expressam as contradições atualmente vividas pelo Estado de São Paulo.

Pode revelar, contudo, somente o primitivismo e a contida inteligência de certos quadros dirigentes de instituições públicas paulistas.

Para que se possa retornar ao entendimento acerca das contradições presentes na recente trajetória paulista, avança-se no tema da desigualdade socioeconômica territorial. A começar pelo fato de São Paulo assumir a posição de vice-liderança no conjunto dos municípios brasileiros em desigualdade na repartição da riqueza no território medido pelo PIB (Produto Interno Bruto). Em 1996, ocupava o terceiro posto.

O desbalanceamento sobressai diante da força das grandes cidades metropolitanas, que absorvem cerca de 60% do total da população; da debilidade dos pequenos municípios, responsáveis por quase 1/3 dos habitantes; e da vulnerabilidade da área rural, com menos de 10% do conjunto dos residentes no Estado, segundo o IBGE.

No conjunto das áreas metropolitanas, a taxa de pobreza alcança, em 2008, 13,2% dos seus habitantes, enquanto 29,4% dos residentes na zona rural vivem na condição de pobreza absoluta.

Em relação à remuneração média auferida pelos ocupados nas áreas metropolitanas, os trabalhadores do meio rural recebem o equivalente a apenas 52,5%, enquanto os ocupados em pequenos municípios percebem 75,2%.

A diferença entre os rendimentos médios cresceu em relação ao ano de 1999, posto que o conjunto dos ocupados do campo recebia o equivalente à quase 60% da renda dos trabalhadores nos grandes centros urbanos.

E o estímulo governamental à maior concentração econômica em limitado espaço territorial faz com que o PIB dos pequenos municípios decresça sua participação relativa frente ao vigor das áreas metropolitanas. Em 1999, por exemplo, o PIB do conjunto dos pequenos municípios equivalia a somente 11,2% do PIB dos centros urbanos, caindo, em 2007, para 9,2%.

Há ainda os equívocos no sistema educacional e na disseminação heterogênea e insuficiente das novas tecnologias de informação e conhecimento. No meio rural, quase 10% da população é analfabeta, enquanto nos grandes centros urbanos essa taxa atinge 3,5%.

Menos de 37% das crianças com até cinco anos frequentam a escola básica no campo, ao contrário de quase 45% que o fazem nas metrópoles. Na faixa etária de 15 a 17 anos, 71% encontram-se matriculadas no ensino médio nos grandes municípios urbanos e menos de 60% no meio rural.

No segmento etário de 18 a 24 anos, a taxa de frequência líquida no ensino superior atinge 20,3% nos centros metropolitanos e apenas 8,5% na zona rural.

Quanto às novas tecnologias de informação, no meio rural somente 57,6% têm acesso à internet e 28,1% possuem computador, enquanto nos grandes centros urbanos oito em cada dez habitantes acessam a internet e 51,4% possuem computador.

Essas e outras assimetrias socioeconômicas que condicionam a situação mais recente do Estado paulista precisam sofrer urgente e ampla reação pública articulada e integrada, capaz de planejadamente superar traços prevalentes do subdesenvolvimento. Caso contrário, o fosso que separa o povo paulista, infelizmente, tende a aumentar.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Emir Sader: quem compra e quem financia a decadente revista Veja?

Em um voo, havia uma Veja, que eu não leio, nem folheio há muitos anos. Não me interessava nada do que estava escrito ali, mas me dei ao trabalho de verificar as publicidades. Porque as publicações da mídia mercantil são vendidas para as agências de publicidade – e por estas às grandes empresas que anunciam – antes de ser vendidas aos leitores. A arrecadação com estas vendas é totalmente desprezível em comparação com o arrecadado com a publicidade.

Por Emir Sader, em seu blog

Então é bom saber quem financia uma publicação decadente, com uma tiragem verticalmente descendente como a Veja. Saber que paga os funcionários da família Civita, saber com quem eles têm o rabo preso, ainda mais eles que se interessam tanto por saber onde o governo anuncia.

Do total de 152 páginas, 72 de publicidade – sem contas as da própria Abril. Primam os anúncios das empresas automobilísticas: 11, em geral cada anúncio em pagina dupla e algumas com vários anúncios no mesmo número. Pode chegar a um total de umas 20 páginas. Acho que não falta nenhuma do ramo: Hyundai, Citroen, Ford, Honda, Volkswagen, Citroen, Peugeot, Mercedes Benz, Chevrolet, Kia, Subaru.

Os bancos, claro: Itaú, Bradesco, HSBC. E várias outras das maiores empresas brasileiras: Votorantin, H. Stein, Gafisa, Knorr, Becel, Casas Renner, Dell, Boston Medical Care, Tv Record, Tim, Casas Bahia, Ambev, Bulova, Oral B, Shopping Center Iguatemi, Nextel, TV Globo, Câmara Brasileira do Livro, McDonalds, Amó (perfumes), Bohemia, Racco (perfumes).

Não me dei ao trabalho de revisar a Vejinha, nesse caso a de São Paulo. Mas uma simples olhada dá para ver que a proporção é mais ou menos a mesma de publicidade no conjunto da publicação, que é de tamanho similar. Para que se tenha um critério de comparação, olhei uma revista Época – também encontrada no avião – e nela a publicidade ocupa 35 do total de 122 páginas, com os mesmos anunciantes.

Com alegria me dei conta de que não há publicidades governamentais, a não ser uma do Ministério da Saúde sobre o SUS. Isso corresponde à impossibilidade legal de publicidade no período eleitoral. Mas fica claro que, com esse elenco de grandes empresas anunciando, certamente nem necessitariam.

Como se pode ver, os rabos presos se dão, de forma direta, com grande parte dos setores empresariais mais importantes do país – a indústria automobilística em primeiro lugar, seguida pelos grandes bancos –, cujos interesses nunca se viu essa grande imprensa – que faz tudo, menos dar no tiro no próprio pé em termos de lucros – contrariar.

Aí está a lista dos que financiam a Veja e a Abril. Muito antes de que algum desavisado compre nas bancas ou responda positivamente as ofertas de assinatura – que insistem em oferecer muitos números grátis, “sem compromisso”, etc., etc., no desespero da queda brutal de tiragem da revista –, praticamente metade dos espaços já foi vendido para publicidade de grandes empresas privadas.

Não há nenhuma universidade pública, nem sindicato ou central sindical, movimentos sociais, editoras pequenas e médias. O financiamento vem maciçamente dos que dominam a economia do Brasil ao longo de muitas décadas, que controlam os espaços fundamentais da imprensa privada brasileira.
CTB faz Encontro de Juristas para formar seu Conselho Nacional

A CTB promoverá nos dias 19 e 20 de agosto seu 1º Encontro Nacional de Juristas. O encontro, que acontece em Brasília, pretende eleger um Conselho Nacional que dará sustentação à atuação da Central no âmbito jurídico.

Voltado para sindicalistas, advogados, assessores e profissionais que atuam na área dos sindicatos filiados à Central, o evento contará com palestras de especialistas e profissionais renomados como a desembargadora Dra. Maria Aguair do Nascimento; Mara Loguercio, juíza do trabalho aposentada do TRT-RS; Dr. Pita Machado; Dr. Magnus Farkatt e Dr. Luiz Gonzaga de Araújo, além de representantes do Ministério Público do Trabalho (MP) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pascoal Carneiro, secretário-geral da CTB, ressalta que um dos principais objetivos do evento é aprofundar o debate sobre os projetos que tramitam no Congresso Nacional. “Esse Conselho que vamos eleger além de atuar de forma mais ostensiva nas estâncias legais, acompanhando o trâmite de recursos e ações dos sindicatos filiados, também embasará as ações da Central no que diz respeito à atuação jurídica”, afirmou.

