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quinta-feira, 28 de março de 2013

Emprego cresce e ABC tem melhor fevereiro da história

O Grande ABC registrou, em fevereiro, o menor índice de desemprego para esse mês desde o início da pesquisa realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em 1998. Por esse levantamento, o contingente de desempregados é de 130 mil pessoas, o que representa 9,5% da população economicamente ativa (ou seja, de todos os que estão no mercado de trabalho, ocupados ou em busca de colocação). Esse percentual mostra estabilidade em relação à taxa de janeiro (9,4%), mas é bem menos do que o observado em fevereiro de 2012 (10,2%).

O índice de desemprego só não foi menor que o do mês anterior pelo fato de a população economicamente ativa ter aumentado mais. Isso porque ingressaram no mercado de trabalho 9.000 pessoas em busca de colocação.

Por outro lado houve a abertura de 7.000 vagas no mês, alta de 0,6% frente a janeiro. Em relação a fevereiro de 2012, a ocupação cresceu 1,5% (18 mil vagas a mais). Foi a primeira variação positiva, na comparação anual, desde outubro.

O movimento nos sete municípios reflete sinais de retomada das fabricantes, que ampliaram em 2,8% os empregos (5.000 a mais) no mês, assinala o gerente de pesquisas do Seade, Alexandre Loloian. Em serviços, houve expansão de 1,6% (abertura de 10 mil vagas), puxada por transportes e logística.

Caminhões
O reaquecimento da produção de caminhões ajuda a explicar a melhora da indústria na região. O segmento, que foi beneficiado por linha de crédito com condições especiais, oferecida pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para a aquisição desses veículos, ampliou em 72% o volume fabricado no primeiro bimestre frente a igual período de 2012.

Empresas ligadas a essa cadeia produtiva confirmam a ampliação do quadro de pessoal para atender ao aumento da demanda. É o caso da Freudenberg NOK, de Diadema, que faz itens de vedação para veículos. A empresa, que tinha 300 funcionários na área fabril no ano passado, contratou, no início deste ano, 20 pessoas e segue com vagas abertas. A gerente de RH, Adriana de Assis Barbosa, assinala que, devido à necessidade de mão de obra, já contratou aluno que vai se formar dia 3 em curso profissionalizante gratuito oferecido pela companhia.

Fonte: Diário do Grande ABC

quarta-feira, 27 de março de 2013

Em reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB), na manhã desta quarta-feira (27), o deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS) acertou a realização da sessão solene em homenagem aos 70 anos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) para o dia 8 de maio, às 10h.
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Assis, Wagner Gomes e Pascoal Carneiro na 7ª Marcha das Centrais (Foto: Valcir Araújo)

A confirmação é vista como uma conquista pelo parlamentar, autor do requerimento e dirigente nacional da CTB, porque conseguir a realização de solene em uma quarta-feira não é comum por ser dia de plenário cheio e de estar a Câmara em plena atividade.

1º de Maio

Antes da homenagem na Câmara, as centrais sindicais darão especial destaque aos 70 anos da CLT em sua comemoração do 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador.
Criada por Getúlio Vargas através do decreto assinado em 1º de Maio de 1943, a CLT considerada um verdadeiro patrimônio da classe trabalhadora, tem sofrido diversos ataques no Congresso Nacional, através da tentativa de aprovar projetos que flexibilizam direitos dos trabalhadores conquistados com muita luta e reivindicações.

Assim como no ano passado, as centrais sindicais irão realizar atos em todos os estados em comemoração ao Dia do Trabalhador.

Fonte: PortalCTB

Todo dia, 30 mil reclamam das teles à Anatel



A baixa qualidade dos serviços de telecomunicações e o elevado índice de queixas dos consumidores têm provocado um efeito colateral na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Sem conseguir resolver seus problemas com as operadoras, os usuários têm recorrido cada vez mais à agência em busca de apoio.
No ano passado, o órgão regulador registrou 6 milhões de queixas. A atual demanda, de 30 mil reclamações por dia e cerca de 600 mil por mês, cresceu 67% desde julho de 2012, quando a agência decidiu suspender as vendas de três operadoras devido a problemas na qualidade dos serviços.

Para atender à procura, a Anatel mantém um call center cujo custo é de R$ 17 milhões ao ano, segundo informou ao Valor o presidente da agência, João Rezende. O plano do órgão regulador, agora, é fazer uma "cobrança reversa", repassando o custo integralmente às operadoras.

Rezende estuda com a área jurídica da Anatel uma forma de fazer essa cobrança. Afinal, disse ele, os consumidores recorrem à agência porque não conseguem resolver diretamente alguma questão com o provedor do serviço. "Não é correto que o contribuinte arque com os custos dos problemas que as próprias operadoras geram", afirmou.

As chamadas pelos números 1331 e 1332 são gratuitas para os consumidores. A reclamação também pode ser feita pelo site da Anatel. Estatísticas da agência indicam que 95% dos casos atendidos são resolvidos em até cinco dias e 98% são solucionados, embora sem prazo definido. O call center é terceirizado para a Telco Brasil, que mantém 240 posições de atendimento com mais de 700 funcionários para esse serviço.

Repassar o custo é mais uma tentativa da agência de forçar as companhias a cumprir as metas de qualidade e de cobertura de rede previstas na regulamentação. Multas em cascata e suspensão de serviços até que haja a correção das falhas têm sido as principais armas usadas para exercer essa pressão.

No ano passado, quando suspendeu as vendas dos serviços da TIM, Oi e Claro até que as teles garantissem a qualidade dos serviços, a Anatel ganhou popularidade. O volume de contatos mensais subiu de 18 mil para 30 mil, atingindo o pico de atendimentos.

Para que possa cumprir suas tarefas de fiscalização e aplicação de multas, a agência planeja estar mais bem preparada. Além do orçamento de R$ 500 milhões estabelecido para este ano, a Anatel conta com outros R$ 170 milhões liberados pelo governo para ampliar sua infraestrutura, em função dos próximos eventos esportivos sediados no Brasil. Do total de R$ 170 milhões, R$ 52 milhões já foram empenhados, a maior parte para implantação de softwares. "A agência precisa melhorar tecnologicamente e tudo que for implantado ficará como um legado depois da Copa do Mundo e da Olimpíada", disse Rezende.

Para órgão regulador, ponto crítico do serviço móvel está em dados 3G, com transmissão aquém das metas de qualidade

A Copa do Mundo, por sinal, serviu como ponto de partida para que o Brasil passasse a adotar a tecnologia de quarta geração de telefonia móvel (4G), com apenas um ano de distância da Europa e dos Estados Unidos. Até o fim de 2013, segundo Rezende, a expectativa é que 4 milhões de usuários tenham aderido ao serviço. "Mas a popularização do 4G só será observada dentro de quatro anos, por conta do preço maior dos aparelhos neste primeiro momento", disse.

Antes de "popularizar" o 4G, porém, é preciso aumentar a abrangência da rede 3G. Hoje, segundo Rezende, dos cerca de 180 milhões de celulares habilitados no mercado brasileiro, 70 milhões, em média, são de 2G e 3G. As operadoras têm falhado no atendimento da demanda por dados móveis, afirmou. "Há dificuldade [de conexão] nos momentos de pico, a transmissão de dados não tem sido suficiente para atender o necessário em termos de qualidade", disse o presidente da agência, ao destacar que a transmissão de dados ficou aquém das metas de qualidade. Além disso, falta universalizar a rede 3G. "Dos mais de 5,5 mil municípios do país, 1,5 mil ainda não recebem o sinal para transmissão de dados", afirmou.

Com 1,7 mil funcionários, dos quais metade destinada à fiscalização, a Anatel finaliza um projeto de reestruturação que pretende implantar em meados deste ano. As mudanças procuram modernizar a gestão, fiscalização e aplicação de multas às operadoras. Criado há 16 anos, o órgão iniciou suas atividades apenas com telefonia fixa; depois agregou outros serviços, como telefonia móvel, TV por assinatura e internet. Esse crescimento precisa ser ordenado dentro da própria agência.

Uma das iniciativas dessa reforma está na uniformização das multas. A agência planeja rever e ampliar os critérios usados para punir as empresas. Rezende disse que serão apresentados ao conselho sete metodologias para debate. Depois serão discutidas mais sete metodologias. "É importante tornar o processo [que leva à multa da operadora] mais transparente, tanto para a empresa quanto para a sociedade".

Na opinião de Rezende - cujo mandato como conselheiro e presidente da Anatel vai até 4 de novembro -, houve uma "reversão do quadro de piora" em relação à qualidade dos serviços, depois da suspensão da venda de planos de telefonia móvel em julho do ano passado.

"O número de reclamações aumentou porque a agência ficou mais proativa, mas entendemos que as empresas estão conscientes desse problema e buscam melhorar", afirmou. Segundo ele, as queixas na Anatel não se referem só à qualidade e interrupção do serviço, mas também à cobrança, à fatura e aos pacotes das operadoras, que geram dúvidas nos clientes. A agência só trata de reclamações que já foram protocoladas na operadora. "Todas as empresas têm que buscar a qualidade de serviços. Não é só uma questão de multa, é preciso atender o usuário", disse.

