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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Comissão da ONU aprova proposta do Brasil contra espionagem

A proposta impetrada na ONU pelas mandatárias do Brasil, Dilma Rousseff e da Alemanha, Angela Merkel defende a revisão de procedimentos, prática e leis em relação à vigilância, à interceptação das comunicações e à coleta de dados pessoais. Pela proposta, esses procedimentos devem respeitar o direito à privacidade, expresso no Artigo 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e no Artigo 17 do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos.

A ação foi tomada com base nas denúncias feitas pelo ex-agente da Agência Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) dos Estados Unidos, Edward Snowden, pelas quais as comunicações entre empresas brasileiras, de membros do governo e até da presidenta Dilma Rousseff foram interceptadas, o que levou a presidenta a abordar o tema durante o discurso de abertura da Assembleia Geral das ONU em setembro. A Alemanha passou a ajudar o Brasil na elaboração do texto após a descoberta de que o celular da primeira-ministra do país, Angela Merkel, também foi espionada.

O embaixador brasileiro na ONU, o ex-ministro Antonio Patriota, disse que a resolução “estabelece pela primeira vez que a proteção aos direitos humanos deve ser prioridade independentemente da plataforma, e assim, devem ser protegidos tanto online quanto fora da internet”.
Dilma foi a primeira chefa de Estado a protestar contra os Estados Unidos assim que uma reportagem detalhou a interceptação de suas comunicações via e-mail. Os dados foram vazados pelo ex-colaborador da NSA, Edward Snowden, ao jornalista americano Glenn Greenwald.
Segundo uma reportagem do jornal britânico The Guardian, 35 chefes de Estado e governo teriam sido espionados pelos americanos. Os dados vazados por Snowden mostraram ainda que milhões de franceses teriam sido bisbilhotados pela NSA. A rede de espionagem norte- americana teria colaboração dos serviços de inteligência da Grã-Bretanha, da Austrália, do Canadá e da Nova Zelândia.

A expectativa é de aprovação tranqüila da proposta encaminhada pelo Brasil e pela Alemanha, mas não terá poder coercitivo, mas de qualquer forma serve de parâmetro para coibir as ações de espionagem.

Portal CTB com agências

O olho espião dos EUA


Por Frei Betto, no sítio da Adital:
As recentes denúncias do jovem Edward Snowden nos permitiram saber que a maior espionagem praticada na história da humanidade é "made in USA”. Os EUA, que consideram a segurança mais importante que a liberdade, e o capital, que os direitos humanos, metem o nariz na vida de pessoas, governos, empresas e instituições.

O governo estadunidense, através de sua Agência Nacional de Segurança (ANS), espionou (ou ainda espiona?) a presidente Dilma e a Petrobrás. Com certeza, fez e fará muito mais.

Para mim, a notícia não constitui nenhuma novidade. Sei, por documentos oficiais obtidos no Arquivo Nacional (Habeas Data), que fui monitorado pelos espiões do regime militar brasileiro, então chamados de arapongas, de junho de 1964, quando me prenderam pela primeira vez, a 1992 – sete anos após o fim da ditadura!

Em agosto de 2003, quando eu trabalhava no Planalto, aparelhos de escuta foram descobertos na sala do presidente Lula. Uma informação governamental vale fortunas. Se acionistas e correntistas sabem, de antemão, que o Banco Central decretará a falência de um banco, isso não tem preço. Quem soube que o presidente Collor confiscaria toda a poupança dos brasileiros, deve estar rindo até hoje da multidão que foi apanhada de surpresa.

A Guerra Fria só não esquentou porque a União Soviética espionava os EUA, assim como os EUA a União Soviética. Com frequência o espião de um lado era trocado por outro que servia à potência inimiga. Não é à toa que a Rússia decidiu conceder asilo a Snowden. Ele sabe demais a respeito da espionagem ianque.

No tempo da máquina de escrever era impossível conhecer o conteúdo da mensagem, a menos que se obtivesse cópia do texto ou se pudesse fotografá-lo. Agora, todos os meios eletrônicos, de computadores a celulares, podem ser "radiografados” pelos serviços de segurança dos EUA. O "Big Brother” sabe tudo que se passa em nossa casa.

Ainda que a Casa Branca apresente desculpas à presidente Dilma, isso não significa que a ANS deixará de rastrear os computadores do Planalto e saber o que, quando e com quem a presidente conversou. Informação é poder – de nos submeter aos interesses do mais poderoso império já existente na história da humanidade.

Apenas uma nação tem conseguido driblar a espionagem estadunidense: Cuba. Isso tanto irrita a Casa Branca que, contrariando todos os princípios do Direito, mantém presos nos EUA os cinco heróis cubanos que tinham por missão evitar atos terroristas preparados sob as barbas de Tio Sam.

Encerro com uma pergunta que não quer calar: por que, em vez de atacar o povo sírio, os EUA não bombardeiam fábricas de armas químicas, como a Combined Systems, localizada na Pensilvânia? Que o digam os vietnamitas atingidos, mortos e deformados pelo "agente laranja” espalhado pelas Forças Armadas dos EUA durante a guerra do Vietnam.

TV corrói o cérebro das crianças


Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

No século passado, antes de as crianças ficarem reféns de games, smartphones e iPads, havia outro inimigo dos pais: a televisão. Acreditava-se que ela fazia mal para a visão, para a educação, para o comportamento. Logo se passou a acreditar que era lenda urbana.

Não era.


Uma nova pesquisa da Universidade de Ohio constatou que meninos em idade pré-escolar que tinham uma TV no quarto, ou cujos pais deixavam o aparelho ligado de maneira inercial, tiveram um desempenho pior nos níveis mental e emocional. Sua compreensão dos sentimentos de outras pessoas era superficial - crenças, desejos, intenções etc.

O estudo foi com 107 crianças na faixa entre 38 e 74 meses. A capacidade cognitiva estava prejudicada. A faculdade de “ler” os demais, dizem eles, um passo fundamental para a maturidade, estava comprometida.

“Tanto a TV ligada sem ninguém assistir quanto sua simples presença no quarto têm um impacto negativo”, afirma o relatório. “A TV expõe as crianças a personagens e situações sem profundidade e que requerem um processo superficial de entendimento”.

Isso acontece, entre outras razões, porque é uma mídia muito menos interativa do que, por exemplo, a Internet ou os videogames. É feita sob medida para o chamado couch potato.

A boa notícia é que ela está morrendo. De acordo com um levantamento do Citi Research, tanto as emissoras abertas quanto fechadas tiveram, em 2013, seu pior ano na história nos EUA. Todos os principais canais a cabo perderam pelo menos 113 mil assinantes no terceiro quadrimestre deste ano — é o fenômeno dos cord-cutters. No Brasil, a tendência não é diferente (o Ibope bate recordes negativos há 13 anos).

Sim, ainda é possível ver coisa boa por assinatura. Mas a situação se complica quando você tem a possibilidade de, com serviços de streaming na Internet, como o Netflix, assistir o que quiser, como quiser e na hora em que quiser.

Ou seja, quando seu filho estiver ali, em seu mundo, com o laptop e o iPad abertos, trocando mensagens ao mesmo tempo, não se desespere. Ele podia estar vendo o Big Brother, tornando-se um pequeno robô anti-social e comentando sobre o próximo capítulo da novela das 9.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CTB participa de audiência pública para aprimorar segurança do trabalho   

O deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS) disse ser inacreditável que uma norma do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que salva a vidas e a integridade física de trabalhadores, resultou de um acordo tripartite e já está sendo cumprida por grande parte das empresas, seja agora contestada por um segmento do patronato.

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“Ouvi aqui – na audiência pública requerida por ele – que a norma é inaplicável. Ora, a morte de trabalhadores é”, questionou o parlamentar, que também é dirigente nacional da CTB.

Para Assis Melo, a sociedade não pode mais aceitar que trabalhadores continuem se acidentando, morrendo, perdendo mão ou dedos, quando a Norma Regulamentadora nº 12 traz dispositivos que garantem a segurança de trabalhadores. “Vamos continuar aplicando a NR 12 e discutir aprimoramentos. Não queremos multas. O que queremos é o aprimoramento da máquina”, ressaltou Assis Melo.

Pandemia

À audiência pública compareceram representantes de trabalhadores, empresários e de auditores e procuradores do Trabalho, além de Zuher Handar, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que destacou a importância da NR12 para garantir o ambiente seguro no trabalho.

Joílson Cardoso, vice-presidente da CTB, acompanhou a audiência pública e ratificou a posição favorável da Central em relação à NR 12. “A norma é aplicável no Brasil. a OIT fala em uma pandemia mundial sobre acidentes no trabalho. Há lesões permanentes e temporárias, mas sobretudo existem mortes que poderiam ser evitadas”, afirma o dirigente.

O vice-presidente destacou o diálogo social construído ao longo de 17 anos para se chegar aos termos da NR 12. Nesse sentido, defendeu uma filosofia diferente à adotada pelos países ricos a respeito de segurança no trabalho. “Em algumas nações é preferível reparar o dano e simplesmente pagar uma multa. Entendemos, contudo, que o melhor é prevenir”, afirmou. “A CTB reafirma sua posição em defesa da vida. O desenvolvimento do país tem que levar isso em conta”, complementa.

Saiba mais

A NR 12 está em processo de revisão e consulta pública até dezembro. Ela estabelece normas de segurança para a operação de equipamentos da indústria e requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho na utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos. Equipamentos importados também devem estar adequados ao uso no país, cujos itens obrigatórios de segurança foram elevados de 40 para 340.

De acordo com dados do MTE, os fiscais do trabalho já emitiram 9,3 mil autuações por descumprimento da norma e 14,3 mil notificações.

A indústria calcula que se a norma fora aplicada imediatamente, o impacto econômico inicial será de R$ 100 bilhões, principalmente nos setores metal/mecânico, plástico, construção civil e alimentos.

O MTE atribui o descompasso ao desenvolvimento tecnológico retardado pelas indústrias, que não se preparou para se adequar à evolução dos equipamentos visando à produção e à proteção e garantias de saúde e integridade física dos trabalhadores.

Com informações da Liderança do PCdoB
Sede da UIS MM será em São Paulo
 
Nessa quinta (14) foi inaugurada a União Internacional Sindical dos Metalúrgicos e Mineiros com a presença de várias lideranças sindicais
 A nova sede da União Internacional Sindical dos Metalúrgicos e Mineiros (UIS MN) foi inaugurada nessa quinta-feira (14/11), às 19 horas, em São Paulo. O espaço foi cedido pela Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal) que, recentemente, elegeu seu secretário de Relações Internacionais, Francisco Souza, como novo secretário-geral da instituição. Estiveram presentes representantes de diversas organizações nacionais e internacionais.

“A UISMetal, que hoje inaugura sua sede, é uma instituição importante nesse momento de crise e retirada de direitos trabalhistas” disse o deputado federal Assis Melo (PCdoB), que esteve presente na cerimônia. “O momento de crise e a presença de todos esses países na noite de hoje só aprofundará a cooperação internacional”.

Já o presidente da Fitmetal, Marcelino Rocha, destacou que a UISMetal entra em uma fase importante em um momento em que é necessário, cada vez mais, construir alternativas ao capitalismo.

Divanilton Pereira, coordenador da Federação Sindical Mundial (FSM) para o Cone Sul e secretário das Relações Internacionais da CTB, também estava presente. “A UISMetal, que reúne um setor estratégico da economia, e a FSM têm um grande papel hoje no mundo, ao exercer uma função de resistência, reafirmando veementemente que no capitalismo não pode haver remendo” analisou ele.

A deputada venezuelana Marelei Perez parabenizou a luta “heroica” que a UIS MM representa para os trabalhadores.

“Nesses tempos difíceis de neoliberalismo e de desconhecimento dos direitos dos trabalhadores, encontramos em esperanças em vocês, olhando sua força de batalha contra o capitalismo. É realmente muito heroico” afirmou ela. E ressaltou: “que possamos avançar nesse movimento classista extraordinário e na luta contra o imperialismo na América Latina. Chávez vive!”.

Já o senador boliviano Ignacio Mendoza ressaltou a importância da UIS MM para a Bolívia que, segundo ele, “é um país basicamente de mineiros”, a necessidade dos trabalhadores se unirem contra os ataques neoliberais.

Também estiveram na inauguração da sede da UIS MM representantes da Guatemala, Colômbia, Canadá, Argentina, Tunísia, Panamá, Grécia e de República de Benin.

Fonte: FITMetal

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Adilson Araújo: O Brasil contra o fator previdenciário 

Unidas na luta pelo fim do fator previdenciário, as centrais sindicais reuniram milhares de trabalhadores e trabalhadoras nas manifestações realizadas em todo o país nesta terça-feira, 12. Tudo que queremos é a reparação de uma grande injustiça praticada contra a classe trabalhadora brasileira pelo governo do tucano FHC.

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Instituído através da Lei 9.875/99, em 1999, quando o neoliberalismo por aqui andava a todo vapor, o fator é uma fórmula, atualizada anualmente, que foi criada com o descarado propósito de arrochar e desestimular as aposentadorias. Trata-se de um mecanismo de espoliação dos aposentados, que hoje reduz em mais de 50% o valor dos benefícios previdenciários.

