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domingo, 19 de outubro de 2014

Mercados podem ter reagido exageradamente à desacelaração, diz Banco da Inglaterra


LONDRES (Reuters) - Os investidores podem ter exagerado na reação aos sinais de desaceleração econômica, embora estivessem certos em levar em consideração perspectivas de crescimento global mais fracas, disse o economista-chefe do Banco da Inglaterra, em entrevista a um jornal de domingo.
"O que vimos na semana passada foram os mercados financeiros se aproximando dos dados", disse Andrew Haldane ao jornal britânico Observer.
"Possivelmente reagindo exageradamente em relação aos dados, mas certamente chegando mais perto deles, porque acho que as notícias vieram a conta-gotas, globalmente, quero dizer, notícias ligeiramente desatualizadas por vários meses."
Em uma semana turbulenta para os mercados internacionais motivada por temores sobre recessão na Europa e crescimento mais fraco no mundo, algumas leituras dos preços da dívida do governo britânico a certa altura sugeriam que os mercados não esperavam aumento de juros pelo Banco da Inglaterra no próximo ano.
Isso representou uma mudança brusca de algumas expectativas recentes de que as taxas mais importantes iriam começar a subir de sua baixa recorde de 0,5 por cento, possivelmente em novembro.
Os mercados terminaram a semana apontando para uma subida das taxas na metade de 2015, após Haldane dizer em um discurso na sexta-feira que essa previsão não era uma má aposta, dada a perspectiva de crescimento mais lento.
Haldane, que se tornou economista-chefe do Banco da Inglaterra em junho, também disse ao Observer que o Banco precisava melhorar sua previsão econômica depois de ter provado ser muito otimista sobre a rapidez com que a Grã-Bretanha se recuperaria da crise financeira.
(Reportagem de William Schomberg)

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Sindicato diz que GM quer demissão de pelo menos 400 trabalhadores

Sindicato diz que GM quer demissão de pelo menos 400 trabalhadores

Pedro Souza 
Do Diário do Grande ABC
16/10/2014 às 07:24
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, disse que os diretores da unidade de São Caetano da GM (General Motors) teriam a intenção de colocar 500 trabalhadores em lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho) e demitir outros 500.
Ele contou que participou de reunião, ontem, às 10h, com a direção da montadora. “Esta foi a primeira sugestão, mas falaram que é possível discutir outras alternativas. O problema é que a empresa informou que terá que demitir, no mínimo, 400 trabalhadores neste ano ainda”, explicou Cidão.
Até a semana passada, o que se conversava nos corredores da empresa, segundo o sindicalista, era a dispensa de, aproximadamente, 200 temporários. “Mas ontem eles disseram que os temporários não fazem muita diferença mais. (O corte) Tem que ser dos trabalhadores fixos”, observou Cidão.
No caso da sugestão do lay-off dos 500 trabalhadores, a empresa teria apontado que o início dessa suspensão começaria no dia 3. Porém, não indicou o período das demissões. “Eles deram a mesma explicação de sempre. Dizem que o setor está indo mal. Mas o sindicato sempre vai tentar alternativa positiva. A coisa já está tão enxuta, que não tem mais trabalhadores de baixa qualidade (com maior risco de demissão). São todos trabalhadores qualificados e de anos de casa”, concluiu Cidão. Até o fechamento desta edição, a GM não havia se manifestado sobre o assunto.
No começo do mês, a montadora de São Caetano abriu um PDV (Programa de Demissão Voluntária), que foi aderido por 33 funcionários, segundo informações do sindicato. Todos eles tinham acesso a benefícios, que melhoravam quanto mais tempo de empresa tinham os metalúrgicos, ou se estavam próximos da aposentadoria ou já aposentados.
A entidade garantiu ainda, na semana da eleição, que cerca de 140 trabalhadores foram dispensados no segundo semestre. Em abril, 6.000 funcionários entraram em férias coletivas de 14 a 27 de abril. Em março, 348 profissionais entraram em outro PDV da empresa.
TURNO - Cidão já havia citado que a empresa sinalizou que encerraria as atividades do terceiro turno, que segue da 0h às 6h. Esse período contava, no primeiro trimestre, com cerca de 2.000 funcionários. Recentemente, o presidente do sindicato disse que houve redistribuição dos trabalhadores para outros períodos por parte da empresa. A montadora mantem 11,5 mil operários em São Caetano.
Fonte: http://www.dgabc.com.br/Mobile/Noticia/1010177