Fonte: Valor Econômico

terça-feira, 26 de março de 2013

Plenárias Regionais dão início ao calendário do 3º Congresso Estadual da CTB
A CTB São Paulo deu início aos preparativos para a realização de seu 3º Congresso Estadual, que acontece nos dias 08 e 09 de junho, em Campinas, interior do estado. Integram o calendário do congresso a realização de plenárias regionais com o intuito de organizar a participação dos sindicatos, fortalecendo a parceria com a central. Uma das discussões das plenárias regionais é a constituição de sub-sedes regionais, objetivando aproximar a central da realizadade vivenciada pelos trabalhadores da região.
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Para o secretário de Formação da CTB Estadual, Paulo Nobre, o Paulinho, a avaliação que se faz a partir das atividades é extremamente positiva. "O saldo é positivo. Avançamos muito nestes últimos anos e essas plenárias demonstram isso, principalmente entre os trabalhadores rurais. Algo muito importante para a CTB-SP. Ultrapassamos a meta estipulada no último ano e queremos continuar crescendo. Um trabalho é fruto dessa direção", destacou Paulinho, que coordenou a Plenária em Campinas, realizada no dia 16.
Já no último sabado (23), foi a vez do Sinsaude (Sindicato dos Trabalhadore em Saúde) Sorocaba recepcionar os cetebistas para mais uma plenária. Além do presidente da CTB -SP, Onofre Gonçalves e o secretário-geral da CTB Nacional, Pascoal Carneiro, participaram representantes dos sindicato ligados à regional Sorocaba, membros da APEOSP e do Sindicato dos Professores de Campinas.
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Milton Sanches, presidente do Sinsaúde Sorocaba, coordenador da Regional e diretor de Saúde estadual da CTB-SP, recepicionou os sindicalistas, acompanhado pela diretoria do Sinsaúde.
Ao final da atividade, foram aprovadas a regras para a escolha de delegados à etapa estadual, que antecede o 3º Congresso Nacional da CTB, que acorre entre os dias 22 e 24 de agosto, no Anhembi, em SP.
Calendário de plenárias regionais :
06/04 (sábado)
Plenária da CTB em Ribeirão Preto

20/04 (sábado)
Plenária da CTB em Bauru

27/04 (sábado)
Plenária da CTB em S.José do Rio Preto

Fonte: CTB-SP

Brics discutirá criação de instituição bancária alternativa


A 5ª Cúpula do Brics (bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China, e África do Sul), que começou nesta terça-feira (26) em Durban, na África do Sul, deve formalizar a criação de uma nova instituição bancária como alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A proposta é que a instituição sirva de referência para o desenvolvimento do bloco e também de países cuja economia é considerada emergente.


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Brics, Durban 2013 Ministra de Relções Exteriores da África do Sul, Maite Nkoana-Mashabane, em abertura da manhã de trabalhos dos Brics em Durban.
Inicialmente, a previsão é que o capital da nova instituição bancária seja em torno de US$ 50 bilhões, com possibilidade de abertura à participação de cada país do Brics. Todos os integrantes do bloco deverão ter direito a voto no Conselho de Administração da instituição.

A ideia é que com a criação da instituição bancária o grupo consiga mais acesso ao crédito e ter voz nas questões mundiais, principalmente nas negociações com europeus e norte-americanos. Há uma insatisfação geral no grupo em relação às instituições financeiras globais, como o FMI e Banco Mundial, além do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Na cúpula, a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da China, Xi Jinping, devem fechar o acordo sobre a criação de mecanismos de troca em moeda nacional, com o objetivo de proteger o fluxo comercial das flutuações de moedas estrangeiras, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

O acordo prevê uma quantia inicial em torno de US$ 30 bilhões - cerca de metade da troca comercial total entre os dois países, que fechou 2012 em US$ 75 bilhões. A união dos quatro países do Brics representa 40% da população mundial. As economias geram, em conjunto, 25% do Produto Interno Bruto (PIB).

Depois da cúpula, a África do Sul assumirá a presidência rotativa do grupo, e em um ano será a vez do Brasil. A África do Sul foi integrada ao Brics em 2011. De acordo com a organização do evento, participarão das discussões 125 delegados da China, o mesmo número da Rússia, 74 da Índia, 60 do Brasil e 242 da África do Sul.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 25 de março de 2013

TST rejeita recurso de empresa que tentou desqualificar perícia para não reintegrar empregado

  
A Subseção 2 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho (SBDI-2) rejeitou recurso da Bean Technologies Máquinas e Equipamentos Industriais Ltda., que tentou desqualificar perícia para reverter decisão que a condenou a reintegrar um torneiro mecânico detentor de estabilidade decorrente de doença ocupacional. A Subseção afastou a alegação de afronta ao artigo 145 do Código de Processo Civil, à conclusão de o perito designado pelo Juízo ser médico devidamente registrado no órgão de classe, situação, que a seu ver, permite, dentro de sua competência técnica (médico) atuar como perito judicial.
 
O empregado contou, na reclamação trabalhista originária, que trabalhou na unidade da empresa em Araraquara (SP) e sofreu uma inflamação nas mãos, causada pelo contato com óleo. O problema se agravou a ponto de não mais conseguir trabalhar com regularidade. Quando se afastava do contato com agentes químicos, havia melhora acentuada.
 
Passado algum tempo foi afastado e passou a receber benefício acidentário. Apesar de receber autorização médica para retornar ao trabalho, com a recomendação para mudar de função, a empresa apenas forneceu luvas, mantendo-o na mesma função. Pouco depois, foi demitido sem justa causa e ajuizou a reclamação pedindo a nulidade da demissão e a reintegração em função compatível com seu estado de saúde.
 
Perícia médica
 
O juiz da 1ª Vara do Trabalho de Araraquara (SP) designou realização de perícia médica e concedeu às partes a possibilidade de indicar quesitos e assistentes técnicos. A Bean apresentou quesitos, mas não contestou a especialidade do perito nomeado, cujo laudo indicou a existência de dermatite de contato e do nexo causal. Ocorre que o parecer da médica dermatologista indicada como assistente técnica da empresa dizia que o empregado era portador de psoríase, piorada ou irritada por produtos químicos.
 
Embora não impugnasse a especialidade do perito, a Bean alegou que ele não era dermatologista e pediu sua oitiva em audiência para prestar novos esclarecimentos. Mas o juiz, convicto de que a matéria estava esclarecida, indeferiu o pedido e condenou a empresa a reintegrar o operário.
 
Rescisória
Após o trânsito em julgado, a empresa tentou desconstituir a decisão por meio de ação rescisória. Como o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região a julgou improcedente, ingressou com recurso ordinário à SDI-2, sustentando que o fato de o perito não ser médico especialista em dermatologia (área relacionada à patologia apresentada pelo trabalhador) afrontou o artigo 145 do CPC e inviabilizou seu direito à ampla defesa.
 
Os ministros da SDI-2, à unanimidade, seguiram o voto do relator, ministro Alexandre Agra Belmonte, que fundamentou seu voto no mesmo dispositivo do CPC, segundo o qual, "quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito escolhido entre os profissionais de nível universitário, devidamente inscrito no órgão de classe". Para ele, o perito designado se enquadrava em todos os requisitos. "Assim, revela-se incontestável a possibilidade de referido profissional elaborar laudo pericial em lides que envolvam a necessidade de diagnóstico médico", afirmou o magistrado.
(Lourdes Cortes/CF)
Processo: RO-14405-53.2010.5.15-0000


Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

Curso técnico aumenta em 24% renda dos trabalhadores


Estudo realizado com profissionais formados no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) mostra que, um ano depois de obterem o diploma, os trabalhadores de nível técnico conseguem aumentar sua renda em 24%. O levantamento – feito pela própria instituição entre 2010 e 2012 – acompanhou metade das quase 40 mil pessoas que terminaram os cursos em 2010 com o objetivo de analisar os impactos da educação profissional na sua empregabilidade. Com base nessas informações, é possível adequar os programas educacionais às expectativas profissionais dos estudantes e às exigências do mercado de trabalho.

A pesquisa aponta ainda que 72% dos ex-alunos dos cursos técnicos conseguem trabalho no primeiro ano depois da formatura e têm renda média de 2,6 salários mínimos, o que, na época do estudo equivalia a R$ 1,6 mil. Além disso, 73% estão ocupados em atividades relacionadas à área de formação. A renda média desses profissionais é 19% maior do que a os ocupados em outras áreas.
Os cursos técnicos são destinados a estudantes da segunda ou terceira séries do ensino médio ou a quem já tem esse nível de escolaridade completo. Com duração de 800 a 1,4 mil horas/aula (até dois anos), a formação do SENAI oferece conhecimentos teóricos e práticos em diversos setores da indústria e prepara para a entrada no mercado de trabalho.

