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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Militantes da CTB São Caetano do Sul participaram do 1° Encontro de Cipeiros
do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região.

Participaram do encontro João Sipriano o Magrão e Luiz Carlos Martins Dos Santos o Sidão da Funilaria.

                                                                               Magrão participou da mesa de debates

O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região promoveu no último sábado, 24, o I Encontro de Cipeiros. O tema proposto no evento foi Segurança: Preservação da vida e promoção da saúde do trabalhador.

Com o intuito de esclarecer dúvidas sobre as atividades do cipeiro dentro de uma empresa e quais suas atribuições legais, o encontro teve palestras com a médica do trabalho Luciana Nussbaumer, com o Auditor Fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego da Gerência Regional de Caxias do Sul, Armando Roberto Pasqual e com o Procurador do Ministério do Trabalho, Ricardo Wagner Garcia.

O evento contou com cerca de 200 pessoas, entre elas membros de CIPA`s (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes) das empresas, técnicos de Segurança do Trabalho e diretoria do sindicato.

              Sidão participando da mesa de debates
 
O presidente em exercício do sindicato, Leandro Velho, destacou em seu pronunciamento que a segurança e as melhorias dentro das fábricas precisam ser debatidas com os cipeiros. “Precisamos entender a responsabilidade e o compromisso que os cipeiros têm para com os colegas de protegê-los e detectar problemas dentro da empresa.” Velho salientou ainda que as questões do dia a dia de trabalho também merecem atenção, como a jornada de trabalho por exemplo. “A cobrança por produtividade e a extensa carga horária são grandes causadores de acidentes de trabalho. Caxias do Sul tem a maior quantidade de horas-extras no Brasil e, consequentemente um número exagerado de acidentes na área da metalurgia”.

Durante a sua explanação a Dra. Luciana Nussbaumer, especialista em Medicina do Trabalho, apresentou os aspectos históricos das doenças do ocupacionais, os elementos presentes no ambiente que podem ser causadores de problemas ocupacionais, como a poeira, o ruído, as máquinas defeituosas, entre outros. “Os elementos presentes no ambiente de trabalho causam doenças e não só acidentes de trabalho. Existem fatores difíceis de medir como o sofrimento mental, o ritmo excessivo de trabalho, o medo da demissão, a longa jornada, as cobranças por produtividade, as Lesões por Esforço Repetitivo (L.E.R.) que podem ser grandes inimigos da saúde do trabalhador.” Conforme Luciana, que atende no sindicato, o principal problema diagnosticado nos metalúrgicos é a L.E.R. Também há casos de problemas de pele e perdas auditivas. “É preciso criar uma consciência de cuidar do ambiente de trabalho. Os EPI’s não são suficientes, até porque eles teriam que ser sob medida pra cada trabalhador. O que necessitamos são ambientes que não apresentem riscos.”

Segundo a Dataprev, em 2010, foram notificados no Brasil 414.824 acidentes de trabalho, 15.593 doenças ocupacionais, 2.712 óbitos. No Rio Grande do Sul foram 30.974 acidentes, 1.026 notificações por doenças e 152 óbitos. Em 2011, o Sistema de Informação em Saúde do Trabalhador informou 34.278 notificações no estado. Na maioria dos casos, trabalhadores entre 18 e 29 anos com traumas de pé e mão e, esgotamento mental.

Fonte: SindicatoMetalúrgicosdeCaxias

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Fitmetal realiza Seminário de Planejamento
 
Foi realizado nos dias 23, 24 e 25 um balanço sobre os dois anos e meio da Federação

Por motivo de recuperação do acidente sofrido, o presidente da Fitmetal, Marcelino Rocha, não pode estar presente no seminário de planejamento, que foi dirigido pelo secretario geral Wallace paz. O qual colocou a importância de neste momento em que passa os trabalhadores e em especial a categoria metalúrgica se realizar um seminário de planejamento. Buscando mostra as perspectiva e as contradições que a no movimento sindical. 
    
Ao abrir o seminário convidou para mesa o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, o secretário geral da CTB, Pascoal Carnieri e o deputado federal Assis Melo (PCdoB/RS) que falaram sobre as questões dos trabalhadores no processo de desenvolvimento e nas tentativas de flexibilizar os direitos trabalhadores. “Temos interesse em desenvolver o Brasil, mas qual será o preço. Nós estaremos, mas defendendo sempre os direitos de classe trabalhadora.

Joel Batista diretor da Fitmetal destacado pela a executiva para fazer uma homenagem a uma guerreira comunista, falou da importância de um seminário como este para a federação. “Este seminário ajudará a Fitmetal a se posicionar”, disse. Em seguida, fez uma homenagem a Lúcia Poço, operária e comunista que lutou pelos direitos das mulheres e dos trabalhadores até seu falecimento, em 1982. “Resgatar a memória é resgatar a luta de classe”, discursou.

“A mulher ainda tem dificuldades de ter uma participação maior na luta, porque o conceito e que sindicato é lugar de homem e não discutido de forma plena as questões relacionada a mulher, poucas entidades tem esta preocupação. Temos que trabalhar para que a questão da mulher seja discutida e que possamos ter as mesmas condições de trabalho na sociedade”, disse Valéria Silva Possadagua, integrante da Diretoria Plena da Bahia (BA).

Após as apresentações, o Centro de Estudo Sindical (CES) que ministrou o seminário inicia a construção do plano estratégico da federação, No sábado e domingo, os diretores apresentaram propostas e falaram o que pensavam sobre o futuro da federação. Temas como: A comunicação, o aprimoramento do trabalho com a base e a formação dos dirigentes e trabalhadores foi debatido.

O objetivo deste projeto é fazer um balanço desses dois anos e meio de Federação e apontar os problemas que passa a classe trabalhadora e formular propostas que possibilite unificar ações para avançar nas conquistas da categoria, e traçar meta de estruturação para próximo ano.

Fonte: FITMETAL

Sistema Siri do iPhone poderá ser conectado em carros da Chevrolet

Assistente pessoal da Apple será integrado ao sistema multimídia do compacto Sonic

O sistema Siri vai conversar com o motorista
 
A GM venceu a corrida para equipar seus automóveis com programas da Apple. A montadora anunciou nesta terça-feira (27) que as próximas linhas dos compactos Spark e Sonic para o mercado dos Estados Unidos poderão ser conectadas ao sistema Siri, o assistente pessoal do iPhone operado por comando de voz em linguagem natural.
O software funcionará ligado ao sistema Mylink, a nova plataforma de entretenimento da GM, que possui entradas USB, conexão com celular via Bluetooth e até tela sensível ao toque – no Brasil o recurso já está presente no Onix.

A ideia da GM em estrear o pareamento com o Siri em veículos de entrada surgiu após uma série de pesquisas de mercado realizadas pela marca nos EUA. “Constatamos que 70% do público jovem quer conectar seus smartphones aos carros e 90% dos consumidores do Sonic possui esse tipo de telefone celular”, apontou Cristi Landy, gerente de marketing e produto da GM para o mercado norte-americano.

