Blog Tradução

terça-feira, 25 de setembro de 2012


“O sistema capitalista só ouve o trabalhador quando as máquinas estão paradas”
 O presidente interino da Fitmetal, Wallace Paz, afirma que a onda de paralisação que ocorre no país é necessária, pois a greve é um instrumento dos trabalhadores para fazer valer seus direitos
MARIANA CASTELAR
Lutando por melhores condições de trabalho e salário justo, cerca de 40 categorias profissionais de servidores públicos federais já declararam greve neste ano. Além deles, correios, bancários, petroleiros e metalúrgicos também lutam por seus direitos. Alguns dizem que o motivo desse tsunami de reivindicações é o esgotamento da promessa de dias melhores, outros por ser ano eleitoral. Hipóteses à parte, o que importa é que os trabalhadores apostam na sua mão de obra.

De acordo com o presidente em exercício da Fitmetal, Wallace Paz, o governo tem dado suporte às empresas. “Os trabalhadores contribuem com uma boa parcela para o desenvolvimento do país. O governo já tem feito seu papel ajudando as empresas a terem sua lucratividade, mas elas não repassam isso ao trabalhador”, explica.
Para acabar com as diversas paralisações que atingem o país, o governo tentou impedir de diversas maneiras os protestos. “É abusivo as empresas e a justiça usar do seu poder para proibir e coibir a ação desses trabalhadores”, conclui.

Metalúrgicos também cruzam os braços
Com crescente número de adeptos, as mobilizações por aumento real de salário continuam se espalhando. Nesta terça-feira, dia 18, metalúrgicos de mais quatro fábricas cruzaram os braços e exigiram avanço nas propostas patronais. Na TI Automotive, Sun Tech e Emerson, as máquinas não voltam a funcionar hoje. Na Hubner, em Caçapava, houve paralisação de duas horas.

Indignados diante da tentativa das empresas em empurrar apenas a inflação ou um aumento real insignificante sobre os salários, várias pausas prometem ocorrer durante esta semana ainda. Mesmo com aviso de greve já protocolado, as empresas continuam impondo seus índices rebaixados. Os setores de autopeças, máquinas, equipamentos e eletroeletrônicos propõem apenas 5,39%, referente à inflação do período.

Protesto na Paulista

Trabalhadores de cinco categorias que têm campanhas salariais marcadas neste segundo semestre de 2012 se reuniram nesta quinta-feira, desde o início da manhã, na Avenida Paulista, em São Paulo, para fazer uma manifestação conjunta. Estão presentes representantes dos metalúrgicos, bancários, químicos, petroleiros e servidores dos Correios. A principal reivindicação dos trabalhadores é o aumento real de salário.
Sem acordo salarial até o momento, bancários e servidores dos Correios deram início ao movimento grevista nesta semana. Petroleiros e químicos ainda aguardam proposta do setor patronal, enquanto os metalúrgicos do Estado de São Paulo realizam paralisações e greves dispersas na Grande São Paulo, como forma pressão.
De acordo com os sindicalistas, não haverá caminhada. O ato público, que teve início com discursos dos líderes sindicais, não invade as pistas da avenida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário