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terça-feira, 15 de maio de 2012

Redes sociais são fenômeno irreversível e crescente, afirma Ramonet
Adital
 
As redes sociais na Internet são um fenômeno irreversível e crescente, evidentemente diferentes, mas devemos ter essa realidade em conta, porque é uma dimensão do novo cidadão, afirmou aqui o professor e jornalista francês Ignacio Ramonet.

Ao concluir na Capilla del Hombre sua palestra "A explosão do jornalismo, dos meios de massa para a massa de meios”, com a presença do presidente equatoriano, Rafael Correa, entre várias centenas de participantes, Ramonet destacou a importância dessas redes.
Facebook e Twitter revolucionaram a comunicação, são ambos, curiosamente, ferramentas e formas novas de comunicar, disse o diretor do diário francês Le Monde Diplomatique, depois de alertar que vivemos um momento onde toda a paisagem midiática se move.

Facebook, domina nesse momento as redes sociais com 900 milhões de usuários que possuem uma página nessa rede, e também cerca de 300 milhões de pessoas têm uma conta no Twitter, mas, advertiu, embora estejam se desenvolvendo muito rapidamente, é possível que em cinco anos não existam.
Ou, apontou Ramonet, poderia ocorrer de serem substituídas por redes sociais muito diferentes, e mencionou a Intered como uma rede que cresce a toda velocidade, a Thunderbird para os mais jovens, e recordou que o MySpace teve um êxito enorme e agora se utiliza pouco.
O que é seguro, ressaltou, é que são formas novas de comunicar, muito mais individuais, narcisistas, pessoais, que podem ter aspectos políticos, porque basta com que alguns milhões se dediquem a um aspecto político para que isso tenha uma repercussão.

O reconhecimento acadêmico enfatizou que as redes sociais vão continuar existindo e se desenvolvendo. Hoje, são 900 milhões, e dentro de cinco anos serão dois ou três bilhões de pessoas, sublinhou.
Portanto, salientou, o fenômeno é tão universal quanto o telefone móvel, que já é usado por mais de quatro bilhões de pessoas no mundo e representam mais da metade da Humanidade, apesar da exclusão digital.
Amanhã, antecipou Ramonet, esses telefones serão inteligentes, o que fará com que cada pessoa possa se comunicar por diferentes vias, e isso é um fenômeno irreversível, como quando se inventou a imprensa, onde seria uma exigência fundamental saber ler e escrever.

Antes da impressão, se vivia muito bem, se podia ser muito inteligente e fazer enormes progressos sem saber ler e escrever. Era para um grupo de escribas, porém com a impressão, pouco a pouco, todo o mundo quis saber ler e escrever, recordou.
De igual maneira, concluiu, estamos indo em direção a uma sociedade na qual essas ferramentas obrigarão a querer se expressar, transmitir e compartilhar. Alguns, declarou, farão informação, outros criação, outros comércio, e é uma dimensão do novo cidadão.
Um cidadão, disse ao referir-se ao interesse universal, que quer participar mais, conhecer mais e contribuir criar cidadania, criar países, criar repúblicas.

Por Pedro Rioseco, de Prensa Latina

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