O sistema da Apple será integrado ao carro a partir do aplicativo Eyes Free, que transfere o conteúdo do iPhone para a interface do veículo, assim como a sua funcionalidade com o comando de voz apurado. O motorista poderá pedir a Siri, por exemplos, sugestões de caminhos alternativos ou um restaurante pelos arredores do veículo assim como fazer ligações e enviar mensagens sem tocar no telefone – a conexão do MyLinc com o dispositivo será por Bluetooth.

Além da GM, o Siri em breve também será aplicado em veículos da BMW, Mercedes-Benz, Honda e Toyota, que já possuem projetos em andamento com a Apple.

Fonte: Uolcarros

Transtornos emocionais são a terceira causa de afastamento de trabalho


Em 2011, 181 mil pessoas receberam da Previdência Social o auxílio-doença devido a esses problemas no Brasil
A depressão atinge 16% da população. Doenças da ansiedade, como as fobias, a síndrome do pânico e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), atingem cerca de 15% das pessoas. O consumo abusivo de álcool, além de causar boa parte dos acidentes de trânsito e inflamar situações de violência, pode levar ao alcoolismo, problema que atinge 9% dos brasileiros. Essas e outras alterações psíquicas, como o transtorno bipolar, a esquizofrenia, a anorexia, a compulsão por jogos e o mal de Alzheimer, além de ter um enorme custo humano, geram também um alto custo econômico. E, no Brasil, já representam a terceira causa de afastamento do trabalho.

Em 2011, 181 mil pessoas receberam da Previdência Social o auxílio-doença devido a esses problemas. O benefício é concedido a quem precisa se ausentar do trabalho por mais de 15 dias, por motivos de saúde. Prejuízos desse tipo ocorrem no mundo inteiro. Os americanos deprimidos perdem 5,6 horas de produtividade no trabalho por semana, ou seja, aproximadamente 12 dias de trabalho por ano, entre ausências e redução no desempenho, um índice quase quatro vezes superior ao das pessoas sem depressão. Os distúrbios da mente consomem 6% do orçamento da saúde nos Estados Unidos e geram um custo total de 300 bilhões de dólares por ano. São a terceira condição médica mais cara para os americanos, segundo dados do NIMH, instituto do governo americano dedicado a pesquisas na área da saúde mental.

José Alberto de Camargo, ex-CEO da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, em parceria com a jornalista Naiara Magalhães, produziu o livro “Não é coisa da sua cabeça”, para tratar dos prejuízos na vida profissional e o impacto financeiro dos transtornos emocionais. O livro nasceu da experiência de gestão de Camargo, que, ao longo de sua carreira, pôde perceber não só a alta incidência estatística dos transtornos emocionais, mas que esses males causam problemas pessoais e conflitos familiares que acabam se estendendo ao ambiente profissional. “Imagine o que é se concentrar no trabalho tendo crises constantes de ansiedade que mais parecem um infarto, como ocorre aos que padecem da síndrome do pânico? Ou o que é realizar tarefas funcionais com afinco tendo em casa um filho dependente de drogas ou uma esposa com depressão, demandando cuidados intensivos, por meses ou anos?”, pondera.
A obra traz trinta especialistas da área – entre médicos, psicólogos, terapeutas e pesquisadores, em sua maioria ligados à Universidade de São Paulo (USP) – e o relato de dezesseis pessoas que superaram ou estão superando um transtorno emocional, a fim de identificar a tênue linha que separa atitudes e comportamentos considerados dentro do padrão de normalidade psíquica e aqueles definidos como desordens mentais.

Fonte: Pense empregos

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

"Não devemos ter medo dos confrontos... até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas."


Charles Chaplin
vale-culturaNa última quarta-feira (21) a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4682/12 do Vale-Cultura, que concede o valor de R$ 50 para os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para acessar serviços e produtos culturais nas áreas de artes visuais, artes cênicas, audiovisual, literatura, humanidades e informação, música e patrimônio cultural.
A autoria da proposta é da deputada Manuela D´Avila, com coordenação de Jandira Feghali e co-autoria do deputado Assis Melo, que também é dirigente da CTB.

O vale-cultura será mensal e fornecido pelas empresas a todos os empregados que ganham até cinco mínimos.
O programa terá as empresas operadoras, responsáveis por produzir e comercializar o vale-cultura; e as empresas beneficiárias, autorizadas a distribuir o vale em troca da dedução de seu valor de aquisição do Imposto de Renda da pessoa jurídica tributada com base no lucro real. Esse benefício para as empresas participantes poderá ser usufruído até 2017 e será limitado a 1% do imposto devido.
Os valores recebidos não serão considerados para efeitos de tributação do rendimento do trabalhador ou de base de cálculo para a contribuição previdenciária ou para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Desde sua fundação a CTB São Paulo defende a possibilidade de o trabalhador brasileiro ter mensalmente um valor para poder investir em cultura. Para o presidente da CTB-SP e primordial que o trabalhador tenha acesso a espetáculos, shows, filmes, festivais populares e outras manifestações culturais, além de poder de compra para CDs, DVDs e livros. “O direito a cultura é tão importante como o direito à alimentação e ao transporte. Queremos que o Vale Cultura chegue ao bolso do trabalhador o mais rápido possível. Por isso comemoramos sua aprovação.”, afirmou o dirigente.
A matéria, aprovada na forma de um substitutivo, será enviada para análise do Senado.

Portal CTB com agências

Submarca da GM na China lança o primeiro carro elétrico


Submarca da GM na China lança o primeiro carro elétrico
Springo Sail EV tem autonomia de 150 km e vai custar US$ 41 mil
 
A GM-SAIC apresentou nesta quinta-feira (22) o primeiro carro da nova parceria para a produção de carros elétricos no país asiático. Trata-se do Springo Sail EV, que já havia aparecido em alguns teaser anteriormente. O veículo é baseado no Chevrolet Sail e tem um motor elétrico capaz de produzir 166 cv de potência e 150 km de autonomia. O carro foi mostrado no Salão de Guangzhou, na China.
O Springo Sail EV atinge a velocidade máxima de 130 km/h e as baterias de íon-lítio demorar cerca de sete horas para serem carregadas totalmente. O zero a 100 km/h é cumprido em 10,4 segundos. O modelo ainda possui um botão "Sport" que dá um "empurrão" de mais 22 cv na aceleração.


O habitáculo é predominantemente branco, assim como o painel que possui uma tela sensível ao toque. Os mostradores convencionais foram substituídos por um display digital. Na China, o Springo Sail EV vai custar 258 mil yuans - aproximadamente US$ 41 mil.

A Springo será responsável apenas pela produção de veículos elétricos no país. A ideia da GM é usar a base da parceria que tem com a empresa local SAIC para dar o impulso inicial na sub-marca.


Fonte: UOLcarros

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Celta será substituído por modelo inédito em até três anos

General Motors terá modelo novo para competir no segmento de entrada com o Up!, da Volkswagen, e o projeto 344, da Fiat

Celta: sucessor terá de ser mais barato que ele
 
O presidente da General Motors para América do Sul confirmou à agência Estado que a Chevrolet terá um novo hatch popular para substituir o Celta dentro de três anos. O modelo já está sendo desenvolvido, mas ainda não tem fábrica definida - a empresa estuda, inclusive, uma nova planta em estados como Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
"Não é fácil criar um produto com a limitação de custo que queremos", disse Ardila. O projeto faz parte do novo plano de investimentos da montadora na Brasil, que compreende um período de cinco anos.

Originalmente, o Onix seria o sucessor natural do Celta, porém, com a divisão do segmento de populares em duas subcategorias - os modelos mais equipados e os chamados "pés-de-boi" -, o hatch acabou ocupando uma faixa superior a que hoje atua o Celta.

Superpopulares

Com a chegada de novos consumidores de carros zero km, os modelos de entrada tornaram-se fundamentais para dar volume às vendas das grandes montadoras. Hoje veículos como o Uno Mille, da Fiat, Ka, da Ford, e o Clio, da Renault, custam entre R$ 21 mil e R$ 25 mil e são a primeira opção de quem sai do carro usado. O Celta, mesmo rebaixado com a chegada do Onix, ainda é mais caro que eles, assim como o Gol G4, da geração anterior.

No entanto, Volkswagen e Fiat já têm projetos de superpopulares a caminho. A marca alemã fará uma versão nacional do Up!, compacto moderno que chegou à Europa recentemente. Já a Fiat decidiu construir uma nova fábrica na cidade de Goiana, em Pernambuco. Lá será feito o chamado Projeto 344, natural sucessor do Mille. Ambos os modelos têm previsão de chegada para 2014. Se a GM se apressar, é possível chegar no encalço desses rivais.

Fonte: IGcarros

Empresa é condenada por dispensar trabalhadores que apoiaram chapa contrária aos interesses da empresa


A 1ª Vara do Trabalho de Tangará da Serra condenou uma empresa que atua no ramo do cultivo de cana-de-açúcar a pagar 150 mil reais por danos morais a três trabalhadores dispensados de forma discriminatória por terem apoiado, nas eleições sindicais de 2011, outra chapa que não a preferida pela organização. A sentença é da juíza Deizimar Mendonça Oliveira e foi dada no mês de outubro.
 
 
Conforme consta no processo, a empresa não só concedia privilégios a uma das chapas como também coagia seus empregados a votarem nela, incorrendo na prática de conduta antissindical, proibida pela legislação. A coação era tão evidente que os trabalhadores chegaram a receber panfletos grampeados em seus holerites com a propaganda da concorrente, que tinha a preferência da empresa.
 
 
Os três trabalhadores manifestaram publicamente apoio à chapa que sagrou-se vitoriosa, a mesma que não tinha a simpatia do seus empregadores. Eles mantiveram suas posições mesmo após alertados de que quem não votassem em determinada chapa "não merecia trabalhar na empresa, como também não merecia seus familiares", como relatado por uma das testemunhas no processo. Como punição, foram dispensados.
 
 
Em sua defesa, a empresa declarou que não apoiou nenhuma das duas chapas concorrentes, tampouco coagiu seus empregados a votarem em uma delas. Ela também negou o argumento de que teria dispensado os autores da ação, que atuavam na área administrativa, como forma de represália e afirmou que a dispensa ocorreu em razão da necessidade de redução do quadro de empregados.
 
 
Dispensa
 
Todavia, a magistrada entendeu que as dispensas dos trabalhadores se deram como forma de punição direta pela afronta praticada aos interesses da empresa. Além disso, indiretamente as dispensas serviram também como alerta aos demais trabalhadores para que não contrariassem os interesses eleitorais da organização, na medida em que foram cumpridas as ameaças inicialmente realizadas.
 
"O acervo probatório dos autos revela a intolerável conduta antissindical, assim como a inaceitável dispensa discriminatória. A prova oral revela com absoluta clareza o tratamento diferenciado que era dado à chapa de preferência da ré (Chapa 2), como também deixa claro que os empregados, ainda que, às vezes, de maneira velada, eram pressionados a votar na Chapa 2", salientou a magistrada em sua decisão.
 
O argumento apresentado pela empresa de que as demissões se deram diante da necessidade de redução no quadro de pessoal se mostrou insustentável. Conforme provado, ao final de cada safra a empresa dispensa os empregados problemáticos ou que pedem para sair. Ocorre que nenhum dos três trabalhadores, os únicos demitidos no período, se encaixava no padrão.
 
 
Pelo contrário, os trabalhadores eram vistos como bons empregados. Um deles, inclusive, chegou a ser recomendado a outra empresa por seu ex-superior devido ao seu "conhecimento, capacidade e comprometimento". A magistrada ponderou que se eram necessários ajustes no quadro de pessoal, poderiam ter sido dispensados empregados safristas, tendo em vista o término da safra, e não empregados contratados por tempo indeterminado.
 
Conduta antissindical
 
Segundo a juíza, mais do que garantir a simples liberdade de adesão e exclusão dos empregados aos sindicatos, o princípio da liberdade sindical é base do direito coletivo e garante que os interesses de uma coletividade prevaleçam sobre a minoria. "Conforme visto na apuração das provas produzidas, é inegável a tentativa da empresa de manter um ‘Sindicato de empresa’", afirmou.
 
"Além de ferir o princípio da liberdade sindical, a dispensa dos reclamantes lesou os princípios constitucionais da livre manifestação do pensamento e, consequentemente, da dignidade da pessoa humana", salientou ela, acrescentando que "a dispensa sem justa causa, direito do empregador previsto pela legislação, não pode servir de escudo para a prática de condutas antissindicais como aquelas demonstradas".
Cada trabalhador receberá o montante de R$ 50 mil a título de indenização por danos morais. (Processos 0000053-41.2012.5.23.0051, 0000052-56.2012.5.23.0051, 0000050-86.2012.5.23.0051)
 

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho - 23ª Região

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Haiti: Apoio de Cuba é fundamental no combate à pobreza


O presidente haitiano, Michel Martelly, reuniu-se com o embaixador de Cuba em Porto Príncipe, Ricardo García, para vistoriar ao estado da cooperação que Cuba brinda ao vizinho país.

Fontes diplomáticas cubanas informaram nesta quarta-feira (14) à Prensa Latina que o chefe de Estado se interessou nos danos ocasionados pelo furacão Sandy a seu passo pelo oriente de Cuba.

Martelly lamentou profundamente a perda de vidas humanas e expressou sua solidariedade com o povo cubano, puntualizaram.

Os vínculos entre ambos países abarcam as áreas da educação, a agricultura, a pesca, a indústria sideromecânica e a saúde pública.

Na opinião da ministra haitiana para a Luta contra a pobreza extrema e os direitos humanos, Marie Carmele Roseanne Auguste, o apoio de Cuba nesta esfera é muito importante.

No mês passado, García avaliou também com o premiê de Haiti, Laurent Lamothe, a marcha da colaboração.