“Os resultados reforçam a ideia de que o ensino técnico pode sim ser uma escolha para os jovens brasileiros”, afirma o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi. Ele lembra que hoje apenas 17,6% dos jovens de 18 a 24 anos seguem para a universidade. Um contingente de 5,3 milhões não trabalham e nem estudam – e formam o que demógrafos chamam de “geração nem nem”. “Para esses jovens especialmente, a educação técnica é uma chance de entrar no mercado de trabalho de forma qualificada, em uma carreira promissora e estável, sem que isso signifique um caminho que exclui a universidade”, diz Lucchesi, referindo-se ao fato de que 42% das pessoas estavam estudando no ano seguinte à conclusão do curso técnico.


A pesquisa também consultou as empresas onde os ex-alunos do SENAI estão empregados. Quarenta e dois por cento dos supervisores entrevistados consideram esses trabalhadores superiores aos demais empregados. Além disso, 94% das empresas contatadas preferem contratar profissionais formados na instituição.

OPORTUNIDADES PARA TODOS

A cada ano, o SENAI oferece cerca de 150 mil vagas em cursos técnicos. Neste ano, a instituição deve abrir mais 83 mil vagas gratuitas somente dentro do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).


Nesse caso, todo o curso é custeado pelo governo federal, assim como transporte, alimentação, material didático, uniformes dos estudantes. Os interessados devem estudar em escolas públicas ou em particulares com bolsa integral ou ter concluído o ensino médio em escola pública. É necessário entrar em contato com a secretaria de Educação do estado, que fica responsável por encaminhar os estudantes ao SENAI, ou pela página pronatec.mec.gov.br.

Fonte: Portal da Indústria

quinta-feira, 21 de março de 2013

Projeto permite aumentar contratação de aprendizes


A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, nesta quarta-feira (20), projeto de lei que faculta ao empregador contratar aprendizes até 25% do total do número de empregados. A proposta é do senador Paulo Bauer (PSDB-SC) e recebeu decisão terminativa da comissão. Por isso, segue direto para a Câmara dos Deputados, se não for apresentado recurso para análise no plenário.
 
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei nº 5.452/1943) obriga as empresas a empregarem aprendizes no mínimo 5% do quadro de funcionários até o limite de 15%, em vagas destinadas a trabalhadores com idade entre 18 e 24 anos. A CLT ainda obriga as empresas a matricular seus funcionários, dentro desses percentuais, em cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem Industrial (Senai) e Comercial (Senac) ou do Serviço Social da Indústria (Sesi), entre outros.
 
O projeto de lei do Senado (PLS 176/2012) recebeu emenda da relatora, senadora Ana Amélia (PP-RS), para permitir que as empresas contratem na condição de aprendiz e matriculem empregados em 10% a mais que o limite máximo previsto na legislação.
 
No relatório, Ana Amélia ressalta que o jovem encontra dificuldade para ingressar no mercado de trabalho pela alegada falta de experiência formal. Em sua avaliação, o desemprego e o trabalho precário interferem na capacidade produtiva dos jovens, bem como contribui para o aumento da criminalidade, da prostituição e da dependência de drogas entre os jovens.
 
A senadora destacou que, segundo relatório sobre o desemprego entre jovens, publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), 14% dos jovens brasileiros estão desempregados. Ela também destacou estudo do economista Márcio Pochmann, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a inatividade, que não considera esses inativos como desempregados por não estarem em busca de emprego.
 
– O estudo mostrou que milhões de jovens brasileiros não trabalham, não estudam, nem procuram ocupação regular. São jovens que já desistiram de viver sob as normas da sociedade, perderam a capacidade de ir à luta, tornaram-se inválidos sociais. Em grande parte, não há dúvida, é daí que saem as manchetes da violência e do crime organizado, disse Ana Amélia.


Fonte: Senado Federal

Quatro montadoras negociam fábricas no Brasil


Quatro fabricantes de veículos estudam instalar suas fábricas no Paraná. A informação é do próprio governador do Estado, Beto Richa, que revelou a intenção de quatro empresas – sem citar quais são - durante a solenidade de inauguração da nova fábrica de veículos leves da Renault em São José dos Pinhais (PR), realizada na quarta-feira, 20.
Acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, Richa ponderou que programas de incentivo do Estado, como o Paraná Competitivo, tem atraído as empresas interessadas em produzir no Brasil.

“A exemplo da Renault, empresas multinacionais têm interesse no Brasil e os programas de incentivo tributários têm sido um grande atrativo para tornar este um Estado potencialmente industrial”, disse Richa.

O governante disse ainda que a Volkswagen já indicou que aumentará a capacidade produtiva de sua fábrica, também localizada em São José dos Pinhais. Sem detalhar planos ou prazos sobre as possíveis novas fabricantes paranaenses, o governador apenas deu pistas de que se trata tanto de empresas entrantes, ou seja, aquelas que ainda não têm nenhuma fábrica no País, quanto aquelas que já têm.

Ele lembrou que a região já tem confirmados projetos de fábricas do setor automotivo e lembrou da Paccar, que está investindo R$ 400 milhões em uma unidade em Ponta Grossa para a produção dos caminhões DAF, e da Caterpillar, que investiu R$ 170 milhões em uma unidade para produzir máquinas de construção.

Por sua vez, o ministro Pimentel confirmou que o governo prorrogará o prazo de habilitação das montadoras no Inovar-Auto para até dois meses e indicou que o Inovar-Peças e um programa referente a carros elétricos “estão em estudos”.

Fonte: Automotive Business

quarta-feira, 20 de março de 2013

Trabalhador chamado de lerdo e incompetente garante indenização por dano moral


Humilhado pelo coordenador durante reuniões sobre cobrança de metas preestabelecidas pela empresa, um ex-empregado contratado pela ETE - Engenharia de Telecomunicações e Eletricidade Ltda. para prestar serviços à Oi Telecomunicações será indenizado por dano moral. A indenização foi arbitrada em decorrência dos constantes xingamentos dirigidos a ele na frente de outros funcionários.
 


Ao ingressar com reclamação trabalhista na 2ª Vara do Trabalho de Sapucaia do Sul (RS), o trabalhador descreveu que, ao longo dos quase dois anos de atividade na empresa, sofreu humilhações e constrangimentos pelo coordenador da ETE, que o chamava de "lerdo e incompetente" durante as reuniões semanais sobre cumprimento de metas. De acordo com ele, o ambiente de trabalho era insuportável.

 
Provas testemunhais confirmaram o narrado pelo trabalhador. Depoimentos descreveram que o coordenador era hostil e tratava mal os funcionários, o que fez com que o juiz de primeiro grau condenasse as empresas, solidariamente, ao pagamento de indenização no valor de R$ 5 mil.

 
As empresas recorreram, sem sucesso, ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS). Em defesa, a ETE afirmou que o trabalhador não demonstrou qualquer ato de perseguição por parte da empresa. Já a Oi disse "não possuir responsabilidade sobre quaisquer verbas que possam ser deferidas, visto que nunca foi sua real empregadora". Destacou ainda que o caso estava "longe de apresentar uma potencial probabilidade de danos à moral."

 
Mas, para o Regional, a prova oral comprovou a existência de ofensa à moral e à honra do trabalhador que, semanalmente, comparecia às reuniões para ser humilhado pelo seu superior hierárquico em frente aos colegas. Para o TRT-4, a conduta é inaceitável no ambiente de trabalho.
 
 
A empresa apelou ao Tribunal Superior do Trabalho por meio de recurso de revista, sustentando que não praticou nenhuma ofensa e que as metas eram cobradas de todos os empregados. Destacou ainda que a cobrança de desempenho não configura assédio moral.

 
Ao analisar o caso, o ministro José Roberto Freire Pimenta, relator do processo na Segunda Turma, esclareceu que a condenação não decorreu simplesmente do fato de o superior hierárquico cobrar metas durante as reuniões. "A indenização a ser suportada teve origem na ofensa à moral e à honra do trabalhador, que era verdadeiramente achincalhado pelo superior, sendo obrigado a escutar palavras chulas," destacou o ministro em seu voto.

 
O relator observou que as decisões apontadas como divergentes pela empresa, para justificar o acolhimento do recurso, se limitaram à tese de que a cobrança de metas não configura assédio moral. Por falta de identidade fática, exigida pela Súmula 296 do TST, portanto, a Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso.

 
(Taciana Giesel/CF)
 
 
Fonte: TST

Empresa aérea é condenada a pagar um milhão de reais por atitude antissindical


A conduta antissindical da Gol Linhas Aéreas com empregados que participaram de uma greve realizada em 23 de dezembro de 2010 resultou na condenação da empresa ao pagamento de dano moral coletivo no valor de um milhão de reais. A sentença foi proferida pelo juízo da 11ª Vara do Trabalho de Brasília, no julgamento de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho da 10ª Região (MPT10) após denúncias do Sindicato Nacional dos Aeroviários. De acordo com o juiz do trabalho Gilberto Augusto Leitão Martins, autor da decisão, ficou constatada a prática de assédio moral pela Gol, que demitiu e retirou de cargos de liderança alguns empregados participantes do movimento grevista.
 