Nos dois dias de debates serão realizadas mesas sobre fontes de custeio e sustentação dos sindicatos, a unicidade sindical e a portaria 186; e o direito de greve com ênfase no funcionalismo público.

Com a participação do Dr. Renan Arraes e um representante do MP, a mesa sobre sustentação financeira debaterá os problemas criados pelo órgão para aprovar os processos de legalização das entidades e o repasse das contribuições, que dificultam a atuação sindical.

Já a desembargadora Maria Adna do Nascimento, os advogados Magnus Farkatt e Pita Machado e um representante do Supremo Tribunal Federal debatem o direito de greve do funcionalismo público, bem como a ratificação da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que garante trabalhador em serviços públicos a negociação coletiva.

Na palestra sobre a unicidade sindical, o tema central será a fragilidade advinda da criação da portaria 186, que, de forma confusa, autoriza a criação de mais de um sindicato por categoria, causando a pulverização da atuação sindical. Participam do debate de Mara Loguércio, advogados Hudson e Mário Teixeira.

Ao final do encontro, será levantada a possibilidade de abertura de um escritório Jurídico em Brasília para assessorar a direção Nacional nas ações do STF, TST, e para acompanhar as ações dos sindicatos filiados de todo Brasil.

Confira a programação:

Dia 19 de Agosto
9 horas
Abertura
(Presidente em exercício da CTB, Nivaldo Santana e secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro)
Palestra:
Enquadramento sindical, unicidade e categoria preponderante
(Coord. da mesa: Dr. Mário Teixeira. Palestrantes: Dra Mara Loguercio e Dr. Hudson)
Palestra especial:
- Aposentadoria especial
(Dr. Luiz Gonzaga de Araújo )

14 horas
Palestra:
Direito de greve com ênfase no funcionalismo público
(Palestrantes: Dr Manus Farkatt; Desembargadora do TRT5 Dra Maria A. Aguiar do Nascimento;
Dr Pita Machado e Senhor Ministro Maurício Godinho Delgado)

Dia 20 de Agosto
9 horas
Fontes de custeio e sustentação financeira dos sindicatos
( Palestrantes: convidado Dr. Ricardo Brito – Ministério Público do Trabalho e Dr. Renan Arraes)

14 horas
Discussão e indicação do Conselho Jurídico da CTB Nacional
Apresentação do escritório jurídico em Brasília.
Encerramento.
MPF pede condenação de bispo ligado ao DEM por desvio de R$ 2 mi

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação da Fundação Renascer e de seu ex-representante legal, o bispo e deputado estadual José Antônio Bruno (DEM/SP), na ação civil que apura supostos atos de improbidade administrativa. Em suas alegações finais, apresentadas no último dia 2, o MPF aponta que os crimes foram cometidos na execução de dois convênios do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE), que envolveu desvio e má utilização de quase R$ 2 milhões de verba pública.

Entre 2003 e 2004, a Fundação Renascer recebeu R$ 1.923.173,95 para implementar os dois convênios de alfabetização de jovens e adultos do programa Brasil Alfabetizado, mas, segundo apurado na prestação de contas feitas ao FNDE pelos réus, nenhuma das despesas foi comprovada com notas fiscais.

As investigações do MPF, da Controladoria Geral da União e de auditores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação concluíram que a Fundação Renascer não prestou contas adequadamente sobre como gastou os recursos dos dois convênios firmados, que tinham por objetivo capacitar alfabetizadores e alfabetizar adultos. Na época, a fundação era presidida pelo bispo José Bruno e, de acordo com os convênios, o programa deveria alfabetizar 23 mil pessoas.

Nas alegações finais, o procurador da República Sergio Gardenghi Suiama, responsável pelo caso, afirma que até hoje não há como saber quantas pessoas foram realmente alfabetizadas pelo programa, através de ajuda de custo de cerca de R$ 60, pois os réus não cumpriram a obrigação de identificar todos os beneficiários do programa, nem comprovarem o pagamento do benefício.

Nas listas dos beneficiários dos recursos federais apresentadas pela Fundação há poucas informações sobre os participantes do curso de alfabetização, não havendo sequer referência a número de CPF ou qualquer outro documento identificador válido.

Na ação, os réus afirmaram que o convênio foi integralmente cumprido. No entanto, segundo o Ministério Público, não se manifestaram sobre alguns questionamentos feitos pelo MPF na investigação. Entre os temas questionados estariam como a ausência de documentos que comprovem a execução dos convênios e a prestação de contas apresentada pelos réus, que continha números irrealizáveis, como a frequência de 100% em todas as turmas do curso de alfabetização.

Ensino Religioso

Com base no plano de aula apresentado pela Renascer, o MPF concluiu que a fundação usou parte do dinheiro para promover o ensino religioso em favor da Igreja Renascer em Cristo, em completo desacordo com os planos de trabalho apresentados ao Ministério da Educação, onde não havia nenhuma referência a conteúdos religiosos.

Para o procurador da República, ao empregarem R$ 2 milhões dos recursos públicos destinados à educação para ministrarem ensino religioso disfarçado de programa de alfabetização, os réus não apenas violaram os deveres de legalidade, honestidade e lealdade às instituições públicas, como também voluntariamente promoveram o desvio do patrimônio público federal.

Com base nas acusações, o MPF pede a restituição integral dos valores ao FNDE e a condenação dos réus por improbidade administrativa, com penas que incluem a proibição de contratação com a União e a perda de direitos políticos por até 5 anos.

Em nota, a Fundação Renascer negou as acusações e informou que foram alfabetizadas mais de 15 mil pessoas e mais de mil foram capacitadas como alfabetizadores nos anos de 2003 e 2004 com verbas do projeto Brasil Alfabetizado. Ainda segundo a nota, houve formaturas em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador. A fundação afirmou que o MEC realizou auditorias no projeto e todos os itens foram aprovados.
Fantástico tem pior audiência no ano e afunda audiência da Globo

O domingo tem-se tornado, cada vez mais, o dia de disputa mais acirrado pela audiência – o que revela como está dura a vida para o Fantástico e para a TV Globo. Ontem (15), pela primeira vez no ano, o Fantástico não passou dos 20 pontos de média de audiência na Grande São Paulo, segundo dados consolidados do Ibope.

Nos últimos meses – com embalo da Copa do Mundo e de atrações que o antecediam, como as finais da "Dança dos Famosos" –, o programa da Rede Globo oscilava entre 22 e 23 pontos de média. Com a queda registrada no último domingo, o Fantástico ficou apenas seis pontos à frente do Domingo Espetacular durante sua exibição, entre 20h45 e 23h13. A atração da Rede Record marcou 14 pontos de média durante esse horário.

Silvio Santos também foi bem na faixa noturna e marcou 12 pontos, abrindo três de diferença para seu principal concorrente, o Pânico na TV. O principal programa da grade da Rede TV! ficou mais uma vez abaixo dos dez pontos e voltou ao patamar dos últimos dois meses. Apenas na semana passada a atração comandada por Emilio Surita esboçou uma reação e superou 10 pontos.

Histórico

A situação do Fantástico periclitava havia meses. No final de maio, uma alteração na grade de programação promovida pela Record rendeu recordes de audiência para o Domingo Espetacular, apresentado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim. Em 30 de maio, o Fantástico chegou a amargar um terceiro lugar entre as 23h30 e 23h40. Em um dos momentos da disputa, a Rede TV! liderou com 12,9 pontos, seguida por Record (11,7) e Globo (10,8).