Fonte: Prensa Latina

Trailblazer coloca Chevrolet de volta entre os SUVs

Com mecânica acertada e visual moderno, modelo busca voltar a um mercado que a Chevrolet deixou com fim do Blazer

           
Chevrolet Trailblazer
 Quando o Chevrolt Agile foi lançado, em 2009, a percepção que se teve com os grandes farois e grade dianteira pronunciada foi que os elementos pareciam pertencer a um utilitário esportivo. Com a apresentação do Trailblazer, a linguagem visual da Chevrolet faz sentido. O lançamento coloca a marca de volta ao segmento dos SUV´s, mercado que deixou quando o Blazer foi descontinuado. As armas para esse retorno? Design e mecânica.
Aos olhos, o Trailblazer apresenta linhas simples, mas sem exageros, já que o carro tem 1,8 m de altura, 2,1 m de largura e 4,9 m de comprimento. Com a grande grade bipartida e logo da Chevrolet ao centro, o modelo se mostra imponente. O resultado é um carro que não tenta disfarçar suas dimensões, mas sem ser extravagante.

Por R$ 145.450, a Chevrolet oferece o Trailblazer com motor 3.6 V6 a gasolina com 239 cv de potência e 33,5 kgfm de torque. Se o comprador procurar mais resistência e autonomia, terá de desembolsar R$ 175.450 pela versão com motorização a diesel, com 2,8 litros de cilindrada, 180 cv de potência e 47,9 kgfm de torque. Todos os modelos possuem tração nas quatro rodas com reduzida e câmbio automático de seis marchas. Pela faixa de preço, a briga do lançamento será com Toyota SW4 e Mitsubishi Pajero Dakar.
Apesar de utilizar uma estrutura antiga de carroceria sobre chassis, o Trailblazer guarda alguns trunfos de tecnologia na manga, como o sistema de suspensão traseira, que aposentou os antiquados feixes de mola a favor de um sistema com amortecedor convencional e molas helicoidais presas ao chassis por cinco pontos de fixação. O sistema que permite escolher entre tração traseira, integral ou integral reduzida e funciona por meio de um botão no console. A tecnologia permite a transição entre 4x2 e 4x4 a uma velocidades de até 120 km/h.

Por se tratar de um veículo pesado, com 2.157 kg na versão a diesel e 2.087 kg na a gasolina, o Trailblazer conta com uma série de equipamentos de segurança que auxiliam a condução tanto dentro como fora da estrada. São de fábrica os quatro discos de freio, ABS com EBD, controles de estabilidade e anticapotamento, sistema de partida em rampa e o controle de frenagem em descidas, que permite que o carro passe por rampas em baixas velocidades sem que o motorista precise acionar os freios.

Do antigo Blazer não restou nada

Esqueça qualquer associação com o Blazer. Oferecido em versão única, a LTZ, ambas as configurações de motor possuem de fábrica sete assentos, rodas de 18", airbags do tipo cortina que cobrem as três fileiras, ar-condicionado digital com controle independente para os bancos traseiros, assentos com acabamento em couro e ajuste elétrico do banco do motorista. Além disso, equipamentos como navegador por GPS, faróis de xenônio, câmera de ré e sensor de estacionamento dianteiro poderão ser adquiridos nas concessionárias.

Avaliado na versão com motorização a diesel, o Trailblazer compensa o interior simples com um desempenho que faz esquecer o peso de mais de duas toneladas. O modelo arranca bem e mantém velocidade de até 120 km/h com folga, já que o tacômetro marca menos de 2.000 rpm nessa situação. Dinamicamente, o carro oscila mais em curvas devido à sua altura e peso, mas não passa insegurança. O sistema de direção hidráulica é um pouco pesado no uso urbano, mas está bem acertado para rodovias e velocidades mais altas.

A transmissão também satisfaz, com trocas suaves e respostas rápidas às investidas do acelerador. Ao contrário de outros modelos da Chevrolet com câmbio automático, como o Sonic e a Spin, o comando das trocas de marcha no modo manual é feito por meio da alavanca, não por um botão na lateral da peça.
No interior há versatilidade do espaço. Sem apertos nas duas primeiras fileiras, o carro acomoda bem os ocupantes. Os dois assentos que ficam no porta-malas são mais indicados para o uso por crianças, mas adultos de 1,70 m ainda conseguem usá-los sem dificuldades. Para acessá-los, basta puxa a alavanca da segunda fileira, que se abaixa e uma mola completa o movimento de rebatimento do banco sem grande esforço. Com os sete assentos em uso, o Trailblazer é capaz de levar 235 litros de bagagem. Se a última fileira não estiver sendo usada, a capacidade do bagageiro vai a 878 litros.
Apesar de todos os equipamentos oferecidos e do interior acabado em dois tons (cinza e bege), o Trailblazer não parece tão requintado quanto o preço de tabela sugere. Muitos comandos, como o das setas, são comuns a outros carros da marca e a profusão de plásticos dentro da cabine é grande.

Modelo encerra lançamentos em 2012 - Com o Trailblazer, a Chevrolet lançou um total de nove modelos desde que deu início à renovação de seu portfólio no Brasil, no final do ano passado, com a introdução do Cruze. Na sequência, vieram Cobalt, S-10, Cruze Sport6, Sonic (hatch e sedã), Spin e Onix. O vice-presidente da General Motors do Brasil, Marcos Munhoz, afirmou, no entanto, que "teremos novidades já no primeiro trimestre de 2013". Apesar de não ter citado nomes, o modelo mais provável para esse lançamento é a versão sedã do Onix, cuja facbricação será em Gravataí (RS), de onde já sai o Onix hatch.
 
Fonte: Uolcarros

terça-feira, 13 de novembro de 2012

CTB reitera posição pelo fim do fator previdenciário
logo ctb webEm reunião realizada segunda-feira, 12, em São Paulo, a direção nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) reiterou sua posição de luta pelo fim do fator previdenciário. Embora reconhecendo que a emenda substitutiva global ao projeto do senador Paim, que põe fim ao fator previdenciário, represente um avanço em relação ao odioso redutor imposto em 1999 pelo governo FHC, a central classista não apoia a iniciativa parlamentar.

A emenda, elaborada por um grupo de trabalho da Câmara de Deputados, é inspirada numa proposta do deputado Pepe Vargas (PT-RS, hoje ministro do Desenvolvimento Agrário), apelidada de fator 85/95. É uma fórmula que soma idade com tempo de contribuição do indivíduo, devendo esta soma resultar em 85 anos para as mulheres e 95 para os homens. É preciso lembrar que a ideia foi rejeitada em 2009 pelo movimento sindical e também pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

A proposta do senador Paulo Paim que acaba com o fator previdenciário foi aprovada pelas duas casas do Congresso Nacional em 2010, mas foi vetada pelo ex-presidente Lula. A CTB defende a imediata abertura de negociações entre as centrais e representantes do governo e do Parlamento com o objetivo de encontrar uma saída para o impasse. Lutamos por uma Previdência Social Pública justa, universal e igualitária, capaz de assegurar os benefícios dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, pensionistas e incluir os informais.

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O mundo contra o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba


A Assembleia Geral da ONU vota nesta terça-feira (13), pela 21ª vez consecutiva, uma resolução contra o bloqueio estadunidense a Cuba. A reunião do máximo foro internacional examinará e deliberará em torno do documento “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba”. Será mais um pronunciamento inequívoco da comunidade internacional contra uma medida cruel e injusta do imperialismo norte-americano, que pretende punir com o estrangulamento a Ilha caribenha pela decisão que tomou de seguir o caminho revolucionário e socialista.

