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quarta-feira, 30 de maio de 2012

RESPOSTA ÀS INDAGAÇÕES A MARCELO TOLEDO





A TODOS OS COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS QUE TRABALHAM NA GM.

         Inicialmente quero agradecer a todos pela preocupação manifestada através do nosso blog, do porque não usei a palavra na assembléia e do porque estive ausente no interior da fábrica nesse mesmo dia.
         Nos últimos cinco anos  tenho feito a mesma coisa, desde que ingressamos na direção do sindicato, terminada a reunião nas negociações, vou direto para dentro da fábrica para debater com os companheiros o resultado das negociações, esse debate é o que tem me ajudado a compreender ainda mais os anseios dos trabalhadores seja da PLR, seja na data base no dissídio coletivo. Enfatizo que tem sido esse contato direto com uma boa parte dos companheiros no chão de fábrica que tem possibilitado eu e o companheiro Magrão a ter uma idéia mais próxima da realidade e possibilidade nas mesas de negociação.
           Sempre tive muito claro os objetivos dos trabalhadores e as limitações que aparecem na mesa de negociação, entretanto, nos últimos anos temos conseguido acordos muito bem equilibrado, não ficamos a desejar a ninguém os resultados, nós da CTB sempre tivemos como centro a defesa da transparência de cunho democrático na relação com os trabalhadores. Na média os acordos fechados com a nossa participação (CTB) na mesa de negociação tem sido na nossa opinião, equilibrado.

                                                        SURPRESA 
          Para mim foi surpresa a direção da GM bloquear a minha entrada na empresa no dia da assembléia, pois no dia anterior ao termino da última reunião no qual chegamos a uma proposta para ser levada para a assembléia, me dirigi rapidamente junto com o companheiro Magrão para dentro da fábrica, em primeiro lugar conversar com os companheiros diretores e cipeiros da CTB para alinharmos nosso posicionamento perante as metas e os valores, que alias todos concordaram que se o valor almejado pelos trabalhadores na casa dos 100% que era de $12,500.00 reais e o que realmente conseguimos na mesa de negociação foi de $12,134.08 não era absolutamente desprezível e decidimos trabalhar na sua defesa no chão de fábrica.
          Minha entrada na fábrica continua até hoje dia 30-05-2012 bloqueada, e digo a todos que não fui oficializado de absolutamente nada sobre essa proibição.

                              TENHO QUASE CERTEZA
         Sou secretário Geral do Sindicato e participo das mesas de negociação com responsabilidade e compromisso na defesa  no que considero mais importante para os trabalhadores, e nesse sentido eu não me omito nas opiniões que acho pertinentes para assegurarmos condições mais favoráveis aos trabalhadores e mantendo e defendendo sempre a unidade entre os dois sindicatos no processo de negociação, que ao longo dos últimos anos é o que tem ajudado a realizarmos bons acordos.
         Tenho quase certeza que um dos motivos de a GM bloquear minha entrada foi um debate duro que fiz com o Presidente do nosso sindicato referente a dois pontos, um de não concordar com um possível racha na bancada dos trabalhadores incitada por ele no qual fui  veementemente contra, como também do debate acerca do valor nos 100% onde havia ainda uma pequena discordância entre nós, que considero normal.
         Essa discussão chegou nos ouvidos da GM, e tenho certeza que acharam que eu iria fazer algum movimento contra a proposta, e  talvez por esse motivo bloquearam minha entrada na empresa.
                            Outro motivo
         Outro motivo da "bronca" comigo é sem dúvida a denúncia que fiz no Ministério Público do Trabalho em defesa dos trabalhadores detentores de estabilidade no emprego em virtude de doenças profissionais e também do discurso que proferi no simpósio organizado pelo TRT 2ª Região, no qual mencionei o que estava acontecendo aqui na GM em São Caetano do Sul.

    PORQUE NÃO FALEI NA ASSEMBLÉIA
     Companheiros e Companheiras, Não usei a palavra na assembléia por uma decisão minha e respeitada pelos companheiros que compõem a CTB e foram  dois dos motivos que me levaram a não fazer uso da palavra:

  1. Eu e todos os companheiros da CTB estamos em desacordo com a tamanha falta de democracia nas relações políticas e sindicais que vem ocorrendo com nossa corrente de pensamento, pois não existe reunião para o debate dos problemas que vem acometendo os trabalhadores metalúrgicos de São Caetano do Sul, no processo de discussão e negociação da PLR todos os anos acontece o mesmo, não tem reunião antecipada para nos prepararmos  de forma coletiva para o debate com a empresa, e confesso a todos , não tenho mais paciência e disposição e nem vontade de continuar com um teatro de unidade se na verdade não somos respeitados dentro da entidade sindical.
      2. Outro motivo foi exatamente a atitude da GM em bloquear minha entrada na fábrica, confesso também que isso me deixou muito irritado e preferi, para não deixar minha irritação atrapalhar o bom debate sobre a PLR, e também para não levar o debate para outra esfera que não fosse o tema em questão, resolvi não usar da palavra. Esclareço a todos que não houve em cima do caminhão nenhuma tentativa de me impedir para falar. Essa decisão foi minha, foi também em função de que a proposta segundo nossa avaliação não seria rejeitada.

         Reafirmo a todos, meu compromisso  como secretário Geral do Sindicato a continuar na luta, a GM e seja quem for não vão me intimidar e intimidar nossos militantes da CTB a continuarmos na defesa intransigentes dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.


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