“Vagabundos”, segundo FHC

Não custa lembrar, a este respeito, que o líder tucano chegou a classificar aposentados de “vagabundos” e nunca ocultou sua hostilidade e desprezo pela classe trabalhadora. Iniciou seu governo tentando quebrar a espinha dorsal do sindicalismo nacional, a exemplo do que fez Margareth Thatcher, a dama de ferro, na Inglaterra.

Começou mobilizando as Forças Armadas para reprimir a greve dos petroleiros, em 1995. Flexibilizou a legislação trabalhista. Promoveu inúmeras maldades contra o povo trabalhador e a nação. Entre elas, o fator previdenciário. Desde o primeiro momento, o movimento sindical brasileiro e seus aliados condenaram o mecanismo e mobilizaram suas forças para resgatar as normas originais que orientavam a aquisição do sagrado direito à aposentadoria.

Um crime

O senador Paulo Paim, que considera o fator previdenciário “o maior crime cometido contra a classe trabalhadora em todos os tempos”, elaborou um projeto (PL 3299/08) que põe fim ao odioso redutor e restabelece as regras vigentes antes de sua instituição. A proposta foi aprovada em 2009 nas duas casas do Congresso Nacional, porém acabou vetada pelo ex-presidente Lula, o que provocou grande frustração entre os trabalhadores e as trabalhadoras.   

As centrais sindicais, que apoiaram massivamente a eleição de Lula e também de Dilma, alimentavam a esperança de que os governos liderados pelo PT, partido que em passado recente se opôs radicalmente ao fator previdenciário, caminhariam naturalmente para a remoção deste e de outros entulhos legados pelo neoliberalismo tucano.

Oligarquia financeira

Mas infelizmente não foi isto que ocorreu. O governo acabou capitulando à pressão da oligarquia financeira e manteve o mecanismo de espoliação das aposentadorias. A persistência do fator e a intolerância do Executivo encontram explicação na política econômica conservadora (especialmente na área fiscal), subordinada aos interesses do capital financeiro desde a famosa Carta aos Brasileiros, de junho de 2002.

O Estado nacional dedica mais de 5% do PIB ao pagamento dos juros extorsivos da dívida pública, valorizando o capital que se alimenta de juros e da especulação. Nada menos que 47% do Orçamento da União em 2013 foram desperdiçados nesta finalidade improdutiva. A situação tende a piorar após as recentes elevações da taxa básica de juros (Selic). Não sobra dinheiro para atender as demandas do povo.

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Apesar da carga tributária elevada e regressiva, faltam verbas para saúde, educação, habitação, transportes e infraestrutura em geral. Aposentados e pensionistas que recebem acima do mínimo, embora já não sejam chamados de vagabundos, continuam acumulando perdas e com o valor dos benefícios defasados, uma vez que não são reajustados pelo mesmo índice do salário mínimo.

As ruas são o palco das nossas lutas

As centrais também lutam pela recomposição do valor desses benefícios. Mas, apesar de Lula e Dilma terem sido eleitos com massivo apoio dos movimentos sindical e sociais, infelizmente as demandas populares sociais não encontram eco no governo, já que esbarram nas restrições e limites impostos pela política econômica, fundada na austeridade fiscal e realização de superávits primários, juros altos e câmbio flutuante.

As desonerações da folha de pagamento para vários ramos da indústria, contemplando demanda do empresariado contra os interesses dos assalariados e a posição do sindicalismo, contribuíram para enrijecer um pouco mais a posição do governo. Uma vez que a receita do INSS está caindo em função da renúncia fiscal, promovida em nome do desenvolvimento, o Palácio do Planalto tornou-se ainda mais arredio ao fim do redutor das aposentadorias.

A resposta do movimento sindical é a mobilização e deve ser demonstrada nas ruas como ocorreu nesta terça, 12. A política econômica é uma pedra no caminho das demandas do nosso povo. Vamos continuar pressionando por mudanças e o próximo ato será realizado em Brasília no próximo dia 26. Nossa expectativa é mobilizar pelo menos 10 mil pessoas contra a alta dos juros, que estará em debate na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) convocada para o mesmo dia da manifestação.

Cobraremos a mudança da política macroeconômica: o fim do superávit primário, a redução dos juros, o controle do câmbio e do fluxo de capitais, bem como a taxação das remessas de lucros e dividendos. A vida é uma prova de que a unidade na ação potencializa a força das centrais e do movimento sindical brasileiro. A agenda da classe trabalhadora por um novo projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho é a nossa bússola. À luta!

Adilson Araújo é presidente nacional da CTB.
Dirigente da CTB está entre os 100 mais influentes do Congresso Nacional   

O deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS), vice-líder da Bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados, figura na lista dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional entre os 513 deputados e os 81 senadores. Assis está na posição de 100º colocado em lista com 150 nomes divulgados pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).

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Assis, que também é dirigente nacional da CTB e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias (RS), considera uma grande vitória e responsabilidade estar na seleta lista do conceito estudo apresentado anualmente pelo DIAP, já que é parlamentar no exercício do primeiro mandato.

"Temos feito um esforço muito grande para não só honrar a confiança dos votos dos eleitores, mas também ajudar a construir as transformações sociais que o Brasil precisa, como as reformas estruturantes que defendemos, entre eles a Política. Temos pautado nosso mandato ainda em sintonia com a agenda dos trabalhadores para avançarmos nas conquistas e direitos", afirma Assis.  

Fonte: Assessoria Assis Melo
Sede da UIS Metal será inaugurada nesta 4ª feira em SP 
logo uismm novoA União Internacional Sindical dos Metalúrgicos e Mineiros irá inaugurar sua sede nesta quarta-feira (13). A cerimônia será realizada a partir das 20h, na Av. Brigadeiro Luis Antônio, 878, no bairro da Bela Vista, próximo ao Centro de São Paulo.
A cerimônia de inauguração irá contar com a presença de dirigentes da CTB, da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FitMetal) e lideranças da UIS Metal, entre elas o novo secretário-geral da entidade, o baiano Francisco Souza.

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Souza foi eleito para o cargo durante o 2º Congresso da UIS Metal, realizado entre os dias 22 e 24 de outubro deste ano. Na ocasião, o dirigente fez, em seu discurso, uma firme defesa da unidade do movimento sindical classista. “Precisamos ter essa compreensão, pois nossa responsabilidade, enquanto sindicalistas classistas, é muito grande. Cabe a nós constituirmos um contraponto firme em relação aos interesses do capital e da ideologia neoliberal”, afirmou.

Portal CTB
Metalúrgicos relatam intransigência patronal ao TST
 
Durante audiência com o presidente Tribunal Superior do Trabalho (TST), metalúrgicos também denunciaram truculência policial
 Foi realizada hoje (dia 12), em Brasília, uma audiência solicitada pelo deputado metalúrgico Assis Melo (PCdoB-RS) com presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o minstro Carlos Alberto Reis de Paula. No encontro, foi relatado os acontecimentos do estado de Minas Gerais na campanha salarial unificada dos Metalúrgicos da Fitmetal/CTB , FEM, CUT e FEMETAL. Na audiência foi denunciadas a truculência e a intransigência patronal. A Fitmetal estava presente durante a audiência e seu presidente, Marcelino Rocha, definiu a situação:

“Estávamos na casa máxima do Poder Judiciário no Brasil e o ministro já sabia de nossa ‘derrota’ frente o interdito proibitório da Fiat”, diz Marcelino. “Ele nos ouviu atentamente e se dispôs a acompanhar os desdobramento desse caso e ajudar no que for necessário”.

No último dia 4, durante o ato público realizado em frente à Stola do Brasil, em Belo Horizonte, que contou com a participação do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, do Sindicato dos Metalúrgicos de BH e Contagem, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de dirigentes de sindicatos dos metalúrgicos do interior do Estado, os trabalhadores foram duramente reprimidos pela polícia. Cerca de 250 mil metalúrgicos em todo o Estado estão há mais de três meses aguardam proposta de reajuste salarial.

Fonte: FITMetal

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

CTB-SP realiza plenária e se prepara para seu planejamento estratégico 
  
Nesta quinta-feira (7), a CTB-SP fez a sua última plenária regional antes da reunião para o planejamento estratégico entre a sexta-feira (8) e o sábado (9) na capital paulista. A plenária ocorreu com "muita motivação e disposição para empoderar o trabalho sindical e pelo fortalecimento e crescimento da CTB-SP nesta importante região do estado", define Adilson Araújo, presidente da CTB Nacional.
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Plenária da Rgional cetebista d eSão José do Rio Preto (SP)
Adilson Araújo esteve presente na reunião em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, juntamente com o secretário geral da CTB-SP Paulo Nobre e o coordenador da regional da entidade Alex Cardoso marcaram presença nas discussões com a participação de inúmeros militantes de São Paulo.

