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terça-feira, 26 de julho de 2011

Metalúrgicos exigem do governo participação em nova política industrial do país



Os sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, dos Metalúrgicos de São Paulo, a FIT-Metal (filiada à CTB), a CNM-CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos) e a CNTM–Força Sindical (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) se reuniram nesta segunda-feira (25), em São Bernardo do Campo (SP), para discutir a política de fortalecimento da indústria no país. Como resultado do encontro, foi redigido um documento no qual as entidades exigem que a classe trabalhadora faça parte desse processo.

A reunião foi parte da série de eventos e mobilizações organizados, em conjunto, por sindicatos de metalúrgicos e centrais sindicais para chamar a atenção do governo federal e da sociedade para a desindustrialização do Brasil em conseqüência do crescimento das importações de veículos. O vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, esteve presente ao encontro.

O documento assinado pelas três entidades cobra do governo federal a criação de um fórum tripartite para tratar do tema, que até agora só foi discutido com o empresariado. Para os sindicalistas, sua participação será fundamental para a elaboração de medidas de “fortalecimento da indústria e do emprego e o consequente desenvolvimento econômico e social do país”.

Leia abaixo a íntegra do documento assinado pela FitMetal, CNM/CUT e CNTM:

São Bernardo, 25 de julho de 2011.

Considerando (i) que segundo a imprensa o governo federal está prestes a divulgar uma política industrial, intitulada Plano de Desenvolvimento de Competitividade (PDC), e que esta política foi elaborada sem a participação dos trabalhadores (ii) que no Brasil o desenvolvimento industrial foi responsável pela integração de grande parte da população ao consumo, a ampliação da classe média, a urbanização e o crescimento dos demais setores econômicos; (iii) que não existem países cujos cidadãos gozem de alto padrão de vida e pleno acesso a bens e serviços, que não tenham uma indústria sólida, diversificada e com alto grau de inserção nos mercados internacionais; (iv) que o conjunto de indicadores recentes apontam para a redução da participação da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB); e, (v) que o aumento generalizado das importações tem comprometido a manutenção do emprego e da indústria nacional

Nós, dirigentes sindicais das seguintes entidades:

CNM-CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos);
CNTM-Força Sindical (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e
FitMetal-CTB (Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil).

Resolvemos que a política industrial brasileira ora em discussão deve:

1. contar com a participação indispensável dos trabalhadores em sua elaboração;
2. promover e ampliar o emprego bem remunerado e de qualidade;
3. defender, estimular e valorizar a produção nacional;
4. fortalecer e consolidar uma indústria moderna de qualidade.

Para tanto, propomos a criação de um fórum de negociação tripartite e permanente para a elaboração de medidas de fortalecimento da indústria e do emprego e o consequente desenvolvimento econômico e social do país.

Paulo Cayres – presidente da CNM-CUT
Mônica Veloso – presidente da CNTM-Força Sindical
Marcelino da Rocha – presidente da FitMetal-CTB

Fonte:Portal CTB

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