Um levantamento de médias anuais de audiência, feito em novembro de 2009, apontou que o Fantástico perdeu mais de 30% de seu público nos últimos dez anos. Entre 2007 e 2009, por exemplo, a audiência atração despencou de 28,2 pontos para 23,4 pontos. O declínio coincidiu com reformulações mal-sucedidas no programa, como a saída de Glória Maria, a redução de reportagens científicas e longas entrevistas, além do predomínio de matérias de celebridades, quadros e notícias sobre a Globo.
Pesquisas esfarelam a candidatura de José Serra

Na véspera do início da propaganda eleitoral na televisão,nesta terça-feira (17), a unanimidade entre as pesquisas de opinião é o esfarelamento da candidatura do candidato da oposição, o tucano José Serra: todos eles mostram a queda persistente do apoio ao ex-governador de São Paulo, e o crescimento da preferência por Dilma Rousseff, a candidata das forças progressistas.

O instituto DataFolha, de propriedade da família Frias (dona da Folha de S. Paulo) foi retardatário no reconhecimento da dianteira de Dilma, mas divulgou na semana passada resultados avassaladores para a campanha tucana: 41% para a candidata da esquerda e 33% para seu adversário conservador. Uma diferença de oito pontos. Na simulação do segundo turno a situação é reafirmada e Dilma aparece com 49%, contra 41% para Serra. O instituto Sensus dá uma diferença maior: 41% para Dilma e 31% para Serra, uma distância de 10 pontos entre os dois candidatos.

Era de se esperar que isso acontecesse devido aos altos níveis de aprovação do governo Lula e do estado de espírito da população que muitos analistas descrevem como "sentir-se bem". A economia cresce, elevando os níveis de emprego, a renda do trabalhador e o consumo, uma conjunção de fatores que se reflete na percepção do eleitorado de que, usando uma imagem futebolística, em time que está ganhando não se mexe: Dilma representa a continuidade, e Serra o retrocesso neoliberal.

A tendência indicada pelos institutos de opinião permite algumas conclusões. Uma diz respeito à ilusão tucana a respeito dos chamados formadores de opinião. Seus sonhos foram naufragando ao longo dos últimos meses. Tentaram atrair Aécio Neves como vice de José Serra; perderam e não conquistaram sequer o entusiasmo do tucano mineiro, e o resultado é o pântano em que a candidatura da direita neoliberal vive em Minas Gerais, onde as pesquisas de opinião mostram Dilma com dez pontos percentuais à frente de José Serra.

Depois, imaginaram que o crescimento de Dilma seria lento, dando larga margem para a consolidação da candidatura de José Serra; isso não aconteceu e, na medida em que o nome de Dilma e sua postulação à Presidência da República foram ganhando público, sua aceitação foi sendo traduzida no crescimento revelado pelas pesquisas de opinião.

Apostaram também no diversionismo representado pela candidatura de Marina Silva, do PV, que tiraria o caráter plebiscitário da eleição presidencial e forçaria a comparação entre as pessoas dos candidatos, e não os programas que defendem e os governos a que serviram. A ilusão era de que o crescimento de Marina tiraria votos de Dilma Rousseff, levando a eleição para o segundo turno. Isso também não aconteceu e ela patina nos 10 pontos percentuais.

Outra ilusão tucana que vai virando pó é a crença no papel da classe média e da televisão como formadores de opinião. A perda de consistência desse papel já havia sido revelada pela eleição de 2006, e agora é ressaltada. O eleitorado brasileiro está em processo de amadurecimento e a velha hierarquia que colocava amplos setores populares a reboque da opinião das camadas "mais esclarecidas da população" (a classe média) vai sendo deixada para trás justamente pela presença de um governo focado em políticas
sociais favoráveis aos mais pobres. E detestadas por aquelas camadas privilegiadas que, cada vez mais, são forçadas a se defrontar de igual para igual com seus subordinados, mesmo com a permanência da profunda desigualdade social e de renda.

Os oito anos de governo Lula foram marcados por um aprendizado democrático que o povo não despreza. São lições que vão roendo o prestígio dos antigos formadores de opinião e o povo ousa fazer sua própria experiência política, rejeitando a linguagem daqueles que falam de cima para baixo e escondem, em discursos "esclarecidos", seus próprios interesses na manutenção de uma ordem social que garante seus privilégios.

Vivendo nas redomas dos bairros "nobres", de setores das academias e das salas de comando das grandes empresas, os tucanos não perceberam a mudança que ocorreu entre o povo. Falam uma linguagem que o povo não entende e não aceita mais, a linguagem de José Serra para esconder seu verdadeiro programa, neoliberal, privatizante, antidemocrático e antinacional, que fica escamoteado pelo discurso “moralista” envelhecido e sem ressonância popular, passando uma imagem falsa em que o eleitor, com razão, não confia.

Pesquisas de opinião não decidem eleição. Elas não têm o significado legal dos números que saem das urnas, embora os dados atuais sejam muito favoráveis a Dilma Rousseff, indicando inclusive que a eleição pode ser decidida já no primeiro turno. Mas toda prudência é bem-vinda, sinalizada pelo próprio comando de campanha da candidata da esquerda, que recomenda o uso de mocassins, não de salto alto pois o caminho para o Palácio do Planalto vai sendo pavimentado, mas ainda é pedregoso e irregular.

domingo, 15 de agosto de 2010

Pesquisa aponta que Serra caiu nos Estados que mais visitou

Pesquisa Datafolha mostra que o desempenho do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, caiu nos três Estados que ele mais visitou nas últimas três semanas, informa reportagem de Silvio Navarro e Breno Costa, publicada neste domingo pela Folha (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).

No intervalo entre as duas últimas pesquisas, de 23 de julho até anteontem, Serra teve pelo menos sete agendas de campanha em São Paulo, cinco em Minas Gerais e três no Rio de Janeiro. Com 56 milhões de eleitores, os três Estados são os maiores colégios eleitorais do país.

Serra apareceu pela primeira vez atrás de Dilma Rousseff no Datafolha, com 33% das intenções de voto no país ante os 41% da petista.

Segundo a reportagem, no Rio, onde esteve três vezes nos últimos 20 dias, o tucano perdeu seis pontos percentuais --foi de 31% a 25%, e a petista ganhou quatro pontos, chegando a 41%.

Em Minas, onde teve cinco eventos de campanha nas últimas semanas, o tucano caiu quatro pontos percentuais (de 38% para 34%), e foi superado por Dilma (35% a 41%). Em Belo Horizonte, a queda foi de nove pontos.

Em São Paulo, base eleitoral do tucano e Estado que administrou até março, ele caiu três pontos --foi de 44% para 41%, mas ainda mantém vantagem de sete pontos sobre Dilma.
Estratégia de campanha de Serra deu ‘100%’ errado



Todos os planos que José Serra traçara para sucessão de 2010 deram errado. Em consequência, o presidenciável tucano chega à fase do horário eleitoral gratuito, último estágio da campanha, em situação de absoluta desvantagem.

No pior cenário esboçado pelo tucanato, previa-se que Serra iria à propaganda de televisão empatado nas pesquisas com Dilma Rousseff. Deu-se algo mais dramático.

Todos os institutos acomodam Serra atrás de sua principal antagonista. No Datafolha, o fosso é de oito pontos. Vai abaixo um inventário dos equívocos que distanciaram a prancheta do comitê de Serra dos fatos:

1. Chapa puro-sangue: Serra estava convicto de que Aécio Neves aceitaria compor com ele uma chapa só de tucanos. Em privado, dizia que as negativas de Aécio não sobreviveriam a abril. Aceitaria a vice quando deixasse o governo de Minas. Erro.

2. PMDB: O tucanato tentou atrair o PMDB para a coligação de Serra. Nos subterrâneos, chegou se a levar à mesa a posição de vice. Desde o início, a chance de acordo era vista como remota. Mas o PSDB fizera uma aposta: dividido, o PMDB não entregaria o seu tempo de TV a Dilma. Equívoco.

