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sábado, 24 de janeiro de 2009

Transporte de Minério

Dois sindicatos rejeitam proposta da Vale de redução de salários.
Empresa oferece licença com 50% dos salários e estabilidade até maio.Sindicatos propõem reduzir pela metade remuneração dos acionistas.
Dois sindicatos que representam cerca de 7 mil trabalhadores da Vale do Rio Doce em Minas Gerais rejeitaram a
proposta da mineradora de licença remunerada com redução dos salários em 50%.
Em vez de corte na remuneração dos trabalhadores, as entidades querem que a mineradora garanta a estabilidade nos empregos e mantenha salários integrais às custas da redução em 50% na remuneração aos acionistas. A diretoria executiva da Vale recomendou ao conselho de administração que a remuneração mínima aos acionistas seja de US$ 2,5 bilhões neste ano.

Os sindicatos - que representam os trabalhadores de Congonhas, Ouro Preto, Itabira - querem que o conselho aprove um teto de remuneração aos acionistas de US$ 1,25 bilhão, metade do valor indicado pela diretoria.

Querem também que a companhia abdique de qualquer investimento no exterior para poder manter os empregos atuais. Além de rejeitar a proposta de licença remunerada com redução do salário-base, os dois sindicatos querem que a Vale reintegre os demitidos no fim de 2008 e no início de 2009.

Os termos da contraproposta dos trabalhadores constam do documento intitulado "Proposta pública ao conselho de administração da Vale para manutenção dos empregos e benefícios". Na proposta, os dois sindicatos argumentam que a Vale, maior empresa privada do País, ampliou em 40 vezes seu valor de mercado, tem US$ 15 bilhões em caixa e, segundo as entidades, encontra-se em situação privilegiada para enfrentar os efeitos da crise econômica mundial.
"Essa situação privilegiada da empresa pode e deve ser motivo de segurança para o trabalhador que, trabalhando em companhia de tal porte, não deveria temer demissões ou perda de benefícios", diz o texto assinado pelos presidentes dos dois sindicatos - Paulo Soares de Souza, que além de presidente do Sindicato Metabase de Itabira e região é membro do Conselho de Administração da empresa, e Valério Vieira dos Santos, presidente do Metabase de Congonhas, Ouro Preto e região. No documento, os sindicalistas argumentam ainda que a Vale sempre vinculou sua imagem à responsabilidade social. Por isso, não deveria ser de seu interesse repassar aos seus empregados os efeitos integrais da crise econômica.

"Temos a certeza de que nossa proposta é a melhor alternativa para garantir uma passagem tranquila por esses tempos de turbulência", conclui o texto.

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