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dilma não quer mais o monopólio da Globo

Dilma não quer mais 
o monopólio da Globo

O Brasil está maduro para uma Ley de Medios
"Eu acredito (a regulamentação dos meios de comunicação) é um dos temas do meu segundo governo"
Em entrevista a blogueiros sujos,  Dilma defendeu o cumprimento da Constituição Federal de 1988 em relação à regulamentação dos meios de comunicação no Brasil. Para ela, há uma demanda pela regulação do setor. “A Constituição diz que os meios de comunicação não podem ser objetos de monopólio e oligopólio. Eu acredito que a regulação tem uma base, que é a base econômica. Acho que é um ganho da sociedade a liberdade de expressão, e vocês, blogueiros, representam isso”, afirmou nesta sexta-feira (26), ao ser questionada por Miro Borges, do Blog do Miro. E continuou: “Todo mundo percebe que é um setor que tem que ser regulado”.

“Não é que eu não fiz nada. Ninguém regulou até hoje, mas está maduro para fazermos isso (a regulamentação.). Fica claro que as pessoas demandam”, ressaltou a Presidenta para quem, o Brasil, neste quesito, tem algumas vantagens diante a  outras democracias. “No Brasil tenta confundir regulação econômica com controle de conteúdo. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Não há bolivarianismo nisso. O país tem uma vantagem: temos uma ótima Constituição, que é moderna”.

Dilma ainda citou características do país para justificar a intenção. Aqui, existem duas coisas na regionalização: diversidade regional e cultural. “Além disso, a mídia é um grande negócio. Se for oligopolizada, ela não dará conta da diversidade cultural que temos”, ressaltou a petista, para completar: “É um setor como qualquer outro, tem que ser regulado.”

A Presidenta mencionou exemplos de outros países que enfrentaram o problema. “Regulou-se nos Estados Unidos e voltou a concentrar, por isso é preciso sempre estar atento. Eu acredito que esse é um dos temas do meu segundo governo”, finalizou Dilma sobre o tema.
Na sabatina, ela afirmou que o Brasil não pode vê-la como vítima nesse período eleitoral. Ela, sem citá-la, se referia à candidata adversária Marina Silva (PSB). “Não posso dar ao Brasil demonstração de que sou vítima. Tem pessoa que gosta de aparecer como vítima. Eu não gosto”, respondeu ao ser indagada sobre a eleição deste ano. “Eleição é briga de posições, é contrapor posição”.


Alisson Matos
, editor do Conversa Afiada.


Em tempo:
 Abaixo, outras frases da Presidenta:


Saúde pública:


“Nós temos no SUS a nossa maior conquista. Um sistema q é universal, gratuito e de qualidade”

“Justamente o partido dele (Serra) aprovou a queda da CPMF que era exatamente pra saúde”

“Nós aumentamos os recursos na saúde em 74%, apesar de não ter mais a CPMF” 

“Agora, e preciso admitir que o serviço público precisa melhorar”

“Hoje temos 1,8 médicos por 1000 habitantes”

“Nós temos um problema na atenção básica”

“Eu tenho um sistema gratuito, eu preciso ter gente na periferia” 

“Então nós atacamos a atenção básica, pq a tese é que você resolve 80% da saúde na atenção básica”

“Não fizemos o Mais Médicos por causa das manifestações de julho. O programa já estava em construção”

“Eu acredito que agora nós temos que atacar uma segunda instância” 

“Agora nós temos que resolver o problemas das especialidades”

“Tem deficiência de médico em atendimento básico, imagina de especialistas”

“Eu acho que ao mesmo tempo tem que ter uma política de hospital diferenciado”

“Há problema sério na gestão hospitalar e precisamos reconhecer isso pra mudarmos” 

“Também temos que lembrar que uma parte do setor privado é atendido no SUS” 

