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sexta-feira, 30 de outubro de 2009


Centrais denunciam ingerência do MPT no movimento sindical à OIT

Dirigentes das seis maiores centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CGTB) estarão em Genebra segunda-feira (2-11) para denunciar ao diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Juan Somavia, a interferência do MPT (Ministério Público do Trabalho) e da Justiça do Trabalho no movimento sindical.

Wagner Gomes e Severino Almeida na inauguração do escritório da CTB, em Brasília

“A conduta do MPT configura uma perseguição ao movimento sindical e merece nosso total repúdio”, asseverou o presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Wagner Gomes (foto). Os sindicatos estão sendo chamados a assinar termos de ajustamento de conduta em vários estados porque os procuradores do trabalho não consideram adequada a cobrança da taxa assistencial aos não sindicalizados. “Isto não faz o menor sentido, inclusive porque os não sócios também usufruem dos benefícios previstos nos acordos e convenções coletivas”, argumentou o presidente da CTB.

Criminalização

A interferência do MPT contradiz o princípio da autonomia sindical e também afronta as convenções 98 e 135 da OIT, que tratam de direito de sindicalização, negociação coletiva e representação do trabalhador. Tais ações, consideradas com propriedade pelos sindicalistas como práticas antissindicais, é condenada por todas as centrais sindicais e não pode deixar de ser associada à ofensiva da direita neoliberal para criminalizar os movimentos sociais.

Os sindicalistas também vão denunciar a violência contra líderes sindicais, que não raro se tornam vítimas de assassinos, e a tentativa de criminalizar os movimentos sociais. Por esta razão, as centrais também convidaram o MST (Movimento dos Sem Terra) e a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) para a reunião em Genebra com a OIT.

A CTB será representada pelo seu secretário de Relações Internacionais, Severino Almeida (foto).

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