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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

CTB conquista vitória histórica no Sindicado dos Correios de SP

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (SP) conquistou um dos êxitos mais expressivos de sua história, ao vencer as eleições para a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Similares de São Paulo (Sintect-SP). A vitória da Chapa 3 – Responsabilidade e Mais Conquista foi anunciada na manhã desta sexta-feira (19), após três dias de um pleito que mobilizou a categoria.

Por André Cintra


Apoiada pela CTB e encabeçada por Elias Cesário de Brito Junior, o “Divisa”, a Chapa 3 teve 3.960 votos (56%) e foi eleita para quatro anos de mandato à frente do Sintect-SP. Na disputa, o grupo soube desmascarar a composição oportunista da Chapa 2 — que reuniu CUT (PT), InterSindical (PSOL) e Conlutas (PSTU), mas não passou dos 2.326 votantes (33%). Já a Chapa 4, do PCO, teve minguados 476 votos (7%).

“Essas forças da Chapa 2 dirigiram o sindicato durante 19 anos e acumularam experiências ruins, como a desastrada greve de 1997, que levou a inúmeras demissões. Na época deles, o sindicato não dava benefício algum ao trabalhador, não era combativo, nem fechava convênio com ninguém”, lembra Vagner do Nascimento, o Guiné, eleito diretor de Finanças e Administração na chapa vencedora.

Ele lembra que a página começou a virar para o Sintect-SP em 19 de janeiro de 2008, quando assumiu uma diretoria de orientação classista. O sindicato se filiou, posteriormente, à CTB e voltou a mobilizar a categoria para as batalhas. “Fizemos quatro greves vitoriosas nesse período, sem nenhuma demissão. É o que diz o lema de nossa chapa — ‘responsabilidade e conquista’. Soubemos fazer a luta com pé no chão, sabendo a hora de avançar e recuar.”

Em 2010, uma das reivindicações históricas da categoria foi contemplada pelo governo Lula, com a extensão aos carteiros do adicional de risco de 30% do salário. “Reconheceram o risco a que nós estamos expostos nas ruas”, diz Guiné. Os carteiros ganharam o adicional sobretudo porque são alvos de roubos e assaltos, por entregarem encomendas de valor. Atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo também receberam benefícios do gênero.

“Ajustamos um projeto mal redigido pelas forças que agora nos chamam de traidores. Não só conseguimos o adicional como também fizemos uma série de convênios que melhorou o bem-estar da categoria, propiciando lazer, esporte e cultura para nossas famílias”, agrega Guiné.

Fundado há 21 anos, o Sintect-SP é o maior sindicato de trabalhadores dos Correios na América Latina. Além da capital paulista, a entidade exerce a representatividade de profissionais do setor na Grande São Paulo e na zona postal de Sorocaba. A nova diretoria tomará posse no próximo mês de janeiro.

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