Tal como todos os demais presidentes da nação mais poderosa do planeta, desde que tal medida começou a ser imposta, há mais de cinquenta anos, também o atual dirigente, Barack Obama, que acaba de ser reeleito, aplicou com rigor o bloqueio econômico, comercial e financeiro, que já causou a Cuba perdas de mais de US$ 1 trilhão, considerando a depreciação da moeda norte-americana frente ao valor do ouro no mercado internacional.

Reiteradamente, e com justa razão, as autoridades cubanas qualificam o bloqueio como “um ato de genocidio”. Efetivamente tem sido assim, se considerarmos os danos provocados ao desenvolvimento econômico e à aquisição de produtos essenciais ao povo, como alimentos e medicamentos.

Por seus ilegítimos fins, seu caráter sistemático e rigoroso em nivel mundial, sua implementação através de variados caminhos, inclusive por meio de leis extraterritoriais, o bloqueio estadunidense a Cuba é uma verdadeira guerra econômica.

O bloqueio estadunidense a Cuba viola o Direito Internacional, é uma política absurda, obsoleta, ilegal e moralmente insustentável. Um anacronsmo que não condiz com a afirmação dos princípios democráticos e de convivência internacional proclamados pelas Nações Unidas. Nada justifica que em nome de uma concepção de política externa anacrônica e imperialista, queira um país impor a outro a “mudança de regime”, através do estrangulamento econômico, como pretendem fazer os Estados Unidos contra Cuba.

O posicionamento da Assembleia Geral da ONU – que será mais uma vez reiterado na sessão desta terça-feira – reflete a posição dos povos, dos movimentos sociais, do mundo cultural e político, das ações de solidariedade que a nação socialista caribenha recebe desde todos os países do mundo, inclusive dos Estados Unidos.

O povo cubano tem enfrentado o bloqueio com admirável dignidade, um verdadeiro estoicismo. Sob a liderança do Partido Comunista, do comandante da Revolução, Fidel Castro, e hoje do presidente Raúl, tem dado provas de resistência e de capacidade para enfrentar os desafíos da construção de uma nação socialista sob as difíceis condições do mais prolongado bloqueio da história contemporânea.

Vivemos a época da afirmação da soberania nacional dos povos, da luta pela democratização das relações internacionais, um período de transição política e econômica em que já não cabe a imposição discricionária da vontade dos impérios. É preciso fazer valer a opinião da maioria das nações e pôr fim imediatamente ao bloqueio que os Estados Unidos impõem a Cuba.

Fonte: Vermelho


domingo, 11 de novembro de 2012

A Venezuela que a mídia esconde


 
Por Altamiro Borges

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) acaba de confirmar que a Venezuela cumpriu com a meta principal dos Objetivos do Milênio da ONU antes do prazo estabelecido de 2015. O país reduziu pela metade o número de pessoas em pobreza extrema. Segundo o estado intitulado “Estado da insegurança alimentar no mundo", divulgado no final de outubro, o percentual de venezuelanos subnutridos hoje é inferior a 5%. Em 1992, a subnutrição vitimava 13,5% dos habitantes da nação vizinha.


Segundo o embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Arvelaiz, “essa conquista é um dos principais resultados da implantação das ‘missões sociais’ levadas a cabo pelo governo bolivariano na área de alimentação, agricultura e erradicação da fome”. Em 2000, os 198 países membros da ONU acordaram os “Objetivos do Milênio” para superar a miséria e agora a Venezuela é reconhecida como um dos primeiros países a cumprir as metas. Em 2005, a ONU também elegeu o país como “território livre do analfabetismo”.
É evidente que esta notícia não será destaque na mídia colonizada do Brasil. Até hoje, ela não engoliu a reeleição de Hugo Chávez em outubro passado e não tolera as conquistas da revolução bolivariana. Ela só publica factóides contra a Venezuela e dá destaque para as ações da oposição golpista do país vizinho. Em recente artigo publicado na Folha, o embaixador Maximilien Arvelaiz até criticou de maneira corajosa as manipulações da imprensa nativa. O seu alerta, porém, não serviu para muita coisa. Mas vale reproduzi-lo:

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Conheçam a Venezuela

Maximilien Arvelaiz – FSP, 21/10/2012

Quando amanheceu o dia 8 de outubro, os venezuelanos puderam se sentir orgulhosos. Nosso sistema eleitoral, automatizado e seguro, foi respeitado por governo e oposição, acompanhado por entidades e personalidades internacionais e considerado o melhor do mundo pelo ex-presidente americano Jimmy Carter.

Nossa população, numa demonstração de consciência e politização, compareceu em massa às urnas desde a madrugada até que votasse a última pessoa na fila, já de noite. Alcançamos mais de 80% de participação do eleitorado em um país onde o voto não é obrigatório. Não se pode ignorar: a Venezuela é exemplo de democracia para o mundo.

Diante de tudo isso, constrange a forma com que os meios de comunicação internacionais, dentre os quais os brasileiros têm relevância, custam a enxergar a existência de uma democracia consolidada na Venezuela.
Seja por puro desconhecimento da realidade do nosso país, seja em união a uma campanha internacional contra os avanços da revolução bolivariana, a mídia privada brasileira fez uma cobertura desequilibrada do processo eleitoral no país.

É claro que utilizo aqui o recurso da generalização. Mas, numa leitura rápida das notícias, salta aos olhos o apoio deliberado da mídia pela oposição e a tentativa sistemática de deslegitimar o processo revolucionário em curso na Venezuela.

Grande parte das reportagens e editoriais priorizou ressaltar as críticas ao governo Chávez, deu exagerada importância a uma minoria de pesquisas que apontavam o empate ou a vitória de Henrique Capriles e ainda alardeou um caos político que viria da não aceitação do resultado das urnas por parte do governo, supostamente, "ditatorial" de Chávez.

Ainda mais graves foram as teses que tentavam buscar explicações para os mais de 8 milhões de votos a favor da reeleição de Hugo Chávez, como se não fosse nada menos do que natural a vitória do candidato que proporcionou uma série de mudanças positivas na vida dos venezuelanos, tendo reduzido à metade a pobreza extrema nos últimos 13 anos.

O favoritismo de Chávez foi creditado primeiro a um "populismo" do presidente "caudilho" e depois ao suposto uso da máquina pública e abuso de tempo de propaganda televisa. Tal análise, elitista e preconceituosa, pressupõe que a população, passiva e despolitizada, troca votos por casas, comidas e eletrodomésticos --o que é facilmente desconstruído com uma visita ao país.

Mais do que comparecer às urnas toda vez sempre (entre eleições e referendos, já aconteceram 16 pleitos desde que Chávez chegou ao poder), os venezuelanos, incentivados pelo presidente Chávez, constroem a cada dia mecanismos de participação direta na vida política do país.