“Eu acredito que tem certas barreiras pra algumas gestões que são reais”

“Exemplo, contratação de laboratórios”



Reforma Política:


“Você tem vários instrumentos democráticos. Você tem o Congresso, a participação popular”

“Agora, o plebiscito empodera”

“É a força do povo brasileiro”

“Se a gente não acreditar na força do povo brasileiro, a gente não tem mais nada pra acreditar”

“O Brasil está maior do que seu sistema político”

“O voto empodera”

“O fato da gente poder falar certas coisas, viver certas coisas…”
 Fonte:http://www.conversaafiada.com.br/pig/2014/09/26/dilma-nao-quer-o-monopolio-da-globo/

Dilma jantou Aécio com palitinhos no debate da Band

Dilma jantou Aécio com palitinhos no debate da Band
dilma beijinho no ombro
O debate da Band costuma ser o que decide a eleição. Em 2006, Geraldo Alckmin parecia ter ganho o debate de Lula. Este blogueiro foi contra a corrente e disse que achava o contrário. Em 2010, Dilma foi pra cima de Serra quando a sua vantagem diminuía em relação a ele e estava em 4%. A carta do Paulo Preto lhe foi tascada na testa. E Serra tremeu. Hoje, Dilma jantou Aécio. Aeroporto de Cláudio, agressão a mulheres, condenação por não investir o necessário na saúde, entre outras coisas, fizeram o tucano ficar completamente fora do prumo.
O que estava em jogo neste debate da Band não era a massa de eleitores, mas as suas militâncias e o percurso da campanha. Ou seja, se a linha estava correta para os 10 dias que se seguem. Dilma venceu fácil esse desafio.
Aécio fez um discurso do “pois bem telespectador” e do “o Brasil quer mudança”. Dilma foi pra cima na desconstrução da imagem do candidato e na demonstração de que ele não tem o que apresentar para implementar se sair vitorioso.
No primeiro bloco, Aécio empatou com Dilma. Na hora de falar sozinha, sem confronto, Dilma não é tão boa.
Mas Na hora do pau a pau, do confronto cara a cara, deu pena de Aécio. Parecia a disputa entre a mulher que viveu uma vida dura e sabia sair das dificuldades contra o mauricinho do Leblon. O garotão que se acha bom porque sabe mentir na hora certa.
Quando Dilma lhe perguntou sobre a Lei Maria da Penha, Dilma falava da reportagem que Juca Kfouripublicou. Você pode ler aqui. Na época, estupefato, este blogueiro não deu bola para a defesa que um colega de blogosfera fez de Aécio e foi entrevistar Juca. Porque outros amigos haviam lhe confirmado a mesma coisa, que de fato havia tido agressão na festa.
Quando Dilma lhe acusou de não cumprir o orçamento da saúde, Aécio tentou desmentir. Mas o processo continua em aberto. E o candidato do PSDB tentou tirar essa matéria de Fórum do ar via Google, mas não conseguiu.
Foi um massacre. Dilma jantou Aécio com palitinhos. Não precisou nem de garfo e nem de facas. E mais do que isso, lhe enfiou um excelente apelido Aécio Fabulação. No universo de Aécio, ele fez o melhor governo da história de Minas. Mas perdeu a eleição por lá. A máscara de Aécio caiu no debate da Band. E esse debate é o decisivo. Se Dilma abrir vantagem agora, o debate da Globo conta muito pouco e passa a não valer muita coisa.
Aécio foi completamente derrotado. Dilma fez o que precisava. E animou a militância de esquerda que é a que está ao seu lado na sua eleição.
Fonte:http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2014/10/15/dilma-jantou-aecio-com-palitinhos-debate-da-band/

Tráfico de cocaína, familiares de Aécio e o aeroporto de Cláudio-MG

Tráfico de cocaína, familiares de Aécio e o aeroporto de Cláudio-MG

Desde o envolvimento direto do primo de Aécio Neves, passando por um laboratório de refino de pó em Cláudio-MG até o helicóptero dos Perrella. Entenda a polêmica da rota da cocaína em Minas Gerais: um escândalo que carece de investigação