3. Ciro Gomes: O QG de Serra achava que Ciro levaria sua candidatura presidencial às últimas consequências. Numa fase em que Serra ainda frequentava as pesquisas com dianteira de cerca de 30 pontos, o tucanato idealizou um cenário de sonho.

Candidato, Ciro polarizaria com Dilma a disputa pelo segundo lugar, dividindo o eleitorado simpático ao governo. Mais um malogro.

4. Marina Silva: Serra empenhou-se para pôr de pé, no Rio, a aliança de seus apoiadores (PSDB, DEM e PPS) com o PV de Fernando Gabeira. Imaginou-se que, tonificado, Gabeira iria à disputa pelo governo fluminense com chances de êxito. E o palanque dele roubaria votos de Dilma para Serra e Marina.
Deu chabu. Empurrado por Lula, Cabral é, hoje, candidato a um triunfo de primeiro turno. A vantagem de Dilma cresce no Estado. E Marina subtrai votos de Serra.

5. Sul e Sudeste: O miolo da tática de Serra consistia em abrir boa frente sobre Dilma nessas duas regiões. Sob reserva, Luiz Gonzales, o marqueteiro de Serra, dizia: O Nordeste é importante, mas nossas cidadelas são o Sul e o Sudeste.
Acrescentava: Não podemos perder de muito Nordeste. E temos de ganhar muito bem no Sul e Sudeste. As duas premissas fizeram água. Ampliou-se a vantagem de Dilma no Nordeste. E ela já prevalece sobre Serra também no Sudeste.

Há 20 dias, Serra batia Dilma em São Paulo e era batido por ela no Rio. Em Minas, a situação era de equilíbrio. Hoje, informa o Datafolha, a vantagem de Dilma (41%) ampliou-se em dez pontos no Rio. Serra (25%) enxerga Marina (15%) no retrovisor.
Em Minas, Dilma saltou de 35% para 41%. E Serra deslizou de 38% para 34%. Em São Paulo, o tucano ainda lidera, mas sua vantagem sofreu uma erosão de sete pontos. Resta, por ora, a “cidadela” do Sul, insuficiente para compensar o Nordeste. Pior: Dilma fareja os calcanhares de Serra também nesse pedaço do mapa.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, a vantagem de Serra caiu, em 20 dias, de 12 pontos para oito. No Paraná, encurtou-se de 15 pontos para sete.

6. Plebiscito: Lula urdira uma eleição baseada na comparação do governo dele com a era FHC. Serra e seu time de marketing deram de ombros. Como antídoto, decidiram promover um confronto de biografias: a de Serra contra a de Dilma.
Entre todos os equívocos, esse talvez tenha sido o mais crasso. Ignorou-se uma evidência. Do alto de sua popularidade lunar, Lula tornou-se o eixo da campanha. Tudo gira ao redor dele.
Lula transferiu votos para Dilma em proporção nunca antes vista na história desse país.

7. Debates e entrevistas: Em sua penúltima aposta, o grão-tucanato previra que Serra, por experiente, daria um baile em Dilma nos confrontos diretos. Não deu.
Reza a cartilha dos marqueteiros que, nesse tipo de embate, o candidato que vai bem não ganha votos. Porém, o contendor que dá vexame sujeita-se à perda de eleitores. Para o PSDB, o vexame de Dilma era certo como o nascer do Sol a cada manhã.

No primeiro debate, promovido pela TV Bandeirantes, o escorregão não veio. Na entrevista ao “Jornal Nacional”, também não. Serra houve-se bem nos dois eventos. Porém, ao esquivar-se do desastre, Dilma como que ombrou-se com ele.

8. Propaganda eletrônica: Começa nesta terça (17) a publicidade eleitoral no rádio e na TV. O comitê tucano vai à sua última aposta. No vídeo, insistir na exposição da biografia do candidato. Serra será vendido como gestor experiente.
Vai-se esgrimir a tese de que Serra –ex-secretário de Estado, ex-deputado, ex-senador, ministros duas vezes, ex-prefeito e ex-governador— está mais apto do que Dilma para continuar o que Lula fez de bom e avançar no que resta por fazer.

Até aqui, o discurso não colou. Na propaganda adversária, o próprio Lula se encarregará de dizer que a herdeira dele é Dilma, não Serra. A julgar pelas pesquisas, o eleitor parece mais propenso a dar crédito ao dono do testamento.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

CTB participa de caminhada com Protógenes Queiroz e Elisio Peixoto na região do ABC



O candidato a deputado federal Protógenes Queiroz(6588) fez campanha em dobrada com o candidato a deputado estadual Elísio Peixoto(65588). Os candidatos percorreram as cidades do ABC Paulista (São Caetano, Santo André, Mauá e Ribeirão Pires), passando por suas principais vias e visitando estabelecimentos comerciais.


Conversando com moradora de São Caetano do Sul



Policiais Militares de São Caetano, parabenizam Protógenes por sua atuação na Polícia Federal, e garantem seu apoio ao candidato.


Caminhando no calçadão na cidade de Santo André


Na cidade de Santo André - SP, jovem questiona o candidato Protógenes Queiroz (6588) sobre suas propostas para a câmara federal
Datafolha: Dilma dispara para 41%; Serra desaba para 33%

O Jornal Nacional, da Rede Globo, acaba de divulgar os resultados da nova pesquisa Datafolha para a eleição presidencial. Depois de mostrar durante meses vantagem do candidato tucano, José Serra, agora o Datafolha se "ajusta" aos demais institutos de pesquisa e mostra vantagem ampla da candidata petista, que subiu de 33% para 41%, enquanto Serra caiu de 37% para 33%. Marina Silva (PV) manteve 10%. Plínio continua com menos de 1%.

A candidata da coligação do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em cuja coligação figura o PCdoB, outras legendas de esquerda e uma ampla frente partidária, aparece pela primeira vez à frente de seu principal adversário na corrida eleitoral, José Serra (PSDB), segundo o Datafolha.

De acordo com o levantamento divulgado nesta sexta, a ex-ministra cresceu 5 pontos percentuais com relação à última pesquisa, realizada em julho, e agora tem 41% das intenções de voto.

Ao mesmo tempo, o tucano oscilou negativamente de 37% para 33%. Marina Silva (PV) manteve os 10% que havia registrado na sondagem anterior.

Os dados foram divulgados no Jornal Nacional, da Rede Globo, pelo jornalista Willian Bonner, o mesmo que entrevistou os candidatos à presidência nesta semana. Segundo aliados de Dilma Rousseff, Bonner foi rude com a candidata petista durante a entrevista e amável com o candidato tucano José Serra quando este foi entrevistado no JN. Por conta deste episódio, uma das frases mais repetidas pelos internautas no Twitter na noite desta sexta-feira era a seguinte: "Ver o o casal 45 William Bonner e Fátima Bernardes, dando a notícia de Dilma 8 pontos á frente de Serra no Datafolha não tem preço..."

Segundo turno

A simulação de segundo turno feita pelo Datafolha também mostra que a vantagem de Dilma sobre Serra subiu e agora é de oito pontos percentuais (49% a 41%). Há 20 dias, era de só um ponto (46% a 45%).

Na intenção de voto espontânea, Dilma aparece em ascensão: 26% dos eleitores dizem, antes de receber o cartão circular com os nomes de todos os candidatos, que votarão nela (no final de julho, essa taxa era de 21%).

Serra manteve os 16% de citações espontâneas que registrou no levantamento anterior, enquanto 43% dos entrevistados não sabem dizer, sem serem estimulados pela relação de nomes, em quem vão votar.

A rejeição dos eleitores não sofreu alterações: 28% deles não votariam em Serra (contra 26% há 20 dias). Dilma é reprovada por 20% (um ponto percentual a mais que em julho).

