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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Guantânamo: ONU pede fechamento por violar direito internacional


A Alta Comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu aos Estados Unidos o fechamento de Guantânamo por considerar que manter pessoas detidas por um período indefinido “representa uma clara violação do direito internacional”.

GuantânamoBase dos EUA em Guantânamo (Cuba), viola direito internacional
Pilay ressaltou que na base estadunidense de Guantânamo há uma grande quantidade de pessoas detidas arbitrariamente e muitas delas se encontram em greve de fome. De acordo com o Pentágono, 40 presos mantêm a greve de fome. Já os advogados dos prisioneiros garantem que são mais de 100 pessoas que se encontram sem comer em protesto para serem transportadas a seus países de origem e conhecer suas condenações.

“A detenção por tempo indefinido de muitos detentos equivale a uma detenção arbitrária e isso é uma clara violação do direito internacional”, defendeu a funcionária sobre a prisão criada pelos Estados Unidos após o ataque às Torres Gêmeas, em 2001, para prender supostos islâmicos radicais.

Segundo estimativas, a metade dos 166 detidos foram autorizados a serem transportados para prisões de seus países de origem ou a terceiros países, em caso de não poderem voltar a seu próprio por alguma ameaça a sua integridade.

No entanto, todos continuam na prisão sob o controle estadunidense.

Pillay lembrou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu várias vezes fechar a prisão e lamentou que ainda não o tenha feito visto que já se encontra em seu segundo mandato, como informou a agência Efe.

A alta comissária destacou a transgressão estadunidense às normas internacionais ao lembrar que entre os prisioneiros há vários em situação de “prisão indefinida”.

O especialista da ONU contra a tortura, , Juan Méndez, revelou que há anos solicita aos Estados Unidos permissão para visitar Guantânamo e que o governo o autorizou mas não permite que ele fale com os detentos.

Da Redação do Vermelho,

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