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terça-feira, 18 de agosto de 2009

UBM completa 21 anos, celebra em São Paulo e traça perspectivas

A União Brasileira de Mulheres (UBM) não deixou seu aniversário passar em branco. Na noite de sexta-feira (14), cerca de cem pessoas compareceram à comemoração da data, na sede do Sintaema (Sindicato Dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo). Com vídeo retrospectivo, ato político e muito samba, a festa celebrou “21 anos de perseverança” – conforme as palavras de Rozina Conceição, presidente da UBM-SP.
Liége Rocha, uma das fundadoras da entidade, lembrou que “a luta pela emancipação das mulheres”, com “centro nas questões do trabalho”, sempre foi o objetivo da UBM. “Esse vídeo que acabamos de ver conta um pedacinho da nossa história. Aos 21 anos, já estamos conquistando a maturidade”, disse Liége, que atualmente é secretária especial da Mulher do PCdoB.

Ela citou diversas iniciativas lideradas pela entidade, como a bandeira permanente da valorização da mulher, a campanha “Ser mãe não é crime” e as batalhas por mais participação e representatividade no poder. “Não podemos mais ser vistas como coadjuvantes”, frisou Liége. “Na história do Brasil, também somos heroínas, e há vários exemplos de companheiras que merecem ter o nome estampado.”

A deputada estadual Vanessa Damo (PV-SP), recém-filiada à UBM, enalteceu as relações entre seu mandato e a entidade aniversariante. “A UBM nos recebeu de braços abertos. Sou recém-chegada, mas me sinto lisonjeada”, declarou. Segundo a parlamentar, as mulheres se destacam na “política participativa” – por exemplo, nos movimentos de bairros –, mas “ainda são tímidas na política representativa”.

Foi uma crítica ao que Vanessa chamou de “ambiente político excessivamente masculinizado”, ressalvando que a luta das mulheres não é contra os homens, mas, sim, contra o preconceito. “Temos a missão de abrir os olhos de tantas mulheres e mostrar que elas são importantes e valorosas”, enfatizou a deputada.

A UBM foi saudada também pela vereadora Luiza Cordeiro (PCdoB), de Guarulhos. “A retrospectiva me emocionou muito”, afirmou. Já a presidente municipal do PCdoB de São Paulo, Julia Roland, pediu empenho para o fortalecimento das mulheres na política. “A gente já avançou em uma série de lutas, mas o centro do poder ainda está ocupado por homens.”

De acordo com a dirigente comunista, o grande desafio da hora é “preparar terreno para ampliar a participação das mulheres das disputas eleitorais de 2010”. Esse esforço, segundo Julia, exige que cada vez mais lideranças do sexo feminino aceitem a candidatura. “Cada partido já tem um percentual mínimo (de cotas para candidatas), mas as vagas ficam vagas.”

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