O levantamento está registrado no TSE sob o número 22734/2010.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

"Um chefe que é capaz deve fingir ser incapaz; se está pronto, deve fingir-se despreparado; se estiver perto do inimigo deve parecer estar longe."

Sun Tzu
Blog do Protógenes destaca nosso 2ºEncontro

Protógenes participou do 2° encontro da CTB



Protógenes participou do 2° encontro da CTB(Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)na cidade de São Caetano do Sul - SP, ele falou sobre a história política Brasileira que se iniciou com o governo Lula, e a importância para a população de ter um operário no comando do nosso país.




Pascoal Carneiro secretário geral da CTB(Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), foi contundente ao dizer para os operários presentes: ``É necessário quadro político honesto para colocar o Brasil em ordem``.

Link:http://protogenes.blog.uol.com.br/
O suicídio da velha mídia

Em 2006 já falava aqui no suicídio da mídia, quando decidiu transformar a queda (ou derrota) de Lula em guerra santa.

O que houve ontem, no Jornal Nacional, comprova que não há limites para a insensatez. A entrevista de Serra não mudará o panorama eleitoral. Dilma continua favorita.

Mas suponhamos que a armação desse resultados, invertesse o jogo e colocasse Serra como favorito. O que ocorreria com a opinião pública? Haveria apenas críticas, a bonomia do governo, Dilma convidando o casal para jantar? Claro que não: haveria comoção popular, uma guerra sem quartel.

Há muito a velha mídia atravessou o Rubicão da prudência.

O que está em jogo, da parte dela, é a montagem de uma barricada para impedir a invasão estrangeira do setor por empresas de telecomunicações e grupos de mídia.

No começo, recorreu à estratégia clara (e imprudente) de tentar derrubar Lula – ou fazê-lo sangrar – e apoiar um candidato que viesse comer na mão e ajudasse a barrar a invasão estrangeira.

Apostou e perdeu em 2006, apostou e perderá em 2010. Nem com todo apoio, o campeão branco, José Serra, logrará vencer.

Passadas as eleições, a velha mídia terá que encarar seus demônios. E é evidente, depois de ela ter avançado ainda mais no pântano da interferência política, que o objetivo maior do próximo governo será acabar com os privilégios, com o monopólio da informação, com o último cartório da economia.

E quem vai apoiá-la?

Essa postura arrogante, quase golpista, rompeu qualquer laço de solidariedade com setores nacionais. A velha mídia era temida por muitos setores empresariais da economia real. Hoje é desprezada.

Não haverá apoio de grandes grupos econômicos, porque a guerra não é deles. E são grupos que já aprenderam a montar grandes parcerias com empresas internacionais. Uma coisa é inventar fantasmas de Farcs, Moralez, Fidel, essas bobagens sem fim. Outra é convencer os aliados de hoje que Telefonica, grupos portugueses, Pisa e outros que estão entrando representam interesses do Foro São Paulo.

Das multi? Só faltava as multinacionais, que na Constituinte conseguiram equiparação com as nacionais no setor real da economia, ampararem qualquer tentativa de criar cartórios na mídia.

Para os políticos, há muito a velha mídia é fator de risco. Sabem que elogios ou acusações estão submetidos a jogos de interesses empresariais. Preferem o diabo a uma imprensa cartelizada e exercendo o poder de forma ilimitada, como foi nas últimas duas décadas.

Para o mercado financeiro, nem pensar. No máximo acenam com possibilidades futuras de parcerias, mas de olho em apenas um ativo da velha mídia: o poder de influenciar mercado e governos. E esse ativo está sendo gasto rapidamente com a perda de qualidade e de influência dos jornais, o envolvimento permanente com factóides e o descolamento da parcela majoritária de opinião pública.

Por acaso pensam que investidores técnicos irão investir em setores com baixa governança corporativa e baixa rentabilidade?

As manifestações de Otávio Frias Filho – citando Rupert Murdoch como exemplo -, a associação da Abril com a Napster, mostram que tentou-se aqui, tardiamente, a mesma fórmula empregada em outros países. Trata-se de utilizar o poder político da mídia, antes que acabe, para pavimentar a transição para a nova etapa tecnológica.

A questão é que, com exceção da Globo, nenhum grupo tem condições de ser dominante na nova etapa, porque nenhum grupo pensou estrategicamente na travessia, mas apenas em barrar futuros competidores.

É fácil prever o futuro desses grupos nos próximos anos.

A Folha será salva pela UOL, mas como grupo econômico. Jamais a UOL conseguirá um décimo do poder político que a Folha deteve nos anos 90 e 2000.

A Abril não tem plano de vôo. Queimou a ponte quando abriu mão da BOL e da TVA.

Sabe que seu carro-chefe – a Veja impressa – está em queda livre. O mercado estima uma tiragem real de 780 mil exemplares – contra os 1,1 milhão apregoados pela mídia. Quando os clientes de publicidade exigirem um ajuste nos valores cobrados, proporcional à queda real das vendas, a Abril entra em sinuca.

Para enfrentar os novos tempos, fez investimentos maciços no portal Veja, que é um equívoco sem tamanho. Ora, a editora sempre teve a cultura da publicação semanal, quinzenal ou mensal. Jamais trabalhou sequer com a informação diária. Sei na prática o choque cultural que é passar do padrão semanal para o diário. Agora, ela quer do nada criar um portal com notícias online, sem prática e entrando em um mercado em que já existem serviços online consolidados, como o G1, UOL, Terra, IG. Não será sequer mais um. Será menos um.

A compra do Anglo com recursos pessoais dos Civita mostra claramente que, cada vez mais, deixará a operação midiática para os sul-africanos e se salvará em novos negócios – como os da educação – onde o poder de fogo da revista permita ganhos indiretos junto ao poder público.

O Estadão tem a melhor estratégia multimídia (depois da Globo), mas é um grupo à venda e sem fôlego financeiro, definitivamente preso aos conflitos familiares. Manterá um jornalismo de nicho, bem construído, trabalhando seu público mais conservador e de bom nível. Mas sem grandes vôos e sem influência política.

Nesse quadro, restará apenas a Globo, cercada de inimigos por todos os lados e perdendo a cada dia legitimidade e alianças.

É um pessoal bom de jornalismo. Com exceção do inacreditável O Globo, tem jornalismo de primeira na CBN, na Globonews, no G1 e posição dominante na TV aberta, apesar de toda a parcialidade do grupo de Kamel.

Mas, graças à miopia dos sucessores e às loucuras de Ali Kamel, será cada vez mais alvo das invasões bárbaras, seja da Record, seja grupos de fora, seja de todos os inimigos que acumulou nesses anos de arrogância cega.

O jogo acabou. Agora começam as apostas para o novo jogo que virá pela frente.

Luis Nassif
Uma conspiração da Globo e do Datafolha?

Líder absoluto de audiência, o Jornal Nacional da TV Globo levou ao ar nesta semana sua série de entrevistas com os três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de opinião. Dilma Rousseff foi a primeira a enfrentar Willian Bonner e Fátima Bernardes. O casal global promoveu algo parecido com um interrogatório policial – só faltaram os instrumentos de tortura. Até o presidente Lula, sempre tão conciliador, criticou a “falta de gentileza” do apresentador do JN.

Já na terça-feira, a verde Marina Silva foi visivelmente conduzida para criticar o governo. Parte da entrevista foi utilizada ardilosamente para repisar o chamado “escândalo do mensalão do PT”, reforçando a tese de que a candidatura do PV serve ao intento de garantir um segundo turno. Para encerrar a encenação, com ares de tragicomédia, o casal teve uma conversa bem amigável com o demotucano José Serra. Até o insuspeito Roberto Jefferson, do PTB, confessou o crime: “Willian Bonner e Fátima Bernardes facilitaram para o meu candidato. Foram mais amenos com ele”.