A implementação da resolução do Congresso da CTB, ocorrido em agosto, sobre a criação de regionais para facilitar a administração da Central nos estados e no país foi o tema principal dos ricos debates.
O sucesso da regional de São José do Rio Preto, no interior do estado, que foi a primeira experiência feita pela CTB-SP, ainda como projeto piloto, comprova o acerto da proposta da Central abrindo caminhos para novas regionais.

Pela manhã, a CTB teve a possibilidade de efetuar uma agenda positiva com entrevista na rádio interativa para o Jornal do Trabalhador, no Jornal DHoje, ambos de São José de Rio Preto e no período da tarde ocorreu a plenária com a participação de convidados não filiados à CTB e de dirigentes das seguintes entidades:

Sindicato dos Empregados e Servidores Municipais de Monte Azul Paulista
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São José do Rio Preto
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Paulo de Faria
Sindicato dos Trabalhadores Autônomos Contudores de Utilitários em Duas ou Três Rodas de Araçatuba e Região
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São José do Rio Preto
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Catanduva
Sindicato dos Empregados em Escritórios de Empresas de Transportes Rodoviários no Setor Administrativo de Cargas Secas e Molhadas, Rodoviários, Urbano de Passageiros, Intermunicipal, Interestadual, Suburbano, Turismo e Fretamento de São José do Rio Preto, Bauru, Araçatuba e Respectivas Regiões
Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio e Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Empresas de Serviços Contábeis de São José do Rio Preto e Região
Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Radiologia de São José do Rio Preto
Sindicato dos Movimentadores de Novo Horizonte
Sindicato dos Empregados no Setor Administrativo das Empresas de Transporte Rodoviário de Ribeirão Preto
Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano de Jardinópolis
Sindicato dos Vigilantes de São José do Rio Preto

Portal CTB

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A crise sacrifica os pobres e aumenta a concentração da renda 
 
Vivemos ainda sob o signo de uma das maiores crises da história do capitalismo, equiparável à Grande Depressão iniciada em 1929 nos Estados Unidos. A atual também começou nos EUA, no final de 2007, logo contagiou o resto do mundo e teve forte impacto na Europa.

A classe trabalhadora é, de longe, a sua principal vítima. Em contraste, os mais ricos, os bilionários, embora responsáveis pelos notórios desequilíbrios da economia internacional, estão se dando bem, graças ao aumento do grau de exploração do trabalho e aos generosos pacotes de socorro concedidos pelos governos capitalistas, que reservam aos pobres o ônus do arrocho fiscal, do desemprego em massa, da redução de salários e direitos. Trilhões de dólares e euros foram destinados aos banqueiros e grandes empresários pelos dirigentes dos países mais ricos.

Trabalhador espoliado

Os cem maiores bilionários do mundo ampliaram suas fortunas em US$ 200 bilhões em 2013, segundo levantamento realizado pela Bloomberg. A lista é composta de capitalistas que exploram diferentes setores e ramos da produção como supermercados, petroleiras, indústrias de cimento, marcas de luxo, entre outros.

É sempre bom lembrar que o lucro do capital, conforme nos ensinou Karl Marx, provém da mais-valia ou do trabalho não pago da classe trabalhadora, de forma que a contrapartida necessária ao extraordinário crescimento da riqueza do privilegiado e reduzido grupo de grandes bilionários, em época de crise e baixo crescimento do PIB, é a espoliação crescente do trabalho.

Ofensiva capitalista

A crise vem sendo usada pelos grandes capitalistas como um pretexto para retirar direitos e reduzir a participação da classe trabalhadora na renda que eles próprios produzem e da qual acabam sendo alienados em função da forma com que o capital organiza e dirige o processo de produção e distribuição das mercadorias.

Na Europa, transformada desde 2011 no epicentro da crise, a troika (FMI, BCE e UE) impõe uma política que reduz salários, corta benefícios, precariza os serviços públicos, dificulta o acesso e diminui o valor das aposentadorias, privatiza e desmantela o chamado Estado de Bem Estar Social. Também no Brasil, em que pesem as diferenças políticas, é notória a pressão por mais cortes nos gastos públicos, fim da política de valorização do salário mínimo e precarização das relações trabalhistas, como sugere o forte lobby patronal pela aprovação do PL 4330, que escancara a terceirização.