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As polêmicas de um escândalo com investigações pendentes. Aeroporto de Cláudio, helicóptero do pó e a rota do tráfico de drogas (Edição: Pragmatismo Político)
Uma distância de apenas 14 quilômetros separa os dois escândalos recentes da política nacional que envolvem dois senadores por Minas Gerais, o ex-presidente do Cruzeiro, Zezé Perrela (PDT) e o candidato a presidente Aécio Neves (PSDB).
A pista de pouso e decolagem construída durante o governo de Aécio Neves em Cláudio, no Centro-Oeste mineiro, em um terreno que pertenceu a fazenda do tio avô do candidato tucano fica distante 14 quilômetros de Sabarazinho, um povoado de Itapecerica, também no Centro-Oeste Mineiro, onde o helicóptero da empresa Limeira Agropecuária, da família do senador Zezé Perrela, fez uma parada para reabastecimento carregado com 445kg de pasta base de cocaína, em novembro do ano passado.
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A parada em um ponto de Sabarazinho aconteceu três horas e meia antes da apreensão da aeronave por policiais militares e federais em um sítio em Afonso Cláudio, no Espírito Santo. O valor da carga é estimada em R$ 10 milhões, podendo multiplicar por dez com o refino. Segundo o inquérito da PF, o carregamento foi feito em Pedro Juan Cabalero, no Paraguai, e tinha como possível destino Amsterdam, na Holanda, o que configura tráfico internacional.
No dia 20 do mês passado, reportagem do jornalista Lucas Ferraz, da “Folha de S.Paulo”, revelou que Aécio Neves construiu a pista na fazenda que pertenceu a seu tio-avô, além de ficar próxima a uma propriedade da família do candidato. Na última semana, Aécio Neves admitiu que já usou a pista, mesmo o espaço ainda não tendo sido homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil.
O investimento do governo mineiro para a construção da pista foi de R$ 14 milhões. Cláudio tem 25 mil habitantes e está distante 50 quilômetros de Divinópolis, onde já existia uma pista de pouso e decolagem.O cruzamento dos dois escândalos – do helicóptero e da pista – é comprovado pelos documentos considerados sigilosos do inquérito da Polícia Federal (PF), que este repórter teve acesso.
A PF constatou, com base no rastreamento do GPS do helicóptero e nas anotações do plano de vôo dos pilotos, ambos apreendidos e examinados pela perícia técnica, que o helicóptero carregado com quase meia tonelada de pasta base de cocaína parou em um ponto próximo ao povoado de Sabarazinho.
Segundo o inquérito da PF, no dia 24 de novembro de 2013, às 14h17, aproximadamente três horas e meia antes do helicóptero ser apreendido pela polícia no município de Afonso Cláudio, no Espírito Santo, a aeronave ficou parada por trinta minutos numa fazenda do povoado, onde duas pessoas aguardavam o pouso com galões de combustível.
A localidade fica a 14 quilômetros da pista de Cláudio e também das fazendas da família Tolentino, onde nasceu Risoleta Neves, esposa de Tancredo Neves e avó de Aécio Neves.O município de Cláudio chega, inclusive, a ser citado no inquérito na análise das mensagens telefônicas dos pilotos, que foram captadas pelas Estações de Rádio Base (ERB), que são os equipamentos que fazem a conexão entre os telefones celulares e a companhia telefônica.

Cidade de Cláudio tinha refino de cocaína

Uma informação publicada pelo portal G1 em novembro de 2013 revelou que a Polícia havia identificado e fechado um laboratório de refino de cocaína na cidade de Cláudio-MG. O local foi desarticulado após uma denúncia anônima e foram encontradas cocaína e maconha. Ninguém foi preso.
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, parentes do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ficavam com as chaves do aeroporto de Cláudio.
O primo de primeiro grau do senador tucano, Tancredo Tolentino, foi preso, junto com um desembargador nomeado pelo próprio Aécio, por vender liminares para tirar traficantes de droga da prisão (veja aqui).

Helicóptero do pó

helicóptero do pó foi apreendido no dia 24 de novembro. Três dias depois, 27 de novembro, após a apreensão ganhar destaque na mídia, o proprietário da terra fez uma denúncia para a Polícia Militar de Divinópolis. Segundo a PM, tal denúncia foi feita de maneira “anônima”. O proprietário afirma que avistou um helicóptero sobrevoando a região em baixa altitude e depois encontrou em suas terras 13 galões, de 20 litros cada, com substância semelhante a querosene.
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Distância entre o aeroporto de Cláudio e o povoado de Sabarazinho
Como o Boletim foi realizado após a apreensão do helicóptero, o delegado da Polícia Federal em Divinópolis, Leonardo Baeta Damasceno, afirma no inquérito não descartar o envolvimento de pessoas da região e recomenda uma diligência sigilosa no local.
Porém, ainda de acordo com o inquérito que esse repórter teve acesso a diligência não foi realizada. Em outra página do inquérito, o proprietário é inocentado sem explicação convincente, dessa vez por documento assinado pelo agente da PF, Rafael Rodrigo Pacheco Salaroli.
No final de abril, o copiloto do helicóptero dos Perrela confessou que estava com medo de morrer. “Estou acabado. Minha empresa quebrou e não consigo emprego”, revelou José de Oliveira Júnior.
Toda a trama ainda carece de investigação mais aprofundada e é possível que muito pouco até agora tenha sido revelado.
Fonte:http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/08/trafico-de-cocaina-e-o-aeroporto-de-claudio-mg.html

Aécio nomeou desembargador que recebia dinheiro para soltar traficantes

Em reportagem de mais de 11 minutos, Rede Globo omitiu que desembargador que recebia dinheiro de traficantes foi nomeado por Aécio Neves