Os trabalhadores vítimas do assédio moral desempenhavam suas atividades nos setores de manutenção e despachos técnicos da empresa no Aeroporto Internacional de Brasília. Nos autos, a empresa aérea alegou a ilegitimidade do Ministério Público do Trabalho em mover uma ação civil pública para defender os direitos de apenas um grupo definido de trabalhadores. Ainda segundo a Gol, as demissões obedeceram a necessidade de reestruturação do setor de manutenção tendo em vista a redução da malha aérea no segundo semestre de 2010. Sobre os descomissionamentos dos cargos de liderança, a empresa explicou que ocorreram por razões técnicas.
 
Contudo, relatos de testemunhas e demais provas obtidas por meio do inquérito civil instaurado pelo MPT10 e colhidas no curso da ação civil púbica comprovaram as atitudes de retaliação praticadas pela empresa aérea a fim de desestimular o exercício do direito constitucional de greve dos funcionários. Na sentença, o juiz Gilberto Martins classificou a conduta da Gol como “grave infração à ordem jurídica trabalhista”. Segundo ele, ficou claro que a empresa procedeu desta forma com o intuito de perseguir os trabalhadores que aderiram à greve. Ainda de acordo com o magistrado, a empresa extrapolou os limites da legalidade ao abusar do direito de promover a dispensa injustificada de seus empregados.
 
“Ao invés de proceder de forma clara, amistosa, buscando instaurar conversação com o Sindicato para conhecer a efetiva pauta de reivindicação, enveredou pelo caminho da força e da arbitrariedade, dispensando e descomissionando os que vieram a aderir à ação do sindicato, contrariando assim o ordenamento jurídico vigente que reputa o direito de greve como atributo do contrato de trabalho, posto ao livre exercício pela coletividade de trabalhadores”, sustentou o juiz da 11ª Vara do Trabalho, Gilberto Martins – que também obrigou a Gol a promover orientação e cursos entre funcionários com cargos de chefia para proibir práticas de assédio moral, bem como a fornecer atendimento psicológico aos empregados vítimas da conduta antissindical. Já o montante de um milhão de reais será revertido em favor do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
 
Processo: 0001065-76.2012.5.10.011


Fonte: Tribunal Regional do Trabalho - 10ª Região
 
logo ctb webA CTB organiza, a partir desta quinta-feira (21), a 12ª Reunião de sua Direção Executiva.

O encontro será realizado em São Paulo e terá em sua pauta temas como o 3º Congresso da Central e um balanço da 7ª Marcha a Brasília e do 11º Congresso da Contag.
A reunião será a primeira de 2013 e terá duração de dois dias. Na sexta-feira, ao final dos trabalhos, haverá o lançamento da segunda edição da revista “Mulher D’Classe”.

O tema da representatividade de cada central sindical, uma atualização da situação dos trabalhadores portuários e assuntos organizacionais da CTB também estarão em pauta.

Fonte: Portal CTB

Audi deve decidir sobre fábrica no Brasil até abril

A Audi deverá decidir sobre a construção de uma nova fábrica ou adaptação de uma linha já instalada no País até abril. A montadora alemã já tomou a decisão de produzir no Brasil, mas ainda precisa finalizar o estudo de viabilidade econômica. Com o novo regime automotivo do governo federal, o Inovar-Auto, uma montadora nova deve produzir 35 mil carros por ano, tendo custo de R$ 17 mil por carro e investimento inicial de R$ 595 milhões. A perspectiva é de crescimento além desse patamar, de acordo com a Audi.

A alternativa mais cogitada é a de que a marca utilize a fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais (PR) para produzir os modelos Audi. Nessa unidade já foi feito o Audi A3, que possuía a mesma plataforma do Golf 4, ainda feito por lá.

De acordo com o presidente da Audi no Brasil, Leandro Radomile, o estudo de viabilidade depende de um detalhamento do governo sobre o novo regime automotivo.

Apesar de aproveitar a estrutura já existente, Radomile lembra que haverá necessidade de novos investimentos para elevar a capacidade da fábrica.

Por enquanto, a marca está habilitada como empresa importadora e está limitada a uma cota de cerca de 3.900 unidades que pode trazer do exterior sem pagar um adicional de 30 pontos de IPI.

Fonte: ABCD Maior

Brasil liderará criação de empregos no continente, mostra pesquisa

 

 O Brasil liderará a criação de emprego no segundo trimestre de 2013 no continente americano, segundo uma pesquisa divulgada pela empresa norte-americana de consultoria Manpower.De acordo com a consulta, elaborada em 42 países e territórios do mundo, dez deles na América, a oferta de emprego no Brasil crescerá 30%. No continente, também aparecem com destaque Panamá (25%), México (18%) e Peru (17%).

A pesquisa, de apenas uma pergunta sobre a expectativa de aumento, manutenção ou queda dos postos de trabalho, foi respondida por quase 66 mil diretores de recursos humanos, entre os quais, em nível global, os resultados mostram que "a incerteza ainda pesa na confiança dos empregadores".
"As tendências líquidas do emprego são mistas e parece que vários gerentes ainda estão à espera de uma solução mais clara para a crise de dívida soberana na Europa", revela o documento apresentado em entrevista coletiva no Panamá pelo gerente regional de Vendas da Manpower América Central, o mexicano Erik López.

Colômbia e Argentina, com uma expectativa de crescimento da oferta trabalhista de 16%, Canadá com 15%, Costa Rica e Estados Unidos com 13% e Guatemala com 12%, são os demais mercados examinados pela empresa no continente americano.

Enquanto isso, na região da Ásia e do Pacífico o país que liderará o crescimento da demanda de trabalhadores de abril a junho é Taiwan, com 33%, seguido de Índia (30%), Nova Zelândia e Japão (23%), China (18%), Cingapura (17%), Hong Kong (9%) e Austrália (8%).
Os 24 países consultados na Europa, no Oriente Médio e na África são liderados pela Turquia, com 18%, seguida por Israel (13%) e Bulgária (12%), enquanto nos últimos lugares estão Holanda (5%), Itália (10%) e Espanha (11%).

 Fonte:Opera Mundi



terça-feira, 19 de março de 2013

Primeira quinzena de março apresenta alta de quase 5% nas vendas de carros

As vendas de veículos no País na primeira quinzena de março cresceram 4,8% em relação ao mesmo período de 2012. De acordo com dados da Fenabrave, divulgados na segunda-feira, 18, foram licenciados 147 mil 633 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, ante 140 mil 890 unidades nos primeiros quinze dias de março do ano passado.
A média diária também seguiu o mesmo desempenho já que os dois intervalos somaram cada um deles exatamente onze dias úteis de vendas, passando de 12,8 mil para 13 mil 421 veículos.

Porém, a primeira quinzena de março quando comparada com a primeira quinzena de fevereiro mostra retração de 2,2%.

O segmento de automóveis e comerciais leves manteve ritmo de expansão nesta primeira quinzena de março, 4,6% sobre idêntico intervalo do ano passado. Totalizando 139 mil unidades.

Contudo, sinais positivos também foram observados no mercado de caminhões e ônibus. Foram emplacados 6 mil 857 caminhões, 6,1% a mais no mesmo comparativo. O segmento de ônibus demonstrou recuperação ainda mais forte com avanço de 16,5% em idêntica comparação, somando 1 mil 768 unidades.

O mercado de motocicletas ainda mostra retração. Nos onze dias úteis foram emplacadas 71 mil 343 unidades, 15,2% menos do que na mesma quinzena do ano passado. No entanto, o segmento ensaiou recuperação com relação ao mesmo intervalo de fevereiro, alta de 10,8%.

Fonte: Agência Auto Data

segunda-feira, 18 de março de 2013

Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul é homenageado na Câmara dos Deputados

 
Na manhã desta segunda-feira (18), o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região foi homenageado pelos 80 anos de sua fundação em sessão solene na Câmara dos Deputados. A sessão foi requerida pelo Deputado Federal Assis Melo e aprovada por unanimidade.

Estiveram presentes o presidente da Fitmetal (Federação Interestadual dos Trabalhadores Metalúrgicos), Marcelino Rocha; os diretores e o presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região, Leandro Velho; o diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Everaldo Vieira e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim.

O Deputado Mauro Benevides (PMDB) iniciou os trabalhos elogiando a iniciativa da homenagem. “Assis Melo é um dos parlamentares mais atuantes desta casa e seu requerimento para esta sessão se justifica pela trajetória brilhante do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região, entidade identificada com as principais lutas nacionais”, disse.