O mais importante deles são os Consejos Comunales, microgovernos construídos no interior das comunidades, compostos e geridos por moradores. Se há um povo despolitizado e passivo, não é o nosso.
A liberdade de expressão, imprescindível na democracia, também é facilmente constatável. Os principais jornais da Venezuela hoje, o "El Nacional", o "El Universal" e o "Últimas Noticias", são claramente simpáticos à oposição e circulam sem qualquer censura ou boicote. Quadro similar se dá na TV e no rádio.

O que não foi divulgado em quase nenhum meio de comunicação internacional é que Capriles, cuja família é dona de uma cadeia de comunicação, teve, segundo estudo do Centro de Análise e Estudos Estratégicos Aluvión, mais tempo de propaganda eleitoral na televisão privada do que Hugo Chávez. A propaganda do presidente ocupou apenas 12% do tempo nos meios privados. A do candidato da oposição, 88%.

Vencer o desconhecimento sobre o que ocorre na Venezuela é hoje nosso maior desafio. Por isso, transmito o convite feito pelo presidente Hugo Chávez em coletiva de imprensa aos meios de comunicação nacionais e internacionais logo depois de votar: "Aos que queiram ver uma democracia pujante, sólida e madura, venham à Venezuela". Torço para que venham livres de preconceitos e dispostos a enxergar as verdadeiras razões pelas quais Hugo Chávez foi reeleito com 55,25% dos votos.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Empregada que teve LER em frigorífico receberá indenização por danos morais

A empresa Coopavel Cooperativa Agroindustrial, condenada a indenizar uma empregada que adquiriu lesão por esforço repetitivo (LER) e ficou incapacitada para o trabalho, não conseguiu reduzir o valor fixado pelas instâncias inferiores. A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu do recurso e manteve o valor de R$ 20 mil.
 
A empregada trabalhava como auxiliar de produção e por 10 anos exerceu suas funções em frigorífico. Após dispensa sem justa causa, a trabalhadora foi diagnosticada com a doença profissional conhecida como LER e afirmou que o mal foi adquirido em função do trabalho, pois mantinha postura inadequada, fazia movimentos repetitivos e a jornada era prolongada. Sustentou que a enfermidade causou sua incapacidade para o trabalho, bem como para atividades domésticas, como varrer a casa e lavar roupas.
 
Com base em laudo médico, a sentença concluiu que a doença que acometeu a trabalhadora foi adquirida em função do trabalho prestado em favor da Coopavel e lhe acarretaram vários abalos psíquicos. Assim, condenou a empresa a pagar R$ 20 mil à empregada, a título de indenização por danos morais.
 
A Coopavel recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), mas não conseguiu a reforma da sentença, nem a redução do valor fixado. Para o Regional, há o dever de indenizar, pois ficou comprovada a existência da doença e o nexo de causalidade com o trabalho. Quanto ao valor, os desembargadores explicaram que os R$ 20 mil fixados atendem aos fins propostos de recompensar o dano causado e de impor ao ofensor uma sanção, com fins pedagógicos.
 
A empresa interpôs recurso de revista ao TST e afirmou que o valor mantido pelo Regional violou o artigo 5º, V, da CF e superou o quantum indenizatório fixado por outros TRTs.
O relator, ministro Emmanoel Pereira, explicou que não existem critérios na legislação trabalhista para a fixação de valor da indenização por danos morais. Ele explicou que, ao decidir, o Regional "sopesou a gravidade do ato danoso, o desgaste provocado na ofendida e a posição socioeconômica do ofensor. Portanto, dentro dos princípios da razoabilidade", concluiu.
Processo: RR - 480100-19.2008.5.09.0195

Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Brasil supera Japão em venda de carros

Mercado brasileiro de automóveis foi o terceiro maior do mundo em agosto, com 405.513 emplacamentos; China e EUA seguem na ponta


 
A indústria automobilística brasileira cada vez mais vez vem atingindo posições de destaque mundial. Segundo relatório da consultoria Jato Dynamics o Brasil ficou em terceiro lugar no ranking global de vendas em agosto, superando o Japão. Segundo a fonte, foram emplacados no País 405,5 mil carros naquele mês, volume 31,8% superior ao mesmo período de 2011.
Já os países com melhores desempenhos em agosto foram mais uma vez China, com 1.29 milhão de emplacamentos e alta de 10,5%, e Estados Unidos, que somou 1,28 milhão de carros vendidos, 19,8% a mais do que em 2011.

Na análise da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o forte crescimento das vendas em agosto foi motivado pela antecipação das vendas, devido a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que seria encerrada no dia 31 de agosto, mas acabou estendida até o final de outubro.

Desempenho das montadoras

Segundo a pesquisa da consultoria, a Toyota manteve a liderança mundial de vendas em agosto, com 516.734 veículos emplacados. A VW ficou na segunda colocação, com 472.093 carros vendidos, enquanto GM e Ford ocuparam os postos seguintes, pela ordem, com 395.488 e 381.161 automóveis comercializados no período.
A quinta fabricante com melhor desempenho em agosto foi a Nissan, que vendeu 297.740 automóveis no mundo inteiro, ao passo que a Honda aparece no posto seguinte com 296.741 emplacamentos no mesmo período. Fecham o top 10 mundial as montadoras Hyundai, Kia Motors, Fiat e Renault.

Ranking de vendas em agosto por países:
1º China - 1,29 milhão
2º Estados Unidos - 1,28 milhão
3º Brasil - 405.513
4º Japão - 367.312
5º Rússia - 258.761
6º Alemanha - 243.047
7º Índia - 211.464
8º Canadá - 148.770
9º Tailândia - 126.537
10º França - 115.222

Fonte: IGcarros

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A mulher e o assédio moral

 
De acordo com o ranking anual elaborado e divulgado recentemente pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil saltou de 82º para 62º lugar em se tratando de redução de desigualdade de gêneros. Tanto a Constituição Federal brasileira quanto a legislação infraconstitucional – trabalhista, eleitoral, civil e penal - trazem diversos dispositivos de proteção à mulher.
 
 
Mas será que nosso conjunto de leis tem sido suficiente para impedir que milhares de mulheres que vêm conquistando mais espaço no mundo do trabalho sejam tratadas de forma discriminatória, humilhante e muitas vezes doentia?
 
Diariamente juízes do Trabalho de todo o país julgam processos com pedidos de indenização por dano moral decorrente de assédio a mulheres. Os casos vão para as páginas oficiais dos tribunais, muitos ganham destaque nos jornais de repercussão nacional. Mas segundo os magistrados, esses processos representam apenas a ponta do iceberg do grande problema trabalhista contemporâneo: o assédio.
 
Um fato isolado não é suficiente para a caracterização do assédio moral, como uma situação de humilhação imposta ao empregado, mas que tenha ocorrido uma única vez. Para ser caracterizado como assédio moral é preciso que ocorra de forma constante e repetitiva, com o intuito de humilhar, diminuir, acarretando o isolamento do empregado e ainda redução na sua autoestima. Para a desembargadora, jurista e professora Alice Monteiro de Barros, o que caracteriza o assédio moral é a intensidade da violência psicológica, o prolongamento no tempo, o objetivo de ocasionar dano psíquico ou moral com o intuito de marginalizar o assediado, e que se produzam efetivamente os danos psíquicos.
 