Concentração da renda

O resultado desta reprodução ampliada (e perversa) do capital em posse dos mais afortunados é maior concentração de renda na sociedade, o que por sua vez funciona como um alimento para a crise, uma vez que deprime o consumo e a demanda das massas, provocando estagnação do comércio e queda da produção.

Os cem mais afortunados pesquisados pela Bloomberg acumularam um patrimônio que soma R$ 2,1 trilhões, o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em um ano. Zuckerberg, cofundador do Facebook (que se transformou num canal da rede de espionagem global montada pelo governo Obama), foi o que mais ganhou no ano, tendo dobrado sua fortuna para US$ 24,5 bilhões de janeiro a setembro.

Outro bilionário felizardo é Bill Gates, que teve o patrimônio líquido ampliado em R$ 10,2 bilhões para US$ 72,9 bilhões e hoje é o segundo homem mais rico do mundo. Mas nem todos os ricaços se deram bem ao longo deste ano. O empresário Eike Batista, que já foi o mais rico do Brasil e estava em 28º lugar no ranking das cem fortunas em 2012, perdeu quase todo seu capital, não faz parte mais da lista do Bloombert e amarga a implosão de suas empresas de commodities.

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Umberto Martins é jornalista e assessor da Presidência da CTB.

Em Caracas, intelectuais discutem rumos da América Latina

Pesquisadores e intelectuais de toda a América Latina estão reunidos em Caracas, Venezuela, a partir desta quarta-feira (6) para refletir a respeito da realidade latino-americana e suas perspectivas durante a Conferência Clacso-Venezuela: Jornadas de Investigação em Ciências Sociais e Humanidades.

O encontro será realizado no Centro de Estudos latino-americano Rómulo Galegos (Celarg). A conferência de abertura será realizada nesta quarta (6) pelo argentino Pablo Gentili, secretário geral do Clacso (Conselho Latino-americano de Ciências Sociais).

De acordo com os organizadores, a Conferência será transmitida através do site do Celarg (em streaming).

Também participarão da discussão sobre "Processos de formação democrática e violência política na América Latina" a argentina Ana María Barletta, o paraguaio Juan Carlos Rodríguez, o peruano Eduardo Toche, o brasileiro César Barreira e o uruguaio Gerardo Gaetano.

Na quinta-feira (7), os pesquisadores Susy Castor (Haiti), Leticia Salomón (Honduras), Carmen Caamaño (Costa Rica) e Armando Luis Fernández (Cuba) intervirão no painel "Caribe e América Central: processos e realidades".

No último dia do evento, sexta (8), acontecerá o fórum "Ciências sociais, Estado e sociedade na América Latina", que reunirá os estudiosos Jesús Redondo (Chile), Lucio Oliver (México), Crescencio Alba (Bolívia) e Juan Ponce (Equador).

O Clacso, fundado em 1967, reúne atualmente mais de 300 centros de pesquisa e realiza mais de 600 programas de pós-graduação (mestrados e doutorados) em Ciências Sociais e Humanidades em 25 países de América Latina e do Caribe, Estados Unidos e Europa.

Com Prensa Latina
                  

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

FGTS tem orçamento recorde de R$ 72.6 bi para 2014

O Conselho Curador do FGTS aprovou nesta terça-feira (29/10) a proposta de orçamento do Fundo para o próximo ano. O FGTS terá em 2014 um orçamento recorde de R$ 72,6 bilhões, sendo R$ 57,8, bi para financiamento a habitação, R$ 8 bilhões a serem aplicados em infraestrutura urbana e R$ 5,2 bi para o setor de saneamento básico.
Para descontos, nos casos de financiamento a população de baixa renda - com ganhos familiares até R$ 3.275,00 - o FGTS vai disponibilizar R$ 8,9 bilhões, sendo R$ 6 bilhões destinados aos financiamentos no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal.

Para este ano os conselheiros aprovaram inicialmente um orçamento global de R$ 59,6 bilhões, mas que alcançou R$ 71,1 bilhões com a suplementação de R$ 12,4 bilhões para o setor de habitação, sendo R$ 2.4 bilhões para descontos.

A resolução que aprova o orçamento de 2014, faz também uma previsão de orçamento para 2015 a 2017 no valor de R$ 72.6, R$ 73,7 e R$ 73.7 bilhões respectivamente.

Do orçamento total para habitação, R$ 46.3 bilhões serão destinados à habitação popular e outros R$ 500 milhões ao Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS (Pró-cotista), além de R$ 1.6 bilhão para operações urbanas consorciadas.