Lula colhe o que plantou

Agora, os comandos de campanha avaliam o desempenho dos candidatos e a postura editorial da TV Globo. Entre as forças que apóiam o governo Lula, todos garantem que Dilma Rousseff saiu-se muito bem no primeiro teste e aproveitam para criticar as manipulações da poderosa emissora. De forma ácida, mas certeira, o blogueiro Luis Carlos Azenha despreza a choradeira. “O governo Lula não pode reclamar da mídia. É a mídia que este governo ajudou a financiar e ele está apenas colhendo o que plantou. Parece ser um caso de síndrome de Estocolmo”.

Passado este episódio tão educativo, surge agora outra suspeita. Por que o Datafolha deixou para fazer sua nova pesquisa eleitoral exatamente neste final de semana? Ela tentará repercutir a série manipulada das entrevistas da TV Globo para garantir sobrevida ao seu candidato, o demotucano José Serra? O deputado federal Brizola Neto, que tem se destacado na denúncia das maracutaias da mídia, não tem dúvida sobre a hipótese de uma conspiração envolvendo Globo-Datafolha.

Coincidência ou jogo sujo?

Para reforçar sua suspeita, ele cita um texto elucidativo postado no sítio da revista Veja. “O blog de Lauro Jardim mostra qual será o caminho da mídia para sustentar o último suspiro de Serra antes do início da campanha pela TV, quando a desvantagem do tucano tende a se acentuar. E a estratégia será, mais uma vez, com o dedicado empenho do Datafolha... O colunista afirma com todas as letras: ‘Quem vai definir se Serra acordará no dia 17 em condições de boa disputa com Dilma é o Datafolha’. Pronto, está explícito o roteiro a ser seguido pela Veja e os grandes meios de comunicação”.

E como o Datafolha justificará a tramóia, quando os outros três institutos apontam crescimento de Dilma e queda do tucano? “Também está tudo explicadinho no blog do colunista da Veja. O instituto usará o debate da Band, que pela versão midiática Serra ‘venceu por pontos’, como escreveu Jardim, e o somará às entrevistas desta semana no Jornal Nacional... Serra será o último entrevistado pelo principal telejornal da Rede Globo, o que poderá ser usado para justificar um suposto recall de memória em alguns entrevistados, já que o Datafolha irá a campo no dia seguinte à fala do tucano. Coincidência, né?”.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

"Quem teme ser vencido tem a certeza da derrota."
Napoleão Bonaparte
CTB e demais centrais expõem realidade do sindicalismo no país à diretora da OIT

A CTB e outras quatro centrais sindicais (CUT, Força, Nova Central e UGT) participaram nesta terça-feira (10), em Brasília, de uma reunião com Cleópatra Doumbia-Henry, diretora do Departamento de Normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na qual puderam expor um pouco da realidade da classe trabalhadora brasileira e contribuir para as atividades da entidade no país.

Os principais temas levados pelas centrais à diretora da OIT, que participará como convidada do seminário internacional do Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta quinta-feira (12), se referiam às denúncias relativas a três temas: a questão assistencial, as práticas antissindicais e o interdito proibitório, além de temas referentes à violência contra sindicalistas.

O secretário de Política Sindical e Relações Institucionais da CTB, Joílson Cardoso, presente à reunião, disse que a diretora da OIT pediu aos representantes das cinco centrais relatos sobre a realidade do movimento sindical do Brasil. “Eu disse que a CTB vê o momento atual como algo positivo, apesar de algumas contradições que persistem”, disse o dirigente cetebista, destacando que a Central deseja fazer uma discussão série sobre esse assunto, num fórum que inclua não apenas a organização, mas também temas como a Convenção 87, “que não somos contra, mas deve ser debatida no bojo da realidade brasileira”.

Papel social

Os sindicalistas reforçaram, perante a diretora da OIT, a importância da Convenção 158, que trata do combate à alta rotatividade por meio do veto à demissão arbitrária. As centrais também traçaram um recente histórico da política brasileira nas últimas décadas, atualizando-a do papel desempenhado pelo movimento sindical na defesa e construção da democracia, desde os tempos da luta contra a ditadura militar.

Outro ponto de destaque na reunião se deu quanto ao consenso existente entre as centrais sobre a realidade trabalhista no Brasil. Para a CTB, a análise de que existiu ao longo dos últimos anos uma relação positiva com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora perdurem certas dificuldades no relacionamento com o Congresso e o Judiciário, é correta.

No primeiro caso, ainda permanece uma correlação de forças negativa entre grande parte dos legisladores brasileiros, que se posicionam contra os trabalhadores e a favor dos empresários. No que diz respeito ao Poder Judiciário, os representantes de centrais lembraram que é comum a Justiça do Trabalho agir na direção contrária à dos líderes sindicais — a aplicação do interdito proibitório é um exemplo disso — e fomentar a criminalização dos sindicatos, além de restringir a estabilidade dos dirigentes.

Proposta da OIT

Diante desse cenário e após as exposições feitas pelos sindicalistas, a diretora da OIT lhes fez uma proposta: a realização de um estudo patrocinado pela OIT à luz da Convenção 87 (sobre liberdade sindical e negociação coletiva), na forma de um grande seminário sobre o sindicalismo brasileiro, com desdobramentos em várias regiões do país.

Joílson Cardoso viu de modo positivo a proposta, mas fez uma ressalva: “A simples aplicação da Convenção 87 não resolveria o problema do movimento sindical. Não somos contra, mas queremos uma discussão mais ampla, debatendo também a 158 e outros aspectos do mundo do trabalho. A Convenção 87 da OIT deve ser tratada no Brasil considerando a realidade da sociedade brasileira e sua organização sindical”, explicou.

O dirigente da CTB destacou também que, apesar da boa relação existente hoje entre as centrais, há divergência entre a visão da CTB e da CUT sobre a unicidade, “item ao qual somos favoráveis, assim como ao custeio dos sindicatos. Buscamos o entendimento, mas sem abrir mão desse princípio”, relatou.

Joílson disse também à diretora da OIT que a organização sindical brasileira não deixa nada a desejar em relação aos cenários de outros países. “A maior prova disso é a unidade que existe entre as centrais, cujo resultado foi visto durante a realização da Conclat e de sua plataforma unitária em prol dos interesses do país. Temos uma organização sindical consolidada, com 20% de sindicalização, mostrando a pujança do movimento sindical do país”, finalizou.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Especialista em pesquisas faz previsões sombrias para Serra

O cientista político Alberto Carlos de Almeida, sócio-diretor do Instituto Análise e autor do livro “A Cabeça do Eleitor”, está distribuindo para seus clientes uma análise, em inglês, com previsões catastróficas para a campanha do candidato tucano, José Serra. Para Almeida, que já foi visto como muito próximo aos tucanos, a candidata do PT, Dilma Rousseff, tende a vencer a eleição no primeiro turno e por uma lavada de votos em relação a Serra – uma vantagem de 15 a 20 pontos percentuais.

Na análise distribuída aos seus clientes, Almeida faz carga contra a estratégia de marketing de Serra. Para ele, repete os mesmos erros da campanha do tucano Geraldo Alckmin em 2006 contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (a equipe de comunicação das duas campanhas é a mesma, liderada pelo jornalista Luiz Gonzalez). Em 2006, segundo pesquisas feitas pelo Instituto Análise, Alckmin era visto pelos eleitores como o mais experiente, o mais preparado para o cargo e o mais comprometido em resolver os problemas da saúde pública. Mesmo assim, perdeu, por uma margem de 20 pontos, a eleição para Lula porque o presidente era visto como o candidato que entendia os problemas dos pobres e iria aumentar a capacidade de consumo.