 
"Como violência psicológica que é, o assédio moral atenta contra a honra, a vida privada, a imagem e a intimidade do agredido, e outros direitos fundamentais, bens imateriais protegidos pela Constituição Federal", afirma Dorotéia Silva de Azevedo, juíza titular da Vara do Trabalho de Santo Amaro da Purificação. E ressalta que o assédio confronta o disposto no artigo 5º, X: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra, e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
 
Prova
 
De acordo com a vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministra Maria Cristina Peduzzi, a prova não é tão difícil de ser construída, pois ao contrário do assédio sexual, ele se constitui necessariamente de atividades continuadas. "Como é uma repetição de atos praticados no ambiente de trabalho, eu diria, é muito simples qualquer colega poder comprová-lo".
 
A ministra ressalta que o assédio pode ser um ato concreto ou uma omissão, quando por exemplo se despreza o empregado, sem lhe passar atribuições. "Ele chega no local de trabalho e fica desestimulado, sentindo-se improdutivo, ignorante, porque ninguém lhe dá atribuições. Também pode ocorrer quando se passa atribuições desnecessárias e estranhas ao contratado."
 
Humilhações
 
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a condenação do Banco Bradesco S/A e outros para pagarem indenização de R$ 5 mil por danos morais, pelo assédio moral sofrido por uma funcionária que era chamada de "imprestável" pelo supervisor.
 
Com base nos depoimentos das testemunhas, comprovou-se o assédio sofrido pela trabalhadora, sendo, portanto, devida a indenização por danos morais. O direito à indenização por dano moral encontra respaldo no artigo 186 do Código Civil e art. 5º, X, da CF, bem como nos princípios basilares da nova ordem constitucional, principalmente naqueles que dizem respeito à proteção da dignidade humana e da valorização do trabalho humano (art. 1º da CR/88), observou o ministro Maurício Godinho Delgado, relator do recurso na Turma.
 
Em outro caso que chegou ao TST, o Banco ABN AMRO Real S/A foi condenado porque o superior humilhava e ofendia uma funcionária perante seus colegas ao cobrar o cumprimento das metas estabelecidas pelo banco, chamando-a de "burra", tratamento ofensivo à dignidade inerente à trabalhadora.
 
Legislação
 
 
Pelo Direito brasileiro, assédio moral que causa dano à vítima gera a obrigação de indenizar, tendo o agressor o dever de reparar o prejuízo causado, por meio de pagamento em dinheiro, a ser fixado pelo juiz, destinado a reparar as consequências do ato ilícito.
 
Referida obrigação está prevista no artigo 927, do Código Civil (aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo). Contudo, essa obrigação não exclui o pagamento, pelo empregador, das verbas trabalhistas ao empregado, quando o demitir sem justa causa.
 
Embora ainda não exista uma lei específica para punir a prática do assédio moral, existem atualmente 11 projetos de lei tramitando no Congresso Nacional sobre o tema. Um deles é o Projeto de Lei nº 2369/2003, apensado ao PL nº 6757/2010, que define, proíbe o assédio moral, impõe o dever de indenizar e estabelece medidas preventivas e multas. Existem ainda, leis municipais proibindo a prática do assédio moral, aplicáveis aos servidores da administração pública local, leis estaduais como a nº 3.921/2002 do Rio de Janeiro.
 
Também existem cláusulas em convenções e acordos coletivos de trabalho dispondo sobre prevenção à prática de assédio moral nas dependências das empresas.
 
Para Sônia Mascaro se o assédio moral se caracteriza pela conduta abusiva, de natureza psicológica, feita de forma repetida e prolongada expondo o trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, gerando dano emocional e profissional, seu principal meio de prova são as testemunhas, que podem descrever e comprovar o comportamento hostil do agressor ou as situações que presenciaram, onde a trabalhadora foi humilhada.
 
Reparação
 
No assédio moral, existem várias formas de punição, podendo recair tanto para o assediador, quanto para a empresa empregadora que permitiu o ocorrido, ou até mesmo incentivou o assédio, como, por exemplo, no assédio moral organizacional, decorrente de políticas corporativas, explica a advogada.
 
O empregador responde pelos danos morais causados à vítima que sofreu assédio em seu estabelecimento, nos termos do artigo 932 do Código Civil. Se condenado, a Justiça do Trabalho fixará um valor de indenização com o objetivo de reparar o dano.
 
Já o assediador poderá ser responsabilizado em diferentes esferas: na penal, estará sujeito à condenação por crimes de injúria e difamação, constrangimento e ameaça (artigos 139, 140, 146 e 147 do Código Penal); na trabalhista correrá o risco de ser dispensado por justa causa, artigo 482 da CLT, e ainda por mau procedimento e ato lesivo à honra e à boa fama de qualquer pessoa.
 
Por fim, na esfera cível, poderá sofrer ação regressiva, movida pelo empregador que for condenado na Justiça do Trabalho ao pagamento de indenização por danos morais, em virtude de atos cometidos pela pessoa do empregado.
 
Sônia Mascaro, advogada, é grande defensora da conscientização tanto de trabalhadores quanto de empregadores sobre o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, pela convicção de que o melhor combate desse tipo de prática não deve se dar pela via punitiva, mas pela preventiva.
 
Seja por meio de campanhas publicitárias de esclarecimentos dos trabalhadores, promovidas por entidades como o Ministério Público ou a Ordem dos advogados do Brasil (OAB) ou ainda por meio de palestras oferecidas pelas empresas para seus empregados. "Campanhas nesse sentido possibilitam que os trabalhadores tenham conhecimento do que é o assédio e sejam capazes de identificar situações de abuso as quais estejam expostos, tendo a consciência de que não devem tolerá-la, mas sim denunciá-la", enfatiza Sônia Mascaro.
 
 
Para a advogada a conscientização também é importante nas esferas de comando da empresa, pois seus dirigentes precisam estar atentos à existência de condutas que possam vir a ser consideradas assédio, "Principalmente estimulando sua sensibilidade para perceber se seus subordinados sofrem abuso ou agem de maneira abusiva, identificando o problema e buscando sua correção", pontua.
 
Como inexiste legislação específica no Brasil versando sobre o assédio moral e sexual no trabalho e, principalmente, pelas proporções do tema na última década e o grande número de processos na Justiça do Trabalho, Sônia acha fundamental a regulamentação da matéria pelo meio legal. A seu ver, a indenização é um dos pontos mais importantes que precisa ser delineado, ante a atual discrepância em relação às condenações realizadas pelas Varas do Trabalho e Tribunais Trabalhistas.
 
"Acho fundamental que esse instrumento não seja banalizado e que os valores fixados a título de dano moral sejam não apenas reparatórios e punitivos, mas que tenham um caráter pedagógico forte objetivando que a empresa seja compelida a promover melhorias em seu ambiente de trabalho para extirpar qualquer forma de assédio", conclui.
 