Em seu pronunciamento, o Deputado Assis Melo relembrou momentos de luta da entidade, bem como os líderes que fizeram parte da sua história. “Nós destacamos hoje a luta importante desta entidade e dos homens que estiveram à frente da diretoria. Lembro Bruno Segalla e Júlio Costamilan, entre outros que se destacaram no decorrer dos anos”. Assis Melo explicou que a longa e bem-sucedida trajetória da entidade se deve à participação nas atividades social e econômica, mas também na participação da luta política. “Celebrando a história, o Sindicato hoje se dedica ao futuro e às lutas que irão beneficiar os trabalhadores”, explicou. O deputado ressaltou as questões da redução da jornada de trabalho e do fim do fator previdenciário. “Acabar com o fator previdenciário é olhar para o futuro. O Sindicato está engajado nessa e em outras lutas. Essa entidade luta há 80 anos pelos direitos dos homens e mulheres trabalhadores e seguirá neste caminho nos próximos anos”, ressaltou.

O Deputado Onofre Santo Agostinho, do PSD, chamou atenção para a participação dos trabalhadores no crescimento da região de Caxias do Sul e homenageou os fundadores do Sindicato. “Caxias do Sul é uma das cidades que mais cresce no Rio Grande do Sul e isso se deve muito à atuação dos sindicatos e dos trabalhadores. Hoje queremos aqui homenagear os nossos antepassados que iniciaram este trabalho há 80 anos. Imaginem quantas lutas, quantos sofrimentos, quantas prisões e quantas perseguições para a formalização e regulamentação deste Sindicato. Muito obrigado pelo que vocês fizeram e fazem pelos trabalhadores”.


O presidente da Fitmetal, Marcelino Rocha, destacou que, atualmente, os operários de todo o país têm uma representação forte na Câmara dos Deputados. “Hoje os trabalhadores metalúrgicos têm vez e têm voz nesta casa a partir da garantia de uma representação humilde e de destaque à frente da direção do Sindicato, que é a representação do Deputado Assis Melo”.

O presidente em exercício do Sindicato, Leandro Velho, contou um pouco da história da entidade. “Em 06 de março de 1933, nosso Sindicato foi fundado por Adelino Locatelli e outros companheiros, fruto de uma grande luta iniciada nesta região de imigração italiana. Citando o nome de Bruno Segalla, homenageio todos os presidentes que estiveram à frente da entidade.” Também relembrou as lutas que tiveram participação do Sindicato. “Em toda a história do Brasil, o Sindicato esteve à frente das lutas do povo, no Estado Novo, na Ditadura, na redemocratização. Foram 80 anos de várias batalhas e várias lutas.” Velho também destacou a importância da representação dos trabalhadores na Câmara dos Deputados. “Assim como Assis Melo, nós temos que ter mais representantes de trabalhadores nesta casa, porque é por meio da luta política que são feitas as mudanças. Nós precisamos de defensores do povo.” E finalizou: “Este é um momento histórico: um dia vamos contar que o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região foi homenageado na Câmara dos Deputados. Hoje vamos voltar para a nossa cidade tendo em mente que o progresso do Brasil passa pelas mãos dos trabalhadores”.

Durante a tarde, os diretores do Sindicato participaram de um debate sobre o projeto de lei 4.597, do Deputado Assis Melo, que propõe uma atualização no inciso primeiro do artigo 59 da Consolidação das Leis do Trabalho, estabelecendo que a remuneração por hora extra passe dos atuais 20% para os 50% garantidos pelo inciso XVI do Artigo 7º da Constituição.

No domingo (24) seguem as comemorações pelo aniversário. O Sindicato dos Metalúrgicos e a Universidade de Caxias do Sul promovem o Rock in Concert II, o concerto de outono da Orquestra Sinfônica da UCS em homenagem aos 80 anos da entidade. O evento começa às 10:30 da manhã no estacionamento da UCS TV.

Fonte: Metalúrgicos Caxias do Sul

Estreantes, Hyundai e Toyota tiram mercado de Fiat e Volks

As duas fabricantes já têm mais de 10% das vendas de hatches compactos. Com Onix, Chevrolet recupera espaço

 

HB20 já fez estragos nas vendas dos hatches tradicionais como o Gol
 
Não chega a ser ameaçadora, mas a chegada de novas marcas no segmento de hatches compactos, o mais volumoso do Brasil, já causa estragos nas líderes do mercado, a Fiat e a Volkswagen. Levantamento exclusivo do iG mostra que a Toyota e, sobretudo, a Hyundai, tiraram juntas mais que 5% das vendas das duas montadoras do grupo “tradicional”, que estão no País há pelo menos 30 anos.

Parece pouco, mas equivale a mais de 10 mil carros que deixaram de ser vendidos pelas duas caso elas mantivessem a mesma participação de mercado do 1º trimestre de 2012. Fiat e VW detinham no ano passado 30% e 26% dos emplacamentos de hatches pequenos e agora respondem por 27,5% e 24% desse segmento (veja gráfico abaixo). Enquanto isso, a Toyota beira os 2% das vendas e a Hyundai, a marca que efetivamente chacoalhou o mercado, já acumula 8,4% das vendas desse tipo de veículo.

O que impressiona nesse movimento inédito no mercado brasileiro é o fato das novas marcas não atuarem na “banda popular” dessa categoria, ou seja, não têm versões sendo oferecidas por menos R$ 30 mil – o HB20, por exemplo, sai por mais de R$ 33 mil na versão de entrada.
iG
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Hyundai e Toyota estrearem entre os hatches pequenos tirando mercado de quase todas as marcas, exceto Chevrolet e Citroën
Por falar no hatch da Hyundai, ele já é o 4º automóvel mais vendido do Brasil em 2013. Só perde para o Gol, Palio e Uno, mas está muito próximo dos dois modelos da Fiat. A marca sul-coreana só não os superou por não ter capacidade de produção para dar conta da demanda. A previsão, antes do lançamento do modelo era de emplacar 9 mil HB20 por mês em média, mas já foram vendidos até o começo de março cerca de 25 mil unidades: “só não vendemos mais porque nossos fornecedores não estão dando conta”, disse ao iG um executivo da marca durante o lançamento da versão sedã, HB20S. “Estamos trazendo pneus da Coreia em lugar do produto nacional, que está em falta”, completou.

Chevrolet reverte perda

Outra marca que já pode comemorar é a Chevrolet. Depois de passar 2012 lançando diversos produtos, a fabricante americana começa a colher os resultados, sobretudo com a ótima receptividade do hatch Onix, que assumiu o espaço deixado pelo Corsa. O novo modelo é o 5º automóvel mais vendido do Brasil, compensando a queda nas vendas de outros Chevrolet como o Celta e o Agile. Com isso, a montadora conseguiu ver sua participação nessa categoria subir de 15,4% para 16,6% entre 2012 e 2013.
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As marcas tradicionais, as francesas e as importadas sofreram com a estreia de Hyundai, Toyota e Nissan no segmento
 
Franceses e importados em queda
Não foram apenas Fiat e VW que perderam espaço com a chegada das estreantes entre os modelos pequenos. As três marcas francesas, Renault, Peugeot e Citroën, que foram as primeiras a tentar incomodar as fabricantes tradicionais ainda na década de 1990, viram sua fatia nesse segmento cair de 11,5% para 10%. Apenas a Citroën conseguiu compensar isso graças ao novo C3, lançado no ano passado. Mas Renault e Peugeot também devem estancar as perdas com as vendas do Clio reestilizado e do inédito 208, respectivamente.

Já as marcas chineses e a coreana Kia, que vendem apenas modelos importados, acusaram o golpe do aumento do IPI em 30 pontos percentuais. De 2,6% de participação elas mal passaram de 1% no início deste ano.

Mais equilíbrio

Apesar da perda de espaço, é praticamente impossível que a Fiat e a Volkswagen deixem de liderar entre os modelos pequenos. Com redes de concessionárias imensas e veículos mais simples em suas linhas, as duas devem seguir com volumes mensais acima das 20 mil unidades. Mas é certo que já não terão mais domínio nas fatias intermediárias e superiores desse segmento, onde hoje existem muitos produtos rivais, geralmente mais novos.

O cenário nos próximos anos será de muito equilíbrio já que ainda há estreias esperadas para um futuro breve. As chinesas Chery e JAC, por exemplo, vão inaugurar fábricas nacionais em 2014 com produtos nessa faixa de preço. A Nissan, marca que chegou a experimentar um pico de vendas com a dupla March e Versa vinda do México, começará a fabricá-los no Brasil dentro de um ano. E a Ford, que também perdeu terreno para Hyundai e Toyota, lançará uma nova família de compactos que sucederá o Ka, além de nacionalizar o New Fiesta ainda este ano.

Fiat e Volkswagen prometem reação: a primeira já trabalha no projeto 344, que dará origem a um sucessor do Uno Mille, e a Volkswagen está em estágio avançado para lançar o up!, compacto de entrada de projeto mundial. Sinal que a concorrência está, enfim, incomodando as líderes do mercado.