O mesmo padrão de imagem dos candidatos, segundo a análise de Almeida, está se repetindo agora na eleição de 2010. Serra é percebido como mais preparado e experiente do que Dilma e também como o mais empenhado com a questão da saúde. Mas a petista teria adquirido a imagem imbatível de que é a candidata que vai colocar mais dinheiro no bolso dos eleitores.

Arko Device: Dilma tem potencial para chegar a quase 70% dos votos

Em outro estudo, disponibilizado nesta segunda-feira (9), a respeitada consultoria política, Arko Advice, fez uma análise sobre até que ponto o presidente Lula consegue transferir seus votos para sua candidata, Dilma Rousseff.

Para calcular o potencial de transferência de voto do presidente Lula, a Arko Advice analisou o que Lula conseguiu transferir para ele mesmo em 2006 quando disputou a reeleição. "Importante frisar que dificilmente Lula conseguirá transferir para a sua candidata 100% do seu prestígio, já que não conseguiu nem para si este feito em 2006", adverte a consultoria.

Em agosto daquele ano, segundo pesquisa Ibope (7 a 9 de agosto), Lula tinha 46% das intenções de voto. Nesse mesmo período, 56% dos eleitores afirmavam que aprovavam o seu governo. Ou seja, a cada 1,21 eleitor que aprovava seu governo, 1 votou no presidente.

Hoje, de acordo com a última pesquisa Ibope (2 a 5 de agosto), 85% dos eleitores aprovam o governo Lula. Assim, no melhor cenário possível onde ele consiga transferir todo o seu prestígio para Dilma, ele chegaria a 69,82% dos votos. Considerando que Dilma tem, segundo o mesmo levantamento, 39% dos votos, ela ainda tem potencial para conquistar mais 30% dos votos. Vale ressaltar que, de acordo com último levantamento do Datafolha, 24% dos eleitores ainda não sabem quem é a candidata do presidente.

Ainda de acordo com essas projeções, Dilma ainda tem potencial para crescer em todas as regiões do País. No Nordeste, por exemplo, onde a aprovação do governo atinge 91%, Dilma pode sair dos atuais 46% para 81,24% em um cenário onde Lula consiga transferir para ela todo seu prestígio.

Até mesmo nas regiões Sul e Sudeste, onde José Serra (PSDB) é mais forte, ainda há espaço para crescimento.

Na avaliação da Arko, Lula ainda não atingiu seu limite de transferência. Ela ainda tem potencial para crescer mais considerando que: 1) o governo tende a continuar bem avaliado; 2) Lula deve envolver-se ainda mais na campanha; 3) Dilma terá mais tempo de TV do que Serra; 4) Desde que começou a campanha, Dilma tem apresentado melhor performance nas pesquisas; e 5) Dilma recebe mais doações que Serra.

"No que pese a imprevisibilidade de qualquer eleição, este quadro reforça nossa avaliação sobre o favoritismo de Dilma", diz a empresa de consultoria.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Trabalhadores da mesma família têm direito a tirar férias juntos

Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho o empregado celetista tem direito a usufruir 30 dias de férias, sem prejuízo da remuneração. Mas em relação a esse direito é comum uma série de dúvidas: de quem é a prerrogativa da concessão das férias? Os membros de uma família que trabalham no mesmo estabelecimento têm direito a usufruir as férias no mesmo período? O trabalhador estudante menor de 18 anos tem direito a solicitar suas férias anuais coincidentemente com o período de férias escolares? O que acontece se o empregador não conceder as férias ao empregado?

De acordo com a Consolidação Trabalhista (CLT) a concessão das férias é uma prerrogativa do empregador, nos 12 meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito, em um só período. Somente em casos excepcionais as férias poderão ser concedidas em dois períodos, um dos quais, nunca inferior a dez dias corridos. A exceção não vale para os trabalhadores menores de 18 e maiores de 50 anos. Para estes, as férias serão concedidas sempre de única vez.
O empregador é obrigado a avisar o empregado sobre a concessão das férias com 30 dias de antecedência, por escrito, cabendo ao empregado assinar a notificação. Por seu lado o empregado não poderá entrar no gozo das férias sem antes apresentar ao empregador a sua CTPS para as devidas anotações.

Quando tirar?

A época da concessão de férias é a que melhor convém aos interesses do empregador. Entretanto, os membros de uma família que trabalharem na mesma empresa têm o direito de usufruírem das férias na mesma época se assim o desejarem e se não causar prejuízo para o serviço. Por sua vez o empregado estudante menor de 18 anos tem direito a gozar suas férias anuais coincidentemente com as férias escolares.
Outra questão prevista na CLT relacionada com as férias é que, no caso das férias serem concedidas após o vencimento dos 12 meses, o empregador é obrigado a pagar, em dobro, a remuneração devida ao empregado.
Audiência da Globo despenca 14,5 pontos em julho; Record cresce

Se em junho — mês que concentrou a maioria dos jogos da Copa 2010 — a Globo teve seu melhor mês do ano, com 20,3 pontos de média de audiência, o mês seguinte foi amargo. A emissora perdeu 14,5% da audiência em julho deste ano (com relação ao mesmo período de 2009).
No último mês, a Globo conseguiu 18,6 pontos de média contra 21,3 pontos do ano passado. É o canal da TV aberta que mais perdeu espectadores.


O share (participação dentre os televisores ligados) acompanhou a queda: foi de 47,6% em julho de 2009 e de 43,1% em 2010. Os números do mês, no entanto, também não são otimistas para as demais emissoras.

Segundo a audiência PNT (Painel Nacional de Televisão), o parâmetro para medir a audiência consolidada do Ibope, o período não foi de muito crescimento. A Record — que teve o aumento mais expressivo — passou de 7 pontos de audiência média em julho de 2009 para 7,5 em julho deste ano.

Já o SBT, "convicto" no terceiro lugar do ranking, caiu de 6,1 pontos para 5,9 pontos no mesmo período. A Band passou de 2,3 para 2,6 pontos, enquanto a RedeTV! nada mudou: 1,2 ponto tanto em julho de 2009 quanto em 2010.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O custo SP das privatizações

Uma questão central no debate político da atualidade é o desenvolvimento. O país precisa crescer para gerar empregos e renda, melhorar a vida das pessoas e enfrentar os estruturais déficits sociais e regionais.

Aqui no estado de São Paulo a oposição aos tucanos precisa demonstrar, com dados irrefetuáveis, que a política de privatizações, além de alienar patrimônio público na bacia das almas, se transformou em um sério obstáculo para o desenvolvimento paulista.

O custo São Paulo pesa no bolso do cidadão comum, inibe os investimentos e torna menos competitivos diversos segmentos da economia. Em 2009, por exemplo, quem passou pelas rodovias pedagiadas do estado bancou R$ 4,5 bilhões de tarifas, valor superior ao orçamento de alguns estados brasileiros. É uma verdadeira caixa-preta os critérios adotados para se chegar a esses valores abusivos.

Um outro exemplo alarmante, conforme publicado na revista “Carta Capital” de 23 de setembro de 2009 (nº 564), mostra que a revisão dos contratos dos serviços de gás canalizado privatizado provocou um rombo nas contas dos consumidores particulares e empresariais.

Na reportagem citada, empresários grandes consumidores de gás afirmam que uma maracutaia no critério de revisão quinquenal provocou um aumento abusivo das tarifas, gerando, em consequência, uma elevação exagerada da rentabilidadede da empresa.

A chiadeira tem suas razões. O custo do gás na produção de vidro, por exemplo, corresponde a 25% do custo total. A complicada fórmula matemática para definir os reajustes, segundo critérios adotados no mundo todo, deveria levar em consideração a base de ativo, a taxa de retorno (custo médio ponderado do capital), os investimentos e os custos de operação.