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Aécio, o primo (foto), o aeroporto e o desembargador que recebia propina para liberar traficantes (Pragmatismo Político)
Joaquim de Carvalho, DCM
Em 2010, o jornalista Bruno Procópio, que se define também poeta e cronista, publicou em seu blog Prosa com Cultura um texto em que revela: a família Tolentino Neves, “famosa pelo legado político de homens como ex-presidente da República Tancredo de Almeida Neves e o governador mineiro Aécio Neves, também fez sua história no universo da cachaça.”
Bruno, o Dindi, jovem de pele morena, barba rala, cavanhaque de poucos e longos fios, conta que seu Múcio Tolentino, irmão de Risoleta Neves, mulher de Tancredo, começou a produzir em 1960 a cachaça Mathuzalem 960.
Durante 25 anos, os amigos se reuniam na fazenda da família, no município de Cláudio, para tomar da pura. Segundo a crônica do Dindi, Tancredo Neves era um dos mais assíduos na confraria.
Depois da morte de Tancredo, seu Múcio parou de fabricar a “960” e praticamente fechou o alambique.
Em 2002, um dos filhos de Múcio, homem que herdou do tio o nome, Tancredo, decidiu retomar a produção da cachaça, mas mudou o nome da bebida.
A cachaça passou a se chamar Mingote, homenagem ao bisavô Domingos da Silva Guimarães, o seu Mingote, que em 1823 comprou terra na região, para produzir rapadura, açúcar mascavo e cachaça, e dar início a uma prole numerosa, da qual descendem dona Risoleta, o neto dela, Aécio Neves, seu Múcio e o filho dele Tancredo Tolentino, também conhecido como Quedo.
A exemplo da “960”, a Mingote também fez fama, principalmente depois que a revista Época publicou, em maio de 2007, “os brasileiros famosos, bem-sucedidos em seus respectivos ramos profissionais, que têm como atividade paralela a produção de cachaça”, e citava Aécio Neves.
Segundo a reportagem, o então governador de Minas era o fabricante da Mingote, descrita como uma cachaça envelhecida durante dois anos em tonel de amburana, no município de Cláudio.
A julgar como verídica a informação de Época, Aécio era sócio do primo Tancredo Tolentino, o Quedo.
Esse era um tempo em que Aécio era apresentado como o autor do “choque de gestão”, e Tancredo Tolentino era um comerciante de Cláudio.
Cinco anos depois, em 2012, o repórter Valmir Salaro, do Fantástico, foi a Cláudio para fazer uma reportagem sobre um esquema de venda de habeas corpus para libertar traficantes.
O repórter contou que, em julho de 2010, numa cidade vizinha, Marilândia, a polícia apreendeu 60 quilos de pasta base de cocaína, parte deles encontrada numa camionete.
A polícia prendeu o motorista Jesus Jerônimo da Silva, e outro traficante, Brás Correia de Souza.
Eles permaneceram alguns meses presos no município de Divinópolis, na mesma região, e foram libertados por decisão do desembargador Hélcio Valentim de Andrade Filho.
Valmir Salaro foi até a cachaçaria Mingote e gravou uma passagem em frente à sede da empresa, em que revelou que a sentença para libertar os traficantes foi negociada ali dentro, entre o desembargador Valentim e Tancredo Tolentino, o Quedo.
A reportagem do Fantástico tem mais de 11 minutos e, em nenhum momento, o nome de Aécio Neves foi citado – nem para dizer que Tancredo Tolentino é primo dele ou para lembrar que a Mingote apareceu na Época como a cachaça fabricada pelo bem sucedido Aécio.
Não era difícil fazer essa associação. Bastava entrar no site da Mingote e clicar em “notícias”. A página abre com uma foto de Aécio e um link para a reportagem da revista Época, em que o ex-governador é apresentado como o fabricante da cachaça.
Hélcio Valentim foi nomeado por Aécio Neves quando governador.
Valentim se formou em direito no ano de 1988 pela Universidade Federal de Minas Gerais. Advogou até 1990, quando entrou no Ministério Público. Em 1996, se tornou procurador e, em 2005, integrou a lista tríplice de indicados para compor o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na cota do Ministério Público, o chamado quinto constitucional.
A prerrogativa de nomeação para o Tribunal pertence ao governador e o costume é escolher o primeiro da lista. Mas, nessa nomeação, em março de 2005, Aécio nomeou o segundo, Valentim.
Além de nomear o desembargador que, mais tarde, negociaria com o primo a libertação de traficantes, Aécio é autor de outra medida que beneficia Tancredo Tolentino.
A fazenda do pai dele tinha uma pista de terra para pousos e decolagens de avião, obra que o avô de Aécio, Tancredo, havia mandado fazer quando era governador – fazenda em que ele tomava cachaça, como revelou o cronista e poeta Dindi.
Quando chegou sua vez de governar Minas, Aécio mandou pavimentar a obra, ao custo de quase 14 milhões de reais. O outro Tancredo da família, o primo de Aécio (e sócio na Mingote?), é quem toca as coisas por lá, e tem as chaves do aeroporto, até hoje sem homologação da ANAC e, portanto, proibido para o público em geral.
Essas conexões do município de Cláudio acabaram despertando a desconfiança de que a pista pavimentada serviu para pouso de reabastecimento do helicóptero do senador Zezé Perrella, quando trazia 445 quilos de pasta base de cocaína do Paraguai, em novembro do ano passado.
Afinal, Perrella é amigo de Aécio, e Aécio é primo do Tancredo Tolentino, o homem que tem a chave do aeroporto e foi flagrado negociando a libertação de traficantes, num caso em que a semelhança com a apreensão de cocaína no Espírito Santo é espantosa.
Fonte:http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/08/aecio-nomeou-desembargador-que-recebia-dinheiro-para-soltar-traficantes.html

Armínio Fraga Homem Forte de Aécio falando Sobre o Salário Minimo

ARMÍNIO DEFENDE AÉCIO E "MEDIDAS IMPOPULARES"

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Cotado para ser ministro da Fazenda num eventual governo Aécio Neves, o economista Armínio Fraga defendeu a proposta colocada pelo presidenciável tucano de adotar rapidamente, ainda no primeiro dia de mandato, o que chamou de "medidas impopulares"; "o custo de tomar as medidas porventura impopulares é muito menor do que o de não tomar", disse Armínio; "as pessoas têm de cair na real"; numa longa entrevista, ele defendeu um teto para o gasto público, a autonomia do Banco Central e disse ainda que o salário mínimo cresceu demais nos
últimos anos.

Fonte:http://www.brasil247.com/pt/247/economia/136613/Arm%C3%ADnio-defende-A%C3%A9cio-e-medidas-impopulares.htm