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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sindicato aceita redução de salário e contraria centrais

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC contrariou as orientações da direção CNM/CUT (Central Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores) e assinou um acordo que reduziu a jornada de trabalho e o salário de metalúrgicos. Sem alarde, a entidade fechou um contrato com a Fiamm Latin América, de São Bernardo, que prevê um corte de 15% do salário e também da jornada de trabalho.

Valter Sanches, secretário geral da CNM/CUT afirma que a entidade é totalmente contrária às reduções. Para Sanches, "os trabalhadores já não ganham bem e se tiverem redução de salário irão consumir menos ainda com medo de serem demitidos amanhã". O mesmo discurso foi adotado pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, que, há semanas, defende a proteção do emprego sem a redução de salários.
A supervisora do RH (Recursos Humanos) da Fiamm, Rosemeire da Silva, afirma que o acordo foi fechado com o sindicato no dia 8 de janeiro. "Aceitamos a redução do salário e não trabalhamos às segundas-feiras. O acordo foi feito para que não houvesse demissão", explica.

Polêmica - Em janeiro, em reunião com as centrais sindicais, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse que a redução pode evitar demissões. "Não é necessário flexibilizar ou criar novas leis, mas sim utilizar recursos previstos na Constituição brasileira, como a redução da jornada de trabalho, banco de horas, férias coletivas, entre outros", apontou Skaf.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino da Silva, o Martinha, também afirma que é contra as reduções. "Mas é preciso ver caso por caco para que as empresas não usem a situação para tirar proveito", completa.

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