Na área de infraestrutura urbana o Programa Pró-Transporte vai receber R$ 7 bilhões. O Pró-Transporte financia obras em todo país com a finalidade de atender às necessidades de mobilidade urbana e tem suas ações voltadas à inclusão social, mobilidade urbana e acessibilidade; como implantação, calçamento ou pavimentação de vias estruturantes que beneficiem a circulação urbana, incluindo ciclovias e circulação de pedestres.

No setor de saneamento, os recursos serão destinados principalmente ao programa “Saneamento para Todos”.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

Fiat instala complexo em Pernambuco

O superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Pernambuco, André Luz Negromonte e o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Messias Melo, estiveram nesta segunda-feira (28) no canteiro de obras da fábrica da Fiat que está sendo instalada em Pernambuco e que deve gerar cerca de 10 mil empregos na região.

Acompanhados pelo o chefe da fiscalização da SRTE/PE, Expedito Correia Filho e do adjunto da instituição, Jefferson Lins, os representantes do MTE foram recepcionados pelos diretores da empresa Adauto de Oliveira Duarte, Roberto Alves Soares e Cristiano Augusto Felix.

Para Negromonte, a atividade foi uma oportunidade para “estreitar os laços e manter a harmonização entre capital e trabalho”, uma vez que segundo o superintendente, “é unindo forças, sindicato patronal e profissional, a auditoria fiscal do trabalho e os próprios empreendedores, que poderemos consolidar este grande empreendimento sem grandes conflitos e acidentes”, enfatizou.

A nova unidade da fábrica italiana que fica em um terreno de 14 milhões de metros quadrados de área contínua, no município pernambucano de Goiana. Com previsão de conclusão em 2014 o local comporta um complexo pólo automotivo, com fábrica, parque de fornecedores, centro de treinamento, centro de pesquisa e desenvolvimento, pista de testes e campo de provas com capacidade de produção de 250 mil carros por ano.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
Assis Melo reassume presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias (RS)   

Por uma decisão coletiva, o deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS) reassumiu na manhã desta segunda-feira (4) a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região (RS) , cargo do qual estava licenciado desde abril do ano passado por conta da sua participação nas eleições de 2012 como candidato à Prefeitura.
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Ao reassumir a cadeira, Assis comandou a primeira reunião com a direção executiva da entidade. 
O vice-presidente, Leandro Velho, que estava respondendo pelo Sindicato até então, deverá se ausentar nos próximos dias em virtude de uma licença de saúde. Segundo Velho, a dinâmica de funcionamento da entidade segue a mesma, tendo em vista que Melo sempre esteve presente no cotidiano do Sindicato, mesmo estando licenciado.

Foto: Maurício Concatto/Divulgação
Para fortalecer sua organização sindical, CTB lança o Projeto CORAL   

A Direção Nacional da CTB coloca em prática, a partir desta sexta-feira (1º/11), um projeto considerado como fundamental para fortalecer sua organização em nível nacional e em todas as suas 27 seções estaduais. Trata-se do CORAL (Centro de Organização, Apoio e Logística às entidades sindicais).
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O formato do CORAL foi apresentado à Direção Executiva da CTB durante sua 14ª Reunião, realizada nesta semana, em São Paulo. Aprovado pelos dirigentes, o projeto pretende, fundamentalmente, orientar as entidades sindicais nos temas concernentes à legalização das organizações sindicais.

“O CORAL é um dos principais projetos estruturantes da Central. Ele nasce para responder a uma reivindicação das seções estaduais da CTB, no sentido de contribuir para o fortalecimento da nossa organização sindical”, explica o presidente Adilson Araújo.

Contribuição mútua

Por meio do CORAL, a Direção Nacional da CTB pretende também aumentar o índice de representatividade e a taxa de proporcionalidade da Central, além de melhorar o nível de legalização das entidades filiadas.

“Por meio do CORAL teremos um instrumento capaz de aproximar a CTB de seus sindicatos filiados, ajudando-os a se regularizarem”, explica o secretário-geral Wagner Gomes. “Será uma iniciativa que contribuirá tanto para a Central quanto para as entidades filiadas”, complementa.

Durante as próximas semanas, o Portal CTB passará a contar com uma área especialmente dedicada aos trabalhos do CORAL, permitindo a interação entre os sindicatos e a CTB. Acompanhe as novidades.  Compartilhe em suas redes sociais.

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