Fonte: IGcarros

domingo, 17 de março de 2013

entrevista sergiodemirandaO secretário de Política Agrícola e Agrária da CTB, Sérgio de Miranda, entende que os cetebistas saíram muito fortalecidos de todo o processo que envolveu o 11º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

Falando também como dirigente da Federação de Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), ele avalia a disputa política interna que existe no movimento sindical rural do país

Confira abaixo a entrevista:
Portal CTB: Como você avalia o nível das discussões ocorridas no 11º Congresso da Contag?
Sérgio de Miranda: Atingiu as expectativas. Podemos fazer uma avaliação positiva, os debates foram muito bons, até porque parte dessa qualificação foi construída nas plenárias regionais e estaduais, quando os delegados se prepararam para os principais temas. Tudo foi trabalhado ao longo dos últimos meses, de modo que o Congresso foi tranquilo. Essa discussão servirá para definir os rumos do movimento sindical do Brasil todo para os próximos quatro anos.

A gestão que se encerra foi a primeira da Contag sem estar filiada a nenhuma central. Como você viu esse período?
Acredito que essa gestão foi muito positiva para a Contag, suas federações e para o conjunto do movimento sindical. Foram quatro anos nos quais a Contag procurou manter uma relação direta com a CUT e a CTB, que são as duas centrais com maior atuação no campo. A Contag não teria condição de realizar um trabalho profícuo da maneira como foi feito se estivesse filiada a uma ou outra. Nossa base é muito heterogênea – podemos dizer que está dividida entre essas duas centrais. Mas para o crescimento e fortalecimento da Contag precisamos buscar a unidade, mesmo na diversidade, em nome do movimento sindical.

A chapa única eleita neste último dia de Congresso é o reflexo desse trabalho?
Sim. Ela é o resultado desse intenso trabalho, que não foi fácil. A chapa única sem dúvida começa pela liderança do presidente Alberto Broch, que teve um papel importantíssimo nesses quatro anos e no papel de construção da chapa, assim como nos encaminhamentos do 11º Congresso. Certamente nos próximos quatro anos a Contag continuará desfiliada a qualquer central, mas o Congresso aprovou a necessidade de se fazer um amplo debate sobre a importância das centrais. Creio que essa unidade será mantida e fortalecida, mesmo levando em conta que ninguém precisa abrir mão de suas convicções.

Quais os principais desafios para a próxima gestão?
Acredito que o grande desafio é avançar a luta pela reforma agrária, algo que não tem avançado como se esperava. Antes a gente sabia que o governo não tinha interesse nessa questão, mas agora a presidenta Dilma declarou que irá avançar nesse processo. Não adianta apenas dar terra ao agricultor e depois deixá-lo abandonado. Em termos de outras políticas, acho que já avançamos bastante nos últimos anos, especialmente na última década, mas deveremos continuar avançando.

Este Congresso aprovou a paridade de cargos para a Direção da Contag a partir da gestão seguinte a que acaba de ser eleita. Que desafios essa decisão traz?
Isso vai ter muita repercussão nos próximos anos. É uma decisão bastante corajosa e será um desafio muito grande implementá-la – tanto para os homens quanto para as mulheres. As mulheres também serão forçadas a assumir cada vez mais postos e a se dedicarem cada vez mais. Mas é um desafio positivo e importante, que aos poucos será concretizado. Isso mostra, fundamentalmente, que o movimento sindical não é só dos homens. Cada vez mais ele é um movimento de homens e mulheres.

Como dirigente da CTB, qual o papel dos cetebistas para essa construção da unidade na Contag? E como a CTB se consolidou no sindicalismo rural nesse último período?
A CTB sai muito fortalecida deste 11º Congresso, pois ela teve um papel importante na construção dessa chapa unitária. Se olharmos a CTB, apesar de ser uma entidade com apenas cinco anos de história, ela hoje está em condições de igualdade em relação à outra central, que já tem 30 anos. Tínhamos mais de 50% dos delegados presentes e a CTB fez questão de ratificar um compromisso, que é o de unificar os trabalhadores. A CTB defendeu isso na Conclat, na Marcha das Centrais e está se consolidando cada vez mais. Não tenho dúvidas de que iremos crescer, pois muitos dirigentes e lideranças vinham nos últimos dias conversar e querer saber mais sobre a CTB, pois perceberam nossa força – afinal, no Congresso anterior da Contag estávamos apenas iniciando nossa trajetória.

Após um Congresso tão rico e bem sucedido como este da Contag, qual a contribuição que os trabalhadores e as trabalhadoras rurais poderão levar para o 3º Congresso Nacional da CTB, a ser realizado no final de agosto?
Eu diria que a preparação, nos mais diferentes sentidos, pode servir de exemplo para a realização. O mesmo vale para os congressos estaduais. O Congresso da Contag, em si, já foi um grande aprendizado, pois pudemos observar e ajudar na organização de vários pontos. Tentaremos repetir o que deu certo e evitar aquilo que poderia ter sido mais bem feito. Acredito também que esta mobilização dos cetebistas para vir ao 11º Congresso será um reflexo para mobilizar todos ao 3º Congresso da CTB.

Fonte: Portal CTB

terça-feira, 12 de março de 2013

Construção de fábrica da Great Wall no Brasil fica para 2014
 

O grupo brasileiro que estuda a construção de uma fábrica de veículos da chinesa Great Wall no país decidiu adiar o projeto para 2014, afirmou representante do grupo nesta terça-feira (12).
A fábrica, com capacidade inicial para 50 mil veículos por ano, tinha previsão inicial de começar a ser construída no Brasil no início deste ano. O investimento total do projeto, incluindo montagem de rede de concessionários é estimado em cerca de US$ 1 bilhão.

"A decisão de ter a fábrica continua, mas a empresa decidiu adiar o início da obra para o meio do ano que vem", disse o analista de mercado da Latin American Motors (LAM), Leandro Machado, à Reuters, citando decisão tomada em fevereiro.
A LAM, controlada por investidores pessoa física de São Paulo, será responsável por reunir os recursos para o investimento na fábrica enquanto a Great Wall fornecerá tecnologia para o empreendimento.

A Great Wall é a maior fabricante de utilitários esportivos (SUV) da China e inicialmente três modelos da marca seriam produzidos na futura fábrica da marca no Brasil: uma picape, um SUV e um mini SUV, disse Machado.
Executivos da Great Wall visitaram no ano passado as cidades de Ribeirão Preto e Guarulhos, em São Paulo, além de Joinville e Salvador. Segundo o representante, a decisão do local ainda não está tomada.
Quando visitou Ribeirão Preto em setembro passado, o diretor de desenvolvimento de fábricas da Great Wall, Steve Wang, afirmou que a companhia tinha planos para trazer fornecedores de peças para se instalarem ao redor da futura fábrica, segundo a prefeitura da cidade.

NA CHINA

 A Great Wall registrou vendas de 620 mil veículos na China em 2012 e para 2013 os planos são de vendas de 700 mil unidades, incluindo exportações de 140 mil veículos.
Se os planos de instalação se confirmarem, a Great Wall reforçará a presença de montadoras chinesas de veículos no Brasil, que inclui marcas como Chery e JAC, em um momento em que o novo regime automotivo brasileiro cobra investimentos maiores em produção local e em pesquisa e tecnologia. O Brasil é o quarto maior mercado de veículos do mundo.

No salão do automóvel de São Paulo do ano passado, representantes brasileiros de marcas chinesas como Changan, Haima, Hafei, Jinbei, Shuanghuan, Landwind, Changhe e Jonway informaram terem planos ou estarem estudando a construção de fábricas no Brasil com parceiros locais.

Fonte:UOLcarros

A direita odeia a América Latina



Por Emir Sader, no sítio da Carta Maior:

A direita odeia a América Latina. Antes de tudo porque sua mentalidade colonial e seus interesses a vinculam aos países do centro do capitalismo, aos Estados Unidos em particular, que tem uma relação histórica de conflitos com o nosso continente. A direita nunca esconde sua posição subserviente em relação aos EUA, adorava quando os países latino-americanos eram quintal traseiro do império, quando, por exemplo, na década de 90 do século passado, não expressavam nenhum interesse diferente dos de Washington e buscavam reproduzir suas políticas.
A direita não entende a América Latina, nem pode entender, porque sua cabeça é a da anulação diante do que as potencias imperiais enviam para nossos países, de aceitação resignada e feliz aos interesses dessas potencias.

Para começar, compreender a América Latina como continente e’ entender o que a unifica como continente: o fenômeno histórico de ter sido colonizada pelas potencias europeias e ter sido transformada posteriormente em região de dominação privilegiada dos EUA.

Daí a incapacidade da direita de entender o significado do nacionalismo e dos líderes nacionais, porque para a direita não há dominação e exploração imperialista, menos ainda o conceito de nação. Esses líderes seriam então demagogos populistas, que se valeriam de visões fictícias para fabricar sua liderança carismática, fundada no apoio popular.

A própria existência da América Latina como continente é questionada pela direita. Ressalta as diferenças entre o México e o Uruguai, o Brasil e o Haiti, a Argentina e a Guatemala, para tentar passar a ideia de que se trata de um agregado de países sem características comuns.

