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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Militantes da CTB São Caetano do Sul participaram do 1° Encontro de Cipeiros
do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região.

Participaram do encontro João Sipriano o Magrão e Luiz Carlos Martins Dos Santos o Sidão da Funilaria.

                                                                               Magrão participou da mesa de debates

O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região promoveu no último sábado, 24, o I Encontro de Cipeiros. O tema proposto no evento foi Segurança: Preservação da vida e promoção da saúde do trabalhador.

Com o intuito de esclarecer dúvidas sobre as atividades do cipeiro dentro de uma empresa e quais suas atribuições legais, o encontro teve palestras com a médica do trabalho Luciana Nussbaumer, com o Auditor Fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego da Gerência Regional de Caxias do Sul, Armando Roberto Pasqual e com o Procurador do Ministério do Trabalho, Ricardo Wagner Garcia.

O evento contou com cerca de 200 pessoas, entre elas membros de CIPA`s (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes) das empresas, técnicos de Segurança do Trabalho e diretoria do sindicato.

              Sidão participando da mesa de debates
 
O presidente em exercício do sindicato, Leandro Velho, destacou em seu pronunciamento que a segurança e as melhorias dentro das fábricas precisam ser debatidas com os cipeiros. “Precisamos entender a responsabilidade e o compromisso que os cipeiros têm para com os colegas de protegê-los e detectar problemas dentro da empresa.” Velho salientou ainda que as questões do dia a dia de trabalho também merecem atenção, como a jornada de trabalho por exemplo. “A cobrança por produtividade e a extensa carga horária são grandes causadores de acidentes de trabalho. Caxias do Sul tem a maior quantidade de horas-extras no Brasil e, consequentemente um número exagerado de acidentes na área da metalurgia”.

Durante a sua explanação a Dra. Luciana Nussbaumer, especialista em Medicina do Trabalho, apresentou os aspectos históricos das doenças do ocupacionais, os elementos presentes no ambiente que podem ser causadores de problemas ocupacionais, como a poeira, o ruído, as máquinas defeituosas, entre outros. “Os elementos presentes no ambiente de trabalho causam doenças e não só acidentes de trabalho. Existem fatores difíceis de medir como o sofrimento mental, o ritmo excessivo de trabalho, o medo da demissão, a longa jornada, as cobranças por produtividade, as Lesões por Esforço Repetitivo (L.E.R.) que podem ser grandes inimigos da saúde do trabalhador.” Conforme Luciana, que atende no sindicato, o principal problema diagnosticado nos metalúrgicos é a L.E.R. Também há casos de problemas de pele e perdas auditivas. “É preciso criar uma consciência de cuidar do ambiente de trabalho. Os EPI’s não são suficientes, até porque eles teriam que ser sob medida pra cada trabalhador. O que necessitamos são ambientes que não apresentem riscos.”

Segundo a Dataprev, em 2010, foram notificados no Brasil 414.824 acidentes de trabalho, 15.593 doenças ocupacionais, 2.712 óbitos. No Rio Grande do Sul foram 30.974 acidentes, 1.026 notificações por doenças e 152 óbitos. Em 2011, o Sistema de Informação em Saúde do Trabalhador informou 34.278 notificações no estado. Na maioria dos casos, trabalhadores entre 18 e 29 anos com traumas de pé e mão e, esgotamento mental.

Fonte: SindicatoMetalúrgicosdeCaxias

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