Para elevar artificialmente as tarifas, a Comgas privatizada, hoje nas mãos da British Gas, infla o valor dos investimentos, subestima o consumo e em vez de usar a base de ativos (que no caso da Comgás seria de R$ 750 milhões), opta pelo chamado valor econômico mínimo (valor de R$ 1,4 bilhões).

A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP) alega que a adoção do valor econômico mínimo (VEM) como base da remuneração líquida da Comgas é uma condição contratual estabelecidade em 1999, data da outorga dos serviços.

Não é o que pensam entidades empresariais, que estão inclusive questionando esses critérios de revisão tarifária. Embora esses números sejam de difícil compreensão para quem não é do ramo, dirigentes da Fiesp e da Associação Brasileira da Indústria de Vidros (Abividros), grandes consumidores de gás, informam à Carta Capital que essa nova modalidade de cálculo encarece o gás em cerca de 50%. Essa brincadeira toda irriga os cofres da Comgas com um aditivo anual de R$ 200 milhões por ano.

Como o preço é o dobro do praticado internacionalmente, algumas empresas preferem operar fora do país. A Votorantim instalou uma nova fábrica de alumínios em Trinidad e Tobago e a Alcoa se bandeou de mala e cuia para o Paraguai.

Esse é um tema que os candidatos ao governo de São Paulo poderiam explorar, até por que Geraldo Alckmin, candidato a perpetuar o reinado tucano no estado, foi um dos coordenadores do programa de privatização paulista.
Dilma pode ganhar no primeiro turno

publicado no síto da CartaCapital:

Os três mais importantes institutos de pesquisa do País acertaram os ponteiros: Dilma Rousseff está à frente na corrida presidencial e, mais que isso, projeta a possibilidade de resolver a eleição já no primeiro turno.

Nas últimas duas semanas, a intenção de voto projetada pelo Vox Populi, Ibope e Sensus indica o crescimento da candidata do PT e, por outro lado, mostra a estagnação ou queda nos índices do candidato do PSDB.

A pergunta, então, irrompe contra as vontades estabelecidas: a eleição pode mesmo terminar no primeiro turno com a vitória de Dilma?

O colunista conversou com João Francisco Meira, do Vox Populi, Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, e Ricardo Guedes, do Sensus. Todos responderam “sim”, com maior ou menor ênfase.

Em março, durante reunião da Associação Brasileira de Pesquisas, Meira abalou a estabilidade bem comportada da reunião e anunciou que vários fatores projetavam a possibilidade de a candidata do PT se eleger no primeiro turno.

Ele agora consolida a posição: “Dilma pode ganhar no primeiro turno. Os fatores que informam a decisão do eleitor a favorecem amplamente. Eles existem há longo tempo e estão se consolidando de tal maneira que somente uma mudança radical alteraria isso. São cinco esses fatores: a satisfação da sociedade com a situação econômica; a satisfação com o governo; a admiração pelo presidente da República; a identidade partidária; e o tempo de antena, ou seja, a influência do rádio e da televisão na campanha eleitoral.

Para ele, o favoritismo de Dilma tirou até mesmo a competitividade da eleição.

Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, fala abertamente, pela primeira vez, sobre a possibilidade de a eleição ser decidida em um turno só e a favor de Dilma.

“A eleição pode terminar no primeiro turno. Mas essa resposta só pode ser dada com mais segurança duas semanas após o início do horário eleitoral. Os programas de rádio e televisão, além dos debates, com a repercussão que geram, podem provocar mudanças.

A possibilidade de Dilma vencer no primeiro turno existe. Ela está com todos os indicadores em alta e os resultados de intenção de voto nela no Sudeste são fundamentais para isso.

A virada em Minas, onde ela passou a ter 10 pontos de frente; a diferença de 19 pontos que abriu no Rio e, finalmente, a redução da vantagem que Serra tinha em São Paulo, que já foi de 25 pontos e hoje é de 11 pontos. “Isso pode determinar a vitória dela já no primeiro turno”, afirma Montenegro.

Ricardo Guedes, que divulgou nova pesquisa com Dilma 10 pontos à frente de Serra, diz que a hipótese de a petista vencer no primeiro turno “não pode mais ser desconsiderada”.

Guedes aponta um número fortíssimo da pesquisa nessa direção: ela tem 48,5% dos votos válidos. Muito próximo dos 50% (mais 1 voto) que decretariam a vitória no primeiro turno.

O representante do Sensus não acredita que o rádio e a televisão possam alterar essa tendência. Ao contrário, considera que o horário eleitoral aumentará a possibilidade de Dilma. E explica a razão: “O que hoje os eleitores do Sul e do Norte, do Leste, Oeste e Centro-Oeste conhecem em parte eles conhecerão na totalidade. Eu me refiro aos feitos de uma administração com aprovação extremamente elevada”.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Trabalhador poderá ter aumento no valor do adicional noturno

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou, na quarta-feira (4), o projeto de lei que aumenta de 20% para 50% a remuneração do adicional noturno pago aos trabalhadores. Pela proposta, o adicional é devido “mesmo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal” na jornada de trabalho.

O projeto prevê ainda que as empresas terão que pagar o adicional também com base na remuneração. Assim o salário mínimo não será mais usado como referência para o cálculo do acréscimo. O projeto será analisado agora pela Câmara dos Deputados.
Assédio moral pode virar acidente de trabalho

A Câmara dos Deputados analisa um projeto de lei (PL 7202/10) que equipara o assédio moral à categoria de acidente de trabalho, para efeito da concessão de benefícios da Previdência Social. A legislação atual prevê apenas a lesão física contra o trabalhador – e desde que motivada por fato relacionado ao emprego – como hipótese de equiparação a acidente de trabalho.

O projeto, de autoria dos deputados Ricardo Berzoini (PT-SP), Pepe Vargas (PT-RS), Jô Moraes (PC doB-MG), Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e Roberto Santiago (PV-SP), observa que a ofensa moral vem sendo cada vez mais reconhecida como fator de risco nos ambientes de trabalho, com destaque para o assédio moral.

“Essas práticas podem causar danos à saúde física e mental não só daquele que é atingido, mas de todos que testemunham o ato”, afirma a justificativa da proposta. “Entendemos que, independentemente de ser ou não por motivo de disputa relacionada ao trabalho, a ofensa física ou moral intencional no ambiente de trabalho deve ser considerada acidente de trabalho”, argumentam os parlamentares.

O deputado Ricardo Berzoini acrescenta que é importante ampliar a proteção aos trabalhadores contra qualquer tipo de agressão, seja física ou psicológica, daí a necessidade de alterar o conceito previsto na lei que regulamenta a concessão dos benefícios da Previdência (8.213/1991), que a define as situações em que a ofensa pode ser equiparada a acidente de trabalho.

Transtornos - De 2006 a 2009 houve uma disparada nos auxílios-doença acidentários para trabalhadores com transtornos mentais e comportamentais, o que inclui o assédio moral. A concessão do benefício saltou de 612 para 13.478, levando os técnicos do Ministério da Previdência a considerar a atualização da lista de doenças classificadas como acidente de trabalho para incluir o assédio moral.

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp), Elias David de Souza, observa que “a cultura do campo carrega sua originalidade intacta, e muito dela está inserida em nosso cotidiano”. Souza acrescenta que “o aumento do interesse pelo Turismo Rural é algo que chega em bom momento para o agricultor, pois é uma boa forma de fonte de renda, por estar baseada em seu conhecimento e na estrutura de uma propriedade”.

Cadastramento: Realizada no Itetresp em Agudos (km 322 da Rodovia Marechal Rondon), região de Bauru, a Agrifam tem entrada e estacionamento gratuitos. Neste ano contará com o cadastramento on-line, no site www.agrifam.com.br. Quem não puder se inscrever antecipadamente pode igualmente participar, também de forma gratuita, mas deverá se credenciar no local.