Não mencionam as diferenças entre a Inglaterra e a Grécia, Portugal e a Alemanha, Suécia e Espanha, que no entanto compõem um continente comum. Por quê? Porque tiveram e tem um lugar comum no sistema capitalista mundial: foram colonizadores, hoje são imperialistas. Enquanto que os países latino-americanos, tendo diferenças culturais muito menores do que os países europeus entre si, fomos colonizados e hoje sofremos a dominação imperialista.

Esses elementos de caracterização são desconhecidos pela direita, para a qual o mundo é compostos por países modernos e países atrasados, sem articulação como sistema, entre centro e periferia, entre dominadores e dominados.

Assim a direita nunca entendeu e se opôs sempre tenazmente aos maiores líderes populares do continente, como Getúlio, Perón, Lazaro Cárdenas, e hoje se opõe frontalmente ao Hugo Chávez, ao Lula, aos Kirchner, ao Mujica, ao Evo, ao Rafael Correa, à Dilma, ao Maduro, além, é claro, ao Fidel e ao Che. Não compreendem por que foram e são os dirigentes políticos mais importantes do continente, porque têm o apoio popular que os políticos da direita nunca tiveram.

Ainda mais agora, quando a América Latina consegue resistir à crise, não entrar em recessão, continuar diminuindo a desigualdade, e projetar líderes como Chávez, Lula, Evo, Rafael Correa, Mujica, Dilma, a incapacidade de dar conta do continente aumenta por parte da velha mídia. Sua ignorância, seus clichês, seus preconceitos a impedem de entender essa dinâmica própria do continente.

Só resta à direita odiar a América Latina, porque odeia os movimentos populares, os líderes de esquerda, a luta antiimperialista, a crítica ao capitalismo. Odeiam o que não podem entender, mas, principalmente, odeiam porque a América Latina protagoniza um movimento que se choca frontalmente com tudo o que a direita representa.

Habilitação provisória no Inovar-Auto será prorrogada até o fim de maio


O governo prepara medida para estender a validade da habilitação provisória dos fabricantes de veículos ao Inovar-Auto, que vence em 31 de março. O prazo deve ser estendido até o fim de maio, como indicam informações colhidas nos bastidores do MDIC, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O movimento confirma a avaliação de alguns analistas, que já antecipavam atrasos no cronograma dos trabalhos para a regulamentação final do novo regime automotivo, ainda a espera de portarias para definir regras de medição de desempenho e compras locais de autopeças.

Em um primeiro momento, o governo concedeu a habilitação das empresas ao Inovar-Auto sem exigir nenhuma auditoria nos números apresentados – ou seja, aceitou como bom o que montadoras e importadores informaram, sem comprovações das exigências mínimas de compras locais, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, processos industriais locais e eficiência energética. Tudo isso deveria ser auditado até o próximo 31 de março, mas ainda faltam métricas e detalhes para fazer as contas relativas ao programa de eficiência energética e ao Inovar-Peças – nome provisório dado ao conjunto de regras para cálculo do conteúdo de autopeças nos carros brasileiros. Ao que tudo indica, a receita adotada neste último caso será de “ferro sobre ferro”, uma alusão ao cálculo efetivo do conteúdo dos veículos com base no custo dos componentes.

Sem as portarias que regulamentam essas métricas, o prazo inicial de habilitação ao Inovar-Auto deve ser estendido para maio, quando todas as empresas deverão renovar a habilitação , que então terá validade anual.

PROJETOS APROVADOS

Até agora, 35 empresas foram habilitadas ao Inovar-Auto nas categorias de fabricantes já instaladas, investidores (novos entrantes) e importadores, incluindo todos os filiados à Anfavea, a associação das montadoras, que estão qualificados e isentos do pagamento do chamado IPI gordo criado pelo regime automotivo, de 30 pontos porcentuais extras aplicados sobre veículos importados ou de fabricantes que não atendam às exigências da política industrial desenhada para o setor.

As empresas que têm empreendimentos em curso para fabricação local de veículos, com projeto aprovado pelo MDIC, como é o caso de Chery, JAC e BMW, ganharam direto a importar pelos próximos 24 meses veículos similares aos que serão produzidos no País sem pagar os 30 pontos extras de IPI. O benefício é limitado ao volume de 50% da capacidade produtiva anual, sendo 25% com crédito imediato e os outros 25% após o início da operação e comercialização do modelo correspondente ao projeto.

Além da importação de automóveis do México e de países do Mercosul sem o adicional de IPI, há um fluxo adicional de veículos trazidos do exterior dentro das cotas de importação previstas no Inovar-Auto. As empresas importadoras habilitadas no novo regime automotivo podem importar o teto de 4,8 mil unidades por ano sem a sobretaxação, desde que se comprometam a seguir as metas de eficiência energética, inscrevam seus carros no programa de etiquetagem veicular do Inmetro e comprovem investimentos em pesquisa e desenvolvimento no País, o que pode ser feito por meio de depósito em fundo do governo destinado a financiar essas atividades.

Fonte: Automotive Business

terça-feira, 5 de março de 2013

GM prepara estreia do Trax no Brasil para 2014

Montadora vai iniciar produção do jipinho no México em agosto para atender a demanda de toda América

Foto: Thiago Vinholes
O Chevrolet Trax deu um importante passo para chegar ao Brasil e aumentar ainda mais a agitada categoria dos crossover compactos, que nos próximos dois anos vai receber uma avalanche de lançamentos. Executivos da GM presentes no Salão de Genebra, que abriu as portas nesta terça-feira (5) para imprensa, confirmaram que o jipinho da Chevrolet será produzido no México a partir de agosto deste ano – o modelo, que utiliza a mesma plataforma do hatch Sonic, atualmente é produzido somente na Coréia do Sul e comercializado em países na Ásia e Europa.

Com a nova investida, o modelo poderá ser vendido nas regiões da América do Norte, Central e do Sul com preços mais competitivos e melhor adequado ao gosto dos públicos dessas regiões. No Brasil, segundo comentou o staff da marca, o Trax deve desembarcar entre o final deste ano e início de 2014 em cotas limitadas pelo novo programa Inovar-Auto, mas isento de taxas de importação previstos no acordo unilateral entre Brasil e México para o comércio de automóveis.

A GM trouxe duas versões do Trax para Genebra, uma com motor 1.4 turbo a gasolina de 140 cv e outro 1.7 turbodiesel de 130 cv, ambos com tração nas quatro rodas (AWD). O Brasil, porém, não vai receber nenhuma dessas versões. O mais provável para o mercado nacional deve ser o modelo com propulsor 1.6 e já com capacidade flex, o mesmo aplicado no Sonic à venda no País, em opções com transmissão manual ou automática e em versões com tração apenas no eixo dianteiro ou integral.
O jipinho também deve ser renomeado quando chegar ao Brasil e adotar o nome Tracker, que já foi utilizado no mercado nacional na antiga versão da Chevrolet para o Suzuki Grand Vitara da geração anterior. Esse dado, contudo, nenhum executivo da marca ainda confirma.

Rival direto do novo Ford EcoSport e o Renault Duster, o Trax também terá pela frente no mercado brasileiro a concorrência de modelos como o Peugeot 2008 e os futuros projetos da Volkswagen, com a versão final do Taigun, e Honda, que prepara um “mini-CR-V”.

Fonte: IGcarros
Venda de carros alcança recorde no 1.º bimestre
As 222.496 unidades de automóveis e comerciais leves comercializadas em fevereiro resultaram no terceiro melhor desempenho em vendas para esse período, segundo a série histórica da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que data de 1995. O melhor fevereiro da história foi o de 2011, com 258.782 unidades, seguido do mesmo mês em 2012, com 235.820 carros e comerciais leves emplacados.
No entanto, no acumulado dos dois primeiros meses dos anos, 2013 ainda tem o melhor desempenho em toda a série histórica para o setor, com 519.338 veículos. O período deste ano foi seguido dos primeiros bimestres de 2011, com 488.891 unidades emplacadas, e de 2012, com 488.459 unidades.

A Fenabrave informou ainda que a Fiat seguiu na liderança entre as montadoras em fevereiro, com 49.498 veículos comercializados, ou 22,25% de participação, seguida da Volkswagen, com 43.735 veículos (19,66%) e da GM, com 39.134 autos e comerciais leves, ou 17,59%. O VW Gol também permaneceu na liderança entre os carros, com 15.715 unidades vendidas em fevereiro e a motocicleta Honda CG 150 continua como o veículo motorizado mais vendido do País, com 23.400 unidades emplacadas em fevereiro.

Fonte: Agência Estado

Governo vai incluir carros elétricos e híbridos no Inovar-Auto


O governo vai alterar as regras do Inovar-Auto para incluir carros elétricos e híbridos no programa industrial. Com isso, este importante segmento poderá gozar de incentivos para virar realidade no Brasil. Como há uma meta de 12% de redução de consumo até 2017, as montadoras poderão valer-se de carros híbridos e elétricos para reduzir a média de consumo da gama de produtos, atingindo assim a meta mais facilmente.
Até agora, o governo não incluiu a categoria por sua complexidade técnica. Mesmo assim, nos próximos dias, haverá a introdução da categoria no programa, que ainda pode ganhar incentivos maiores para poder criar um mercado no país.