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

GM lança Agile com câmbio Easytronic

Modelo equipado com transmissão automatizada já está disponível por R$ 43.790


 
Em mais uma tentativa de sofisticar o Agile diante do Onix, a Chevrolet aproveitou o Salão do Automóvel para lançar o compacto na versão Easytronic. Equipado com a segunda geração da transmissão automatizada que estreou na minivan Meriva, o modelo, inclusive, já está disponível nas lojas da marca com preços que começam em R$ 43.790.
Segundo a montadora, o câmbio foi desenvolvido em parceria com a Magnetti Marelli e será oferecido apenas na versão topo de linha LTZ equipado com o motor Econo.Flex 1.4 8V que gera 102 cv com etanol e 97 cv com gasolina.

De série o Chevrolet Agile Easytronic traz piloto automático, computador de bordo, faróis de neblina, sistema de áudio com quatro autofalantes e dois tweeters, sensor crepuscular, freios ABS com EBD, duplo airbag dianteiro e "Auto Start", sistema de ignição que liga o motor com apenas um toque no giro da chave e dispensa o uso do motor de arranque.
Futuro incerto
Ainda não ficou claro qual o caminho a GM reservou para o Agile. Aparentemente, o compacto e o recém-lançado Onix disputam o mesmo consumidor, sendo o último mais moderno e barato que o primeiro. Isso sem contar que a versão LT manual do Sonic é apenas R$ 2,5 mil mais caro que essa nova versão Easytronic.

Fonte: IGcarros
A maioria dos trabalhadores do Poder Judiciário de Santa Catarina presentes na assembleia geral ordinária realizada no último dia 20 de outubro, no auditório do Hotel São Sebastião da Praia, no Campeche, em Florianópolis, aprovou a filiação do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Santa Catarina (SINJUSC) à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Desde 2008 o Sindicato não estava filiado a uma Central.
FiliaCTB1
Presidente do SINJUSC, Cláudio Del Prá Netto, conduz assembleia de filiação à CTB

O debate sobre a filiação do SINJUSC a uma Central Sindical foi o quarto dos seis pontos de pauta do edital de convocação da assembleia geral. No momento em que o ponto foi colocado em debate para deliberação compuseram a mesa o presidente estadual da CTB, Luiz Carlos Dartora, e os diretores da Central, Odair Rogério da Silva, do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina, e Caroline Junkes da Silva, diretora da CTB nacional. E ainda, o presidente do SINJUSC, Cláudio Del Prá Netto, o tesoureiro da entidade, Ricardo Maes, e o representante da Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados e diretor do SINJUSC, Volnei Rosalen.
FiliaCTB2
Presidente da CTB-SC, Luiz Carlos Dartora, apresenta as lutas da Central aos servidores do Judiciário de Santa Catarina

Após a leitura da proposta pelo presidente do SINJUSC ocorreram as ponderações dos diretores da CTB, e em seguida foi aberto o debate pela assembleia. Após esgotadas as inscrições, os debates e os esclarecimentos, as propostas foram colocadas em votação e, por ampla margem de votos, venceu a filiação à CTB frente à não-filiação e abstenções.
FiliaCTB3
Volnei Rosalen coordena a mesa no debate da filiação à CTB

Fonte: SINJUSC

domingo, 4 de novembro de 2012

Prisma sai de linha para a chegada do Onix sedã

Modelo já não é mais fabricado em Gravataí. No seu lugar, GM já monta em testes versão três volumes do Onix

 
No lançamento oficial do Onix, novo hatch compacto da Chevrolet, a montadora promoveu uma visita à fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, que foi ampliada para produzir o modelo e seu antecessor, o Celta, que continua em linha, mas com preços mais baixos.
Não é o caso do Prisma, sedã que já não foi visto na linha de montagem. Em compensação, a reportagem do iG presenciou algumas unidades de testes do Onix sedã, que deverá ser lançado no início do ano.

Ao contrário do Celta, que pode migrar para um patamar mais baixo de preços e, assim, concorrer com outros "pés de boi", o Prisma briga num segmento onde motor 1.0 ou pouco espaço interno pesam muito. Além disso, a empresa tem o Classic, sedã acessível e robusto que mantém sua atratividade mesmo desatualizado. Por essa razão, não é de estanhar que a GM tenha optado por descontinuá-lo.

A versão sedã do Onix, além de espaçosa e bem equipada, terá um design agressivo e moderno - a traseira segue o estilo "fast-back", em que o volume do bagageiro mal se destaca da carroceria. Provavelmente, o modelo não trará motor 1.0 e talvez ganhe o 1.8, mas isso ainda é especulação.

Fonte: IGcarros

Crise e desnacionalização da economia



Por Altamiro Borges

Apesar das medidas adotadas pelo governo Dilma, com destaque para a queda da taxa dos juros e o estímulo ao crédito, o Brasil ainda não conseguiu se safar da grave crise que atinge a economia capitalista mundial. O país não está no atoleiro, como várias nações da Europa, mas também não dá provas de retomada do seu crescimento. Nesta semana, o IBGE divulgou o balanço da produção industrial em setembro. O resultado foi decepcionante – queda de 1% na comparação com agosto do ano passado.


Para agravar ainda mais o cenário interno, vários indicadores confirmam o aumento da desnacionalização da economia. Na crise, as multinacionais intensificam o processo de compra das empresas, concentrando ainda mais as riquezas e solapando a ação do Estado. No primeiro semestre deste ano, as corporações estrangeiras abocanharam 167 companhias nacionais, a maior liquidação num único semestre de toda a história do país – o recorde anterior foi do primeiro semestre de 2011 (94 empresas desnacionalizadas).

Segundo dados da Pesquisa de Fusões e Aquisições da consultoria KPMG, a maior parte das empresas brasileiras (71) foi adquirida por multinacionais dos EUA, seguido por corporações da França (13), da Inglaterra (12) e da Alemanha (11). O capital estrangeiro adquiriu o controle nos mais diversos setores da economia: de serviços (21 desnacionalizações) e tecnologia da informação (17), passando por produtos químicos e farmacêuticos (17), alimentos, bebidas e fumo (9), telecomunicações e mídia (8), mineração (7).

Conforme aponta um estudo do Departamento Intersindical e Estudos e Estatísticas Sócio-Econômicas (Dieese), “desde 2004, passaram a ser controladas de fora do país nada menos que 1.167 empresas que antes eram nacionais, sendo que 86,5% destas (1.009 empresas) foram desnacionalizadas após 2006, ano em que o governo federal passou a facilitar o ingresso no país do chamado ‘investimento direto estrangeiro’, eufemismo para a compra de empresas nacionais por transnacionais”.

Outro dado alarmante é que boa parte da grana obtida com a venda das empresas nacionais foi remetida ao exterior, o que prova que as elites nativas não têm qualquer compromisso com o Brasil. O país já é hoje o quarto maior do mundo em recursos depositados no estrangeiro. Em 2010, nada menos do que US$ 520 bilhões (cerca de R$ 1,05 trilhão) estavam depositados pelos ricaços brasileiros em paraísos fiscais. O valor equivale a quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional registrado em 2010 – de R$ 3,7 trilhões.