As montadoras dizem que mesmo no Inovar-Auto, carros elétricos e híbridos ainda não teriam chances de ter uma demanda maior. Por isso uma política diferenciada estaria sendo estudada pelo governo. Atualmente o elétrico paga 25% de IPI, enquanto o híbrido paga de acordo com o motor usado, geralmente acima de 13%.

Além disso, há o imposto de importação, que eleva ainda mais o preço do veículo. No entanto, governo e montadoras já começam a acertar a introdução da tecnologia flex na categoria, a fim de tornar o produto ainda mais ecológico, utilizando assim uma matriz energética renovável.


Fonte: Folha de São Paulo

segunda-feira, 4 de março de 2013

Justiça obriga Walmart a pagar indenização por constranger trabalhador


Supermercado fazia revista íntima e aplicava castigo ao trabalhador.

A rede de supermercados Walmart deve pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais a um trabalhador que sofria constrangimentos durante revistas íntimas e era "castigado" quando se atrasava para a reunião diária da equipe. Segundo alegou, nestas ocasiões o superior hierárquico ligava ar condicionado e ventilador (no inverno) ou aquecedor (no verão) como meio de represália, além de xingar e humilhar os vendedores, mesmo quando o atraso ocorria por estarem atendendo clientes. A decisão é da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) e confirma sentença da juíza Sofia Fontes Regueira, da 29ª Vara do Trabalho de Porto Alegre. O vendedor, que trabalhava no hipermercado Big do bairro Cristal, zona sul da capital gaúcha, também deve receber 30% de plus salarial por acúmulo de funções.

Segundo informações do processo, o trabalhador foi admitido em novembro de 2008 e despedido sem justa causa em julho de 2010. Conforme alegou na petição inicial, desenvolveu durante três meses as atividades normais do seu cargo de vendedor, mas, dado o volume maior de trabalho a partir de fevereiro de 2009, passou a desempenhar, diariamente, funções de estoquista, operador de empilhadeira, descarregador de caminhões e faxineiro, entre outras. No seu entendimento, este fato o prejudicou duplamente, já que não recebeu acréscimo de salário pelo acúmulo de funções e, por não estar vendendo em parte da jornada de trabalho, também deixou de receber comissões. Por isso pleiteou o pagamento de plus salarial.

Já quanto à indenização por danos morais, o trabalhador afirmou que era submetido a revistas íntimas na presença de outras pessoas, com "apalpações" de partes íntimas do corpo e muitas vezes era obrigado a ficar totalmente nu. Além disso, seu chefe de seção, ao perceber que algum vendedor não estava presente na hora combinada para a reunião diária, fazia com que o ar condicionado (no inverno) ou um aquecedor (no verão) permanecesse ligado até a chegada do "atrasado", como meio de castigar os trabalhadores. Tais fatos foram confirmados em juízo por um colega do reclamante. A partir do relato da testemunha e de outras provas produzidas no processo, a juíza da 29ª VT julgou procedentes as alegações do vendedor, decisão que gerou recurso ao TRT4.

Entretanto, ao relatar o caso na 2ª Turma, o juiz convocado José Cesário Figueiredo Teixeira confirmou a sentença. O magistrado destacou, no acórdão, que o exercício de diversas funções durante a mesma jornada de trabalho fez com que o vendedor se afastasse de suas atividades principais e recebesse menos comissões, já que efetivava menos vendas, o que se traduziu em inegável prejuízo, que deveria ser ressarcido com o plus salarial. O dano moral, por sua vez, segundo o desembargador, ficou comprovado pela conduta abusiva do chefe de seção do reclamante, que estrapolou os limites do poder diretivo que detém a empregadora.

Fonte: Portal Nacional de Direito do Trabalho

sexta-feira, 1 de março de 2013

GM inaugura fábrica de motores em Joinville (SC)
 
A GM inaugurou nesta quarta-feira uma nova fábrica de motores em Joinville (SC). A produção atenderá o hatch Chevrolet Onix, vendido há três meses, e sua versão sedã, o novo Prisma, lançado ontem. Ambos os modelos são fabricados em Gravataí (RS).

A capacidade total é de 120 mil motores (entre 1.0 e 1.4) e 200 mil cabeçotes por ano. Cerca de 40% dos cabeçotes serão exportados para planta da marca em Rosário (Argentina), onde é feito o hatch Agile.

O investimento é de R$ 350 milhões e serão gerados 2.500 empregos. Outros 1.000 postos de trabalho indiretos serão abertos por fornecedores.
SUSTENTÁVEL
A fábrica de Joinville é a primeira da marca a receber o certificado de fábrica sustentável.
Divulgação
Novo modelo do Prisma, que receberá motores da nova fábrica da GM, em Joinville (SC)
Novo modelo do Prisma, que receberá motores da nova fábrica da GM, em Joinville (SC)
Uma das primeiras do país que usa o conceito aterro zero --100% dos resíduos gerados são recicláveis.

Novos sistemas visando a eficiência energética da planta, segundo a GM, farão a marca deixar de emitir anualmente 119 toneladas de CO2.

Cerca de 26.000 metros cúbicos de água também seráo reutilizados -- o equivalente ao abastecimento de 95 casas.

Fonte: Folha.com

América Latina tem relevante redução da pobreza, mostra Ipea


O Brasil não ficou sozinho no processo de melhora da distribuição de renda na última década. Na América Latina como um todo houve relevante redução da pobreza e diminuição da distância entre as rendas dos mais pobres e dos mais ricos, embora ainda sejam países bastante desiguais.
Para Marcelo Neri, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os programas de transferência de renda tiveram papel importante nessa mudança, mas foram a estabilização econômica e o fortalecimento das instituições democráticas que forneceram as bases para que a década fosse marcada pela inclusão social e distribuição mais equânime dos rendimentos na região.

Segundo o Ipea, em 13 dos 17 países do continente houve marcada redução da desigualdade nos últimos dez anos, em que as principais exceções são o Uruguai e a Costa Rica, justamente os mais igualitários entre os latino-americanos.

O ano de 2008 foi o primeiro em que houve redução no nível de pobreza e do número absoluto de pobres em todas as regiões do mundo em desenvolvimento, segundo o Banco Mundial, que começou a compilar essas informações no fim dos anos 80.

O órgão, em estudo que foi divulgado no fim do ano passado, mostrou que o crescimento na última década, aliado ao bônus demográfico e à evolução nas condições do mercado de trabalho, são os fatores preponderantes para explicar a redução da pobreza em países em que essa queda foi marcante.

O levantamento, produzido por cinco economistas, entre eles o brasileiro João Pedro Azevedo, economista sênior da Unidade de Pobreza, Gênero e Equidade do Banco Mundial para a região da América Latina e Caribe, acompanhou 16 países, a grande maioria deles emergentes, que foram bem sucedidos em reduzir o contingente de pobres na última década.

O critério usado para seleção foi redução de 1 ponto percentual ou mais ao ano no nível de pobreza moderada nessas países. Em dez das 16 nações - Gana, Nepal, Bangladesh, Chile, Equador, Honduras, Argentina, Brasil, Colômbia, Panamá, Tailândia e Peru - o avanço da renda do trabalho e da condição de ocupação explicam mais da metade da queda da parcela da população que vive em condições moderadas de pobreza, com US$ 4 por dia para subsistência.

"O trabalho é o principal ativo da camada mais pobre da sociedade, portanto, por variados mecanismos, a renda do trabalho é potencialmente o principal fator para sair da pobreza", notam os economistas no estudo. Entre esses componentes, João Pedro Azevedo, um dos autores do estudo, estão considerados tanto aumentos de salários quanto aumento do nível de ocupação.

Na Costa Rica e no Paraguai, fatores demográficos, como a expansão da população em idade ativa, foram preponderantes para a redução da pobreza, enquanto transferências públicas e privadas (nesse caso, remessas de dinheiro vindas de parentes que trabalham em outros países) tiveram papel essencial para essa diminuição na Romênia e na Moldávia.

No entanto, para a redução da profundidade da pobreza - o que equivale a aproximar as pessoas das linhas extremas de miséria, dada pela população que vive com menos de US$ 2,50 por dia -, as transferências de renda públicas e privadas tendem a ser mais importantes. É o caso de Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Romênia e Tailândia.

João Pedro Azevedo afirma que embora o mercado de trabalho tenha papel preponderante na maioria dos países estudados, o componente demográfico não deixa de ser relevante. "A América Latina, por exemplo, passa por um período de bônus demográfico, em que a razão de dependência é relativamente baixa." Ou seja, há mais pessoas em idade economicamente ativa do que jovens e idosos.

No mesmo estudo, os economistas chegaram à conclusão que o crescimento foi mais importante para essa tendência do que a evolução da distribuição de renda em 14 dos 16 países.

Fonte: Valor Econômico